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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE

Virus: Virus Epstein-Barr (VEB) e Virus da Hepatite

Microbiologia e Parasitologia II

Docente:
Helder Alfredo:MBsc,Phd
Vírus Epstein-Barr
Descoberta
O EBV foi descoberto pela observação, por microscopia eletrônica, de
virions característicos de herpes em amostras de biópsia de uma neoplasia
de células B, o linfoma de Burkitt ou “linfoma africano” (AfBL, african
Burkitt lymphoma).
Sua associação com a mononucleose infecciosa foi descoberta
acidentalmente quando o soro coletado de um técnico de laboratório
convalescente de mononucleose infecciosa continha o anticorpo que
reconhecia as células do AfBL. Este achado foi posteriormente confirmado
em grande estudo sorológico realizado em estudantes de colégios.
Estrutura e Replicação
O Vírus Epstein-Barr tambem chamado Herpesvirus Humano 4 (HHV-4).
Grupo I: dsDNA ;
Ordem: Herpesvirales ;
Familia: Herpesviridae ;
Sub-familia: Gammaherpesvirinae ;
Genero: Lymphocryptovirus ;
Especie: Human Herpevirus 4 (HHV-4).
 120nm a 180 nm.
Genoma de DNA linear, fechado por uma proteina de capside.
O envelope viral é incorporado com glicoproteinas essenciais para a entrada do
virus na celula.
Estrutura e Replicação

A infecção por EBV apresenta três desfechos potenciais:


1. O EBV pode se replicar em células B ou células epiteliais permissíveis para sua
replicação.
2. O EBV pode causar a infecção latente de células B de memória na presença de
células T competentes.
3. O EBV pode estimular e imortalizar as células B.
O EBV codifica mais de 70 proteínas, das quais diferentes grupos são expressos nos
diferentes tipos de infecções.
O EBV infecta células epiteliais na saliva; células B virgens (naïve) em repouso nas
tonsilas. A produção de células B é estimulada primeiramente por meio da ligação entre
o vírus e o receptor C3d, um receptor que estimula o crescimento de células B, e então
pela expressão das proteínas de transformação e latência.
Estrutura e Replicação
antígenos nucleares de Epstein-Barr (EBNA) 1, 2, 3A, 3B e 3C; proteínas
de latência (LP); proteínas latentes de membrana e 2; e duas moléculas
pequenas de RNA codificadas pelo Epstein-Barr (EBER), EBER-1 e
EBER-2. As EBNA e PL são proteínas que se ligam ao DNA e que são
essenciais para o estabelecimento e manutenção da infecção (EBNA-1),
para a imortalização (EBNA-2) e para outros propósitos.
As proteínas latentes de membrana LMP são proteínas de membranas
que possuem atividade semelhante à de oncogenes.
O genoma torna-se circular;
As células seguem para folículos, que se tornam centros germinativos
nos linfonodos, onde células infectadas se diferenciam em células de
memória.
Cont
As proteínas virais produzidas durante uma infecção produtiva são definidas
e agrupadas sorologicamente como:
antígeno precoce (EA),
antígeno do capsídeo viral (VCA)
glicoproteínas do antígeno de membrana (MA).
Uma proteína precoce mimetiza o inibidor celular de apoptose e uma
proteína tardia mimetiza a atividade da interleucina-10 humana, o que
aumenta a produção de células B e inibe as respostas imunológicas por TH1.
Marcadores de Infecção por Vírus Epstein-Barr (EBV)
Patogênese e Imunidade
O EBV se adapta à célula B humana, manipulando e utilizando as
diferentes fases do desenvolvimento das células B para estabelecer
infecção vitalícia no indivíduo e ainda promover sua transmissão. As
doenças por EBV resultam de resposta imune hiperativa (mononucleose
infecciosa) ou da falta de um controle imunológico efetivo (doença
linfoproliferativa e tricoleucoplaquia).
A infecção produtiva de células B e células epiteliais da orofaringe,
como das amígdalas, promove a liberação do vírus na saliva para
transmitir a outros hospedeiros, estabelecendo uma viremia para
disseminar o vírus para outras células B em tecidos linfáticos e sangue.
Mecanismos Patológicos do Vírus Epstein-Barr (EBV)
O vírus na saliva inicia a infecção do epitélio oral e se dissemina para
células B das tonsilas,
Ocorre infecção produtiva em células B e células epiteliais,
O vírus promove o crescimento de células B (imortalização),
Células T destroem e limitam o supercrescimento de células B. As células
T são requeridas para o controle da infecção. O papel dos anticorpos é
limitado.

