Você está na página 1de 2

AGENTE ETIOLÓGICO Figura 2 - Exantema maculopapulares característicos da rubéola.

Fonte:
Levinson,2016.
Vírus de RNA pertencente ao gênero
Rubéola Adquirida
Rubivirus da família Togaviridae (Figura 1).
Inicia-se com período prodrômico,
Apresenta segmento de RNA fita simples positiva
apresentando febre e mal-estar com dores
sem a presença de polimerase no virion. Além
generalizadas. E pode surgir linfoadenopatia
disso, é formado por nucleocapsídeo icosaédrico e
auricular posterior. Posteriormente, surgem
envelope lipoproteico, bem como possui apenas
exantemas maculopapulares (Figura 2).
um antígeno: a hemaglutinina na superfície de
Inicialmente na face e avançando de maneira
espículas.
descendente em direção às extremidades. E
podem surgir complicações em adultos, como a
EPIDEMIOLOGIA:
poliartrite causada por complexos imunes.
A ação da vigilância epidemiológica e o
aumento da vacinação contribuíram para a
Síndrome da rubéola congênita
redução de casos. Mas epidemias ocorrem onde a
O vírus é teratogênico, por isso causa
vacinação não acontece, o que permite a
malformações congênitas quando a gestante é
reintrodução do vírus onde houve erradicação da
infectada durante o primeiro trimestre. Tais
doença.
malformações generalizadas podem acometer o
Como os humanos são os únicos
coração com a persistência do canal arterial e
reservatórios naturais, a transmissão ocorre por
estenose aórtica ou pulmonar; nos olhos provoca
meio de gotículas respiratórias de secreção
cataratas(figura 3) e glaucoma (Figura 4); e no
nasofaríngea. Também pode acontecer
encéfalo resulta em surdez ou deficiência mental.
transmissão vertical da mãe para o feto, pela via
Como efeito disso, no nascimento as crianças
transplacentária após infecção materna.
apresentam baixo peso e geralmente são
prematuras.
FISIOPATOLOGIA
Manifestações transitórias podem ocorrer:
O período de incubação da doença é de 14
hepatoesplenomegalia, hepatite, osteopatia de
a 21 dias. Apesar de o vírus não ser citológico,
ossos longos, adenopatia ou miocardite.
ele infecta o trato respiratório superior na
nasofaringe e nos linfonodos locais. Ocorre
DIAGNÓSTICO
multiplicação e disseminação pelo sangue para
Diagnóstico laboratorial acontece por
órgãos e para a pele.
sorologia para detecção de anticorpos IgM
No feto pode causar distúrbios e hipoplasia
específicos e titulação de anticorpos IgG por
no desenvolvimento de órgãos.
ELISA.
Na gestação, é indicado solicitar o exame
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
no pré-natal apenas se desconfiar da exposição
ao vírus. Se houver infecção recente, solicita
amniocentese para investigar o líquido amniótico e
indicar a infecção fetal definitiva.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Para rubéola adquirida: doenças
exantemáticas febris como dengue, sarampo ou
chikungunya.
Para rubéola congênita: infecções
congênitas por citomegalovírus, herpes simples,
Zika vírus, sífilis.

TRATAMENTO
Não existe terapia antiviral. Trata-se os
sinais e sintomas apresentados.
A prevenção é feita com vacina viva
atenuada (Figura 5). É aplicada em crianças com
15 meses junto da vacina contra sarampo e
caxumba.

- LEVINSON, W. Microbiologia e imunologia


médicas. 13. ed. Porto Alegre: AMGH, 2016.
- FONTE DA IMAGEM É ESSA
- BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de
Vigilância em Saúde. -3 ed. - Brasília, 2019.
Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/gu
ia_vigilancia_saude_3ed.pdf. Acesso em: 01 Figura 5 - Vacina tríplice viral contra rubéola, sarampo e caxumba.
Fonte: SCIENCE PHOTO LIBRARY, 2018.
de abr. 2020.
- MURRAY, P.R. Microbiologia Médica. 6 ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.

Figura 3 - Regiões turvas representando a catarata como manifestação clinica


provocada pela rubéola congênita
FONTE: PUBLIC HEALTH IMAGE LIBRARY (PHIL), 1976

‘ Figura 1 - Ilustração do vírus da Rubéola. Fonte: SCIENCE PHOTO


LIBRARY, 2018.

Figura 4 - Córneas turvas caracterizando um quadro de glaucoma em criança


provocada pela rubéola congênita
FONTE: PUBLIC HEALTH IMAGE LIBRARY (PHIL), 1969

Você também pode gostar