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FACULDADE DO NOROESTE DE MINAS

BRENA TATIANE DE SOUZA COSTA


KAREN VASCONCELOS DOS SANTOS
MURIENE ASSUNÇÃO XAVIER
ROSANGELA PRISCILA MONTEIRO PACHECO
THYARA PIRES MACIEL

DOENÇAS MAIS COMUNS NA INFÂNCIA

PARACATU
2022
CATAPORA (VARICELA)
A Catapora (varicela) é uma doença infecciosa, altamente contagiosa, mas
geralmente benigna, causada pelo vírus Varicela-Zoster, que se manifesta com
maior frequência em crianças e com incidência no fim do inverno e início da
primavera.
A principal característica clínica é o polimorfismo das lesões cutâneas (na
pele) que se apresentam nas diversas formas evolutivas (máculas, pápulas,
vesículas, pústulas e crostas), acompanhadas de prurido (coceira). Em crianças,
geralmente é benigna e autolimitada. Em adolescentes e adultos, em geral, o quadro
clínico é mais exuberante.
Uma vez adquirido o vírus Varicela, a pessoa fica imune à catapora. No
entanto, esse vírus permanece em nosso corpo a vida toda e pode ser reativado,
causando o Herpes-Zoster, conhecido também como cobreiro.

MEIO DE TRANSMISSÃO
A catapora é facilmente transmitida para outras pessoas. O contágio acontece
por meio do contato com o líquido da bolha ou pela tosse, espirro, saliva ou por
objetos contaminados pelo vírus, ou seja, contato direto ou de secreções
respiratórias.
Indiretamente, é transmitida por meio de objetos contaminados com
secreções de vesículas e membranas mucosas de pacientes infectados. Raramente,
a catapora (varicela) é transmitida por meio de contato com lesões de pele.
O período de incubação do vírus Varicela, causador da Catapora, é de 4 a 16
dias. A transmissão se dá entre 1 a 2 dias antes do aparecimento das lesões de pele
e até 6 dias depois, quando todas as lesões estiverem na fase de crostas.
Deve-se afastar a criança da creche ou escola por 7 dias, a partir do início do
aparecimento das manchas vermelhas no corpo.

SINAIS E SINTOMAS
Os sintomas da catapora, em geral, começam entre 10 e 21 dias após o
contágio da doença. Os principais sinais e sintomas da doença são: manchas
vermelhas e bolhas no corpo; mal estar; cansaço; dor de cabeça; perda de apetite;
febre baixa.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
 Período prodrômico – inicia-se com febre baixa, cefaleia, anorexia e
vômito, podendo durar de horas até 3 dias. Na infância, esses pródromos não
costumam ocorrer, sendo o exantema o primeiro sinal da doença. Em crianças
imunocompetentes, a varicela geralmente é benigna, com início repentino,
apresentando febre moderada durante 2 a 3 dias, sintomas generalizados
inespecíficos e erupção cutânea pápulo vesicular que se inicia na face, couro
cabeludo ou tronco (distribuição centrípeta).
 Período exantemático – as lesões comumente aparecem em surtos
sucessivos de máculas que evoluem para pápulas, vesículas, pústulas e crostas.
Tendem a surgir mais nas partes cobertas do corpo, podendo aparecer no couro
cabeludo, na parte superior das axilas e nas membranas mucosas da boca e das
vias aéreas superiores.

PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES
As principais complicações da catapora, nos casos severos ou tratados
inadequadamente, são: encefalite; pneumonia; infecções na pele e ouvido.

DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da catapora (varicela) não é feito por meio de exames
laboratoriais para confirmação ou descarte dos casos de varicela, exceto quando é
necessário fazer o diagnóstico diferencial nas situações mais graves.
Os testes sorológicos mais utilizados para confirmar o diagnóstico são: ensaio
imunoenzimático (ELISA); aglutinação pelo látex (AL); imunofluorescência indireta
(IFI), embora a reação em cadeia da polimerase (PCR) seja considerada o padrão
ouro para o diagnóstico de infecção pelo VVZ (principalmente em caso de varicela
grave).

