Você está na página 1de 12

INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO DE SAÚDE BERNARDA

CURSO: ENFERMAGEM GERAL

TRABALHO EM GRUPO
DE
SAÚDE DA CRIANÇA

TEMA: RUBÉOLA

GRUPO Nº
TURMA:
11ª CLASSE
PERÍODO: VESPERTINO

Docente
__________________________
CUITO, 2024

INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO DE SAÚDE BERNARDA


CURSO: ENFERMAGEM GERAL
TEMA: RUBÉOLA
ELEMENTOS DO GRUPO
Nº/O NOME OBSERVAÇÃO
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
ÍNDICE
INTRODUÇÃO.................................................................................................... 1

1. A RUBÉOLA................................................................................................. 3

1.1. AGENTE ETIOLÓGICO DA RUBÉOLA.................................................3

1.2. MODO DE TRANSMISSÃO DA RUBÉOLA...........................................4

1.3. PERÍODO DE INCUBAÇÃO DA RUBÉOLA..........................................4

1.4. SINTOMATOLOGIA DA RUBÉOLA.......................................................4

1.5. EXAMES COMPLEMENTARES DA RUBÉOLA....................................5

1.6. TRATAMENTOS DA RUBÉOLA............................................................5

1.7. CUIDADOS DE ENFERMAGEM............................................................6

1.8. PREVENÇÃO DA RUBÉOLA.................................................................7

CONCLUSÃO......................................................................................................8

BIBLIOGRAFIAS
INTRODUÇÃO
Em Angola com um estado epidemiológico preocupante, o estudo das doenças
é fundamental para a compreensão de como elas afetam o corpo humano e
como podem ser prevenidas e tratadas. A epidemiologia, por exemplo, é uma
área que estuda a distribuição e os determinantes das doenças em populações
humanas. O conhecimento epidemiológico é essencial para a prevenção e
controle de doenças infecciosas e crônicas. Além disso, o estudo das doenças
também pode ajudar a identificar fatores de risco e a desenvolver novos
tratamentos e terapias.
Portanto, no presente trabalho retratar-se-á sobre a Rubéola do latim rubella, é
uma doença infetocontagiosa causada pelo vírus da rubéola e pode ser
transmitida entre seres humanos por via aérea através do contacto direto com
secreções de indivíduos infetados.
Segundo Frey (2008) descreve que a rubéola foi descrita pela primeira vez em
meados do século XVIII por dois médicos alemães que a denominaram por
roteln, no entanto, a doença ficou globalmente conhecida como sarampo
alemão, o oftalmologista australiano Norman McAlister Gregg foi quem
reportou a síndrome da rubéola congénita pela primeira vez em 1941 depois de
ter ocorrido uma epidemia de rubéola no ano anterior que provocou a
opacidade reticular nas crianças cuja mãe foi infetada pelo vírus da rubéola
durante a gravidez.
O vírus da rubéola foi isolado pela primeira vez em 1962 por Parkman e Weller.
Este agente patogénico pertence à família Matonaviridae em homenagem ao
médico e botânico britânico William George Maton que reconheceu a rubéola
como uma doença distinta do sarampo pela primeira vez em 1814. Até 2018, o
vírus da rubéola era classificado como membro da família Togaviridae. Esta
mudança taxonómica foi levada a cabo pelo International Committee on
Taxonomy of Viruses (ICTV), uma vez que a rubéola é considerada uma
doença exclusiva dos seres humanos e os restantes membros da família
Togaviridae infetam tanto insetos como mamíferos.
A base molecular desta doença ainda não é totalmente conhecida. Estudos in
vitro revelaram que o vírus da rubéola tem um efeito apoptótico em
determinadas células, contudo, este mecanismo depende da proteína p53,
responsável pela regulação do ciclo celular e supressão tumoral.

