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Podem ser: - Primárias: Devido a defeitos intrínsecos das células do sistema imune,
determinados geneticamente. Ex: Células B, T, fagócitos e complemento
IMUNODEFICIÊNCIAS PRIMÁRIAS
Indireto pelo acesso limitado aos locais de imunidade ativa como linfonodos, baço e
focos infecciosos
Feito, portanto, pelo sangue por meio da verificação da presença ou ausência de Ig, Ac
monoclonais direcionados contra alvos específicos, neutrófilos, outros leucócitos,
proteínas inclusive as do complemento
- Linfócitos T: avaliada por reações de hipersensibilidade tardia, testes intradérmicos
-Linfócitos B: determinação dos níveis circulantes de IgA, IgG e IgM (nefelometria) e
contagem dos linfócitos B circulantes (citometria de fluxo onde utilizaza-se Ac
monoclonais contra CD19, CD20 ou Igs de superfície)
Fagócitos: - Contagem no sangue total, medição da capacidade de fagocitose
(nitroblue tetrazólio) e mediação da capacidade de quimiotaxia
. Complemento: - Medição dos níveis individuais das proteínas por meio de
imunodifusão radial. - Avaliação do funcionamento de toda a cascata: ensaio de
hemólise pelo complemento (CH50: complemento necessário para hemolisar 50% das
células alvo sendo uma medida arbitrária da capacidade lítica do complemento no
soro)
. A deficiência de qq componente entre C1 e C9, manifesta-se como CH50 de valor
zeRo
IMUNOENSAIOS
HIV E AIDS
EPIDEMIOLOGIA
TRANSMISSÃO
- Sexual: Mulher para homem (1 em 700); Homem para mulher (1 em 200); Homem
para homem (mulher) (1 em 10); Sexo oral (até 6%);
Parenteral: Transfusão sangüinea (95 em 100); compartilhar agulhas/seringas (1 em
150); Acidente com agulha (1 em 200)
- Vertical (mãe – filho): – sem AZT (25 – 30%); - Com tratamento (2-3%)
HIV
Retrovírus
Tropismo por células que expressam CD4 na membrana: responsáveis pela depleção
dos linfócitos TCD4 auxiliares
Outra células infectadas: macrófagos alveolares, células dendríticas, células da
micróglia
O HIV é uma partícula esférica medindo de 100 a 120nm de diâmetro, pertencente ao
gênero Lentivirus e à família Retroviridae;
Apresenta em seu núcleo duas cópias de RNA de cadeia simples, encapsuladas por
uma camada proteica ou nucleocapsídeo, um capsídeo e um envelope externo
composto por uma bicamada fosfolipídica;
- O genoma do HIV inclui três principais genes que codificam as proteínas estruturais e
enzimas virais: gag, pol e env.
A nomenclatura das proteínas virais utiliza a abreviação “gp” para glicoproteína ou “p”
para proteína, seguida de um número que indica o peso molecular em kilodaltons (kd).
O gene gag codifica a p55, a partir da qual quatro proteínas estruturais do capsídeo
são formadas: p6, p9, p17 e p24;
- O capsídeo que circunda o ácido nucleico viral contém p24, p6 e p9, enquanto a p17
se encontra em uma camada entre o núcleo proteico e o invólucro, denominada
matriz proteica, a qual reveste a superfície interna da membrana viral.
HIV não é citopática para essas células tendo elas o papel de reservatório do vírus
MECANISMOS DE IMUNODEFICIÊNCIA
Três Fases:
A maioria das infecções pelo HIV-1 ocorre por meio das mucosas do trato genital
ou retal durante a relação sexual.
Nas primeiras horas após a infecção pela via sexual, o HIV e células infectadas
atravessam a barreira da mucosa, permitindo que o vírus se estabeleça no local de
entrada e continue infectando linfócitos T-CD4+, além de macrófagos e células
dendríticas.
Após a transmissão do vírus, há um período de aproximadamente dez dias,
denominado fase eclipse G, antes que o RNA viral seja detectável no plasma.
A partir dessa pequena população de células infectadas, o vírus é disseminado
inicialmente para os linfonodos locais e depois sistemicamente, em número
suficiente para estabelecer e manter a produção de vírus nos tecidos linfoides,
além de estabelecer um reservatório viral latente, principalmente em linfócitos T-
CD4+ de memória.
A replicação viral ativa e a livre circulação do vírus na corrente sanguínea causam a
formação de um pico de viremia por volta de 21 a 28 dias após a exposição ao HIV.
Essa viremia está associada a um declínio acentuado no número de linfócitos T-
CD4+.
