Você está na página 1de 3

Infecções congênitas Hemograma, perfil hepático

Transmissão durante vida uterina, hematogênica Avaliação audiologica e oftalmológica


transplacentária.
Tratamento
Pode causar abortamento, mal formação congênita ou
assintomático ao nascimento. Tratamento depende da avaliação materna se mãe tratada
adequadamente ou não.
Sífilis congênita – Treponema Pallidum

Transmitido em qualquer fase da doença.

Risco maior na fase primaria e secundaria.

Pelo menos metade dos RN com sífilis congênita é


assintomática ou pouco sintomática, sendo a história
materna fundamental para determinar o risco de infecção.
Quando sintomático, o RN pode apresentar sinais gerais
(prematuridade, restrição do crescimento intrauterino,
hepatoesplenomegalia, adenomegalia, icterícia, edema,
hidropisia, pneumonite, anemia)

Quadro clinico

Síndrome congênita precoce – primeiros 2 anos de vida.

• Lesões cutâneas TOXOPLASMOSE – Toxoplasma Gondii


Maculopapular
Pênfigo sifilítico – lesões altamente infecciosas, Resultante da infestação pelo T. gondii durante a gestação
repleta de treponema. em mulheres soronegativas e/ou reinfecção materna por
• Lesões mucosa parasitas mais agressivos ou de reagudização em mães
imunodeprimidas.
Placas mucosa e condiloma plano.
Quadro clinico-
• Rinite sifilítica sanguinolenta
• Lesões ósseas • Lesões SNC –

Periostite, osteocondrite acompanhada com dor e Hidrocefalia


pseudoparalisia de membros (Pseudoparalisia de Parrot).
Calcificação intracraniana
• Alteração hematológica
• Lesões oculares –
• Neurosífilis
• Coriorretinite – aspecto de sal e pimenta Coriorretinite
Quando não tratada, sucedem-se lesões ósseas, articulares, • Deficiência intelectual
neurológicas e oculares que comprometem gravemente o
desenvolvimento da criança. (TARDIA) Tríade clássica: Hidrocefalia + Calcificação intracraniana
(TODA) por todas partes + Coriorretinite.
Avaliação complementar
Sequelas tardias são frequentes, mesmo entre as crianças
Se quadro clinico de Sd. Congênita e RN com mãe assintomáticas ao nascer; até 85% apresentarão cicatrizes
diagnosticada com sífilis. de retinocoroidite nas primeiras décadas de vida, e cerca de
50% evoluirão com anormalidades neurológicas.
Teste treponemico – TPHA, FTABS, teste rápido crianças
acima 18 meses. NÃO USA ESSES TESTE EM RN. Critérios diagnostico
Teste não treponemico – VDRL – sangue periférico.

Útil para diagnostico e seguimento.

Outras avaliações:

Radiografia de ossos longos

Avaliação líquor: Neurosífilis

• VDRL reagente
• Celularidade > 25 Tratamento
• Proteinúria > 150
A transmissão fetal pode ocorrer se gestante com infecção
primaria ou infecção pregressa, por meio da reativação de
infecção latente ou reinfecção com nova cepa viral.

10 – 15% RN infectados terão doença aparente ao nascer.

Restante 85-90% de RN com CMVc será assintomático e


não reconhecido no período neonatal.
Corticoides – se criança com retinocoroidite em atividade
As sequelas, principalmente a perda auditiva
ou proteinorragia > 1gr
neurossensorial, poderão ocorrer em 6-23% dos RN
assintomáticos e em 22-95% dos sintomáticos, podendo ser
detectáveis ao nascer ou nos primeiros 24 meses de vidaA

Quadro clinico

Trombocitopenia, petéquias, anemia, hepatite, ictericia


colestática, hepatoesplenomegalia, pneumonite, restrição
do crescimento intrauterino, microcefalia, calcificações
Rubéola – vírus RNA envelopado. intracerebrais (PERIVENTRICULAR), ventriculomegalia,
malformações corticais e/ou cerebelares, coriorretinite e
Transmissão mãe para feto 50% quando infecção materna perda auditiva)
no primeiro trimestre de gestação é <1% após 12 semanas
de gestação. Surdez – sequela mais frequente.

