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DOENÇAS

COMUNS DA
INFÂNCIA
Professora: Renata Fontes
ROTAVÍRUS
É uma doença diarréica aguda causada por um
vírus do gênero Rotavírus. É uma das mais
importantes causas de diarréia grave em crianças
menores de 5 anos no mundo, particularmente
nos países em desenvolvimento.

Importante: A rotavirose, se não tratada


adequadamente, pode evoluir para
complicações e quadros graves, que podem,
inclusive, levar à morte.
• Varia de um quadro leve, com diarréia aquosa e
duração limitada à quadros graves com desidratação,
febre e vômitos.
• Responsável por 5 a 10% de todos os episódios
diarreicos em crianças menores de 5 anos.
• Também aparece como causa frequente de
hospitalização, atendimentos de emergência e
consultas médicas.
• Crianças prematuras, de baixo nível socioeconômico ou
com deficiência imunológica parece estarem sujeitas a
doença de maior gravidade.
Sintomas
• Os sinais e sintomas clássicos do Rotavírus (rotavirose), principalmente na
faixa etária dos seis meses aos dois anos, são as ocorrências repentinas de
vômitos. Na maioria das vezes, também podem aparecer, junto com os
vômitos:
• Diarreia com aspecto aquoso, gorduroso e explosivo;
• Febre alta.

• Podem ocorrer formas leves e subclínicas nos adultos e formas


assintomáticas na fase neonatal e durante os quatro primeiros meses de
vida. Nas formas graves, o Rotavírus (rotavirose) pode provocar:
• Desidratação;
• Febre;
• Morte.
• AGENTE CAUSADOR
• É um RNA vírus da família dos Reoviridae.

• MODO DE TRANSMISSÃO
• É transmitido pela via fecal-oral (contato pessoa a pessoa, ingestão de água e
alimentos contaminados, contato com objetos contaminados, e propagação aérea
por aerossóis) e é encontrado em altas concentrações nas fezes de crianças
infectadas.
• O período de incubação é de dois dias, em média.

• A máxima excreção viral se dá no 3º e 4º dia a partir dos primeiros


sintomas.
Diagnóstico
• Através da anamnese =>
• história,
• antecedentes epidemiológicos e
• o exame clínico podem sugerir a infecção pelo rotavírus, no entanto como
as manifestações clínicas da infecção não são específicas, a confirmação
laboratorial é necessária para a vigilância epidemiológica.
• Na forma clássica, mais frequente em crianças de 6 meses a dois anos, a
doença se manifesta como quadro abrupto de vômito, que na maioria das
vezes precede a diarréia, e a presença de febre alta.
Diagnóstico
• O diagnóstico de rotavírus nos serviços públicos de saúde ocorre a
partir da coleta da amostra de fezes frescas (in natura), em torno de
5 a 10 ml, sem conservantes.
• Posteriormente, a amostra deve ser armazenada em frasco/pote com
tampa rosqueada devidamente identificado, e enviada ao laboratório
da rede de saúde pública para análise.
• Diante da suspeita de rotavírus, deve ser realizado o diagnóstico
diferencial considerando-se todos os microrganismos capazes de
causar doenças diarreicas agudas.
• Recomenda-se, portanto, a coleta simultânea de amostras de fezes
para análise viral, bacteriana e parasitológica.
ROTAVÍRUS
 É comum observar-se formas mais leves ou quadros
subclínicos entre adultos.
 Em crianças até os 4 meses pode haver infecção
assintomática.
 A diarréia é caracteristicamente aquosa, com aspecto
gorduroso e caráter explosivo, durando de 4 a 8 dias.
 O exame laboratorial específico é a investigação do
vírus nas fezes do paciente. A época ideal para detecção
do vírus nas fezes vai do primeiro ao quarto dia de
doença, período de maior excreção viral.
Tratamento
• Como o Rotavírus (rotavirose) geralmente é autolimitado, o paciente
deve ser tratado por meio da reposição de líquidos e minerais, para
prevenir ou corrigir a desidratação, e manejo nutricional
adequado. Em resumo, após a avaliação clínica do paciente, o
tratamento adequado deve ser estabelecido conforme o Manejo das
Doenças Diarreicas Agudas:

• Correção da desidratação e do desequilíbrio eletrolítico (Planos A,B ou C);


• Combate à desnutrição;
• Uso adequado de medicamentos;
• Prevenção das complicações.
Prevenção
• Vacina contra rotavírus: 2 doses (2, 4 meses) – via oral.
• Vacina atenuada.
• A vacina é contraindicada nos seguintes casos:
• imunodeficiência,
• uso de imunossupressores ou quimioterápicos,
• história de doença gastrointestinal crônica,
• má-formação congênita do trato digestivo não corrigida,
• história prévia de invaginação intestinal ou
• história de hipersensibilidade a qualquer componente da vacina.
Prevenção
• Outras ações de prevenção incluem práticas de higiene e consumo adequado de alimentos, tais
como:
• Lavar sempre as mãos antes e depois de utilizar o banheiro, trocar fraldas, manipular/preparar os
alimentos, amamentar, tocar em animais;
• Lavar e desinfetar as superfícies, utensílios e equipamentos usados na preparação de alimentos;
• Proteger os alimentos e as áreas da cozinha contra insetos, animais de estimação e outros
animais (guardar os alimentos em recipientes fechados);
• Guardar a água tratada em vasilhas limpas e de boca estreita para evitar a recontaminação;
• Não utilizar água de riachos, rios, cacimbas ou poços contaminados;
• Ensacar e manter a tampa do lixo sempre fechada. Quando não houver coleta de lixo, este deve
ser enterrado;
• Usar sempre a privada, mas se isso não for possível, enterrar as fezes sempre longe dos cursos de
água;
• Manter o aleitamento materno (aumenta a resistência das crianças contra as diarreias), evitando
o desmame precoce.
SARAMPO
Definição
• É uma doença infecciosa grave, causada por um vírus, que pode levar à
morte.
• Sua transmissão ocorre quando o doente tosse, fala, espirra ou respira
próximo de outras pessoas.
• A maneira mais efetiva de evitar o sarampo é por meio da vacinação.
• Doença exantemática típica.
• Com alguns sinais e sintomas bastante sugestivos ou característicos.

• EPIDEMIOLOGIA: Contágio: secreções naso-faríngeas.


Sinais e Sintomas
• Exantema (manchas vermelhas) no corpo.
• Febre alta (acima de 38,5°).
• Tosse seca;
• Irritação nos olhos (conjuntivite);
• Nariz escorrendo ou entupido;
• Mal-estar intenso;
• Pequenos pontos esbranquiçados na mucosa oral = MANCHA DE KOPLIC
• EXANTEMA Máculo-papular – Disseminação Descamação
• Queda do estado geral

Em torno de 3 a 5 dias é comum aparecer manchas vermelhas no rosto e atrás


das orelhas que, em seguida, se espalham pelo restante do corpo. Após o
aparecimento das manchas, a persistência da febre é um sinal de alerta e pode
indicar gravidade, principalmente em crianças menores de 5 anos de idade.
Característica do Exantema
Tipo de exantema:
Máculo-papular
 Início retroauricular
Confluência após disseminação
Máximo em 3 dias
Descamação fina
Exantema Máculo-papular

MANCHA DE KOPLIC

Pequenos pontos
esbranquiçados
na mucosa oral
Transmissão
• A transmissão do vírus do sarampo ocorre de pessoa a pessoa, por via
aérea, ao tossir, espirrar, falar ou respirar.
• O sarampo é tão contagioso que uma pessoa infectada pode
transmitir para 90% das pessoas próximas que não estejam imunes.
• A transmissão pode ocorrer entre 6 dias antes e 4 dias após o
aparecimento das manchas vermelhas pelo corpo.
 Transmissibilidade:
•Alta contagiosidade no período de
transmissibilidade (3 a 5 dias).
•Até 4 dias do exantema
•Isolamento respiratório
 Ocorrência máxima no inverno e primavera
Etiologia
 Vírus RNA, família Paramyxovidae
 gênero Morbillivirus
Diagnóstico
• O diagnóstico pode ser:

• clínico (pessoas que apresentam os sinais e sintomas da doença),

• laboratorial, por sorologia (amostra de sangue), e

• biologia molecular (amostras de secreção de orofaringe, nasofaringe, urina).