Diagnóstico diferencial
Varíola (erradicada); coxsackioses; infecções cutâneas; dermatite
herpetiforme; impetigo; erupção variceliforme de Kaposi; riquetsioses, entre outras.
TRATAMENTO
No tratamento da catapora, em geral, são utilizados analgésicos e
antitérmicos para aliviar a dor de cabeça e baixar a febre, e anti-histamínicos
(antialérgicos) para aliviar a coceira. Os cuidados de higiene são muito importantes e
devem ser feitos apenas com água e sabão.
Para diminuir a coceira, o ideal é fazer compressa de água fria. As vesículas
não devem ser coçadas e as crostas não devem ser retiradas. Para evitar que isso
aconteça, as unhas devem ser bem cortadas. A medicação a ser ministrada deve
ser orientada por profissionais de saúde, pois o uso de analgésicos e antitérmicos à
base de ácido acetilsalecílico é contraindicado e pode provocar problemas graves.

PREVENÇÃO
As principais medidas de prevenção e controle da catapora (varicela) são:
Vacinação, lavar as mãos após tocar nas lesões, isolamento: crianças com varicela
não complicada só devem retornar à escola após todas as lesões terem evoluído
para crostas. Crianças imunodeprimidas ou que apresentam curso clínico
prolongado só deverão retornar às atividades após o término da erupção vesicular.
 Pacientes internados: isolamento de contato e respiratório até a fase de
crosta.
 Desinfecção: concorrente dos objetos contaminados com secreções
nasofaríngeas.
 Imunoprofilaxia em surtos de ambiente hospitalar.

ALERGIAS
As doenças alérgicas tem aumentado sua incidência em todo o mundo, em
todas as faixas etárias, mas principalmente entre as crianças. A genética familiar e
fatores ambientais têm papel importante no desenvolvimento das alergias, podendo
se manifestar de diversas formas. As reações cutâneas, como a dermatite atópica;
as respiratórias; as alimentares; e as relacionadas a picadas de inseto são as mais
comuns em bebês e crianças,

ALERGIAS RESPIRATÓRIAS
Asma e rinite são doenças mais comuns na infância e estão relacionadas.
RINITE
É a inflamação da mucosa do nariz. Os sintomas são: obstrução nasal, coriza,
espirros, coceira no nariz e dificuldade de sentir cheiros. A pessoa que
tem rinite pode ter esses sintomas na maioria dos dias.
A mais conhecida é a rinite alérgica, mas existem várias outras causas, como
a rinite causada por alguma infecção ou medicação.
O diagnóstico é feito através dos sintomas e, no caso da rinite alérgica,
alguns exames de alergia podem ser realizados. Nesse caso, a conjuntivite alérgica
geralmente também está presente.

ASMA
A asma é caracterizada pela inflamação das vias aéreas e é a doença crônica
mais comum da infância. Os sintomas são: chiado no peito, dificuldade para respirar,
aperto no peito e tosse. Esses sintomas são variáveis.
O diagnóstico é feito através dos sintomas e com um exame chamado prova de
função pulmonar, mas as crianças pequenas ainda não conseguem realizá-lo.

O QUE AS DUAS DOENÇAS TÊM EM COMUM?


No caso da asma alérgica, existem desencadeantes em comum com a rinite
alérgica e alguns testes alérgicos podem ser feitos.
Existe a teoria de via aérea única, em que a asma e a rinite são consideradas
manifestações da mesma doença e o descontrole de uma pode levar ao descontrole
da outra.
Por isso, sempre que uma pessoa tiver o diagnóstico de asma, deve-se
investigar rinite também e vice-versa. O controle das duas doenças é indispensável.
Não podemos tratar apenas uma.

TRATAMENTO
O tratamento das duas doenças é feito principalmente com corticoide tópico
(local) no nariz e inalatório (no pulmão).
O controle ambiental faz parte das recomendações de tratamento e
prevenção, como evitar contato com poeira, ácaros, fungos e outros fatores
desencadeantes.
Existem alguns tratamentos sistêmicos complementares que são opções para
o tratamento das duas doenças, como a imunoterapia e imunobiológicos.

ALERGIA DERMATITE ATÓPICA


Dermatite atópica está relacionada a uma predisposição genética, com
alteração da resposta inflamatória (alérgica) da barreira cutânea (alterações de
proteínas e lipídeos) e do micro bioma. Ela se manifesta nos primeiros meses de
vida, sendo mais comum até os 5 anos de idade, e pode vir acompanhada de outras
doenças alérgicas, como asma e rinite”. Em crianças, a doença se torna mais
comum devido ao sistema imunológico dos pequenos, que ainda está em
desenvolvimento, principalmente aqueles que possuem histórico do problema na
família.
SINTOMAS
Coceira; Crostas em regiões de dobras, como cotovelos, pescoço e atrás do
joelho; Ressecamento; Placas inflamadas que podem exibir descamação; pequenas
bolhas; infecções.

