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Centro Educacional Camp care

Curso Técnico em Enfermagem


Professora Enfermeira Lidiane
PRINCIPAIS DOENÇAS NA INFÂNCIA:
• Na infância, é comum contrair doenças, pois o corpo
está em processo de imunização.
• O sistema imunológico da criança só desenvolve por
completo no terceiro ano de vida.
• Além da vacinação em dia, a amamentação é uma forte
aliada quando o assunto é proteção do bebê, pois os
anticorpos da mamãe são transferidos para o filho.
• Confira as principais Doenças:
SARAMPO:
• O sarampo é uma doença infecciosa aguda,
viral, grave, transmitida pela fala, tosse e espirro,
e extremamente contagiosa, mas que pode ser
prevenida pela vacina. Pode ser contraída por
pessoas de qualquer idade. Os principais
sintomas são: febre alta, acima de 38.5ºC,
cefaleia, manchas avermelhadas no rosto e no
corpo, tosse, coriza, conjuntivite. O período de
incubação dura entre 8 e 12 dias. A vacinação é
a maneira mais eficaz de prevenir o sarampo.

• As complicações mais comuns são: infecções


respiratórias; otites; doenças diarreicas; doenças
neurológicas.Tratamento: antitérmicos,
hidratação oral, terapia nutricional com
incentivo ao aleitamento materno e higiene
adequada dos olhos, da pele e das vias
aéreas superiores. As complicações
bacterianas do sarampo são tratadas
especificamente com antibióticos.
RUBÉOLA
• Rubéola Causada por vírus, é uma doença aguda e contagiosa. O principal
sintoma é o exantema, pequenas lesões avermelhadas parecidas com a do
sarampo, que geralmente começam na face e depois se espalham pelo corpo
todo. Cefaléia,dor ao engolir, dores no corpo (articulações e músculos),coriza,
aparecimento de gânglios( ínguas), febre. Grávidas que não tiveram a doença
também devem ser vacinadas contra rubéola. O período de incubação é em torno
de 15 dias. Para crianças, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda
como rotina duas doses: uma aos 12 meses e a segunda quando a criança tiver
entre 1 ano e 3 meses e 2 anos de idade. O contágio ocorre comumente
pelas vias respiratórias por gotículas de saliva ou secreção nasal. A
rubéola congênita, ou seja, transmitida da mãe para o feto, é a forma
mais grave da doença, porque pode provocar aborto, má-formações
como surdez e problemas visuais na criança. O tratamento é sintomático.
Antitérmicos e analgésicos ajudam a diminuir o desconforto, aliviar as
dores de cabeça e do corpo e baixar a febre. Recomenda-se também
que o paciente faça repouso durante o período crítico da doença.
Foto: fonte google
Catapora ou Varicela
• É uma doença infecciosa causada pelo vírus Varicela-Zóster. Altamente
contagiosa, mas geralmente benigna.
• Uma vez adquirido o vírus, a pessoa fica imune por toda a vida. No
entanto, ele permanecerá no organismo e, futuramente, poderá provocar
uma doença conhecida como herpes-zóster ou cobreiro.
• Os primeiros sintomas são febre entre 37,5° e 39,5° C, mal-estar,
inapetência, dor de cabeça, cansaço. Entre 24 e 48 horas mais tarde,
surgem lesões de pele caracterizadas por manchas avermelhadas, que
dão lugar a pequenas bolhas ou vesículas cheias de líquido, sobre as
quais, posteriormente, se formarão crostas que provocam muita coceira.
A transmissão do vírus da catapora ocorre por contato direto através da
saliva ou secreções respiratórias da pessoa infectada ou por contato com
o líquido do interior das vesículas.
Catapora ou Varicela
• O período de incubação dura em média 15 dias e a recuperação completa
ocorre de sete a dez dias depois do aparecimento dos sintomas.
• O tratamento visa basicamente a aliviar os sintomas. Como outras
doenças transmitidas por vírus, não há muito o que fazer. O
importante é evitar a contaminação das lesões por bactérias, o
que complica o quadro.
• Não coçar as feridas diminui o risco de infecções e a formação de
cicatrizes.
• Adultos ou pessoas debilitadas, que se contaminem com o vírus da
catapora, requerem cuidados especiais.
• VACINA CONTRA CATAPORA: é recomendada para crianças a
partir de um ano.
O rígido isolamento é recomendado para
pacientes hospitalizados com varicela e para
as crianças e adultos imuno comprometidos
com herpes-zoster. Foto:Fonte Google

