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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
DISCIPLINA DE IMUNOLOGIA CLÍNICA

MONONUCLEOSE
INFECCIOSA PELO VÍRUS
Epstein Barr
GRUPO: ALICE CRISTINA, GIOVANNA THAIS,
JAMILLE BORGES, KAIO FREITAS E RODRIGO
BRITO.
CARACTERÍSTICAS EBV

● Herpesvírus humano 4;
● Simetria icosaédrica; envelopado;
● ↑ Afinidade cél. epiteliais da nasofaringe, orofarige e por LB;
● Genoma viral - DNA fita dupla;
● Tegumento
● Genótipos: EBV-1 e EBV-2;
● Imortalização de células B
CICLO VIRAL

Cíclo Lítico
● BZLF1 e BRLF1 - reativação;
BZLF1 - inibição da expressão de citocinas
pró-inflamatórias;
BGLF5 - redução da expressão de MHC.

● Fase tardia: produção de proteínas; estruturais


para montar o nucleocapsídeo viral - tropismo;
BLLF1 - nucleocapsídeo viral e ligação a
CD21 de cél. B;
Gp 42, gH e gL liga-se ao MHC classe II do
LB.
CICLO VIRAL
Fase
latente Diminuição da expressão de genes virais

LMP-1 homólogo funcional CD40; proliferação


de cél. B infectadas.

LMP-2/Bcr - ambos contêm ITAMs; ausência de


antígenos - sinal tônico não proliferativo para
sobrevivência da célula

Fase II - inibição de alguns genes das células B


expressando apenas EBNA-1, LMP-1, LMP-2, e
EBERs - diferenciar celulas B em células B de
memória
Fase I - LB de memória lançadas na corrente sang.
TRANSMISSÃO
● Via oral-oral (Saliva, Fômites)

Porta de entrada do vírus EBV: Nasofaringe

Logo após a infecção o vírus apresenta um pico de


concentração na saliva

Após a expansão de células B infectadas pelo EBV – o vírus


é eliminado em títulos elevados na saliva

A transmissão por contato menos íntimo é menos encontrada

● Transfusão Sanguínea
● Transplante de medula óssea
● Via Transplacentária
SINTOMATOLOGIA

● Febre
● Fadiga
● Dores no corpo
● Dor de Cabeça
● Dor de garganta
● Tosse
● Mal-estar
● Sonolência
● Náusea
● Falta de apetite
● Suor noturno
SINTOMATOLOGIA
● Aumento das amígdalas e formação
de placas (dificuldade de respirar e
● Linfadenomegalia deglutir)
● Hepatomegalia
● Exantema maculopapular/Rash de
● Esplenomegalia co amoxicilina
● Disfunção hepática
● Inflamação em outros órgãos
● Icterícia (Pleura, coração e pâncreas)
● Hepatite Ruptura do baço

● Anemia
EVOLUÇÃO DA DOENÇA
● Infecção dos LB maduros de memória, linfócitos T e células NK- células capazes de se
manter em latência;
● Podendo haver também diferenciação de linfócitos B de anticorpos;
● Transformação dos LB e proliferação linfóide generalizada
● Fase Inicial da infecção - células T supressoras, as células NK e as células T citotóxicas
específicas são importantes no controle da proliferação dos linfócitos B infectados por EBV
● Fase subsequente da infecção - ocorre a produção de células T citotóxicas HLA - restritas -
destroem células infectadas pelo EBV;
● As células B humanas - fonte de IL-10
● IL-10 - potente inibidor da apresentação de antígenos, impedindo a produção de citocinas
Th1 associadas (IL-2 e ING-gama), resultando em supressão da resposta imune
EVOLUÇÃO DA DOENÇA
A interleucina-10 humana (IL-10)

● Partilham uma homologia estrutural extensiva com o gene de replicação tardia EBV
BCRF1, IL-10 viral
● Funcionalmente, a IL-10 humana e viral suprime a produção de IL-2 e a proliferação de
células
● A presença de IL-10 humana tem sido relatada em vários fluidos corporais e e em
contraste, a presença de IL-10 viral foi relatada apenas em amostras de plasma ou soro
de doentes com mononucleose infecciosa induzida por EBV aguda,
TRATAMENTO
● O tratamento preconizado é essencialmente sintomático
● Não há fármaco antiviral específico que atue adequadamente na terapêutica da MI.
● O quadro costuma se resolver espontaneamente em duas semanas.
● Devido ao risco de ruptura do baço, recomenda-se evitar exercícios por pelo menos quatro
semanas.
● Gargarejos com água são indicados para aliviar a dor de garganta
● Analgésicos – como acetaminofeno – podem ser usados para tratamento da dor
DIAGNÓSTICO
● Os testes para anticorpos antivírus Epstein-Barr (EBV) são utilizados para auxiliar no diagnóstico de
mononucleose infecciosa (mono).

○ Quando a pessoa apresenta sintomas sugestivos de mono, mas com monoteste negativo.
○ Quando uma mulher grávida tem sintomas de gripe.
○ Podem ser solicitados para o indivíduo assintomático.