EBV estabelece latência em células B de memória e é reativado quando a


célula B é ativada A resposta de células T (linfocitose) contribui para os
sintomas de mononucleose infecciosa.
Cont
Ainfecção pode ser lítica, latente ou imortalizante, o que pode ser
distinguido com base na produção do vírus e expressão de diferentes
proteínas e antígenos virais.
As células T limitam o supercrescimento das células infectadas por EBV e
mantêm a infecção latente. CD, Grupamento de diferenciação; EA,
antígeno precoce; EBER, RNAcodificado por Epstein-Barr; EBNA,
antígeno nuclear codificado por Epstein-Barr; LMP, proteínas latentes de
membrana; LP, proteína latente; MA, antígeno de membrana; VCA,
antígeno do capsídeo viral; WBC, leucócitos; ZEBRA, peptídeo codificado
pela região gênica Z.
Cont
Epidemiologia
O EBV é transmitido pela saliva . Mais de 90% das pessoas infectadas por
EBV liberam intermitentemente o vírus por toda a vida, mesmo quando
totalmente assintomáticas. Crianças podem adquirir o vírus em qualquer
idade ao compartilhar copos contaminados. elas geralmente apresentam
doença subclínica. A troca de saliva entre adolescentes e adultos jovens
ocorre quase sempre durante o beijo; por isso, a mononucleose por EBV
ganhou o apelido de “doença do beijo”. A doença nessas pessoas pode
passar despercebida ou se manifestar em diferentes graus de gravidade.
Diagnóstico Laboratorial
A mononucleose infecciosa induzida por EBV é diagnosticada com base nos sintomas , no
achado de linfócitos atípicos e na presença de linfocitose (células mononucleares
constituindo 60% a 70% da contagem de leucócitos, com 30% de linfócitos atípicos), de
anticorpos heterófilos e de anticorpos contra antígenos virais. O isolamento do vírus não é
prático. PCR e análise por sonda de DNA para pesquisar o genoma viral e identificação por
imunofluorescência de antígenos virais são utilizadas para detectar evidências de infecção.
1. Sintomas:
a. Cefaleia leve, fadiga, febre
b. Tríade: linfadenopatia, esplenomegalia, faringite exsudativa
c. Outros: hepatite, exantema induzido por ampicilina
2. Hemograma completo
a. Hiperplasia
b. Linfócitos atípicos (células de Downey, células T)
3. Anticorpos heterófilos (transitórios)
4. Anticorpo específico para antígenos do EBV.
Tratamento, Prevenção e Controle
Não há tratamento efetivo ou vacina disponível contra as doenças por EBV. A
natureza ubíqua do vírus e o potencial de liberação assintomática tornam difícil o
controle da infecção. A infecção promove a imunidade por toda a vida. A melhor
maneira de se prevenir a mononucleose infecciosa é a exposição ao vírus na infância,
porque a doença é mais benigna em crianças.

NB: EVITEM O BEIJO!