Complicações
• O sarampo é uma doença grave que pode deixar sequelas por toda a vida
ou até mesmo causar a morte.

• Algumas das complicações do sarampo são:


• Pneumonia (infecção no pulmão) - Cerca de 1 em cada 20 crianças com sarampo
pode desenvolver pneumonia, causa mais comum de morte por sarampo em
crianças pequenas;
• Otite média aguda (infecção no ouvido) - Ocorre em cerca de 1 em 10 crianças com
sarampo e pode resultar em perda auditiva permanente;
• Encefalite aguda (inflamação no cérebro) - 1 a 4 em cada 1.000 crianças podem
desenvolver essa complicação e 10% destas podem morrer;
• Morte - 1 a 3 a cada 1.000 crianças doentes podem morrer em decorrência de
complicações da doença.
Tratamento
• Não existe tratamento específico para o sarampo.

• Os medicamentos são utilizados para reduzir o desconforto


ocasionado pelos sintomas da doença.
Prevenção
• Vacinação
• Os critérios de indicação da vacina são revisados periodicamente pelo Ministério da
Saúde e levam em conta:
• características clínicas da doença,
• idade,
• ter adoecido por sarampo durante a vida,
• ocorrência de surtos, além de outros aspectos epidemiológicos.

• Os tipos de vacinas são:


• Dupla viral - Protege do vírus do sarampo e da rubéola. Pode ser utilizada para o
bloqueio vacinal em situação de surto;
• Tríplice viral - Protege do vírus do sarampo, caxumba e rubéola;
• Tetra viral - Protege do vírus do sarampo, caxumba, rubéola e varicela (catapora).
Esquema vacinal

 De 1 a 29 anos - duas doses, sendo a primeira com a tríplice viral aos 12


meses e a segunda aos 15 meses com a tetraviral ou tríplice viral + varicela;
 De 30 a 59 anos - uma dose da vacina tríplice viral, se não vacinado
anteriormente;
 Trabalhadores da saúde – duas doses da vacina tríplice viral
independentemente da idade. Com intervalo de 30 dias entre as doses.

A vacina tríplice viral é contraindicada durante a gestação. As


gestantes não vacinadas ou com esquema incompleto deverão
receber a vacina no puerpério.
Definição
• A rubéola é uma doença aguda, de alta contagiosidade, que é
transmitida pelo vírus do gênero Rubivirus, da família Togaviridae.
• A doença também é conhecida como Sarampo Alemão.
• No campo das doenças infecto-contagiosas, a importância
epidemiológica da Rubéola está representada pela ocorrência da
Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) que atinge o feto ou o recém-
nascido cujas mães se infectaram durante a gestação.
• A infecção por rubéola na gravidez acarreta inúmeras complicações
para a mãe, como aborto e natimorto (feto expulso morto) e para os
recém-nascidos, como malformações congênitas (surdez,
malformações cardíacas, lesões oculares e outras)
Etiologia
• Família : Togavírus

• Gênero : Rubivírus

• Vírus RNA
Sintomas
• Os sintomas principais sintomas da rubéola são:
• Febre baixa;
• Linfoadenopatia retro auricular, occipital e cervical;
• Exantema máculo-papular: Róseo, início na face após tronco e membros, sem
descamação.

• Esses sinais e sintomas da rubéola acontecem independente da idade


ou situação vacinal da pessoa. O período de incubação médio do
vírus, ou seja, tempo em que os primeiros sinais levam para se
manifestar desde a infecção, é de 17 dias, variando de 14 a 21 dias,
conforme cada caso.
Característica do Exantema
Período Exantemático:
› Exantema não característico
› Máculo-papular róseo, início na face
› Progressão crâniopodálica
› Generalização em 24 a 48 h
› Não muda de cor, não descama
› Febre moderada; linfadenopatia
› Exantema
› 25 a 50% subclínica
Transmissão
• A transmissão da rubéola acontece diretamente de pessoa a pessoa,
por meio das secreções nasofaríngeas expelida pelo doente ao tossir,
respirar, falar ou respirar.