CAXUMBA:
• Caxumba é uma doença infecciosa causada por um
vírus que provoca inflamação não só nas glândulas
parótidas, mas também nas glândulas submaxilares e
sublinguais. Na maior parte das vezes, a infecção se
manifesta na infância, nos meses de inverno e no
começo da primavera.
• Embora seja uma enfermidade de evolução benigna,
em alguns casos podem ocorrer as seguintes
complicações: inflamação dos testículos e dos ovários
(que pode resultar em esterilidade),meningite, surdez
entre outros.
• O período de incubação varia de 14 a 25 dias. A
transmissão se dá pelo contato direto com as
secreções das vias aéreas superiores da pessoa
infectada.
CAXUMBA:
São sintomas da infecção, menos intensos nas
crianças do que nos adultos:
• Inchaço e dor na parótida e nas outras
glândulas salivares infectadas (localizadas
embaixo da mandíbula);
• Dor muscular e ao engolir;
• Febre;
• Mal-estar;
• Inapetência
CAXUMBA:
• Os seguintes sinais sugerem complicações da doença e exigem
assistência médica imediata:

• Dor e inchaço nos testículos (orquite) e na região dos ovários (ooforite);

• Náuseas; Vômitos; Dor no abdômen superior (pancreatite);

• Rigidez na nuca; Dor de cabeça; (CEFALÉIA),

• Prostração (meningite).

• Não existem medicações específicas contra a caxumba. O tratamento,


sintomático é feito com analgésicos e antitérmicos.

• O doente deve permanecer em repouso enquanto durar a infecção.


• Não se automedique, nem medique a criança antes de consultar um
médico e ter o diagnóstico de certeza de caxumba, doença também
conhecida como parotidite infecciosa ou papeira;
Caxumba:
Coqueluche (pertussis)
• Coqueluche é uma doença infectocontagiosa aguda do trato
respiratório que atinge principalmente crianças menores de dois
anos. A vacinação é indispensável para crianças.
• Coqueluche, também conhecida por pertussis ou tosse comprida,
transmitida pela bactéria Bordetella pertussis. Os casos da doença
têm aumentado em diversos países, nos últimos anos.
• O contágio se dá pelo contato direto com a pessoa infectada ou
por gotículas eliminadas pelo doente ao tossir, espirrar ou falar.
• Coqueluche é uma doença recorrente, de notificação
compulsória ao Ministério da Saúde.
• Principalmente nas crianças e nos idosos, ela pode evoluir para
quadros graves com complicações pulmonares, neurológicas,
hemorrágicas e desidratação.
SINTOMAS: COQUELUCHE
• O período de incubação varia entre 7 e 17 dias. Os sintomas duram
cerca de 6 semanas e podem ser divididos em três estágios
consecutivos:
Estágio catarral (uma ou duas semanas): febre, coriza, espirros,
lacrimejamento, falta de apetite, mal-estar, tosse noturna, sintomas
que, nessa fase, podem ser confundidos com os da gripe e resfriados
comuns.
Estágio paroxístico (duas semanas): crises de tosse,de início repentino,
esses episódios são breves, mas ocorrem um atrás do outro,
sucessivamente, sem que o doente tenha condições de respirar entre
eles e são seguidos por uma inspiração profunda que provoca um som
agudo. Os períodos de falta de ar e o esforço para tossir deixam a face
azulada (cianose) e podem provocar vômitos;
Estágio de convalescença: em geral, a partir da quarta semana, os
sintomas vão regredindo até desaparecerem completamente.
Coqueluche:
• DIAGNÓSTICO
é basicamente clínico. Em grande parte dos
casos, exames laboratoriais podem ajudar a
determinar a presença da bactéria Bordetella
pertussis em amostras retiradas da nasofaringe.
• TRATAMENTO
Paciente com coqueluche deve permanecer
em isolamento respiratório enquanto durar o
período de transmissão da doença.
• Na maioria dos casos, o tratamento pode ser
ambulatorial e realizado em casa, mas com
acompanhamento médico.
• A hospitalização só se torna necessária,
quando ocorrem complicações e é preciso
oferecer suporte de oxigênio e alimentação
parenteral.
• Geralmente o médico prescreve eritromicina,
• Xaropes expectorantes e inibidores da tosse
não trazem benefícios terapêuticos.
Recomendações: Coqueluche
• Procure assistência médica se as crises de
tosse se manifestarem por tempo prolongado