Virus da Hepatite
Hepatite é a inflamação hepática difusa causada por vírus específicos
hepatotrópicos que apresentam diversos modos de transmissão e
epidemiologia. Um pródromo viral não específico é seguido de anorexia,
náuseas e, com frequência, febre ou dor em hipocôndrio direito do abdome.
são significativamente diferentes em sua estrutura,modo de replicação,
modo de transmissão, tempo de duração da doença e sequelas que causam.
O vírus da hepatite A (HAV) e o vírus da hepatite B (HBV) são os vírus
da hepatite clássica, e os vírus da hepatite C, G, E e o vírus da hepatite D
(HDV), ou agente delta, são chamados de vírus da hepatite não A, não B
(NANBH).
Aspectos Comparativos dos Vírus da Hepatite
Vírus da Hepatite A
Estrutura
O HAV é um vírus nu (não envelopado),
com capsídeo icosaédrico e 27 nm de diâmetro;
possui um genoma de RNA de fita simples e polaridade positiva com
cerca de 7.470 nucleotídeos.
O genoma do HAV tem uma proteína VPg ligada à extremidade 5’ e uma
sequência poliadenilada na extremidade 3’. O capsídeo é mais estável a
ácidos e outros tratamentos em comparação aos demais picornavírus.
Existe apenas um sorotipo de HAV.
Estrutura
Replicação
O HAV se replica como os outros picornavírus.
Ele interage especificamente, através da glicoproteína, com o receptor celular
1 (HAVCR-1, também conhecido como domínio de mucina e imunoglobulina
de célula T [TIM-1]) expresso nas células hepáticas e em células T.
A estrutura do HAVCR-1 pode variar de indivíduo para indivíduo, e formas
específicas se correlacionam com a gravidade da doença.
diferentemente dos outros picornavírus, o HAV não é citolítico e é liberado
por exocitose. Isolados laboratoriais de HAV foram adaptados para crescer
em cultivos celulares primários e linhagens contínuas oriundas de rins de
macacos, mas isolados clínicos têm dificuldade de crescer em cultivo celular
Patogênese
O HAV é ingerido e penetra na corrente sanguínea pelo revestimento
epitelial da orofaringe ou do intestino para atingir seu alvo, As células
parenquimatosas do fígado.
O vírus se replica em hepatócitos e nas células de Kupffer, sendo
posteriormente liberado na bile e daí para as fezes.
O vírus é excretado em grande quantidade nas fezes e isso ocorre cerca de
10 dias antes do aparecimento dos sintomas de icterícia ou da detecção do
anticorpo.
Patogênese

Disseminação do vírus da hepatite A no corpo.


Epidemiologia

Cerca de 40% dos casos agudos de hepatite são causados por HAV.
O vírus se espalha facilmente em uma comunidade, pois a maioria das
pessoas infectadas é contagiosa 10 a 14 dias antes do aparecimento dos
sintomas.
90% das crianças infectadas e entre 25 e 50% dos adultos infectados são
portadores de infecções produtivas, mas não aparentes.
Diagnóstico Laboratorial

O diagnóstico da infecção por HAV é geralmente realizado com base na


duração dos sintomas clínicos, na identificação de uma fonte de
infecção conhecida e, de modo mais confiável, nos resultados obtidos de
testes sorológicos específicos.
A melhor maneira de demonstrar uma infecção aguda por HAV é pelo
achado de IgM anti-HAV, medida por ensaio imunossorvente ligado à
enzima (ELISA) ou radioimunoensaio.
O isolamento viral não é realizado, pois ainda não existe um sistema
eficiente de cultivo celular para a multiplicação viral.
Tratamento, Prevenção e Controle

