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Doenças snc

Doenças que afetam sistema nervoso hiperêmicas e opacas, além de em alguns casos serem
Bacterianas: observados pequenos focos de malacia no nerópilo, com
Listeriose; a formação de numerosos microabscessos na
Meningite; histopatologia;
Empiema basilar;
Neurotuberculose; Encontrada
Botulismo; Silagem pobremente fermentada – Ph elevado (acima
Tétano; 5,5);
Ambiente – Solo;
Virais: Silagens com Ph elevado (acima 5);
Raiva; Septicemia em neonatos – Abcessos fígado/rim;
Meningoencefalite por herpesvírus tipo 5; Metrite/Placentite/Aborto – Ovinos E bovinos;
Leucose enzoótica bovina;
Epidemiologia
Outras:
Período de Incubação: Mínimo de 3 semanas;
Babesiose;
Evolução clínica aguda: Subaguda;
Cetose;
Morbidade: 0,77% a 1,6%;
Letalidade: Próxima de 100% em animais não tratados;
Listeriose
Agente: Listeria monocytogenes;
Sinais clínicos
As três formas da doença são:
Febre; Depressão;
- Septicêmica: Formação de abcessos em múltiplas
Andar em círculos;
vísceras;
Ptose palpebral;
- Reprodutiva: Aborto, metrite e placentite;
Orelha caída;
- Neurológica: Meningoencefalite supurativa;
Disfagia;
Formas neurológicas:
Paresia ou paralisia da língua;
Ruminantes ADULTOS;
Incoordenação motora;
Evolução da doença é de 7 a 14 dias e os sinais clínicos
Conjuntivite unilateral;
refletem lesão inflamatória do tronco encefálico; Lesões
Evolução clínica: De 3 a 7 dias;
macroscópicas, geralmente, não são observados, mas as
leptomeninges podem estar
Diagnóstico Mal nutrição;
Histórico epidemiológico; Infecções virais concomitantes – BVD
Sinais clínicos; (imunossupressão);
Achados patológicos; Morbidade: Baixa;
Exames laboratoriais (isolamento – Imunohistoquímica); Mortalidade: Próxima de 100%;
Septicemia – Infecções umbilicais: (Onfaloflebites
Tratamento bacterianas secundárias);
Sucesso em fases iniciais – ATBterapia e anti-
inflamatórios; Sinais clínicos
- Febre;
Profilaxia - Anorexia/Letargia;
Imunização – Vacinas atenuadas ou inativas (Vários - Depressão;
países) – No Brasil ainda não tem; - Hiperestesia/Tremores musculares;
Conservação das silagens e/ou fenos; - Incoordenação motora;
Casos de surtos devido silagem – Suspender a oferta - Andar em círculos;
para bovinos, ovinos e caprinos; - Opistótono;
- Evolução clínica: Aguda, subaguda e crônica;
Meningite
Agente: Escherichia coli – Streptococcus spp; As quais
Achados de necropsia
atravessam as leptomeninges e o espaço subaracnoide Deposição de fibrina nas leptomeninges;
pela via hematógena;
Inflamação das meninges; Diagnóstico
Classificada pela duração (aguda ou crônica); Histórico epidemiológico;
Estruturas afetadas (meningite, meningoencefalite ou Sinais clínicos;
meningoventriculite);
Acometem ruminantes jovens, devido a falha na Achados patológicos
transmissão de imunidade passiva, provocada pela Exames laboratoriais (Isolamento-Imunohistoquímica-
inadequada ingestão de colostro, desnutrição e Diagnóstico definitivo);
infecções virais concomitantes;
Tratamento clínico
Epidemiologia Anti-inflamatórios e ATBterapia – Amplo espectro;
Principal doença neurológica em animais jovens;
Bovinos, caprinos e ovinos; Profilaxia
Disseminação por via hematógena; Imunidade Passiva – Ingestão de colostro;
Desinfecção do umbigo após o nascimento;
Falha na transmissão de imunidade passiva: Evitar miíases, onfaloflebites, poliartrite e septicemia;
Inadequada ingestão de colostro;
Manejo sanitária e ambiental – Medidas essenciais; Sinais clínicos
Evolução clínica:
Botulismo - Aguda (1-2 dias);
Agente: Clostridium botulinum; Um micro-organismo que - Subaguda (3-7 dias);
proliferam em carcaças em decomposição e algumas - Crônica (7-30 dias);
vezes na matéria vegetal; Dependente da quantidade de toxina ingerida;
Doença causada pela ingestão de toxina do Clostridium Paralisia flácida dos músculos da locomoção, mastigação,
botulinum, que leva a lesões na junção neuromuscular; deglutição e respiração; Estado mental normal;
Botulismo é uma intoxicação caracterizada pela paralisia
motora rápida; Achados patológicos
No ambiente, a bactéria é encontrada principalmente na Não há lesões significativas na necropsia e nos achados
forma de esporos; histopatológicos;
Quando em presença de matéria orgânica e condições
adequadas (anaerobiose), estes germinam e multiplicam- Diagnóstico
se, produzindo a toxina botulínica; Diagnóstico é clinico;
As neurotoxinas produzem paralisia funcional sem o Histórico epidemiológico;
desenvolvimento de lesões; Sinais clínicos;
A pecuária extensiva em regiões de solos ácidos Não tem lesões na necropsia;
(deficientes em minerais) expõe os animais a problemas
de mineralização, de modo que eles se tornam sensíveis
Confirmação laboratorial
a intoxicação pelas toxinas de C.. botulinum presentes
Material: Fígado (250g) refrigerados ou congelados,
em grande quantidade nesse tipo de ambiente;
conteúdo ruminal, fragmento de ID;
- Osteofagia;