• O período de transmissibilidade é de 5 a 7 dias antes e depois do


início do exantema, que é uma erupção cutânea.

• A maior transmissibilidade ocorre dois dias antes e depois do início


do exantema.
Diagnóstico
• Para o diagnóstico da rubéola são feitos exames laboratoriais - titulação de
anticorpos IgM e IgG para rubéola.
• Existem muitas doenças que se manifestam semelhantes à rubéola. As mais
importantes são:
• Sarampo;
• Exantema Súbito (Roséola Infantum);
• Dengue;
• Enteroviroses;
• Eritema Infeccioso (Parvovírus B19);
• Ricketioses.
• Na situação atual de eliminação da rubéola, identificar precocemente um caso
suspeito e realizar as ações de vigilância de forma adequada com uma correta
investigação epidemiológica, a realização do diagnóstico diferencial é muito
importante para classificar adequadamente qualquer caso suspeito.
Tratamento
• Não há tratamento específico para a rubéola.
• Os sinais e sintomas apresentados devem ser tratados de acordo com
a sintomatologia e terapêutica adequada, conforme cada caso. Os
tratamentos são oferecidos de forma integral e gratuita por meio do
Sistema Único de Saúde (SUS).
Prevenção
• Vacinação.
• A vacina está disponível nos postos de saúde para crianças a partir
de 12 meses de idade.
• A vacina tríplice viral (Sarampo, Rubéola e Caxumba) – 2 doses (12
meses e 15 meses).
Entre 1998 a 2002, foram realizadas campanhas de vacinação para as mulheres em
idade fértil na faixa etária de 12 a 49 anos de idade, com objetivo de eliminar a SRC
(Sarampo, Rubéola e Caxumba) no Brasil. A segunda dose da vacina foi implantada
em 2004 para a faixa etária de 4 a 6 anos de idade. Para os homens e mulheres a
vacina também está disponível para a faixa etária de 12 a 49 anos para as mulheres e
de 12 a 39 anos para os homens.
ESCARLATINA
Definição
• A escarlatina é uma doença infecciosa aguda, causada por uma
bactéria chamada Estreptococo beta hemolítico do grupo A.
• Os estreptococos são, também, agentes causadores de infecções da
garganta (amigdalites) e da pele (impetigo, erisipela).
• O aparecimento da escarlatina não depende de uma ação direta do
estreptococo, mas de uma reação de hipersensibilidade (alergia) às
substâncias que a bactéria produz (toxina). Assim, a mesma bactéria
pode provocar doenças diferentes em cada indivíduo que infecta.
Transmissão
• A escarlatina é uma doença contagiosa.
• A transmissão faz-se de pessoa para pessoa, através de gotículas de
saliva ou secreções infectadas, provenientes de doentes ou de
portadores sãos, que são aquelas pessoas saudáveis que transportam
a bactéria na garganta ou no nariz sem apresentarem sintomas
(portadores sãos ou saudáveis).

• Faixa etária: A escarlatina é uma doença que afeta principalmente


crianças em idade escolar.
Período de incubação
• O tempo que decorre entre o contato com um indivíduo infectado e o
aparecimento dos sintomas (período de incubação) é, em geral, de 2-
4 dias, podendo, no entanto, variar de 1 a 7 dias.
Sinais e Sintomas
• A escarlatina é uma doença em que aparecem associadas uma infecção na garganta, febre e uma
erupção típica na pele.
• Tem início súbito com:
• Febre (elevada nos 2 ou 3 primeiros dias, diminui progressivamente, mas pode manter-se durante uma
semana).
• mal-estar,
• dores de garganta,
• vômitos,
• dor de barriga e
• prostração.
• Exantema micropapular áspero - manchas do tamanho de uma cabeça de alfinete (aparece por
volta do 2º dia de doença, com início no pescoço e o tronco, progredindo em direção à face e
membros). Cor vermelho vivo e que são mais intensas na face, axilas e virilhas, poupando a região
em volta da boca que se apresenta pálida, e as palmas das mãos e plantas dos pés.
• Petéquias em pálato
• Palidez perioral = sinal de filatow
• Sinal de Pastia = acentuação de exantema nas dobras flexoras
• Língua saburrosa
• Língua em framboesa (devido ao aumento das papilas que adquirem um tom vermelho arroxeado nos
bordos e na ponta da língua).
• Descamação laminar
Característica do Exantema
• Exantema difuso:
• Micropapular, áspero
• Vermelho intenso
• Desaparece à compressão
• Início no tórax
• Poupa palmas e plantas
Petéquias em pálato
Exantema micropapular áspero Palidez perioral = sinal de filatow

