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INFECÇÕES CONGÊNITAS
• Histórico e Epidemiologia
- Primeira descrição do Toxoplasma gondii p or Alfonso Splendore em São
Paulo (1908 ) em tecidos de coelhos: Formas graves, transmissão
intra-uterina, envolvimento ocular e associação com doenças
imunodepressoras
- Incidência (3,3 casos/10.000 nascidos vivos):
- Infecção primária em grávidas (Abordagem da infecção durante a gestação)
➢ Soroprevalência gestacional – entre 42 e 92% (Brasil)
• Diagnóstico
- Cultivo em tecido
- Isolamento do T. gondii n o sangue ou fluidos
- Cistos na placenta ou tecidos
- Demonstração de antígenos em tecido ou fluidos por PCR-DNA ou testes
sorológicos
- Inoculação de leucócitos, fluidos ou fragmentos de tecidos em cobaias
- Anticorpos IgG: ELISA, IFA, hemaglutinação indireta e aglutinação direta
➢ IgG positiva: exposição ao parasita
➢ Exames sorológicos de duas amostras coletadas: diferenciação entre
infecção recente ou em passado distante
- Anticorpos IgM: DS-ELISA IgM, ISAGA e hemaglutinação reversa ➢ IgM
positiva: infecção recente (detectáveis por 6 a 9 meses) → fazer avidez de IgG,
IgA e IgE
➢ Se negativa: exclui o diagnóstico de infecção recente
- Anticorpos IgA/ IgE positiva: infecção recente
• No último trimestre IgM(-) não permite descartar totalmente uma infecção adquirida no início da
gestação, principalmente se o IgG estiver alto
• Melhor aplicação no primeiro trimestre
• Avidez alta: afasta primoinfecção; Avidez baixa: infecção recente? ➢ Repetir o IgG e IgM (detectar
curva ascendente dos títulos)
- Diagnóstico no feto:
➢ PCR no líquido amniótico → diagnóstico pré-natal da toxoplasmose
congênita (sensibilidade de 92% e especificidade de 100%)
➢ Ultrassonografia fetal
➢ Análise de sangue fetal através de cordocentese
➢ Exame da placenta
- Diagnóstico laboratorial: Quando investigar?
➢ Suspeita – avaliações, LCR, CT, US
➢ Infecção congênita confirmada:Anticorpos IgM ou IgA ou IgE nos
primeiros 6 meses de vida
Títulos ascendentes de IgG
Persistência de IgG após os 12 meses
Exame da placenta com PCR ou cortes
histológicos com imunoperoxidase
PCR positivo no líquido amniótico
após a 18a semana (70%)
➢ Acs IgM no LCR → infecção no SNC
➢ Pleocitose persistente e hiperproteinorraquia → indicativas de
toxoplasmose
➢ Diagnóstico de certeza: antígenos de Toxoplasma no LCR
• Tratamento
- Secundária
➢ Evitar a transmissão transplacentária
- Terciária
➢ Diagnóstico precoce e tratamento para prevenir ou minimizar os rsicos
de sequelas futuras
• Prognóstico
• Patogênese
- Viremia materna → vasculite placentária e fetal → insuficiência vascular
➢ Rupturas cromossômicas, diminuição das mitoses, do número de células
e do crescimento de órgãos
➢ Reabsorção do embrião, abortamentos, natimortos e RN com a síndrome
da rubéola congênita sintomática ou assintomática
- Taxas de malformação
➢ Primeiras 8 semanas: 40 a 60%
➢ 3o mês: 35%
➢ 4omês: 10%
• Manifestações clínicas
• Dados clínicos
- Pneumonia intersticial, miosite, miocardite, diarreia, rash rubeoliforme crônico,
fontanela anterior aumentada, leucopenia
- Diabetes mellitus nos adultos (20%) e disfunções da tireoide (5%)
- SRC ao nascer: 50% das crianças afetadas no 1º trimestre
➢ outras 50% com RNPM e/ou deficiência auditiva com 1 ano de idade
- Manifestações permanentes precoces ou tardias
• Vigilância epidemiológica
- Casos suspeitos:
➢ Todo RN cuja mãe foi caso suspeito, confirmado ou teve contato com
caso confirmado durante a gestação
➢ Toda criança de até 12 meses que apresente sinais clínicos compatíveis
com infecção congênita da rubéola, independente da história materna
★ Conduta diante de caso suspeito:
✓ Notificar e investigar
✓ Coletar amostra de sangue do RN para sorologia ao nascer/mais
precocemente possível (até o 5o mÊs)
✓ Isolamento viral – sorologia p/ IgM; a identificar o genótipo viral
✓ Realizar diagnóstico diferencial
✓ Quando a mãe do caso suspeito não foi investigada - realizar na mesma
pesquisa IgM e IgG
✓ Medidas de controle: vacinação de bloqueio (para os contatos
suscetíveis)
com tríplice ou dupla viral
✓ Precauções de contato caso internado
- Casos confirmados:
➢ Caso suspeito com malformações congênitas compatíveis com SRC e
evidência laboratorial - IgM específicos ou elevação persistente dos
títulos de IgG por ELISA em amostras de soro pareadas, com intervalo de
6 meses; Detecção viral em amostras clínicas (swab de NF, urina)
* Casos suspeitos de SRC devem ser investigado até 48 horas após a notificação
• Tratamento
- Paliativo (não há tratamento para cura)
- Atendimento multidisciplinar
- Prevenção com imunização (tríplice viral em duas doses)
* Contraindicada na gravidez + A gravidez deve ser evitada durante 30 dias
após a aplicação da vacina
- Imunoglobulina como profilaxia na pós-exposição
CITOMEGALOVIROSE CONGÊNITA
• Transmissão
• Diagnóstico na Gravidez
- Soroconversão materna
➢ Realizar amniocentese a partir da 21a semana de gestação e pesquisa do
CMV no LA por PCR e cultura viral, se possível
➢ Amniocentese positiva: Ecografia fetal mensal e RM cerebral fetal no
final da gravidez
• Diagnóstico no neonato
- DNA viral na urina (PCR)
➢ Sensibilidade e especificidade comparável a cultura viral (padrão ouro)
- Presença na urina de células com inclusão intranuclear basófila – “olho de
coruja”- evidência de infecção
- Aumento de 4 vezes no título de sorologia pareada ou demonstração de
excreção viral (diagnóstico presuntivo)
- Detecção de anticorpos específicos para CMV (imunofluorescência,
hemaglutinação e ELISA)
➢ IgM elevada no sangue do cordão (mais de 20mg/dL)
- Reação em cadeia da polImerase (PCR) no líquido amniótico
➢ Muito sensível após a 21a semana
• Avaliação
- Exame físico (peso, estatura e PC em toda consulta)
* Microcefalia ao nascer é o preditor mais específico de déficit cognitivo
- Hemograma
- US transfontanela
- Avaliação auditiva e fundoscopia
- Imagem de SNC e PL
- CT em todas as crianças infectadas, mesmo assintomáticas
* US não afasta alterações do SNC
- LCR
- DNPM
• Tratamento
- Critérios:
➢ Sintomáticas com infecção comprovada/quaisquer evidências de
envolvimento do SNC
➢ Idade < 1 mês no diagnóstico; Peso > 1.200g
➢ Pneumonite
- Ganciclovir 8 a 12 mg/kg/dia EV a cada 12h por 6 semanas
➢ Controle da neutropenia e plaquetopenia, HC, Ureia e creatinina e do
LCR