Epidemiologia Diagnósticos diferenciais


Raiva;
Surtos de botulismo em bovinos:
Meningoencefalite por herpesvírus tipo 5; Listeriose;
- Deficiência de fósforo e osteofagia;
Intoxicação por Senna acidentalis; Polioencefalomalácea;
- Esporadica, longos períodos, criação extensiva;
- Ingestão da toxina presente em alimentos ou água:
Bovinos, ovinos, caprinos, equinos e supinos;
Profilaxia
- Alta mortalidade de animais, curto espaço de tempo; Não há tratamento específico;
- Ingestão de água e de cama de frango contaminadas Vacinação: Imunização a partir dos 4 meses de idade +
com carcaças, contaminação de silagem, alfafa, milho e reforço vacinal;
restos de comida provenientes de restaurante;
Tétano
Agente: Clostridium tetani;
Tétano é uma doença infecciosa não contagiosa;
É altamente letal e acomete todos os mamíferos, porém esta falta de inibição dos neurônios motores ocorre
os equinos são mais sensíveis; rigidez muscular (tetania);
Clostridium tetani é comumente encontrado em solos
contaminados por fezes; Sinais clínicos
É um bacilo Gram-positivo, anaeróbico estrito e formador Rigidez progressiva da musculatura esquelética;
de esporos terminais que variam de arredondados a Agravados por estímulos externos (sons ou toque);
ovais; Timpanismo leve a moderado;
A ocorrência desta enfermidade em geral é esporádica, Prolapso de terceira pálpebra;
mas surtos tem ocorrido em bovinos após práticas Orelhas eretas;
zootécnicas como, por exemplo, aplicação de vermífugos Quedas;
ou vacinas com o uso de equipamentos não higienizados Opistótono;
devidamente ou através da contaminação da pele por
poeira ou lama durante tais práticas; Achados patológicos
Não há lesões significativas na necropsia e nos achados
Três toxinas histopatológicos;
Teanospasmina: Neurônios inibidores, impedem a
liberação de neurotransmissores; Diagnóstico
Teanolisina: Necrose; Histórico epidemiológico e Manifestações clínicos;
Não espamosgênica;
Tratamento
Epidemiologia Drenagem e limpeza do ferimento inicial –
- Infecção natural; Debridamento;
- Fonte de infecção – Solo, materiais contaminados; Infiltração de Penicilina G em torno da ferida;
- Todas as espécies de animais de interesse zootécnico Soro antitetânico;
são sensíveis; Altas doses do soro antitetânico no início do quadro –
Período de incubação: 2 a 20dias; Difícil cura;
Relaxamento tetania muscular – Acepromazina;
Patogenia
Penetração de esporos de Clostridium tetani em feridas, Profilaxia
com consequente multiplicação e produção de uma Imunização de Bezerros, Cordeiros e Caprinos ais 3 e 6
potente neurotoxina, a tetanospasmina; meses de idade + uma dose reforço vacinal;
Para a manifestação clínica do tétano é necessário Vacinação de fêmeas na final da gestação;
ferimento ou solução de continuidade que possibilite a
introdução da bactéria;
Raiva
A capacidade de inibir indesejáveis que partem do
Gênero: Lyssavírus;
sistema nervoso rumo a musculatura é perdida; Devido
Agente: Rabdovirus;
Vetor: Morcegos hematófagos – Desmodus rotundus; Sinais clínicos
A raiva, causada pelo vírus Rabdovírus, em bovinos é o Forma paralítica:
maior problema econômico de saúde pública na América Bovino, Equino e Ovinos;
do Sul; Incoordenação dos MP;
A raiva transmitida por morcegos hematófagos resulta Paresia e paralisia ascendente;
em surtos cíclicos; Relaxamento esfíncter anal;
Além de ser uma zoonose importante para a saúde Paralisia cauda e Tremores de cabeça; Opistótono e
pública, ocasiona grandes perdas econômicas para a Salivação;
pecuária; Curso clínico: Média 5 dias (1-10 dias bovinos);
Depois de penetrar na corrente sanguínea, o vírus ataca
os nervos, segue o curso destes até chegar na espinha Forma furiosa:
e, finalmente, atinge o cérebro; Todos os animais de - Mugidos;
sangue quente são suscetíveis ao vírus da raiva; A - Agressividade;
doença se apresenta de duas formas, a forma paralítica - Hiperexcitabilidade;
e a forma furiosa; Não existe tratamento, sendo todos
os casos fatais; Achados de necropsia
- Tronco encefálico e cerebelo;
Epidemiologia - Pneumonia supurativa secundária;