Língua saburrosa Língua em framboesa


Sinal de Pastia
Descamação laminar
Evolução
• A escarlatina como qualquer infecção bacteriana pode evoluir bem ou
com complicações.
• Como qualquer infecção estreptocócica, cede facilmente ao
tratamento e as complicações são raras, embora possam ser graves.
• Período de Incubação: O período de incubação da escarlatina é de 2 a
5 dias, sendo discutível a transmissão nessa fase da doença.
• Período de Transmissibilidade: A transmissão tem seu início junto
com os primeiros sintomas. Nos casos não tratados e sem
complicações, dura de 10 a 21 dias. Nos casos adequadamente
tratados, até 24 horas do início do tratamento.
Complicações
• A escarlatina pode ter complicações:
• Precoces (durante a fase aguda da doença): resultam da disseminação da
infecção estreptocócica a outros locais do organismo, causando, por exemplo,
otite, sinusite, laringite, meningite, etc.;
• Tardias (que surgem semanas após o seu desaparecimento): febre reumática
(lesão das válvulas do coração) e a glomerulonefrite (lesão do rim que pode
evoluir para insuficiência renal).
• Estas são complicações potencialmente graves e para diminuir a sua
ocorrência é importante o tratamento adequado das infecções
estreptocócicas.
Diagnóstico
• O diagnóstico de escarlatina é feito com base na observação clínica:
associação de febre, inflamação da garganta e erupção puntiforme de
cor vermelho vivo e de distribuição típica.
Afastamento escolar
• Se faz necessário o afastamento da criança da escola.
• Além de ser necessário a criança estar em casa por uma questão de
comodidade, devido a febre, dor de garganta e prostração, a doença
tem um contágio fácil, o que obriga o afastamento escolar para
proteção das outras crianças.
• A criança pode voltar a escola 24 horas depois de iniciar tratamento
com antibiótico adequado, se estiver sem sintomas e liberado pelo
médico.
Tratamento
• O tratamento de escolha para a escarlatina é a Penicilina que elimina
os estreptococos, evita as complicações da fase aguda, previne a
febre reumática e diminui a possibilidade de aparecimento de
glomerulonefrite.
• Nos doentes alérgicos a Penicilina o medicamento habitualmente
utilizado é a Eritromicina.
Definição
• A Catapora (varicela) é uma doença infecciosa, altamente contagiosa, mas
geralmente benigna, causada pelo vírus Varicela-Zoster, que se manifesta com
maior frequência em crianças e com incidência no fim do inverno e início da
primavera.
• A principal característica clínica é o polimorfismo das lesões cutâneas (na pele)
que se apresentam nas diversas formas evolutivas (máculas, pápulas, vesículas,
pústulas e crostas), acompanhadas de prurido (coceira).
• Em crianças, geralmente é benigna e autolimitada.
• Em adolescentes e adultos, em geral, o quadro clínico é mais exuberante.
• A Catapora (varicela) é uma doença infecciosa e altamente contagiosa causada
pelo vírus Varicela-Zoster que se manifesta com maior frequência em crianças.
• A principal característica clínica são lesões na pele acompanhadas de coceira.
Importante: Uma vez adquirido o vírus Varicela, a pessoa
fica imune à catapora. No entanto, esse vírus permanece
em nosso corpo a vida toda e pode ser reativado,
causando o Herpes-Zoster, conhecido também como
cobreiro.