• Uma vez diagnosticada a doença, alguns


cuidados simples são importantes no
atendimento ao doente:

• Mantenha o doente afastado de outras


pessoas e em ambientes arejados, enquanto
durar a fase de transmissão da doença;

• Ofereça-lhe líquidos com frequência para


evitar a desidratação e refeições leves, em
pequenas porções, mas várias vezes ao dia;

• Separe talheres, pratos e copos para uso


exclusivo da pessoa ou criança com
coqueluche;

• Lave cuidadosamente as mãos antes e


depois de entrar em contato com o paciente;
Observação importante:
Segundo orientação do Ministério
da Saúde, todos os comunicantes
íntimos (familiares, amigos, colegas
de escola ou de trabalho) deverão
receber uma dose da vacina
Vacina tríplice viral (protege contra
o sarampo, caxumba e rubéola)
Vacina tetra viral (protege contra o
sarampo, caxumba, rubéola e
varicela)
Difteria (crupe)
• é uma doença respiratória infectocontagiosa
que tem como sintoma característico o
aparecimento de placas acinzentadas e
firmes nas amídalas e órgãos adjacentes.
• causada pelo bacilo Corynebacterium
diphtheriae que se instala
nas amídalas, faringe, laringe, nariz e, em
alguns casos, nas mucosas e na pele.
• O período de incubação costuma durar de
um a seis dias, mas pode ser um pouco mais
longo. A transmissão ocorre pelo contato
direto com a pessoa doente ou com
portadores assintomáticos da bactéria,
através de gotículas eliminadas pela tosse,
pelo espirro e ao falar, ou pelo contato com
as lesões cutâneas.
Difteria:
• SINTOMAS
Mal-estar, dor de garganta, febre, corrimento
nasal, gânglios linfáticos inflamados e
manchas avermelhadas na pele são outros
sintomas possíveis da doença. Edema de
pescoço, prostração e asfixia mecânica são
sinais que sugerem o agravamento da
infecção.
Difteria:
• DIAGNÓSTICO: é basicamente clínico, mas
pode ser confirmado pelo exame de cultura
numa amostra das placas típicas da doença.

• TRATAMENTO: Antibióticos como penicilina e


eritromicina, geralmente utilizados para o
controle da doença.

• Todas as pessoas que estiveram em contato


com o portador de difteria devem ser avaliadas
a fim de receber cuidados preventivos ou
terapêuticos, conforme necessário.