Ocorrência sazonal (abril – agosto); - Bexiga repleta;
Cíclica (períodos com intervalo de 7 anos);
Morbidade: Inferior a 10% (coeficientes superiores a Achados histopatológicos
30%); Hemorragia em cornos dorsal e ventral em medula
Letalidade: Invariamente 100%; espinhal;
Período de incubação: 2-12 semanas (em geral, 30-60 Lesões inflamatórias em SNC;
dias);
Inoculado na junção neuromuscular – Vírus faz migração Diagnóstico
retrógrada; Histórico epidemiológico;
Quadro clínico;
Fatores que contribuem Achados patológicos;
Aumento da oferta de alimento, representado pelo Exames laboratoriais (IFD);
crescimento dos rebanhos; Ocupação desordenada por
macro modificações ambientais; Tratamento/Profilaxia
Oferta de abrigos artificiais como: Construções, tuneis, Não há tratamento específico;
cisternas, casas abandonadas, bueiros, etc; Atuação Medicina Populacional;
insatisfatória na execução do Programa Estadual de Imunização do rebanho (bovinos, equinos, caprinos e
Controle da Raiva dos herbívoros; ovinos);
Dose inicial + Reforço vacinal (2 meses de idade);
Anualmente; Andar em círculos/Cegueira;
Choque contra obstáculos;
Meningoencefalite por Herpesvírus Bovino Salivação;
tipo 5 Paralisia da língua;
A meningoencefalite causada por herpesvírus bovino – Incoordenação/Opistótono;
5 (BoHV5) é uma doença infectocontagiosa, aguda ou Decúbito;
subaguda e geralmente fatal, que afeta principalmente
bovinos jovens submetidos a situações de estresse, Achados histopatológicos
embora possa também afetar animais adultos; Lesões inflamatória em SNC;
A doença ocorre na forma de surtos ou de casos
isolados; Diagnóstico
A meningoencefalite por BoHV – 5 é uma doença Histórico epidemiológico;
geralmente esporádica e fatal; Quadro clínico;
Fatores epidemiológicos que favorecem a disseminação Achados patológicos;
viral nos rebanhos incluem a grande concentração de Exames laboratoriais (Isolamento viral/ IFD);
animais, introdução de bovinos de outros locais e
desmame de lotes de bezerros em idade que coincide Tratamento/Profilaxia
com o decréscimo da imunidade passiva; Não há tratamento específico para Meningoencefalite
- Alto período de latência; por Herpesvírus tipo 5;
Imunização ativa e passiva – Herpesvírus tipo 1 e 5;
Patogênese Pode resultar em proteção cruzada entre BHV – 1 e
Via de acesso ao SNC; BHV – 5;
Mucosa nasal e trato olfatório; Pode resultar em proteção cruzada entre BHV – 1 e
Nervo trigêmeo após infecção das tonsilas; BHV – 5;
Isolamento dos animais acometidos;
Epidemiologia
Idade: 2 meses a 3 anos; Leucose enzoótica bovina
Morbidade: Baixa; Epidemiologia:
Letalidade: 75 – 100%; - Transmissão horizontal através de linfócitos infectados
Condições de estresse – Confinamento – (Iatrogênica);
Imunossupressão; - Transmissão pela ingestão de colostro de vacas
Período de incubação: 10 a 15 dias; positivas;
- Transmissão vertical pouco frequente;
Sinais clínicos - Transmissão por insetos hematófagos;
Febre/Depressão; - Grande maioria dos bovinos são portadores
Corrimento nasal/ocular; assintomáticos;
Incapacidade apreensão;
LEB – Única forma enzoótica;
- Bovinos acima de 2 anos (maior incidência entre 5 e
7 anos);
- Apenas 1-1,5% dos bovinos infectados desenvolvem a
forma clínica da LEB;
;
Sinais clínicos
Perda de peso;
Queda na produção leiteira; Linfadenomegalia
generalizada;
Exoftalmia bilateral – Linfonodo Retrobulbar;
Incoordenação motora;
Paresia e paralisia de membros pélvicos;

Achados de necropsia
Agregados linfoides em abomaso e medula espinhal;
Linfonodos aumentados de tamanho;

Diagnóstico
Histórico epidemiológico;
Sinais clínicos;
Achados patológicos (Achados de necropsia
característicos – LEB);
Testes mais utilizados – AGID e ELISA;

Tratamento/Profilaxia
Não há tratamento específico;
Medidas profiláticas para evitar contaminação
iatrogênica;
Descarte dos animais soropositivos;
Lotes soropositivos – Soronegativos/Campos
separados;
Rebanhos positivos – Retestados 3 e 6 meses;
Bezerros nascidos de vacas positivas – Colostro de
vacas negativas;

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