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As principais epidemias deste

século
ÉBOLA

Curso Técnico Auxiliar de Farmácia| Formação Tecnológica 1 | Ano letivo de 2022/2023|


Professora Daniela Bento

Ângela, Diana, Maria e João


Índice
Como se transmite esta doença?...................................................................................2
Quais os sinais e sintomas de ébola?............................................................................2
Métodos de deteção do vírus.........................................................................................3
Tratamento......................................................................................................................3
Vírus.................................................................................................................................3
Epidemiologia.................................................................................................................4
Prevenção do ébola.........................................................................................................5

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Como se transmite esta doença?
A transmissão deste vírus ocorre principalmente quando a pele está em contacto direto com as
mucosas ocular, nasal, oral, genital com o vírus.

 Transmissão entre humanos ocorre quando se verifica o contacto entre: sangue,


vómitos, urinas, fezes, saliva ou sémen de pessoas infetadas.

 Superfícies, objetos ou roupas contaminadas com fluidos de doentes ou pessoas que


morreram com ébola.
Contacto sexual não protegido com sémen de homens que tenham recuperado
da doença.

 Transmissão de animais para humanos através de:


Contacto direto com o sangue e outros fluidos corporais de animais
portadores desta doença.
Ingestão de carne de animais infetados.

Figura 1- formas de contágio

Quais os sinais e sintomas de ébola?


 Febre
 Náuseas
 Vómitos
 Diarreia
 Fraqueza
 Hemorragia inexplicada
 Dores
o Abdominais
o Musculares
o Cabeça
o Garganta

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Métodos de deteção do vírus
Os sintomas iniciais da doença são comuns a várias outras doenças, pelo que é necessário
associar os critérios epidemiológicos (ter estado há menos de 21 dias numa área com
atividade do vírus ébola ou em contacto com pessoas doentes) aos critérios clínicos através da
pesquisa de sintomas e realização de exames para despiste da presença do vírus. Na sua
suspeita da existência de critérios clínicos e epidemiológicos a pessoa deve ser isolada e
devem ser informadas as autoridades de saúde pública.

Figura 2- pessoa infetada com o vírus

Tratamento
O tratamento consiste primeiramente em medidas de suporte, como hidratação, medicação
para a diarreia, vómitos e dor. Existem diferentes classes de medicamentos que podem ser
considerados como auxiliares do tratamento, assim como, os antivirais e anticorpos
monoclonais.

Os doentes infetados com este vírus têm de ser isolados em quartos especiais, de acesso
limitado e são necessárias medidas de segurança para evitar a transmissão, que incluem a
utilização de equipamentos de proteção individual para os profissionais de saúde.

Vírus
O vírus ébola pertence à família Filoviridae. O vírus Ébola multiplica-se nas células dos
gânglios linfáticos, do baço, fígado e pulmões, entre outras, e destrói as células endoteliais
(células planas/achatadas que revestem as cavidades linfáticas ou serosas) dos vasos
sanguíneos. causa febre hemorrágica e é altamente contagioso.

são conhecidos cinco tipos diferentes do vírus: Zaire ebolavirus, Sudao ebolavirus,


Bundibugyo ebolavirus, Reston ebolavirus e Tai Forest ebolavirus. O vírus que apresenta
maior letalidade é o Zaire ebolavirus. Acredita-se que esse vírus apresente como hospedeiros
mais prováveis os morcegos frugívoros (consumidores de frutos).

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Figura 3- Vírus ébola

Epidemiologia
Os primeiros casos de infecção pelo vírus Ébola foram relatados no Zaire (atualmente
conhecido como República Democrática do Congo (RDC) em 1976. Houve 318 casos e 280
mortes, uma taxa de letalidade de 88%. A transmissão nesse surto foi relacionada ao uso de
agulhas contaminadas em um ambulatório no Hospital Missionário de Yambuku. Desde
então, surtos frequentes ocorreram na África Central e Ocidental.