TRATAMENTO
Ao notar o surgimento de lesões com essas características na pele da
criança é fundamental levá-la à uma consulta com um dermatologista, para que ele
possa avaliar o quadro e indicar o tratamento necessário. “A escolha das
medicações tópicas e orais deve ser feita por esse profissional, que é o especialista
indicado para acompanhar o quadro. A prescrição dependerá da gravidade do
quadro, além da coexistência de infecções”.

É importante manter uma boa rotina de cuidados com a pele do bebê: Usar
hidratantes que restabeleçam a barreira cutânea: praticar uma higienização suave
que não agrida a pele que já está previamente irritada.
ALERGIA A PICADA DE INSETO
Quando o inseto pica uma pessoa, ele injeta a sua saliva em sua pele. Essas
substâncias podem causar reação alérgica no local da picada, principalmente em
crianças a partir de 1 ano de vida. O local da picada, em geral, fica vermelho e
inchado, podendo aparecer outras pápulas igualmente vermelhas que vão se
espalhando. Esse tipo de reação comum na criança pequena vai melhorando de
frequência e intensidade durante a sua vida. A tendência é de melhora espontânea
na maioria dos casos até os 10 anos de idade, o que chamamos de
dessensibilização natural.

SINTOMAS
Nas crianças alérgicas, geralmente aparecem bolinhas (pápulas)
avermelhadas e bem inchadas, próximas umas das outras, e em áreas expostas
como pernas e braços, quando a picada é por mosquito e em áreas cobertas do
tronco quando o inseto é a pulga ou percevejo.
Essas bolinhas coçam muito, e ficam menos inchadas depois de algum
tempo. Em pacientes alérgicos, essas bolinhas podem ter água dentro (vesículas)
permanecendo semanas e, ao sumirem, deixam uma mancha clara ou escura como
sequela.
A coceira causa pequenas feridas e, em alguns casos, pode ocorrer infecção
secundária por bactérias, deixando uma ferida amarelada e com conteúdo purulento.
A crianças muitas vezes acordam incomodadas durante a noite. Ao longo do
dia, elas não conseguem controlar a coceira e acabam arranhando e machucando
várias áreas da pele.

TRATAMENTO
a criança for picada por algum inseto, o tratamento das crianças alérgicas
deve ser o uso de pomadas a base de corticóide, que ajudam a aliviar a coceira e o
inchaço. Os antialérgicos orais também podem ser usados para aliviar a coceira.
Deixe as unhas dos mãos curtas e limpas para evitar a infecção secundária e
a necessidade de uso de antibióticos tópicos ou orais.

PREVENÇÂO
Usar roupas de manga longa e calça comprida, pois agem como barreira
mecânica; Janelas e portas devem ter telas para impedir a entrada de insetos.;
instalar um mosqueteiro de tecido fino sobre a cama das crianças; pode-se usar
repelentes elétricos nas tomadas das casas e passar o repelente nas áreas
expostas; evitar água parada, acúmulo de lixo e entulhos nas proximidades; eliminar
as pulgas dos cães e gatos, pois elas podem picar as crianças. Cuidado redobrado
no início da manhã e final de tarde, pois é o horário que os mosquitos costumam se
alimentar.

ALERGIA ALIMENTAR
Vamos considerar que o nosso sistema imunológico funciona como um
grande “exército”, capaz de reconhecer e defender o corpo contra possíveis
agressores. As células atuam como soldados e reagem de forma organizada e
coordenada para combater o “invasor”. Porém, às vezes, essa reação pode
acontecer de forma exagerada com pequenos estímulos que não são perigosos,
causando o que conhecemos como alergia.
Ao detectar um alérgeno, o corpo passa a produzir anticorpos com o intuito de
protegê-lo. Eles são responsáveis por desencadear uma reação chamada
degranulação, liberando histamina (substância produzida pelas células para regular
a resposta imunológica e as reações do corpo, como a alergia) e outras substâncias
que chamam todo o “exército” para combater o alérgeno.
Essas substâncias geram um processo inflamatório e causam os sintomas
típicos de alergia que conhecemos: coceira, vermelhidão, inchaço e, em casos mais
graves, choque anafilático (rápido fechamento das vias aéreas que pode levar a
morte).