● É recomendado serem feitos vários testes para determinar se o indivíduo é suscetível ao EBV, ou para detectar
uma infecção recente ou prévia, ou reativação da infecção pelo EBV. Entre eles:

● IgM anti Antígenos do Capsídeo Viral (VCA)


● IgG anti-VCA
● Antígeno Precoce D (EA-D)
● Antígenos Nucleares do Epstein Barr (EBNA)
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
● Células do Sangue:

Pleomorfismo das células mononucleares,


linfocitoses, monócitos anormais, células
mononucleares.

As células anormais variam enormemente em


termos de tamanho e forma.

Os linfócitos atípicos observados na


A a F, Mononucleose infecciosa: linfócitos exibindo níveis crescentes de atipia;
mononucleose infecciosa são linfócitos T
A, tipo I de Downey, B e C, tipo II de Downey; D, E e F, tipo III de Downey. G,
policlonais.
Linfócitos do sangue de paciente com mononucleose infecciosa.
TESTE DE PAUL-BUNMELL
● Os pacientes com mononucleose infecciosa geralmente (85-90%) têm anticorpos heterófilo.
● Podem ser detectados pelo teste de Paul-Bunnell. Este teste usa os glóbulos vermelhos dos carneiros que são
preparados especialmente.
○ Estes aglutinam-se ou agregam-se quando são postas em amostras de sangue de pacientes com
anticorpos heterófilos.
Tubos de ensaio repousar
Soro é aquecido 0,1 mL de uma Diluições
durante 30 minutos a suspensão a 2% de à temperatura ambiente
seriadas do soro Agitar
56ºC. eritrócitos de carneiro. por 2 horas.

Na presença de achados clínicos e hematológicos sugestivos de


mononucleose infecciosa um título de 1:224 ou superior pode ser
Aglutinação dos Tubos são agitados
interpretado como confirmatório do diagnóstico.
crepúsculos novamente
DIAGNÓSTICO
Monospot® ou Reação de HOFF-BAUER

● Os glóbulos vermelhos do cavalo agregam ou aglutinam quando expostos aos anticorpos


heterófilo.
● Os resultados podem ser falsos negativos em casos de 25% na primeira semana, em 5-10% casos
na segunda semana e em casos de 5% na terceira semana da doença.
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
Anticorpos específicos para EBV:
● Se os resultados para anticorpos heterófilos são até seis semanas negativas na doença, os
anticorpos específicos de EBV precisam ser testados.
● Os anticorpos testados são desenvolvidos pelo corpo contra as proteínas que se encontram dentro
do núcleo do vírus do EB.
○ Anticorpos contra os antígenos virais do capsídeo (VCAs) e o antígeno nuclear de EBV
(EBNA).
● Anticorpos anti-VCA são os primeiros a surgir, inicialmente IgM, e depois IgG.
● Os anticorpos IgG anti-VCA atingem um pico de 2 a 3 semanas .
● Os anticorpos específicos induzidos pelo EBV podem ser demonstrados por imunofluorescência ou ensaios
imunoenzimáticos (ELISA).
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
● Estudos consideram a PCR como a principal técnica capaz de detectar quantidades mínimas do genoma
viral, tanto em pacientes sintomáticos quanto em assintomáticos, por essa razão é possível a diminuição
dos casos mais graves dessa infecção viral.
● A técnica da PCR permite que uma região alvo do DNA seja ampliada várias vezes, empregando
nucleotídeos, sequências iniciadoras (primers) e enzimas polimerases. Assim, é possível adquirir muitas
cópias de uma sequência específica de ácido nucléico a partir de uma fita molde.
REFERÊNCIA
1. https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-por-herpesv%C3
%ADrus/mononucleose-infecciosa#v788946_pt
2. https://www.news-medical.net/health/Diagnosis-of-glandular-fever-(Portuguese).aspx
3. http://www.ciencianews.com.br/arquivos/ACET/IMAGENS/biblioteca-digital/hematologia/serie_branca/Alteraco
es_reacionais_de_leucocitos/2-Mononucleose-Infecciosa-conceito-diagnostico-e-tratamento.pdf
4. https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/6661/mononucleose_infecciosa.htm
5. OLIVEIRA, J. L. D. et al. O vírus Epstein-Barr e a mononucleose infecciosa: Epstein-Barr virus and infectious
mononucleosis. Revista da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, São Paulo, v. 10, n. 6, p. 535-543, nov./2012.
Disponível em: http://www.sbcm.org.br/revistas/RBCM/RBCM-2012-06.pdf. Acesso em: 20 jul. 2021.
6. BIBLIOTECA DIGITAL DE TESES E DISSERTAÇÕES (UFAM). EPIDEMIOLOGIA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS
EPSTEIN-BARR (EBV) EM MANAUS E PRESIDENTE FIGUEIRED. Disponível em:
https://tede.ufam.edu.br/bitstream/tede/7294/5/Disserta%C3%A7%C3%A3o_CarlosEduardoAlves_PPGCF.pdf. Acesso
em: 18 jul. 2021.
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