Óbito fetal, abortamento ou anomalias da síndrome da Diagnostico


rubéola congênita (SRC) ocorre quando a infecção materna Detecção do vírus PCR em urina ou saliva ate 3 semanas de
se dá no primeiro trimestre da gestação. idade.
DIAGNOSTICO A detecção de IgM anti-CMV é pouco sensível para
O diagnóstico da infecção materna deve ser feito por testes diagnosticar CMVc. Como a infeção pelo CMV é
de detecção de anticorpos específicos das classes IgG e frequentemente transmitida no período peri e pós-natal
IgM. O diagnóstico de infecção fetal inclui a detecção de (secreções vaginais e aleitamento materno), a detecção do
IgM fetal após 22-24 semanas de gestação ou cultura viral DNA-CMV após 3 semanas poderá refletir a infecção
do líquido amniótico. perinatal e não a congênita. Contrastando com a CMVc, a
perinatal geralmente não causa manifestações ou
Quadro clinico repercussões clínicas, e quando ocorrem são manifestações
transitórias.
• RCIU – Restrição crescimento intrauterino
• Deficiência auditiva – Mais frequente Tratamento
• Malformação cardíaca –
CMVc assintomáticos ou levemente sintomáticos (presença
Persistência canal arterial e estenose da Art. Pulmonar de uma ou duas manifestações que aparecem isoladas e
são transitórias) não devem ser tratados.
• Mal formação ocular –
Não há evidências robustas que indiquem tratamento para
Coriorretinite RN com perda auditiva isolada.
Catarata – reflexo do olho vermelho O tratamento é atualmente preconizado para crianças com
• Alterações cutâneas – CMVc e doença moderada a grave (multissistêmica e/ou
alteração SNC).
Exantema petequial, purpúreo.

Tratamento

Manejo das sequelas.

Citomegalovírus – Família Herpes viridae.

É a causa mais comum de infecção congênita em todo


mundo.
Vírus herpes simples e decidir pelo tipo de parto. O manejo de RN
assintomáticos expostos à infecção materna é complexo.
Transmitido através da mucosa, com migração para tecido
nervoso, onde ficam latentes. A prevenção pós-natal consiste em evitar o contato com as
lesões maternas e lavar adequadamente as mãos durante o
VHS-1 – Tem predominância em lesões orofaciais, sendo
manuseio do RN. A amamentação só deve ser evitada caso
encontrados nos gânglios trigêmeos.
haja lesões nas mamas. Se houver herpes labial, a puérpera
VHS-2 – Comumente encontrados nos gânglios deverá usar máscara.
lombossacrais.

Ambos podem causar lesões genitais, sendo a infecção por


VHS-2 sexualmente transmissível e muito prevalente.

Podem causar doença localizada na pele, globo ocular, boca


e produzir viremia. Entretanto, em torno de 2/3 das
gestantes apresentam infecções assintomáticas e/ou
subclínicas.

A transmissão pode ser feita tanto por primoinfecção


quanto a infecção recorrente (reinfecção ou reativação de
infecção latente).

80-90 % perinatal, 30-50% dos bebês adquirem o VHS na


vigência de primoinfecção materna próxima ao parto,
enquanto < 1% será infectado por gestantes com
soropositividade anterior.

Mais comum em mães jovens, com infecção recente, idade


gestacional < 32 semanas, parto vaginal, com lesões ativas
em mucosas vulvovaginais e naquelas com amniorrexe
precoce.

Diagnostico

Detecção de anticorpos contra herpes simples 1 e 2

Detecção DNA viral por PCR.

Isolamento viral nas lesões genitais.

Manifestações clinicas

Recém-nascidos infectados são raramente sintomáticos ao


nascer, manifestando sinais de doença com 7-12 dias de
idade, podendo apresentá-la de três maneiras:

a) mucocutânea localizada: pele, olhos e/ou boca.

b) sistema nervoso central (encefalite) com ou sem lesões


muco cutâneas.

c) doença disseminada (sepsis-like), a qual pode ser letal


em > 80%, se não tratada.

Sequelas graves podem advir mesmo em crianças tratadas.


Recorrências são comuns após o tratamento, devendo-se
fazer uso de antiviral por 6 meses a 2 anos para controlá-
las.

Prevenção

A prevenção da transmissão vertical e doença do RN requer


o manejo adequado da grávida, incluindo diagnosticar se a
infecção é primária ou recorrente, se há lesões ativas em
região genital, se haveria indicação de tratamento materno

Você também pode gostar