1
A replicação do vírus da rubéola está associada a danos mitocondriais. As
mitocôndrias são os componentes celulares responsáveis pela produção de
energia, assim sendo, ao serem danificadas, o desempenho das suas funções
fica comprometido, fazendo com que as células não sejam capazes de
desempenhar processos vitais, o que pode culminar na morte celular.
Este agente patogénico é relativamente instável, pelo que fica num estado de
inatividade em meios cujo pH seja baixo, cuja temperatura seja elevada e onde
haja incidência de radiação ultravioleta.
Segundo os autores do presente trabalho enumeram que dada as evidências
ora expostas sobre a rubéola, percebe-se a necessidade de um cuidado
redobrado e criar mecanismo de passar o conhecimento sobre a doença,
porque a forma de diagnóstico é muito importante para o rastreamento da
doença enquanto estiver no período de encubação.
A infecção por rubéola na gravidez acarreta inúmeras complicações para a
mãe, como aborto e natimorto (feto expulso morto) e para os recém-nascidos,
como malformações congênitas (surdez, malformações cardíacas, lesões
oculares e outras). A vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) é uma
das medidas mais eficazes para prevenir a rubéola e a SRC. A educação
epidemiológica pode ajudar a conscientizar as pessoas sobre a importância da
vacinação, bem como a identificar sinais e sintomas da doença e a adotar
medidas preventivas, como lavar as mãos regularmente, cobrir a boca e o nariz
ao tossir ou espirrar e evitar contato próximo com pessoas doentes.

2
1. A RUBÉOLA
A rubéola é uma doença infecciosa causada pelo vírus do gênero Rubivirus
que é facilmente transmitido de pessoa para pessoa através de pequenas
gotículas de saliva, que podem acabar sendo distribuídas no ambiente quando
alguém infectado com a doença espirra, tosse ou fala, por exemplo. Os
sintomas de rubéola costumam aparecer até 21 dias após o contato com o
vírus, sendo possível observar o aparecimento de pequenas manchas
vermelhas na pele espalhadas por todo o corpo, coceira e febre baixa.
Não existe tratamento específico para rubéola e, por isso, o tratamento tem
como objetivo promover o alívio dos sintomas, já que também não apresenta
complicações graves. No entanto, a contaminação com rubéola durante a
gravidez pode ser grave e, por isso, se a mulher nunca teve contato com a
doença ou nuca fez a vacina contra a doença, deve fazer a vacinação antes de
engravidar.
A Rubéola é facilmente transmitido de pessoa para pessoa através de
pequenas gotículas de saliva, que podem acabar sendo distribuídas no
ambiente quando alguém infectado com a doença espirra, tosse ou fala, por
exemplo.
1.1. Agente etiológico da Rubéola
O agente etiológico da rubéola é um vírus pertencente ao gênero Rubivirus, o
vírus da rubéola é o agente patogénico da rubéola. É causada por um vírus do
gênero Rubivirus, o Rubella virus, que também pode causar a síndrome da
rubéola congénita quando a infecção se dá durante as primeiras semanas de
gestação.
O vírus pertence ao Reino: Orthornavirae; Seu Filo: Kitrinoviricota; É de Classe:
Alsuviricetes; Pertence a Ordem: Hepelivirales; É da Família: Matonaviridae;
Género: Rubivirus; Pertence a Espécie: Rubella vírus.
O Rubella virus era o único membro conhecido do gênero Rubivirus que
pertence à família Matonaviridae, entretanto, estudos realizados em outubro de
2020 em busca do novo coronavírus (COVID-19) em animais placentários
relatam a descoberta de duas novas espécies do vírus da rubéola, Rubivirus
ruteetense (Vírus Ruhugu) e Rubivirus strelense (Vírus Rustrela) encontrados
na África e Europa, respectivamente.

