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Ebola

Introdução

A Doença pelo Vírus Ebola (DVE) é uma zoonose, cujo morcego é o reservatório mais provável,
também pode ser chamada de Febre Hemorrágica Ebola ou de doença por vírus ebola sendo que ela
possui altas taxas de letalidade e é capaz de levar um indivíduo ao óbito ou deixá-lo com severas
sequelas.
Hoje em dia , existem quatro tipos do vírus ebola ,causando sintomas diversos.
As espécies são: vírus Ebola (Zaire Ebolavirus); Vírus Sudão (Sudão Ebolavirus); Vírus Taï Forest
(Tai Forest Ebolavirus), vírus Bundibugyo (Bundibugyo Ebolavirus) e vírus Reston (Reston
Ebolavirus), este último afetando somente animais. O Zaire Ebolavirus é o que apresenta a maior
letalidade. 
Acredita-se que o vírus foi transmitido para seres humanos a partir de contato com sangue, órgãos ou
fluidos corporais de animais infectados, como chimpanzés, gorilas, morcegos-gigantes, antílopes e
porcos-espinho.

Transmissão :

A transmissão se dá por meio do contato com sangue, tecidos ou fluidos corporais de animais e
indivíduos infectados (incluindo cadáveres), ou a partir do contato com superfícies e objetos
contaminados. Destaca-se que não há registro na literatura de isolamento do vírus no suor e pelo ar.
No período da incubação não há transmissão !
Depois que uma pessoa entra em contato com um animal que tem Ebola, ela pode espalhar o vírus na
sua comunidade, transmitindo-o para outras pessoas. O vírus Ebola não é transmitido pelo ar. A
infecção ocorre por contato direto com o sangue ou outros fluidos corporais ou secreções como, por
exemplo, fezes, urina, saliva, leite materno e sêmen de pessoas infectadas.

Principais sintomas :

A infecção pelo vírus Ebola ocasiona os seguintes sintomas:

 febre;
 cefaleia;
 fraqueza;
 diarreia;
 vômitos;
 dor abdominal;
 inapetência;
 odinofagia;
 manifestações hemorrágicas.

Há um período de incubação onde pode variar de 2 a 21 dias , porém a média é de 5 a 10 dias e os


anticorpos IgM podem aparecer já no 2 dia .
Os pacientes tornam-se contagiosos apenas quando apresentam sintomas. 
Detecção, notificação e registro :

O Ebola é uma doença de notificação compulsória imediata.  A notificação deve ser realizada pelo
profissional de saúde ou pelo serviço que prestar o primeiro atendimento ao paciente, pelo meio mais
rápido disponível, de acordo com a Portaria de Notificação Compulsória PRC n° 4, de 28 de
setembro de 2017, Anexo V, Capítulo I (Origem:PRTMS/GM204/2016,Anexo1).
Todo caso suspeito deve ser notificado imediatamente (Notificação Imediata em até 24 horas) às
autoridades de saúde das Secretarias municipais, estaduais, CIEVS estadual, CIEVS Nacional pelo
Disque Notifica (0800-644-6645), bem como pelo e-mail notifica@antigo.saude.gov.br ou
formulário eletrônico no site da SVS. Endereço eletrônico: 
http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=6742.

Riscos da Contaminação :

As  chances aumentam nas seguintes hipóteses, que são os principais fatores de risco:
 Visitar áreas nas quais há surto de Ebola.
 Realizar pesquisas em animais, principalmente primatas originários da África ou Filipinas.
 Fornecer assistência médica ou pessoal para pessoas infectadas.
 Preparar pessoas infectadas para o enterro, uma vez que os corpos das pessoas contaminadas
ainda podem transmitir a doença.

No Brasil, as chances de contaminação da Ebola é baixíssima .

Diagnóstico :

O exame a ser realizado é o de PCR para o diagnóstico confirmatório de Ebola. São realizadas duas
coletas, sendo a segunda coleta após 48 horas da 1ª. As amostras são encaminhadas para o
laboratório de Referência Nacional Instituto Evandro Chagas – IEC.

Tratamento:

Ainda não há tratamento licenciado comprovado para neutralizar o vírus, mas uma gama de
tratamentos potenciais incluindo produtos sanguíneos, terapias imunológicas e medicamentosas
estão em desenvolvimento.
O tratamento, a princípio, se restringe ao controle dos sintomas e medidas de suporte/estabilização
do paciente. É importante iniciar o tratamento de maneira oportuna, para aumentar as chances de
sobrevivência dos pacientes.
É recomendada a expansão volêmica, correção dos distúrbios hidroeletrolíticos, estabilização
hemodinâmica, correção de hipoxemia e manutenção da oferta de oxigênio tecidual e tratamento de
infecções bacterianas.
Uma vez que a doença foi curada, a pessoa está imune ao vírus Ebola.

Prevenção:

No momento estão sendo testadas várias vacinas, mais nenhuma delas está disponível ! 

Ainda não há tratamento licenciado comprovado para neutralizar o vírus, mas uma gama de
tratamentos potenciais incluindo produtos sanguíneos, terapias imunológicas e medicamentosas
estão em desenvolvimento. O tratamento, a princípio, se restringe ao controle dos sintomas e
medidas de suporte/estabilização do paciente. É importante iniciar o tratamento de maneira oportuna,
para aumentar as chances de sobrevivência dos pacientes.
Uma vacina experimental contra o vírus ebola provou ser altamente protetora. Um grande teste foi
realizado na Guiné em 2015 e a vacina chama rVSV-ZEBOV, várias pessoas foram envolvidas  no
teste. A estratégia utilizada foi a vacinação em anel e  sua dose foi considerada segura e eficaz e
todas as pessoas que tiveram contato com um novo caso confirmado de ebola foram rastreadas e
receberam a dose no intuito de frear a transmissão do vírus. Essa estratégia também foi utilizada no
9º e 10º (em andamento) na República Democrática do Congo.
Nos países onde há transmissão do Ebola, a melhor maneira de se prevenir é evitar contato com o
sangue ou secreções de animais ou pessoas doentes, ou com o corpo de pessoas falecidas em
decorrência dessa doença, durante rituais de velório.
Desta forma, as principais medidas de prevenção do Ebola são:
 Evite áreas de surto
 Lave as mãos com frequência.
 Evite contato com pessoas infectadas.
 Não manuseie corpos de pessoas infectadas.

Complicações :

A viremia aumenta drasticamente acompanhando o agravamento do quadro clínico. Os pacientes


podem desenvolver um rash cutâneo (exantema) difuso, seguido de descamação da pele.
Na evolução, podem ocorrer diarreia grave, náuseas e vômitos acompanhados de dor abdominal,
comprometimento das funções hepáticas e renais e, frequentemente, coagulação intravascular
disseminada levando a hemorragias internas e externas variadas.
De acordo com o Consenso n.º 9188/2014 do Superior Conselho de Saúde da Bélgica, são
considerados sinais relevantes/frequentes de gravidade: hemorragia nasal; melena; aumento
significativo de transaminases (TGO e TGP); queda abrupta de plaquetas; sinais de choque e baixa
saturação de O2.
Os óbitos normalmente ocorrem na segunda semana da doença e estão relacionados à instabilidade
hemodinâmica, choque (colapso circulatório), infecções bacterianas secundárias e/ou coagulação
intravascular disseminada.

Referências : https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/ebola

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