SINAIS E SINTOMAS
Alguns sinais e sintomas que podem caracterizar uma alergia alimentar em
bebê são:
Pele avermelhada e ressecada; coceira na pele, no nariz e nos olhos;
nariz congestionado ou escorrendo; tosse; chiado no peito; dificuldade para respirar;
língua, lábios ou rosto inchados; cólicas e gases; refluxo; diarreia ou constipação
intestinal; vômito.
DIAGNÓSTICO
Como alguns desses sintomas são comuns nos primeiros meses de vida, o
diagnóstico de uma alergia alimentar em bebê pode necessitar de acompanhamento
prolongado, além de uma história clínica detalhada e criteriosa. Na maioria das
vezes, somente com orientação médica e exames específicos é possível identificar o
que está causando a reação, o tipo de alergia e o tratamento a seguir.
ALIMENTOS PODEM CAUSAR ALERGIAS
De acordo com o Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar, embora
qualquer alimento possa causar alergia, cerca de 80% das manifestações ocorrem
com a ingestão de:
 leite de vaca; ovos; amendoim; nozes; soja; trigo; peixes; rustáceos.

TRATAMENTO
Existem três formas de tratar a alergia alimentar em bebê, criança ou mesmo
adulto.
1. Exclusão dos alimentos que causam alergia: o primeiro passo é identificar e
eliminar os alimentos que causam alergia.
2. Uso de medicamentos: quando um alimento que causa alergia é ingerido, por
descuido ou desconhecimento, o uso de medicamentos como antialérgicos
(anti-histamínicos) e corticóides podem ser utilizados, assim como a
adrenalina em casos graves (anafilaxia).
3. Adoção de medidas preventivas: consiste em uma série de ações que iniciam
ainda durante a gestação e correspondem a uma das medidas mais efetivas
no tratamento contra alergias alimentares.

PREVENÇÃO

Manter bons hábitos alimentares durante a gestação, assim como uma dieta
pós-parto, com o intuito de garantir uma flora intestinal equilibrada e saudável;
estimular a amamentação pelo maior tempo possível, sendo o ideal até os 2 anos de
idade; iniciar a introdução alimentar a partir dos 6 meses de idade com frutas,
verduras e carnes orgânicas, evitando alimentos processados ou ricos em gorduras
e açúcares; manter a vitamina D em dia, pois atua como uma potente moduladora
de imunidade.
Ainda, a maioria das crianças que apresentam alergia alimentar quando bebê,
passam a tolerar os alimentos com o passar do tempo, graças ao amadurecimento
do sistema imunológico.

VIROSE
Viroses são todas as doenças que têm como causador um vírus. São as
doenças mais comuns no mundo, e as que mais levam pessoas aos serviços de
pronto atendimento.

TIPOS DE VIROSES

Embora seja um termo genérico para designar todas as doenças que são
causadas por algum tipo de vírus, nem todas as viroses são iguais, pois existem
mais de três mil variantes de vírus e todos eles podem sofrer mutações, o que
acarreta em efeitos diferentes. Os tipos mais comuns são os respiratórios e os
gastrointestinais, mas há também outros como a febre amarela, a dengue e a AIDS,
que também são viroses, mas recebem essas nomenclaturas por conta de sua
especificidade.

VIROSES MAIS FREQUENTES

Como falamos acima, as doenças virais mais comuns são as respiratórias,


como o resfriado e a gripe, e as doenças gastrointestinais que acometem o
estômago e o intestino. Os vírus mais comuns que causam as viroses respiratórias
são o rinovírus, o adenovírus, a influenza e o vírus sincicial respiratório.

SINTOMAS

As pessoas contaminadas com um destes vírus costumam apresentar como


sintomas: Dor de garganta; Nariz entupido; Coriza; Tosse; Febre; Mal-estar.
Já os sintomas das viroses gastrointestinais, geralmente causadas pelos
enterovírus, rotavírus, adenovírus entérico, entre outros, são: Náusea; Vômito;
Cólica; Diarreia; Mal-estar.

TRATAMENTO

Os pacientes que estão sofrendo com as viroses devem ser medicados para
que o vírus se vá rapidamente. Afinal, são doenças que causam incômodo e um
mal-estar generalizado.
Porém, geralmente não há um medicamento ou tratamento específico para
combater o vírus. Os médicos costumam prescrever remédios que combatam e
aliviam os sintomas. Outras atitudes importantes para auxiliar na recuperação do
paciente é a hidratação constante e o repouso. O mais comum é que os sintomas
desapareçam em até cinco dias e que a cada dia o paciente apresente melhoras.
Resumindo, é preciso deixar o ciclo do vírus se cumprir para ficar livre dele.