• Procure assistência médico-hospitalar tão logo


perceba sintomas que possam sugerir a difteria,
uma doença que exige cuidados imediatos
para evitar complicações potencialmente
graves;
Precaução por aerossóis
• Os aerossóis são partículas menores do que as gotículas, capazes de
permanecer em suspensão no ar por períodos prolongados. Dessa
forma, necessitam de medidas de proteção diferenciadas.
• A transmissão por aerossóis ocorre através da eliminação de minúsculas
partículas por meio da tosse, respiração ou da fala. Essas permanecem
em suspensão no ar, podendo contaminar diversos locais.
• Neste tipo de isolamento o quarto deve ser privativo e a porta deve estar
sempre fechada. Além disso, o uso de máscaras tipo n. 95 é obrigatório
por qualquer profissional que adentre o local. Essa máscara especial
deve ser colocada sobre a face antes de entrar no quarto e retirada
apenas quando sair definitivamente.
• Todos os equipamentos deverão ser de uso exclusivo para este
paciente, como por exemplo, estetoscópio, esfigmomanômetro, dentre
outros.
• Criado por Schumauss em 1920, o termo aerossol designa as suspensões
relativamente estáveis de partículas sólidas ou gotículas dispersas num
gás com dimensões inferiores a 100 µm, mas tamanhos superiores aos
das moléculas individualizadas.
A precaução respiratória
por gotículas
• visa a proteger contra
agentes que possuem
transmissão aérea transmissão por
por gotículas, geradas com a gotículas ocorre através do contato
fala, tosse, espirro ou próximo com paciente.
procedimentos que Gotículas de tamanho considerado
manipulem vias aéreas. grande (>5 micra) eliminadas pela fala,
As gotículas depositam-se tosse, espirros, e mesmo pela respiração
em superfícies e não
alcançam grandes
distâncias.
Máscara Cirúrgica. (paciente durante o transporte).
Máscara Cirúrgica. (profissional). Quarto
privativo. Precaução de
Contato. Precauções para Gotículas.
DIARRÉIA:
• Evacuação de conteúdo líquido ou semilíquido.
• Mecanismo de defesa do organismo contra a
presença de algum agente agressor, torna-se um
problema quando a perda aumentada leva à
desidratação.
• Tipos: •Aguda: súbita, geralmente infecciosa, uma
reação à ingestão de substâncias tóxicas e exageros
alimentares.
• Persistente: aguda se prolonga 30 dias.
• Crônica: mais de 30 dias, associa-se a desordens de
má absorção, defeitos anatômicos, motilidade
intestinal anormal, reação de hipersensibilidade
(alérgica), câncer ou uma resposta inflamatória.
• Causas e fatores predisponentes: Idade; clima quente;
ambiente superpovoados e precários; falta de
saneamento básico, manipulação inadequada dos
alimentos.
• Tratamento: Hidratação e reconstrutor da flora
intestinal
Cuidados de Enfermagem com crianças
com Diarréia
• Observar e registrar
aspecto(coloração),odor, frequência das
evacuações, presença de sangue, muco,
pus ou vermes; Verificar sinais vitais; Atentar
a complicações, Fazer higiene do períneo
com água e sabão a cada evacuação
para prevenir assaduras; Oferecer líquidos
conforme prescrição médica e observar a
aceitação da criança; Lavar as mãos antes
e após o manuseio da criança; Educação
em Saúde.
DESNUTRIÇÃO: deficiência de
calorias e proteínas
• Tipos:
Classificada em função da deficiência do peso do desnutrido:
1º Grau: 10 a 25% de perda ponderal
2º Grau: de 25 a 40% de perda ponderal
3º Grau: acima de 40 % de perda ponderal.
3º grau pode ser:
Kwashiorkor: corresponde a uma deficiência protéica com suprimento
adequado de calorias (carboidratos).
Marasmo: Resulta de má nutrição generalizada, tanto de calorias
quanto de proteínas.
Manifestações clínicas:
• (Kwashiorkor)Extremidades finas; edema; ascite; emagrecimento
generalizado; atrofia; aparência de velho.
• (Marasmo); pele descamativa, seca e despigmentada; cabelos finos;
secos ásperos; opacos e despigmentados; distúrbios gastrintestinais
(diarréia); unhas quebradiças, entre outros.
• Causas e Fatores Predisponentes: Inadequada ingestão de alimentos
e quantidade insuficiente; amamentação inadequada; situação
sócio-econômica desfavorável; padrões culturais; fatores
psicológicos; infecções; patologias.
• Tratamento: Fornecimento de uma dieta rica em proteínas e alto
valor calórico de carboidratos, vitaminas e sais minerais. Em caso de
desidratação, reposição parenteral de líquidos.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
DESNUTRIÇÃO:
• Comunicar alterações do nível de consciência e desenvolvimento da criança.
• Incentivar aleitamento materno.
• Estimular a ingesta alimentar e hídrica conforme prescrição.
• Observar sinais de intolerância alimentar.
• Controle de peso diário.
• Cuidados com a pele, tais como: banho de sol, mudança de decúbito.
• Controle dos sinais vitais.
• Orientar a família sobre a importância da alimentação correta conforme as
condições e a idade da criança.
• Encaminhar a família para receber orientação alimentar da nutricionista, e/ou
assistente social caso algum problema.
BRONQUIOLITE:
• Bronquíolos encontra-se preenchido com
muco,secreção, causados por processo
infeccioso viral.
• Predomina em crianças de dois a seis meses
de idade, acometendo até os dois anos.
• A doença dura cerca de 7 a 10 dias
• Sinais e sintomas: quadro gripal, com tosse;
coriza; taquipnéia; gemência; batimento de
asa de nariz; tiragem subcostal, intercostal,
sibilos e cianose.
• TRATAMENTO: A bronquiolite é tratada com
nebulização, ou oxigenioterapia, ingestão
hídrica adequada e repouso.
Antibioticoterapia prescrito pelo médico.
Foto: google
REFERÊNCIAS

• Fundamentos de Enfermagem Pediátrica - Wong - 10ª edição,


2018 Autor:Hockenberry, Marylin J. - WIlson, David – WONG
• Fotos fonte Google
• https://www.infectologia.org.br/

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