A transmissão do HAV é reduzida interrompendo-se a disseminação do


vírus pela rota fecal-oral.
é preciso evitar o consumo de água ou alimentos potencialmente
contaminados, frutos do mar crus. A lavagem apropriada das mãos, em
creches, hospitais psiquiátricos e outras instalações de atendimento, é de
vital importância. O tratamento da água potável com cloro geralmente é
suficiente para matar o vírus.
Vírus da Hepatite B
Estrutura
O HBV é um vírus de DNA envelopado,
pequeno e com várias propriedades incomuns.
O genoma de DNA de fita parcialmente dupla é pequeno, circular e com
apenas 3.200 bases.
Embora sendo um vírus de DNA, ele codifica uma transcriptase reversa e
se replica por meio de um intermediário de RNA.
Vírus da Hepatite B
Replicação
A replicação de HBV é única por várias razões. Em primeiro lugar,
O HBV tem tropismo distintamente definido para o fígado.
Seu genoma pequeno também necessita de economia, como ilustrado pelo
padrão de sua transcrição e tradução.
O HBV se replica por meio de um intermediário de RNA, produzindo e
liberando partículas antigênicas (HBsAg).
Replicação
Patogênese e Imunidade
O HBV pode causar doença aguda ou crônica, sintomática ou
assintomática.
A determinação de qual doença ocorrerá parece depender da resposta
imune do indivíduo à infecção. A detecção de ambos os componentes,
HBsAg e HBeAg, do virion no sangue indica a existência de uma
infecção ativa em andamento.
As partículas de HBsAg continuam a ser liberadas no sangue, mesmo
depois que a liberação do virion tenha sido finalizada e a infecção
resolvida.
Patogênese e Imunidade
Epidemiologia
Nos Estados Unidos, mais de 12 milhões de pessoas foram infectadas com
HBV (1 em 20) com 5.000 mortes por ano. No mundo, uma em cada três
pessoas já foi infectada com o HBV, com cerca de 1 milhão de mortes por
ano.
Mais de 350 milhões de pessoas no mundo possuem a infecção crônica por
HBV. Nas nações em desenvolvimento, aproximadamente 15% da
população podem ser infectados durante o nascimento ou na infância.
Taxas elevadas de soropositividade são observadas na Itália, na Grécia, na
África e no sudoeste da Ásia. Em algumas áreas do mundo (sul da na
África e sudeste da Ásia), a taxa de soroconversão chega a 50%. O PHC,
uma sequela de longo prazo da infecção, também é endêmico nessas
regiões.
Tratamento, Prevenção e Controle
A imunoglobulina da hepatite B pode ser administrada dentro de 1
semana da exposição e a bebês recém- nascidos de mães portadoras de
HBsAg, para prevenir ou atenuar a doença.
A infecção crônica por HBV pode ser tratada com drogas voltadas para a
polimerase – por exemplo, lamivudina (2’3’didesoxi-3’-tiacitidina),
que também é um inibidor da transcriptase reversa do HIV – ou análogos
de nucleosídeos, adefovir, dipivoxil e fanciclovir.
Esses tratamentos aprovados pela FDA nos Estados Unidos são aplicados
durante 1 ano. Infelizmente, a resistência às drogas antivirais tem sido
desenvolvida. O α-interferon peguilado também pode ser efetivo e deve
ser administrado durante pelo menos 4 meses.
Vírus das Hepatites C e G
Estrutura e Replicação
 gênero Hepacivirus da família Flaviviridae;
O vírus tem 30 a 60 nm de diâmetro;
Genoma de RNA de polaridade positiva e é envelopado;
O genoma do HCV (9.100 nucleotídeos) codifica 10 proteínas, incluindo
duas glicoproteínas (E1, E2).
O HCV infecta somente humanos e chimpanzés. O HCV se adere aos
receptores de superfície CD81 (tetraspanina),que são expressos nos
hepatócitos e nos linfócitos B
A RNA polimerase dependente de RNA viral é propensa ao erro e gera
mutações nos genes das glicoproteínas e em outros genes, o que acaba gerando
uma variabilidade antigênica.
Epidemiologia

O HCV é transmitido principalmente por sangue infectado e por via


sexual.
Os usuários de drogas injetáveis, indivíduos tatuados, que recebem
transfusões e órgãos transplantados e os hemofílicos que recebem o
fator VIII ou IX estão em risco máximo de infecção.
Diagnóstico Laboratorial
O diagnóstico e a detecção da infecção por HCV se baseiam no
reconhecimento por ELISA do anticorpo anti- HCV ou detecção do genoma
do RNA.
A soroconversão ocorre dentro de 7 a 31 semanas da infecção.
O teste de ELISA é usado para triagem do suprimento de sangue de
doadores normais. Assim como para o HIV, os resultados podem ser
confirmados por procedimentos como Western immunoblot.
Nem sempre o anticorpo é detectável em pessoas virêmicas, em pacientes
imunocomprometidos ou naqueles submetidos a tratamento de hemodiálise.
A detecção e a quantificação pela reação da cadeia da polimerase após
transcrição reversa (RT- PCR), o teste b-DNA (branched-DNA) e outras
técnicas moleculares são o “padrão-ouro” para confirmação do diagnóstico
de HCV e para garantir o sucesso da terapia com drogas antivirais.
Tratamento, Prevenção e Controle

