1) Descreva as funcionalidades do teste de Coombs direto e
indireto. R: O teste de coombs é um tipo de exame de sangue que avalia a presença de anticorpos específicos que atacam as células vermelhas do sangue, provocando a sua destruição e podendo levar ao surgimento de um tipo de anemia conhecida como hemolítica ou doença hemolítica do RN.Podendo ser ele direto ou indireto. Direto: Avalia células vermelhas do sangue, se há anticorpo presente. positivo- Presença do anticorpo.( Ocorre aglutinação). negativo- Ausência de anticorpo que prova a destruição de hemácias.( Não ocorre aglutinação). Indireto: Avalia no plasma se há anticorpo presente. positivo- Presença de anticorpo negativo- Ausência de anticorpo
2) Descreva o processo e a importância da reação de
imunofluorescência direta e indireta. R: Reação de Imunofluorescência Direta: É a detecção direta de antígenos usando anticorpo antígeno específico marcado com fluoróforo. Utilizada para detectar antígenos em tecidos biológicos ou em suspensão (citometria de fluxo). É mais simples, antígeno que quero estudar na biópsia do paciente. Compro o anticorpo específico para minha pesquisa. Anticorpo com fluoróforo e coloco no tecido da biópsia, tendo ligação antígeno anticorpo. Anticorpo primário se liga ao antígeno (primário pois é o primeiro e único). Se houver marcação tem anticorpos. Reação de Imunofluorescência Indireta: Utilizado no diagnóstico de diversas doenças infecciosas e auto-imunes. Detecção de anticorpos reativos no soro do paciente utilizando um segundo anticorpo anti-Igg marcado com fluoróforo. Muito utilizada em tecido de biópsia e também consegue fazer avaliação em anticorpos que o paciente já tem, exemplo marcar os anticorpos de Lúpus. Processo: Compro o antígeno específico. Pego amostra do paciente (soro), se tiver autoanticorpo vai se ligar ao antígeno do paciente (primeiro anticorpo), porém não sinalizou cor ainda, assim compro outro anticorpo, esse é o secundário, específico para se ligar ao anticorpo do paciente, assim emite a imunofluorescência, consigo avaliar vários anticorpos. 3) Descreva o mecanismo de infecção mediado pelo Sars-CoV 2. R: Células alvo no início da infecção: Células epiteliais nasais, brônquicas e pneumócitos (II). A serina protease transmembrana tipo 2 (TMPRSS2) promove a absorção viral por clivar a proteína S do Sars-CoV-2 permitindo a ligação ao receptor ACE2. Então o vírus é internalizado em endossomos, libera e replica seu RNA através de replicases (RNA polimerase). Ocorre a produção das proteínas virais ocorre com a participação de ribossomos, RER e complexo de golgi, formando novos vírions. Infiltrado inflamatório. Infecção e morte de Linfócitos T CD4, comprometimento da barreira epitelial-endotelial e aumento da permeabilidade vascular (edema). Síndrome respiratória aguda e formação de microtrombos difusos 4) Descreva os métodos diagnósticos utilizados na COVID-19 e suas interpretações. R: Podem ser realizados testes de biologia molecular, sorologia ou imunocromatografia. Biologia molecular: Permite identificar a presença do material genético (RNA) do vírus em amostras de secreção respiratória (nasal, orofaringe ou escarro), por meio do RT-PCR.(Coletas 3 dias antes do surgimento dos sintomas ou após 10 dias, pode-se obter falso negativo.) Sorologia: Detecção de anticorpos IgM, IgA e/ou IgG produzidos pela resposta imunológica do indivíduo em relação ao vírus, podendo diagnosticar doença ativa ou pregressa. Principais metodologias são: ● Ensaio Imunoenzimático (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay – Elisa). ● Imunoensaio por quimioluminescência. (Os anticorpos podem ser detectados a partir do 7º dia de doença.) Testes rápidos (Imunocromatografia): O teste rápido de antígeno detecta proteína do vírus em amostras coletadas de naso/orofaringe, devendo ser realizado na infecção ativa (fase aguda). O teste rápido de anticorpos detecta IgM (fase aguda - ativa) e IgG (fase convalescente), em amostras de sangue total, soro ou plasma.