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ÉBOLA
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Como se transmite esta doença?
A transmissão deste vírus ocorre principalmente quando a pele está em contacto direto com as
mucosas ocular, nasal, oral, genital com o vírus.
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Métodos de deteção do vírus
Os sintomas iniciais da doença são comuns a várias outras doenças, pelo que é necessário
associar os critérios epidemiológicos (ter estado há menos de 21 dias numa área com
atividade do vírus ébola ou em contacto com pessoas doentes) aos critérios clínicos através da
pesquisa de sintomas e realização de exames para despiste da presença do vírus. Na sua
suspeita da existência de critérios clínicos e epidemiológicos a pessoa deve ser isolada e
devem ser informadas as autoridades de saúde pública.
Tratamento
O tratamento consiste primeiramente em medidas de suporte, como hidratação, medicação
para a diarreia, vómitos e dor. Existem diferentes classes de medicamentos que podem ser
considerados como auxiliares do tratamento, assim como, os antivirais e anticorpos
monoclonais.
Os doentes infetados com este vírus têm de ser isolados em quartos especiais, de acesso
limitado e são necessárias medidas de segurança para evitar a transmissão, que incluem a
utilização de equipamentos de proteção individual para os profissionais de saúde.
Vírus
O vírus ébola pertence à família Filoviridae. O vírus Ébola multiplica-se nas células dos
gânglios linfáticos, do baço, fígado e pulmões, entre outras, e destrói as células endoteliais
(células planas/achatadas que revestem as cavidades linfáticas ou serosas) dos vasos
sanguíneos. causa febre hemorrágica e é altamente contagioso.
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Figura 3- Vírus ébola
Epidemiologia
Os primeiros casos de infecção pelo vírus Ébola foram relatados no Zaire (atualmente
conhecido como República Democrática do Congo (RDC) em 1976. Houve 318 casos e 280
mortes, uma taxa de letalidade de 88%. A transmissão nesse surto foi relacionada ao uso de
agulhas contaminadas em um ambulatório no Hospital Missionário de Yambuku. Desde
então, surtos frequentes ocorreram na África Central e Ocidental.
O ebolavirus do Zaire é responsável pelo surto que teve início na África Ocidental em 2014 e
terminou em 2016. O surto foi relatado inicialmente em março de 2014 e é o maior desde que
o vírus foi descoberto, em 1976. O sequenciamento genético mostrou que o vírus isolado de
pacientes infectados no surto de 2014 é 97% similar ao vírus que surgiu originalmente em
1976. Também foi responsável por surtos menores na RDC desde então. Relatou-se uma taxa
de letalidade de 90% associada ao ebolavirus do Zaire em surtos prévios. A comparação
direta de taxas de letalidade entre diferentes centros de tratamento e surtos de Ébola deve ser
interpretada com cuidado, uma vez que muitas variáveis podem introduzir viés e distorcer até
mesmo grandes dados de coorte. A taxa de letalidade durante o surto de 2014 foi de até 64.3%
em internações hospitalares, caindo para 31.5% em alguns centros de tratamento na África
Ocidental, e cerca de 20% em pacientes tratados fora da África Ocidental.
As doenças causadas por filovírus são zoonoses, na medida em que são transmitidas para os
humanos a partir de ciclos que se desenvolvem em animais. Os primatas em cativeiro sofrem
uma infecção tão grave como a dos humanos e sabe-se que os macacos selvagens também não
possuem anticorpos para o vírus. O reservatório natural do vírus Ébola parece residir nas
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florestas de África e da Ásia, no entanto, as suas origens permanecem indeterminadas, pelo
que, diferentes hipóteses têm sido sugeridas para explicar a origem dos surtos epidémicos do
Ébola. O facto de primatas não humanos terem sido a fonte de infecção de humanos, não os
permitiu considerar como reservatório, uma vez que eles são infectados, tal como os
humanos, directamente do reservatório natural ou através de uma cadeia de transmissão a
partir do reservatório natural, assim, inicialmente suspeitou-se de roedores, como no caso da
febre de Lassa, cujo reservatório é um roedor selvagem do género Mastomys. Uma outra
hipótese sugeria referia que um vírus de uma planta podia ter causado a infecção em
vertebrados. Por outro lado, em laboratório demonstrou-se que, em morcegos
experimentalmente infectados com o vírus Ébola, este conseguia replicar-se, mas os animais
não morriam. Este dado parece sugerir que certas espécies de morcegos podem desempenhar
um papel na manutenção destes agentes infecciosos nas florestas tropicais, de onde são
nativos, podendo mesmo funcionar como vectores da doença. Permanece, no entanto,
desconhecido o modo como o vírus é transmitido do reservatório natural para os humanos,
num surto ou em casos isolados.
Prevenção do ébola
Animais que possam ser portadores do vírus Ébola (como morcegos, chimpanzés,
macacos
Conclusão
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Concluímos com este trabalho que o Ébola é uma doença altamente contagiosa e
mortal que afetou milhares de pessoas em várias partes do mundo. Embora tenha sido
combatê-la.
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