As precauções para a transmissão do HCV são similares às do HBV e


outros patógenos transmitidos pelo sangue. Doadores de sangue e
órgãos são diagnosticados quanto à presença de HCV. Indivíduos
infectados com
HCV não devem dividir itens de higiene pessoal e agulhas de seringa
que possam estar contaminados com sangue e devem praticar sexo
seguro. A ingestão de álcool deve ser limitada porque exacerba os danos
ao fígado causados pelo HCV..
Vírus da Hepatite D
Estrutura e Replicação
O genoma do RNA do HDV é muito pequeno (cerca de 1.700
nucleotídeos) e, diferentemente de outros vírus,
O RNA de fita simples é circular e em formato de haste como resultado de
seu pareamento extensivo de base.
O virion tem quase o mesmo tamanho do virion do HBV (35 a 37nm de
diâmetro).
O genoma é cercado pelo nucleocapsídeo do antígeno delta, que é
revestido por um envelope contendo HBsAg.
O antígeno delta existe com uma forma pequena (24 kDa) ou grande (27
kDa), mas a forma pequena é predominante.
Vírus da Hepatite D

O virion da hepatite delta. HBsAg, Antígeno de superfície do vírus da hepatite B; RNAss, RNAde fita simples
Patogênese
Da mesma forma que o HBV, o agente delta é disseminado em sangue,
sêmen e secreções vaginais.
ele pode replicar-se e causar doença somente em pessoas com infecções ativas
por HBV. Uma vez que dois agentes sejam transmitidos pelas mesmas vias,
uma pessoa pode ser coinfectada com HBV e com o agente delta.
Uma pessoa com HBV crônica também pode ser superinfectada com o agente
delta. A progressão mais rápida e intensa ocorre em portadores de HBV
superinfectados com HDV do que em pessoas coinfectadas com HBV e o
agente delta, porque durante a coinfecção, o HBV precisa primeiro
estabelecer sua infecção antes que o HDV possa se replicar , enquanto na
superinfecção por HBV, o vírus permite que o agente delta se replique
imediatamente.
Epidemiologia
O agente delta infecta crianças e adultos com infecção subjacente por
HBV, e as pessoas persistentemente infectadas com HBV e HDV
representam uma fonte para o vírus. O agente tem distribuição mundial
infectando cerca de 5% dos 3 × 108 portadores de HBV, sendo endêmico
no sul da Itália, Bacia Amazônica, partes da África e Oriente Médio. As
epidemias de infecção por HDV ocorrem na América do Norte e na
Europa Ocidental, geralmente em usuários de drogas ilícitas. O HDV se
dissemina pelas mesmas vias que o HBV e os mesmos grupos estão em
risco de infecção, estando em risco máximo usuários de drogas
parenterais, hemofílicos e outros receptores de produtos de sangue. A
triagem em bancos de sangue reduziu o risco para os receptores de
transfusões de derivados de sangue.
Diagnóstico Laboratorial
A presença do agente pode ser notada pela detecção do genoma de
RNA, do antígeno delta ou de anticorpos anti-HDV.
Os procedimentos por ELISA e radioimunoensaio estão disponíveis para
essa detecção.
O antígeno delta pode ser detectado no sangue durante a fase aguda da
doença em amostra de soro tratada com detergente.
Técnicas de RT-PCR podem ser utilizadas para detectar o genoma do
virion no sangue.
Tratamento, Prevenção e Controle
Não existe tratamento específico conhecido para a hepatite por
HDV.
O agente delta dependa do HBV para replicação e seja disseminado
pelas mesmas vias, a prevenção da infecção com HBV evita a infecção
por HDV.
A imunização com a vacina de HBV protege contra a infecção
subsequente com o vírus delta. Se uma pessoa já adquiriu o HBV, a
infecção com o agente delta pode ser prevenida suspendendo-se o uso
intravenoso de drogas ilícitas e evitando-se produtos de sangue
contaminado com HDV.
Obrigado Pela Atenção

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