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RESUMO AULAS 4 E 5

A finalidade dos testes de ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay) é detectar a presença


de antígenos ou anticorpos em uma amostra. Geralmente, esses testes são realizados para fins
de diagnóstico ou pesquisa. O ELISA envolve a fixação de antígenos ou anticorpos em uma
superfície sólida (como uma placa) e a detecção de uma reação química que ocorre quando
ocorre a ligação de antígenos ou anticorpos específicos.

Os diferentes tipos de ELISA são realizados da seguinte forma:


- ELISA direto: O antígeno é fixado na placa, e a amostra é adicionada para detecção direta do
anticorpo.
- ELISA indireto: O antígeno é fixado na placa, a amostra é adicionada, e um anticorpo
secundário marcado é usado para detecção.
- ELISA sanduíche: Um anticorpo captura o antígeno na placa, a amostra é adicionada, e outro
anticorpo marcado reconhece o antígeno, formando um "sanduíche".
- ELISA de competição: O antígeno fixado compete com a amostra pela ligação a um anticorpo
marcado.

O ELISA para anticorpos anti-HBsAg é realizado no laboratório da instituição usando uma placa
de microtitulação revestida com o antígeno HBsAg. A amostra do paciente é adicionada à placa,
e se houver anticorpos anti-HBsAg na amostra, eles se ligarão ao antígeno. Após lavagem, um
anticorpo secundário marcado é adicionado para a detecção.

O "cut-off" é um valor limite estabelecido em testes de ELISA para determinar se um resultado é


positivo ou negativo. Ele ajuda a evitar falsos positivos ou negativos, com base em critérios
específicos.

Os principais estágios da replicação viral incluem a ligação do vírus à célula hospedeira, entrada
na célula, replicação do material genético viral, síntese de proteínas virais, montagem e liberação
de novas partículas virais.

O HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) alveja principalmente células CD4+, como os


linfócitos T CD4+. O vírus entra na célula através de receptores de superfície, como o CD4 e o
coreceptor CCR5 ou CXCR4.

O ciclo do HIV na célula humana envolve a fusão do vírus à membrana celular, liberação do
material genético viral no citoplasma, transcrição reversa do RNA viral em DNA, integração do
DNA viral ao genoma da célula hospedeira e a subsequente replicação e liberação de novos
vírus.

O HIV tipo I possui vários grupos, subtipos e subsubtipos. Os grupos principais são M (major), N
(new), O (outlier) e P (pending). O subtipo B é o mais comum nos Estados Unidos e Europa.

CRF (Circulating Recombinant Form) é uma forma recombinante do HIV, que é uma mistura de
diferentes subtipos. URF (Unique Recombinant Form) refere-se a formas únicas de
recombinantes do HIV.

As principais diferenças entre HIV tipo I e HIV tipo II incluem sua distribuição geográfica (HIV-1
é mais comum globalmente, enquanto o HIV-2 é mais restrito a certas regiões da África),
diferenças genéticas e velocidade de progressão para AIDS.
Os principais genes e proteínas relacionados ao HIV tipo I incluem gp120 e gp41 (proteínas de
envelope), protease, reverse transcriptase e integrase. Suas funções incluem entrada na célula
hospedeira, replicação viral e integração do DNA viral no genoma da célula hospedeira.

As principais formas de transmissão do HIV incluem sexo desprotegido, compartilhamento de


agulhas, transmissão de mãe para filho durante o parto ou amamentação e exposição a fluidos
corporais infectados.

As diferentes fases da infecção pelo HIV incluem a fase aguda (com aumento da carga viral),
fase de latência (crônica, onde o vírus se replica de forma lenta) e a fase de AIDS (avançada,
com imunossupressão severa).

As respostas imunes dos indivíduos nas diferentes fases variam, com a fase aguda caracterizada
por uma forte resposta imune, seguida por uma fase crônica onde o sistema imunológico luta
para controlar o vírus, e na fase de AIDS, há uma imunossupressão grave.

A Janela Imunológica é o período entre a infecção pelo HIV e a detecção confiável de anticorpos
no sangue. Durante essa janela, os testes de anticorpos podem produzir resultados negativos,
mesmo quando o vírus está presente.

O número de células TCD4+ afeta diretamente a eficácia do sistema imunológico. A diminuição


dessas células compromete a capacidade do corpo de combater infecções.

Os marcadores de infecção pelo HIV incluem a detecção de anticorpos anti-HIV e o teste de


carga viral do HIV. Eles são mais detectáveis em diferentes estágios da infecção.

As respostas imunes contra o HIV envolvem a produção de anticorpos e células CD8+


citotóxicas, mas o vírus tem a capacidade de evadir a resposta imune.

Os principais testes para diagnóstico de HIV incluem o ELISA, Western Blot, PCR (Reação em
Cadeia da Polimerase) e testes de carga viral.

Os testes de ELISA de 1ª, 2ª, 3ª e 4ª geração diferem na capacidade de detectar anticorpos ou


antígenos. A 4ª geração é a mais sensível e rápida.

Testes complementares para diagnóstico de HIV incluem o Western Blot, PCR e testes de carga
viral, que são usados em momentos específicos para confirmar o diagnóstico.

Controladores de elite são indivíduos raros que controlam naturalmente a replicação do HIV sem
tratamento. Testes de carga viral são melhores para diagnosticá-los.

Indivíduos imunosilenciosos são aqueles que podem ser infectados pelo HIV, mas não
desenvolvem anticorpos detectáveis. A detecção pode ser feita por testes de carga viral.

Os 6 estágios da infecção pelo HIV incluem:


- Estágio 1: Infecção Aguda
- Estágio 2: Infecção Aguda Tardia
- Estágio 3: Assintomático (Latência Clínica)
- Estágio 4: Sintomático Inicial
- Estágio 5: Sintomático Avançado
- Estágio 6: AIDS
A imunofluorescência direta e indireta são técnicas usadas para detectar antígenos ou anticorpos
em amostras. A direta usa um anticorpo fluorescente para marcar antígenos diretamente,
enquanto a indireta usa dois anticorpos, um primário e um secundário, para detecção.

A técnica de Western Blotting é usada para confirmar a presença de anticorpos anti-HIV em uma
amostra. Proteínas virais são separadas em um gel, transferidas para uma membrana de
nitrocelulose e depois incubadas com anticorpos para detecção.

No Western Blotting:
- SDS: Agente desnaturante usado para desdobrar proteínas.
- Aquecimento: Ajuda na desnaturação das proteínas.
- β-mercaptoetanol: Reduz as pontes dissulfeto.
- Marcador de peso molecular: Permite estimar os tamanhos das proteínas.
- Membrana de nitrocelulose: Mantém as proteínas após a eletrotransferência.

O gel geralmente é corado após a separação de proteínas para visualização, mas não é
aconselhável usar o gel corado para transferência para a membrana de nitrocelulose.

As proteínas separadas na membrana de nitrocelulose são detectadas por reações com


anticorpos específicos marcados com uma substância que emite luz ou fluorescência, permitindo
a visualização das bandas de proteína.

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