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negativa.
Infecção do feto durante a vida intrauterina ou durante
trabalho de parto. Transmissão: pode ocorrer em qualquer fase da
doença, mas há maior chance nos quadros primários e
O agente infeccioso no organismo da mãe atravessa a
secundários (70 – 100% casos).
barreira transplacentária e infecta o feto.
o É mais frequente transmissão intraútero,
Há manifestações inespecíficas comuns de infecções
mas também pode ocorrer durante a
congênitas: baixo peso, hepatomegalia,
passagem do feto pelo canal de parto, se
esplenomegalia, icterícia, rash etc.
houver lesões ativas.
Pode ocasionar também consequências na gestação,
como aborto, malformações congênitas, óbito fetal etc. o Pode ser prevenida pelo tratamento
adequado na gestação.
Infecções precoces (1° trimestre) afeta o
desenvolvimento embrionário do feto, causando as
malformações perceptíveis ao nascimento. RN exposto à sífilis:
Infecções mais tardias (3° trimestre) o feto já está Filhos de mães diagnosticadas durante o pré-natal e
desenvolvido e apresenta-se assintomático adequadamente tratadas.
inicialmente, mas há sinais tardios de sequela. É o
RN com sífilis congênita:
período de maior transmissibilidade pois há redução
da função da barreira transplacentária. Filhos de mães não tratadas ou tratadas de forma
inadequada, considera-se como infectados –
TORCHS = TOxoplasmose, Rubéola, Citomegalovírus
notificação compulsória!
(CMV), Herpes e Sífilis.
QUADRO CLÍNICO
As gestantes devem realizar triagem dessas
infecções: Sífilis congênita precoce:
Sífilis: VDRL na primeira consulta do pré-natal Manifestações surgem nos primeiros 2 anos de vida
(1° trimestre), início do 3° trimestre (28 da criança.
semanas) e no momento do parto.
Rinite sifilítica: resultado do processo erosivo do
treponema na cavidade nasal, ocorre e 40% dos
Hepatite B: Anti-HBs na primeira consulta (1°
casos; pode ser sanguinolento.
trimestre); se gestantes no momento do parto
sem todas as vacinas realizadas, testá-la na
maternidade.
Neurossífilis
Pneumonite / pneumonia
o Nariz em sela
o Osteocondrite
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o Hipodesenvolvimento maxilar periférico da mãe e do RN de forma pareada para
comparação.
o Palato em ogiva No seguimento, é repetido com 1, 3, 6, 12 e 18
meses de vida.
Oftalmológicas Interrupção: 2 testes não reagentes consecutivos
o Coriorretinite
2) Exames laboratoriais:
o Glaucoma secundário
a. Hemograma
o Cicatriz córnea
b. Perfil hepático – TGO, TGP, bilirrubina
o Atrofia óptica
total e direta, albumina
c. Eletrólitos
Auditiva: perda auditiva sensorial.
TRATAMENTO
Esqueléticas:
o Tíbia em sabre O primeiro passo é avaliar como foi o tratamento
o Sinal de Higoumenakis: alargamento da materno.
porção esternoclavicular da clavícula
Tratamento adequado materno:
o Juntas de Clutton
o Escápula escafoide Estágio clínico Tratamento
Sífilis recente (< 2 anos Penicilina benzatina 2,4
evolução) – primária, milhões UI, IM, dose única
EXAMES COMPLEMENTARES
secundária e latente
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Sífilis tardia (> 2 anos Penicilina benzatina 2,4 Se alteração liquórica = obrigatoriamente penicilina
evolução) – latente tardia, milhões UI, IM, uma vez por cristalina por 10 dias, pois é a única penicilina que
duração ignorada e terciária semana, por 3 semanas. atravessa barreira hematoencefálica de forma
Penicilina cristalina 18-24 eficiente.
Neurossífilis milhões UI, doses de 3-4 mi
Se não houver alterações clínicas, liquóricas e
UI a cada 4 horas ou infusão
sorologia negativa = penicilina benzatina IM dose
contínua, por 14 dias.
única – é obrigatório o acompanhamento dessa
criança.
1) Adequadamente tratada:
*Deve realizar precaução de contato por até 24 horas
Foi realizado tratamento completo com penicilina após o início do tratamento!
benzatina, iniciado até 30 dias antes do parto.
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Orientar não amamentação e inibir a lactação
com medicação (cabergolina)
CMV.
Realizado quando criança sintomática moderada a
Transmissão intraútero costuma ser mais complicada Pode levar a depressão de funcionamento da
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Transaminases mensal o Letargia
Avaliação oftalmológica o Tônus muscular reduzido
Avaliação auditiva a cada 6 meses por 3 anos o Convulsões
e anual até 19 anos
Avaliação do DNPM e cognitivo Infecção disseminada (sepsis-like): ocorre 5 a
6 dias após o parto.
HERPES-SIMPLES VÍRUS
DIAGNÓSTICO
HSV-1: infecta pele e mucosa, acima da
cintura. Clínica
HSV-2: infecta genitália e o neonato, como Laboratorial: detecção de DNA viral por PCR
consequência do parto. em lesões, sangue e LCR ou cultura viral.