INFECÇÃO PRIMÁRIA
INFECÇÃO CRÔNICA
Longo período de “latência clínica”
Fadiga, linfadenopatia podem ocorrer
<1% desenvolvem AIDS em 1 a 2 anos
50% em 10 anos
Contagem de CD4+ pode permanecer constante
Candidíase, herpes zoster e outras condições dermatológicas podem indicar o início da
doença
Sistema imunológico continua competente para lidar com a maioria das infecções
oportunistas, e poucas ou nenhuma manifestações clínicas da infecção com HIV estão
presentes
Essa fase é chamada período de latência do HIV
Baixos níveis do vírus são produzidos
Céls T no sangue não abriga vírus, em sua maioria
Destruição de células TCD4 dentro dos tecidos linfóides progride lentamente
TCD4 circulantes declinam
Indivíduos continuam susceptíveis a outras infecções e as respostas imunológicas a
elas, via sinalização por citocinas, pode ativar a produção de HIV pelas células
infectadas acelerando a destruição delas
- Imunodeficiência severa
- Infecções oportunistas
- Pneumocistis carinii, M.Avium, M.Tuberculosis
- Reativações de HSV, VZV
- HBV, toxoplasma, FLU,
SINAIS SUGESTIVOS:
Perda de peso; Tosse seca; Febre recorrente/suores noturnos; Fadiga profunda/inexplicada;
Linfonodos infartados; Diarréia prolongada; Manchas brancas na língua, boca, garganta;
PneumoniaS; Manchas vermelhas ou rosadas na pele; Perda de memória, demência.
TRATAMENTO
- São drogas:
São eficientes para redução de níveis de RNA plasmático do HIV (meses ou anos), porém não
impedem a progressão da doença devido à mutações de transcriptase reversa e portanto
resistentes à medicação
ASSOCIADOS A
HAART (Terapia antiretroviral altamente ativa) é muito eficiente para redução do RNA viral
plasmático
- Fase Crônica: Imunoensaio (3º ou 4ºg triagem) + TC (WB, IB, IBR ou TM). Obs: mais de
95% dos casos são diagnosticados nessa fase
CONTROLADORES DE ELITE
1º geração:
2º geração:
Metodologia indireta: Ag recombinantes ou peptídeos sintéticos derivados de
proteínas doo HIV
Mais sensíveis e específicos por conterem maior concentração de epítopos
imunodominantes de relevância
Janela de Soroconversão: 28 a 30 dias
3º geração:
4º geração:
Detecta Ag p24: Por Ac monoclonal na fase sólida que captura o Ag p24 do soro do
paciente + conjugado com Ac anti-p24
Detecta Ac anti-HIV por metodologia sanduíche
Janela de soroconversão: 15 dias
TESTES RÁPIDOS
TESTES MOLECULARES: TM
Diagnóstico em laboratórios
Teste rápido refere-se ao teste de HIV realizado em local que permite fornecer o
resultado durante a visita do paciente, com um resultado em cerca de 30 min
- Consultórios médicos, unidades móveis de testagem, atendimentos domiciliares, etc
Caso positivo, o indivíduo deverá ser encaminhado para diagnóstico especializado em
UBS
O emprego de fluxogramas com TR amplia o acesso ao diagnóstico e permite
antecipação do início do tratamento
O primeiro TR do fluxograma deve ter uma sensibilidade mínima de 99,5%
ELISA
Uma enzima, que reage com um substrato incolor para produzir um produto colorido,
é covalentemente ligada a um anticorpo específico que reconhece um antígeno alvo.
Se o antígeno estiver presente, o complexo anticorpo-enzima irá ligar-se a ele e a
enzima catalisará a reação. Então, a presença de produto colorido indica a presença de
antígeno.
Trata-se de um método eficiente pois permite detectar quantidades de proteína da
ordem de nanogramas (10-9 g).
O ELISA constitui a base do teste para infecção por HIV. Nesse teste, proteínas virais
(os antígenos) adsorvem nos “poços” (wells) da placa de ELISA. Em seguida, é
adicionado soro do paciente contendo anticorpos que se ligam aos antígenos.
Finalmente, anticorpos ligados à enzima ligam-se aos anticorpos humanos,
propiciando a reação enzimática com mudança de cor.
Material e conservação para envio: coletar em heparina. Tubo de tampa verde. Enviar
a temperatura ambiente.
Instruções para coleta: Há horário crítico para coleta. Por volta de 12:00 horas há uma
diminuição dos valores relativos do CD4. Deste horário em diante, há um aumento
discreto, hora a hora, até o pico das 20:00 horas. Desta forma deve-se recomendar aos
pacientes sempre coletar o sangue para este teste nos mesmos horários.
Estabilidade da amostra: 48 horas a temperatura ambiente, se coletado em heparina.
Método: Citometria de fluxo.
Reduções maiores que 30% entre duas determinações são altamente determinantes
na decisão de mudanças na terapêutica anti-viral.
Citometria de Fluxo
Tecnologia capaz de analisar simultaneamente diversos parâmetros de células ou
partículas em suspensão.
Princípio: incidência de uma fonte de luz laser que intercepta cada partícula. A
dispersão de luz fornece dados relativos ao tamanho à granulalidade da partícula.
Moléculas ou estruturas de interesse podem ser estudadas por marcação com
fluorocromos ou anticorpos monoclonais.