3
Os membros da família Matonaviridae partilham um genoma de fita simples de
RNA de sentido positivo (+)ssRNA, que é envolvido por uma cápside não
icosaédrica e ligado a membrana.
A base molecular para a causa da síndrome da rubéola congénita não é ainda
completamente clara, mas estudos in vitro com linhagens celulares mostram
que o vírus desencadeia um efeito de apoptose em certo tipo de células. Existe
evidência de um mecanismo dependente da proteína p53.
1.2. Modo de transmissão da rubéola
É causada por um vírus do gênero Rubivirus, o Rubella vírus. A rubéola é uma
doença infecto-contagiosa que acomete principalmente crianças entre cinco e
nove anos. A transmissão acontece de uma pessoa a outra, geralmente pela
emissão de gotículas das secreções respiratórias dos doentes. É pouco
freqüente a transmissão através do contato com objetos recém-contaminados
por secreções de nariz, boca e garganta ou por sangue, urina ou fezes dos
doentes. A rubéola congênita acontece quando a mulher grávida adquire
rubéola e infecta o feto porque o vírus atravessa a placenta.
1.3. Período de incubação da rubéola
O período de incubação da rubéola, ou seja, o tempo que leva para os
primeiros sintomas aparecerem após a infecção, é de 14 a 21 dias.
1.4. Sintomatologia da rubéola
Após um período de incubação, que varia de duas a três semanas, a doença
mostra seus primeiros sinais característicos:
 Febre até 38º C;
 Manchas vermelhas que aparecem inicialmente no rosto e atrás da
orelha e depois seguem em direção aos pés, durante cerca de 3 dias;
 Sensação de mal-estar geral;
 Ínguas inchadas especialmente no pescoço;
 Olhos vermelhos;
 Dor nas articulações, sendo essa alteração mais rara de acontecer em
crianças.
Os sintomas de rubéola costumam surgir 12 a 21 dias após o contato com o
vírus. A rubéola pode afetar crianças e adultos e embora possa ser

4
considerada uma doença própria da infância, não é comum que crianças com
menos de 4 anos tenham a doença.
A rubéola é comumente confundida com outras doenças, pois sintomas como
dores de garganta e de cabeça são comuns a outras infecções, dificultando seu
diagnóstico. Apesar de não ser grave, a rubéola é particularmente perigosa na
forma congênita. Neste caso, pode deixar sequelas irreversíveis no feto como:
glaucoma, catarata, malformação cardíaca, retardo no crescimento, surdez e
outras.
1.5. Exames complementares da rubéola
O exame complementar mais comum para a rubéola é o exame sorológico de
IgG. Esse exame é feito para verificar se a pessoa tem ou não imunidade
contra o vírus da rubéola, sendo indicativo de imunidade o resultado IgG
reagente. O exame de IgG para rubéola é um exame simples e não necessita
de qualquer preparo, sendo apenas indicado que a pessoa vá ao laboratório
para que seja feita a coleta de uma amostra de sangue que depois é enviada
para a análise.
Tendo em conta a generalidade dos sintomas, a única evidência com total
fiabilidade é a deteção do vírus da rubéola através da reação em cadeia da
polimerase, do inglês Polymerase Chain Reaction ou PCR. O vírus da rubéola
pode ser isolado a partir do muco nasal, do sangue, da urina e do líquido
cefalorraquidiano, no entanto, apesar da cultura viral constituir um importante
meio de diagnóstico, este não é utilizado com muita frequência, uma vez que
não é prático, na medida em que exige um trabalho intensivo.
Atualmente o meio de diagnóstico utilizado com mais frequência é o Enzyme-
Linked Immunosorbent Assay (ELISA), uma vez que é um método de fácil e
rápida realização, baseado numa análise serológica sensível ao aumento
significativo da produção de anticorpos contra a rubéola.
1.6. Tratamentos da Rubéola
Não existe um tratamento específico para a infeção pelo vírus da rubéola,
assim sendo, é comum que o tratamento se restrinja ao controlo dos sintomas
enquanto o organismo dos indivíduos infetados desenvolve resistência ao
vírus. A utilização de analgésicos e antipiréticos, tais como o paracetamol ou o
metamizol, pode amenizar a dor e a febre. Durante a gravidez é frequente a
administração de gamaglobulinas como forma de prevenir problemas futuros.