PREVENÇÃO

Mantenha as vacinas em dia e tenha bons hábitos de higiene, a maioria das


viroses é transmissível pelo contato com as gotículas da boca e do nariz da pessoa
doente, ou no contato oral-fecal, que é quando o vírus de um hospedeiro é
excretado nas fezes, e depois levado a outro hospedeiro ao entrar em contato com a
boca deste segundo. O que pode acontecer por meio de alimentos mal higienizados
ou de água contaminada, por exemplo. Por isso, é fundamental manter o hábito de
sempre lavar as mãos com água e sabão após utilizar o banheiro ou ao ter contato
com as gotículas, como num espirro, por exemplo.
Lave bem as mãos antes e depois de se alimentar e ao ter contato com
pessoas doentes
Ao espirrar, cubra a boca e o nariz com um lenço de papel descartável e lave
as mãos, ou espirre na dobra interna do braço, na altura do cotovelo.

CAXUMBA

Também conhecida como papeira ou parotidite, a caxumba é uma moléstia


infecciosa altamente contagiosa que afeta as glândulas salivares, sobretudo a
parótida, e também as glândulas submandibulares e sublinguais, todas próximas dos
ouvidos.
Faz parte das chamadas doenças comuns da infância, pois acomete,
principalmente, crianças e adolescentes em idade escolar, dos 5 aos 16 anos.
Existe a possibilidade de os rapazes infectados desenvolverem também
inflamação dos testículos, denominada orquite, mas, ao contrário do que se diz, é
muito incomum a doença causar esterilidade. Entre as garotas, uma parcela está
igualmente sujeita a ter inflamação dos ovários, a ooforite.
A caxumba pode, ainda, atingir o pâncreas e o sistema nervoso central,
provocando processos inflamatórios que, contudo, evoluem de forma benigna.
CAUSAS E SINTOMAS

“A doença causa inchaço aparente e dor nas glândulas salivares, além de


grande dificuldade para mastigar e engolir alimentos. O sintoma doloroso atinge o
pico por volta do terceiro dia de infecção, diminuindo progressivamente depois disso.
Como qualquer outra infecção, a caxumba provoca um quadro característico,
composto de dor de cabeça, dores musculares, fraqueza, mal-estar, febre e
calafrios. Nos casos de orquite, os testículos incham e ficam doloridos e, nos de
ooforite, há dor abdominal e até sangramento vaginal. O causador da caxumba
atende pelo nome de paramixovírus e é transmitido por via respiratória, mais
precisamente pela inalação de gotículas do espirro ou da tosse de pessoas
contaminadas. Entre o contato com esse agente infeccioso e o surgimento do
inchaço nas glândulas salivares, geralmente decorre um período de 14 a 21 dias. A
transmissão pode ocorrer antes da manifestação dos sintomas pela pessoa
contaminada, até aproximadamente uma semana depois que o quadro se instalou.
Inicialmente, é possível que apenas um lado das glândulas seja afetado, mas,
passados alguns dias, o outro lado também acaba inflamado.”

EXAMES E DIAGNÓSTICOS

A caxumba costuma ser diagnosticada no consultório, com um exame clínico.


A confirmação da doença pode ser feita por meio da realização de exames de
sangue para identificar a presença de anticorpos contra o paramixovírus e, assim,
excluir a hipótese de outras enfermidades que se manifestam de forma semelhante.

TRATAMENTOS E PREVENÇÕES

“O tratamento de uma criança ou de um adulto com caxumba visa, apenas, a


aliviar os sintomas com o uso de analgésicos e antitérmicos, pois o próprio
organismo se encarrega de combater a infecção, formando anticorpos específicos
contra o vírus da doença. De qualquer modo, recomenda-se repouso até a melhora
dos sintomas, boa higiene bucal e alimentação líquida ou semi-sólida, que são mais
fáceis de engolir. A caxumba pode ser evitada por meio da vacinação contra o vírus
que a provoca. Em geral, as crianças costumam receber essa vacina juntamente
com as de sarampo e rubéola, a chamada vacina tríplice viral, que deve ser aplicada
em duas doses, a primeira entre 12 e 15 meses e a segunda entre 4 e 6 anos.
Adultos que não foram infectados pelo vírus da caxumba na infância ou na
adolescência têm indicação de ser imunizados, com exceção de gestantes e
imunodeprimidos graves.

