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Diocreciano Bero
Introdução
• Infecções virais durante a gravidez apresenta risco de transmissão
intrauterina que pode resultar em danos fatais ao embrião ou ao feto.
Até ao início do século XIX --» a rubéola era considerada uma forma benigna do
sarampo, tendo sido denominada sarampo alemão.
1814 --» Maton descreveu a doença como uma entidade clínica diferente do
sarampo, chamando a infecção pelo vírus da rubéola de rötheln.
1866 --»Veale (médico alemão) propoe o termo rubella, por ser um nome mais
sonoro na língua inglesa.
Histórico (2)
• 1914 (Hess) --» sugeriu a etiologia viral para a rubéola realizando estudos em
macacos.
• 1938 (Hiro e Tasaka) --» confirmaram que a rubéola era transmitida por um
vírus quando conseguiram reproduzir a doença inoculando em crianças sadias
fluidos de secreções nasais de indivíduos com rubéola passados em filtros que
retinham bactérias.
Família: Togaviridae
Gênero: Rubivirus
Espécie: Rubellavirus (ou espécie vírus da rubéola)
O exantema começa na
face e no couro
cabeludo, espalhando-se
pelo corpo de maneira
centrípeta.
Rubéola congênita
• A rubéola congênita é transmitida por via
transplacentária da mãe para o embrião ou para o
feto.
Tipo Anomalia
Ocular Catarata, microftalmia, glaucoma, retinite
Cardíaco Persistência do ducto arterial, defeito no septo interauricular, defeito no septo
interventricular, estenose da artéria pulmonar periférica
Auditivo Surdez neurossensorial
Neurológico Retardo mental, meningoencefalite, pan-encefalite progressiva (rara),
microcefalia
Outros Retardo do crescimento, baixo peso ao nascimento, lesões ósseas,
hepatoesplenomegalia, púrpura trombocitopênica, pneumonia, diabetes mellitus,
tireoidite
Diagnóstico laboratorial (1)
• Os sintomas comuns da rubéola pós-natal são frequentemente confundidos com
aqueles causados por outras viroses exantemáticas, tais como dengue e
parvovirose, entre outras.
• O vírus pode ser isolado de urina e fezes, porém esses espécimes não
desempenham um papel relevante na transmissão pós-natal.
Diagnóstico laboratorial (2)
O HCMV pertence à,
Ordem: Herpesvirales
Família: Herpesviridae
Subfamília: Betaherpesvirinae
Gênero: Citomegalovirus
Espécie: Herpesvirus humano 5 (ou espécie herpesvírus humano 5).
A infecção pelo HCMV também pode ser adquirida por meio de contaminação
com diversos líquidos biológicos, tais como:
saliva, sangue, sêmen, secreção vaginal, urina, leite materno, transfusão
sanguínea e transplantes de órgãos.
Receptores de transplantes Doença febril com leucopenia e mal-estar, pneumonite, enterocolite, esofagite ou
de órgãos sólidos gastrite, hepatite, retinite, outras doenças invasivas (nefrite, cistite, miocardite,
pancreatite)
Receptores de transplantes Pneumonite, enterocolite, esofagite ou gastrite, menos frequentemente retinite,
de medula óssea encefalite, hepatite
Cerca de 50% das crianças nascidas de parto normal, cuja cérvice da mãe está
infectada, adquire infecção pelo HCMV tornando-se, portanto, excretora do
vírus com 3 a 4 semanas de idade.
A maioria das infecções pelo HCMV adquiridas pelo adulto jovem seja
assintomática, os pacientes podem desenvolver uma síndrome mononucleose-
like, com sintomas semelhantes aos da infecção pelo EBV (vírus Epstein-Barr)
Detecção viral --» O vírus pode ser isolado a partir de saliva, urina, fígado, adenoides,
rins e leucócitos do sangue periférico.
O diagnóstico de certeza dessa infecção é obtido pela cultura do vírus ou, mais
frequentemente, pela amplificação do seu genoma no líquido amniótico obtido
por amniocentese.