Importante: Deve-se afastar a criança da creche ou


escola por 7 dias, a partir do início do aparecimento
das manchas vermelhas no corpo.
Transmissão
• A catapora é facilmente transmitida para outras pessoas.
• O contágio acontece por meio do contato com o líquido da bolha ou pela
tosse, espirro, saliva ou por objetos contaminados pelo vírus, ou seja,
contato direto ou de secreções respiratórias.
• Indiretamente, é transmitida por meio de objetos contaminados com
secreções de vesículas e membranas mucosas de pacientes infectados.
• Raramente, a catapora (varicela) é transmitida por meio de contato com
lesões de pele.
• O período de incubação do vírus Varicela, causador da Catapora, é de 4 a
16 dias.
• Período de transmissibilidade: A transmissão se dá entre 1 a 2 dias antes
do aparecimento das lesões de pele e até 6 dias depois, quando todas as
lesões estiverem na fase de crostas.
Sintomas
• Os sintomas da catapora, em geral, começam entre 10 e 21 dias após
o contágio da doença.

• Os principais sinais e sintomas da doença são:


• manchas vermelhas e bolhas no corpo;
• mal estar;
• cansaço;
• dor de cabeça;
• perda de apetite;
• febre baixa.
Sintomas
• As bolhas surgem inicialmente na face, no tronco ou no couro cabeludo, se
espalham e se transformam em pequenas vesículas cheias de um líquido
claro.
• Em poucos dias o líquido escurece e as bolhas começam a secar e
cicatrizam. Este processo causa muita coceira, que pode infeccionar as
lesões devido a bactérias das unhas ou de objetos utilizados para coçar.
• Para evitar o contágio, é necessário restringir a criança ou adulto com
catapora de locais públicos até que todas as lesões de pele estejam
cicatrizadas, o que acontece, em média, num período de duas semanas.
• Mãos, vestimentas e roupas de cama, além de outros objetos que possam
estar contaminados, devem passar por higienização rigorosa.
Característica do Exantema
Período Exantemático:
› Máculas, pápulas, vesículas e crostas
› Vesículas superficiais inicialmente em face, couro
cabeludo e tronco;
Etapas dos Sintomas
• Período prodrômico – inicia-se com febre baixa, cefaleia, anorexia e
vômito, podendo durar de horas até 3 dias. Na infância, esses pródromos
não costumam ocorrer, sendo o exantema o primeiro sinal da doença. Em
crianças imunocompetentes, a varicela geralmente é benigna, com início
repentino, apresentando febre moderada durante 2 a 3 dias, sintomas
generalizados inespecíficos e erupção cutânea pápulo vesicular que se
inicia na face, couro cabeludo ou tronco (distribuição centrípeta).
• Período exantemático – as lesões comumente aparecem em surtos
sucessivos de máculas que evoluem para pápulas, vesículas, pústulas e
crostas. Tendem a surgir mais nas partes cobertas do corpo, podendo
aparecer no couro cabeludo, na parte superior das axilas e nas membranas
mucosas da boca e das vias aéreas superiores.
Complicações
• As principais complicações da catapora, nos casos severos ou tratados
inadequadamente, são:
• encefalite;
• pneumonia;
• infecções na pele e ouvido.

• A enfefalite é uma inflamação aguda no sistema nervoso central, que provoca a


inflamação do cérebro. Se não for tratada, pode ser fatal. Afeta principalmente
bebês, crianças e adultos com o sistema imunológico comprometido.
• Pessoas com catapora não devem ter contato com recém-nascidos, mulheres
grávidas ou qualquer indivíduo que esteja com a imunidade baixa (como pessoas
com HIV ou que estejam realizando quimioterapia), já que a doença pode ser
mais grave nestes grupos.
Diagnóstico
• O diagnóstico da catapora (varicela) não é feito por meio de exames
laboratoriais para confirmação ou descarte dos casos de varicela,
exceto quando é necessário fazer o diagnóstico diferencial nas
situações mais graves.
• Os testes sorológicos mais utilizados para confirmar o diagnóstico
são:
• ensaio imunoenzimático (ELISA);
• aglutinação pelo látex (AL);
• imunofluorescência indireta (IFI), embora a reação em cadeia da polimerase
(PCR) seja considerada o padrão ouro para o diagnóstico de infecção pelo VVZ
(principalmente em caso de varicela grave).
Tratamento
• Em geral, são utilizados analgésicos e antitérmicos para aliviar a dor de
cabeça e baixar a febre, e anti-histamínicos (antialérgicos) para aliviar a
coceira.
• Os cuidados de higiene são muito importantes e devem ser feitos apenas
com água e sabão.
• Para diminuir a coceira, o ideal é fazer compressa de água fria. As vesículas
não devem ser coçadas e as crostas não devem ser retiradas.
• O tratamento específico da catapora (varicela) é realizado por meio da
administração do antiviral aciclovir, que é indicado para pessoas com risco
de agravamento.
• O uso de aciclovir oral para o tratamento de pessoas sem condições de
risco de agravamento não está indicado
Prevenção
• Vacinação.
• Lavar as mãos após tocar nas lesões.
• Isolamento: crianças com varicela não complicada só devem retornar à
escola após todas as lesões terem evoluído para crostas. Crianças
imunodeprimidas ou que apresentam curso clínico prolongado só deverão
retornar às atividades após o término da erupção vesicular.
• Pacientes internados: isolamento de contato e respiratório até a fase de
crosta.
• Desinfecção: concorrente dos objetos contaminados com secreções
nasofaríngeas.
• Imunoprofilaxia em surtos de ambiente hospitalar.
Definição
• Doença viral aguda, caracterizada por febre e aumento de volume de
uma ou mais glândulas salivares, geralmente a parótida e, às vezes,
glândulas sublinguais ou submandibulares.