O ebolavirus do Zaire é responsável pelo surto que teve início na África Ocidental em 2014 e
terminou em 2016. O surto foi relatado inicialmente em março de 2014 e é o maior desde que
o vírus foi descoberto, em 1976. O sequenciamento genético mostrou que o vírus isolado de
pacientes infectados no surto de 2014 é 97% similar ao vírus que surgiu originalmente em
1976. Também foi responsável por surtos menores na RDC desde então. Relatou-se uma taxa
de letalidade de 90% associada ao ebolavirus do Zaire em surtos prévios. A comparação
direta de taxas de letalidade entre diferentes centros de tratamento e surtos de Ébola deve ser
interpretada com cuidado, uma vez que muitas variáveis podem introduzir viés e distorcer até
mesmo grandes dados de coorte. A taxa de letalidade durante o surto de 2014 foi de até 64.3%
em internações hospitalares, caindo para 31.5% em alguns centros de tratamento na África
Ocidental, e cerca de 20% em pacientes tratados fora da África Ocidental.

Actualmente sabe-se que o vírus Ébola é transmitido, na espécie humana, pelo contacto


directo com sangue, secreções, órgãos ou sémen de pessoas infectadas. A transmissão através
do sémen pode ocorrer várias semanas após a recuperação clínica, como acontece com o
vírus Marburg.  A transmissão nosocomial (hospitalar) através do contacto
com fluídos corporais infectados via percutânea, pela reutilização de seringas, agulhas ou
outro equipamento médico contaminado com estes fluídos, foi também um importante factor
de transmissão da doença. No entanto, nos grandes surtos a transmissão pessoa-a-pessoa é
predominante e o contacto físico com pessoas doentes, contribui com a maioria dos episódios
de contaminação - durante os surtos epidémicos no Sudão e na RDC, este modo de
transmissão terá contribuído com taxas de reincidência (surtos secundários) de 10  a 20%,
devido aos muitos contactos entre doentes e seus membros familiares.

As doenças causadas por filovírus são zoonoses, na medida em que são transmitidas para os
humanos a partir de ciclos que se desenvolvem em animais. Os primatas em cativeiro sofrem
uma infecção tão grave como a dos humanos e sabe-se que os macacos selvagens também não
possuem anticorpos para o vírus. O reservatório natural do vírus Ébola parece residir nas

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florestas de África e da Ásia, no entanto, as suas origens permanecem indeterminadas, pelo
que, diferentes hipóteses têm sido sugeridas para explicar a origem dos surtos epidémicos do
Ébola. O facto de primatas não humanos terem sido a fonte de infecção de humanos, não os
permitiu considerar como reservatório, uma vez que eles são infectados, tal como os
humanos, directamente do reservatório natural ou através de uma cadeia de transmissão a
partir do reservatório natural, assim, inicialmente suspeitou-se de roedores, como no caso da
febre de Lassa, cujo reservatório é um roedor selvagem do género Mastomys. Uma outra
hipótese sugeria referia que um vírus de uma planta podia ter causado a infecção em
vertebrados. Por outro lado, em laboratório demonstrou-se que, em morcegos
experimentalmente infectados com o vírus Ébola, este conseguia replicar-se, mas os animais
não morriam. Este dado parece sugerir que certas espécies de morcegos podem desempenhar
um papel na manutenção destes agentes infecciosos nas florestas tropicais, de onde são
nativos, podendo mesmo funcionar como vectores da doença. Permanece, no entanto,
desconhecido o modo como o vírus é transmitido do reservatório natural para os humanos,
num surto ou em casos isolados.

Prevenção do ébola

Evitar contacto com:

 Doentes ou cadáveres infetados com Ébola

 Animais que possam ser portadores do vírus Ébola (como morcegos, chimpanzés,

macacos

 Evitar relações sexuais não protegidas

 Lavar e desinfetar as mãos regularmente

 Lavar e cozinhar bem todos os alimentos

Conclusão

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Concluímos com este trabalho que o Ébola é uma doença altamente contagiosa e

mortal que afetou milhares de pessoas em várias partes do mundo. Embora tenha sido

controlada em grande parte, ainda há a possibilidade de surtos futuros, portanto,

medidas preventivas e de controle são fundamentais. A origem do vírus ainda é um

mistério e há muito a ser descoberto em relação à sua transmissão, tratamento e

prevenção. Portanto, é essencial que os esforços de pesquisa continuem para que

possamos compreender melhor essa doença e desenvolver estratégias eficazes para

combatê-la.

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