Você está na página 1de 3

RESUMO AULAS 1 e 2

Em um contexto de pesquisa e testes laboratoriais, os anticorpos desempenham um papel


fundamental. Para compreender melhor esse tópico, é importante considerar várias questões
relacionadas a anticorpos e suas aplicações.

As diferenças idiotípicas, isotípicas e alotípicas em uma molécula de anticorpo referem-se a


variações específicas nas regiões da molécula. Anticorpos antiisotípicos são utilizados em
pesquisa para distinguir diferentes subclasses de anticorpos, permitindo uma análise mais
precisa das respostas imunológicas.

Determinantes antigênicos são partes dos antígenos reconhecidos pelo sistema imunológico,
desempenhando um papel crucial na resposta imune.

Existem diferentes tipos de anticorpos, incluindo os murinos (de ratos), quiméricos (com partes
murinas e humanas), humanizados (principalmente humanos) e totalmente humanos. A
vantagem de usar anticorpos humanizados ou totalmente humanos reside na redução das
reações imunogênicas, tornando-os mais seguros e eficazes em aplicações terapêuticas.

Os anticorpos monoclonais, por sua vez, têm uma ampla gama de aplicações na área de saúde,
incluindo diagnóstico de doenças, tratamento de câncer e distúrbios autoimunes, bem como
pesquisa em biologia e medicina.

Para terapias contra o câncer, uma estratégia envolve o uso de anticorpos monoclonais para
direcionar especificamente células cancerígenas ou bloquear sinalizações que promovem o
crescimento tumoral.

Reatividade cruzada é quando um anticorpo reconhece diferentes antígenos, o que pode ser útil
em testes, mas também requer cuidados na interpretação dos resultados.

Reações de precipitação ocorrem quando antígenos e anticorpos formam complexos insolúveis,


e a zona de equivalência desempenha um papel importante na determinação das proporções
ideais dessas substâncias em reações antígeno-anticorpo.

Efeitos pró-zona e pós-zona são interferências nas reações laboratoriais devido ao excesso ou
deficiência de anticorpos, exigindo diluições adequadas para evitar resultados incorretos.

A imunodifusão radial dupla é uma técnica que identifica antígenos e anticorpos, oferecendo alta
especificidade, mas é uma abordagem demorada.

A imunoeletroforese é utilizada para separar proteínas com base em carga elétrica e tamanho,
com resultados interpretados pela formação de precipitados.

Nefelometria e turbidimetria são métodos para medir a concentração de proteínas com base na
dispersão de luz.

A imunoeletroforese simples unidimensional quantifica proteínas, enquanto a imunoeletroforese


dupla unidimensional identifica antígenos e anticorpos.

Em resumo, o estudo dos anticorpos e suas aplicações laboratoriais abrange uma ampla
variedade de conceitos e técnicas que desempenham um papel essencial na pesquisa,
diagnóstico e tratamento em saúde. A compreensão desses princípios é crucial para o avanço
contínuo da medicina e da biologia.
As reações imunológicas desempenham um papel fundamental na pesquisa médica e nos testes
laboratoriais. Diferentes tipos de reações, como aglutinação direta e indireta, são usados para
detectar antígenos e anticorpos. A aglutinação direta ocorre quando anticorpos se ligam
diretamente a antígenos nas superfícies das partículas, enquanto a aglutinação indireta passiva
envolve a detecção de antígenos adsorvidos em partículas.

Além disso, testes específicos, como o de inibição da hemaglutinação direta, são usados para
detectar antígenos virais, como a hemaglutinina viral, com base na capacidade de inibição da
aglutinação de hemácias.

Os grupos sanguíneos ABO são caracterizados pela aglutinação de hemácias quando soros de
diferentes tipos sanguíneos são misturados com hemácias correspondentes. Isso é vital para
determinar a compatibilidade em transfusões de sangue.

Hemácias também podem ser usadas como suporte para antígenos em reações de aglutinação
indireta, permitindo a detecção de anticorpos irregulares em pacientes.

O teste de fator reumatoide é uma aglutinação que detecta anticorpos que atacam proteínas do
próprio corpo. O teste de inibição de hemaglutinação para hCG identifica o hormônio da gravidez
com base na inibição da aglutinação de hemácias.

O Teste de Coombs avalia a presença de anticorpos contra as próprias hemácias e é usado na


eritroblastose fetal. Coombs direto verifica as hemácias do paciente, enquanto Coombs indireto
testa o soro.

Além disso, há testes de floculação para detecção de anticorpos contra cardiolipina na sífilis e
testes de fixação de complemento para diagnosticar doenças.

Por fim, os testes de imunocromatografia lateral são rápidos e usam anticorpos para detectar
antígenos específicos, enquanto a entrada do SARS-CoV-2 em células hospedeiras envolve a
interação da proteína spike viral com o receptor ACE2.

As proteínas do SARS-CoV-2 incluem a proteína spike (S), proteína da membrana (M), proteína
da nucleocapsídeo (N) e proteína da matriz (E).

A enzima conversora de angiotensina-2 (ACE-2) no corpo humano regula a pressão arterial e


serve como receptor para o SARS-CoV-2, permitindo que o vírus entre nas células hospedeiras.

Respostas imunológicas contra a COVID-19 incluem produção de anticorpos (IgM, IgG, IgA) e
ativação de células imunológicas, como linfócitos T. A tempestade inflamatória na COVID-19 é
uma resposta imunológica exacerbada, frequentemente envolvendo a liberação de citocinas. A
SDRA é uma complicação grave que pode ocorrer, afetando a função respiratória.

Variáveis que podem interferir na sensibilidade do exame RT-PCR incluem a qualidade da


amostra, momento da coleta e carga viral do paciente.

As fases da COVID-19 incluem a janela imunológica (quando o vírus está presente, mas os
anticorpos não são detectáveis), fase aguda (com sintomas e início da produção de anticorpos)
e fase tardia ou recorrente (com anticorpos ainda detectáveis após a recuperação).
O ensaio de RT-PCR é mais adequado nos primeiros dias de sintomas. Os exames sorológicos
podem ser feitos após vários dias para detectar IgA, IgM e IgG, com IgA podendo ser detectada
precocemente.

Os testes sorológicos para COVID-19 são interpretados com base na presença e níveis de
anticorpos. IgM indica infecção recente, IgG indica infecção passada ou resposta imunológica, e
IgA pode ser um marcador precoce. Resultados devem ser avaliados considerando outros dados
clínicos.

Em resumo, a COVID-19 envolve uma interação complexa entre o SARS-CoV-2 e o sistema


imunológico humano. A identificação das proteínas virais, compreensão das respostas
imunológicas, interpretação de diferentes fases da doença e escolha adequada de testes
laboratoriais são cruciais para o diagnóstico e manejo da infecção.

Você também pode gostar