5
Tendo em conta a dificuldade de tratar doenças causadas por vírus, as
políticas de saúde estão focadas na prevenção através da administração da
vacina contra a rubéola.
A realização de cirurgias pode corrigir alguns defeitos congénitos do recém-
nascido, tais como a surdez e as cataratas, contudo, na maioria dos casos as
cirurgias são de difícil realização e extremamente dispendiosas.
O tratamento da rubéola tem como objetivo aliviar os sintomas, sendo
recomendado pelo médico tomar remédios analgésicos e que controlam a
febre, como Paracetamol e Dipirona. Além disso, é importante ficar de repouso
e beber bastantes líquidos para evitar a desidratação e para facilitar a
eliminação do vírus do organismo.
Além dos remédios, alguns cuidados também podem ajudar a aliviar o
desconforto durante o tratamento, como:
 Beber, pelo menos, 2 litros de água por dia;
 Manter o repouso em casa, evitando ir no trabalho ou em locais
públicos;
 Usar um umidificador no cômodo para facilitar a respiração, ou colocar
uma bacia com água morna no quarto;
Algumas pessoas também podem apresentar desconforto e muita vermelhidão
nos olhos. Nesses casos, deve-se evitar ficar exposto à luz direta do sol, evitar
estar muito tempo na frente da televisão e aplicar compressas frias sobre os
olhos.
1.7. Cuidados de enfermagem
Os cuidados de enfermagem para a rubéola envolvem principalmente:
 O repouso;
 Alimentação adequada;
 Hidratação;
 Uso de antitérmicos e Analgésicos para febre e cefaléia,
 Uso de antibiótico em caso de complicações e limpeza das pálpebras
com água morna para remover secreções.
 Além disso, é importante manter o paciente em isolamento respiratório
durante o período de transmissão da doença.

6
1.8. Prevenção da rubéola
Para prevenir a rubéola deve-se manter a vacinação em dia e evitar o contato
com pessoas infectadas. A vacina para rubéola, também chamada de tríplice
viral, já que protege contra rubéola, caxumba e sarampo, é indicada logo no 1º
ano de vida, e depois a dose de reforço é dada entre os 15 e 24 meses. Veja
mais sobre a tríplice viral.
Mulheres que planejam engravidar devem pedir ao médico para fazer o teste
que verifica a imunidade contra a rubéola, e se não forem imunes devem tomar
a vacina, lembrando que é preciso esperar pelo menos 1 mês após a vacina
para engravidar, e que esta vacina não deve ser tomada durante a gravidez.
Devido aos problemas que a Rubéola pode causar, toda mulher deve procurar
se vacinar, antes mesmo de pensar em engravidar. Além das mulheres, as
crianças de 15 meses de idade devem ser vacinadas.
A vacina geralmente proporciona a imunidade por toda a vida, mas pode
causar algumas complicações que desaparecem depois de algumas semanas.
Podem aparecer alguns sintomas como febre baixa, lesões na pele ou dores
nas articulações. Contudo, a vacina contra a rubéola é muito importante e não
deve ser evitada.
No entanto, a vacina não deve ser tomada pelas mulheres que já estão
grávidas. Isso, porque, ela pode provocar a doença no feto. Por isso,
recomenda-se que a gravidez seja evitada por 3 meses após a vacinação.
Além disso, a vacina está contra indicada em pessoas com alergia aos
componentes da vacina, ou em pessoas com o sistema imune deficiente, como
no caso de indivíduos com Aids.

7
CONCLUSÃO
Com base ao estudo feito, conclui-se que o controle da rubéola passa
principalmente pelo diagnostico atempado da doença e que deriva da
educação epidemiológica é fundamental para a prevenção e controle de
doenças infecciosas, como a rubéola. A rubéola é uma doença aguda,
altamente contagiosa, transmitida pelo vírus do gênero Rubivirus, da família
Togaviridae. A importância epidemiológica da rubéola está representada pela
ocorrência da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) que atinge o feto ou o
recém-nascido cujas mães se infectaram durante a gestação.

8
BIBLIOGRAFIAS
___________ (2012). Doenças infecciosas. Disponível em:
https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/rubeola/#google_vignette.
Acesso 12/01/2024
A rubéola. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Rub%C3%A9ola. Acesso
12/01/2024
Atkinson, W. (2011). Epidemiology and Prevention of Vaccine-Preventable
Diseases. 12ª edição.
Serviço Nacional de Saúde. 2018. Sarampo e Rubéola mantêm-se eliminadas em
Portugal. Disponível em: http://www.insa.min-saude.pt/sarampo-e-rubeola-
mantem-se-eliminadas-emportugal/. Acesso 11/01/2024

Você também pode gostar