OTITE MÉDIA

INTRODUÇÃO

Otite média é uma inflamação que ocorre na orelha média ,neste local há
uma porção de líquidos sem sinais infecciosos, sendo que a membrana timpânica
está íntegra as otites médias com efusão são chamadas de otite média secretora,
otite média não supurativa, serosa, média mucóide, porém não são precisas, .Por
serem opacificadas a membrana timpânica impede a cauterização da efusão.A OME
de modo geral considera continuidade direta de processo inflamatório que
acontecem durante períodos longos de inflamação que recorrem a otite média aguda
quase todos os casos de OME sucederam devido a estudos realizados.

DESENVOLVIMENTO

Existe uma continuação do processo inflamatório, sendo uma inflamação


direta onde há uma coleção de líquido retro timpânico, sem sinais ou até mesmo
sem sintomas de infecção aguda, apresentando membrana timpânica preservada.
Ao serem observadas a OME possui origem infecciosa , sendo uma continuação
direta em que consiste o processo inflamatório, sendo infecciosa também o seu
processo , Culturas cultivadas da orelha média são positivas em 20 a 40 por
cento .Existem seleções de antimicrobianos identificado pelo PCR são determinadas
por investigações do tipo de bactéria encontrada no s. É importante que tenha se
conhecimentos sobre as bactérias existentes pois quanto mais rápido forem
detectadas, maior a chance de encontrar um antibiótico correto e menor o a
necessidade de cirurgias. Através da cultura é mais fácil encontrar o tipo de
penicilina mais importante no tratamento de germes que aparecem isoladamente. A
encoscopia pneumática sob visão de vídeo endoscopia foi realizada em todos os
pacientes um dia antes do procedimento cirúrgico excluindo os que finalizaram o
tratamento em 7 dias. Analisaram-se 128 EOM obtidas de 75 pacientes submetidos
a miringotomia e colocação de tubo de ventilação. A idade variou de 11 meses a 10
anos (média±desvio padrão = 34,7±18,5 meses), 60% eram meninos e todos eram
da raça branca.

Pacientes foram analizados deles 75, 53 (70,7%) forneceram secreção de


ambas as orelhas e em 29 (54,7%) encontraram-se bactérias diferentes em cada
orelha quando da análise pela PCR. Um total de 69,3% dos pacientes apresentou
OMR, e 30,7% foram incluídos por apresentarem OMEC. Os pacientes com OMR
tinham uma média de 5,3±1,4 episódios de otite por semestre, e aqueles com
OMEC. No período de junho de 2001 até outubro de 2002, estudaram-se 75
crianças com diagnóstico de OME provenientes de clínica de otorrinolaringologia
infantil de Porto Alegre. Incluíram-se pacientes que estavam no intervalo de 9 meses
a 12 anos de idade, que tinham efusão na orelha média por 6 semanas ou mais
(OME), com um diagnóstico de otite média recorrente (três ou mais episódios de
OMA em 6 meses) ou de otite média com efusão crônica, 53, (persistência da
efusão por 3 meses ou mais) e que apresentavam indicação de miringotomia e
colocação de tubo de ventilação. Os critérios diagnósticos para OME incluíram
alterações translucidez, variação da cor, menor mobilidade e aumento da
vascularização radial da membrana timpânica. Todos os casos selecionados foram
acompanhados pelo investigador principal por um período mínimo de 6 semanas
antes da cirurgia. A imitanciometria foi realizada, quando necessária, para a
confirmação da presença da efusão nos casos de otite média recorrente (OMR), e
todos os pacientes com diagnóstico de otite média com efusão crônica (OMEC)
foram avaliados com audiometria e imitanciometria. A otoscopia pneumática sob
visão videoendoscópica foi efetuada em todos os pacientes 24 horas antes do
procedimento cirúrgico. Excluíram-se pacientes que, no momento da cirurgia,
apresentavam OMA, outras infecções das vias aéreas superiores, uso vigente de
antibióticos ou que tivessem finalizado tratamento há menos de 7 dias.