• Também chamada de papeira ou parotidite.

• Período de incubação de duas ou três semanas.

• É mais comum em crianças no período escolar e em adolescentes, mas


também pode afetar adultos em qualquer idade. Normalmente, a
caxumba tem evolução benigna, mas em alguns raros casos pode
apresentar complicações resultando em internações e até mesmo em
morte.
Sintomas
• Febre,
• calafrios,
• dores de cabeça, musculares e ao mastigar ou engolir,
• fraqueza.
• Uma das principais características da doença é o aumento das
glândulas salivares próximas aos ouvidos, que fazem o rosto
inchar.
• Nos casos graves, a caxumba pode causar surdez, meningite
e, raramente, levar à morte.
Importante
• Após a puberdade, pode causar inflamação e inchaço
doloroso dos testículos (orquite) nos homens ou dos ovários
(ooforite) nas mulheres e levar à esterilidade.
• Por isso, é necessário redobrar a atenção nestes casos e ter
acompanhamento médico.
Transmissão
• A caxumba é causada por vírus da família Paramyxoviridae, gênero
Paramyxovirus.
• A transmissão ocorre por via aérea, por meio da disseminação de
gotículas, ou por contato direto com saliva de pessoas infectadas. Já a
transmissão indireta é menos frequente, mas pode ocorrer pelo
contato com objetos e/ou utensílios contaminados com secreção do
nariz e/ou boca.
• O período de incubação (até o aparecimento dos sintomas) é de 12 a
25 dias, sendo, em média, 16 a 18 dias.
• Período de transmissibilidade: varia entre 6 e 7 dias antes das
manifestações clínicas, até 9 dias após o surgimento dos sintomas.
Tratamento
• Não existe tratamento específico, indicando-se apenas repouso,
analgesia e observação cuidadosa, quanto à possibilidade de
aparecimento de complicações.

• Tratamento de apoio para a Orquite:


• Suspensão da bolsa escrotal, através de suspensório, aplicação de bolsas de gelo e
analgesia, quando necessário.
Diagnóstico
• O diagnóstico da caxumba é basicamente clínico, com avaliação
médica nas glândulas. Para confirmar, o profissional de saúde pode
coletar uma amostra de sangue para confirmar a presença do vírus.
• A confirmação laboratorial da caxumba vem no resultado desse
exame de sangue, que apresenta anticorpos contra o paramixovírus,
responsável por causar a doença.
• Dessa forma, é possível excluir com certeza a hipótese de outras
enfermidades ou doenças que tenham sintomas parecidos.
Prevenção
• A melhor maneira de evitar a caxumba é através
da vacinação.
• Caso uma pessoa seja afetada, ela não deve comparecer à
escola ou ao trabalho durante nove dias após início da
doença.
• É preciso, ainda, desinfectar os objetos contaminados como
secreções do nariz, da boca e da garganta do enfermo.
Referência
• BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde de A a Z. Disponível em:
<https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/>.

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