Diagnóstico diferencial
A infecção pelo HCMV apresenta carácter endêmico, não apresenta perfil sazonal
definido.
A transmissão por meio de transfusão pode ser prevenida pela filtração dos leucócitos do
sangue total ou pela administração de produtos sanguíneos de doadores soronegativos a
pacientes de risco.
A análise do material por microscopia eletrônica, foi possível identificar partículas virais
de simetria icosaédrica com aproximadamente 23 nm e morfologia compatível com a
apresentada pelos membros da família Parvoviridae.
A amostra analisada estava catalogada como B19, por essa razão o vírus passou a ser
conhecido como parvovírus B19.
Classificação
Família Parvoviridae
Subfamília Parvovirinae
Gênero Erythroparvovirus
Espécie Eritroparvavírus de primata 1
O vírus B19 foi classificado no gênero Parvovirus, mas devido a diferenças entre o B19 e os demais
vírus desse gênero, o ICTV criou o gênero Erythroparvovirus para classificá-lo, devido ao tropismo
do B19 por precursores de eritrócitos.
O genoma viral é constituído por uma molécula de DNA de fita simples.
Patogênese
A patogenia do B19 foi descrita, inicialmente, por meio de um experimento utilizando
voluntários saudáveis, que foram infectados por via intranasal.
O vírus pode ser detectado no sangue a partir do 5º ou 6º dia após a infecção, com um
pico de viremia ocorrendo entre o 8º e 9º dias.
A viremia declina e o paciente começa a produzir anticorpos IgM entre o 10º e o 12º dia
após a infecção, iniciando a resposta humoral específica.
Após o 14º dia começam a ser produzidos os anticorpos IgG, que garantirão imunidade
duradoura.
A primeira fase entre o 8º e o 11º dia, com sintomas não específicos, como febre, mialgia,
fadiga e mal-estar (pico de viremia).
A segunda fase, que ocorre entre o 17º e o 24º dia, quando a produção de IgG e IgM
atingem o ápice, é caracterizada por exantema e artralgia.
Manifestações clínicas
A relação etiológica do vírus com o quadro clínico foi estabelecida apenas em 1983, durante um
surto ocorrido em uma escola de Londres.
Acomete principalmente a faixa etária de 5 a 14 anos, com duração de 1 a 2 dias, mas pode
reaparecer alguns dias depois, por exposição ao sol, exercícios físicos ou estresse emocional.
Crise aplástica transitória
A crise aplástica transitória (CAT) foi o primeiro quadro a ser etiologicamente relacionado
com a infecção por B19, em 1980, demonstrada por diversos estudos em pacientes com
alguma disfunção de glóbulos vermelhos.
O quadro é descrito como uma parada repentina na eritropoiese, que se mantém por 4 ou 5
dias, provocada por queda considerável na população de células precursoras de eritrócitos,
chegando a níveis indetectáveis na medula óssea e conduzindo também ao
desaparecimento de reticulócitos no sangue periférico.
O desaparecimento dessas células pode ser explicado pela própria infecção viral.
Artropatia
A artrite crônica associada ao B19 é muito semelhante à apresentação clínica para a artrite
reumatoide (AR), onde 50% dos pacientes que a apresentam satisfazem os critérios para o
diagnóstico de AR.
A dificuldade em distinguir a artrite crônica por AR e B19 ainda é maior, porque a interação
entre o vírus B19 e o sistema imunológico leva à produção de vários tipos de anticorpos,
incluindo o factor reumatoide utilizado no diagnóstico de AR.
Infecção por B19 durante a gestação
O primeiro caso de infecção intrauterina foi observado por Brown e colaboradores (1984),
durante um surto de eritema infeccioso, onde se identificou um caso de hidropisia fetal.
A transmissão pode ser directa, por meio de secreções do sistema respiratório das
pessoas infectadas; parenteral e vertical (da mãe para o feto).
Outra medida de grande importância é o tratamento das bolsas com vapor, pressão
positiva e purificação por cromatografia, onde o risco é reduzido, mas não é totalmente
eliminado.