O ato cirúrgico foi realizado com o auxílio de microscopia. A secreção


analisada foi coletada da orelha média após limpeza e anti-sepsia do meato acústico
externo com álcool a 70% e timpanocentese no quadrante ântero-inferior da
membrana timpânica. A aspiração da efusão foi realizada com coletor de Alden-
Senturia (Storz, St. Louis, EUA). O material obtido foi enviado para a realização de
exame cultural e análise pela PCR no prazo máximo de 15 minutos após a coleta,
tornando desnecessária a utilização de meios de transporte.

Para a cultura, o material foi semeado em placas contendo o meio de ágar


sangue de carneiro e ágar chocolate (Biolab-Mérieux, Rio de Janeiro, Brasil) e
incubado, em aerobiose, durante 24 horas, a 37º C. A identificação bacteriana foi
realizada por automação (Vitek®, bioMérieux, Marcy-l'Etoile, França). A resistência à
penicilina pelo S. pneumoniae foi determinada pela obtenção de concentrações
inibitórias mínimas, empregando-se a técnica do E-teste (E test ®, AB Biodisk, Sohna,
Suécia). O teste com Nitrocefin (Oxoid, Basingstoke, Inglaterra) foi aplicado nas
colônias de H. influenzae e M. catarrhalis para a determinação da capacidade de
produção de b-lactamase11.

A PCR utilizada nesta pesquisa é um método para a detecção simultânea


(multiplex PCR) de S. pneumoniae, H. influenzae e M. catarrhalis10. O gene 16S
rRNA, que contém tanto seqüências variáveis quanto seqüências constantes, foi
escolhido como alvo da amplificação pela

Otite média com efusão (OME) é uma inflamação da orelha média em que
existe uma coleção de líquido retrotimpânica, sem sinais ou sintomas de infecção
aguda e com membrana timpânica íntegra. Os termos otite média secretora, otite
média não-supurativa, otite média serosa e otite média mucóide são empregados
como sinônimos de otite média com efusão, mas não possuem a mesma precisão. A
freqüente opacificação e edema da membrana timpânica podem impedir a
caracterização do tipo de efusão

As observações acima sugerem que a OME tem uma origem infecciosa. Por
outro lado, as culturas de aspirados de orelha média são positivas em apenas 20-
40% dos casos de OME. As bactérias mais freqüentemente encontradas nessas
culturas são o Streptococcus pneumoniae, o Haemophilus influenzae e a Moraxella
catarrhalis4-7. Há pouco tempo, técnicas de reação em cadeia da polimerase (PCR)
foram adaptadas para a detecção de DNA bacteriano nas efusões de orelha média
(EOM), e sua utilização elevou para perto de 80% a freqüência com que se
encontrou positividade para esses microrganismos nas efusões examinadas8-10.
As prevalências acima citadas e a necessidade de definir previamente quais
os microrganismos a serem identificados pela técnica da PCR determinaram a
opção pela investigação do S. pneumoniae, H. influenzae e M. catarrhalis.

Os conhecimentos acumulados sobre a prevalência dos microorganismos


responsáveis ou envolvidos nos casos de OME podem auxiliar na seleção mais
apropriada dos antimicrobianos eventualmente prescritos e podem, assim, minimizar
complicações que requeiram cirurgias.

CONCLUSÃO

A prevalência das bactérias na otite média com efusão em um grupo de


crianças brasileiras é semelhante àquelas relatadas em outros países, sendo o H.
influenzae o mais encontrado dentre os patógenos principais da orelha média. Essa
prevalência sugere que bactérias podem desempenhar um papel na patogênese da
otite média com efusão. Os resultados mostram que a PCR é mais sensível na
detecção de bactérias na efusão da orelha média quando comparada com cultura. A
resistência à penicilina por parte do pneumococo e da moraxela é semelhante à
relatada em outros países, ao passo que a produção de b-lactamase pelo hemófilo é
mais baixa que aquela referida em bactérias isoladas em amostras de efusões de
otite média com efusão.

REFERÊNCIAS

ADDOR, Flávia. Dermatite atópica em crianças: descubra por que a doença é


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https://clube.dermaclub.com.br/login?utm_souralergia a e=site
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https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/catapora-varicela. Acesso
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Begenerous, 2021. Disponível em: Como identificar e tratar a alergia alimentar
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Disponível em: Diferença entre ASMA X RINITE - Pediatria Descomplicada. Acesso em:
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SHAMAY, Sarah. Alergia a picada de inseto. Pediatriatoporovski, 2020. Disponível


em: Alergia a picada de inseto - Clínica Pediátrica Toporovski
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