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Blush negativo =
tratamento não
operatório
Blush positivo =
arteriografia
comembolização
Atenção. Se houver cinto de segurança pensar em lesão de delgado ou meso.
HEMATOMAS DO
RETROPERITÔNIO Trauma penetrante. - Sempre explorar o hematoma
Trauma fechado. - Depende da zona do retroperitônio
Zona 1 (central, lesão de grandes vasos). Explora sempre.
Zona 2 (flancos, lesão renal). Explora às vezes (hematoma
em expansão ou instabilidade).
Zona 3 (pelve). - Não explora nunca.
FRATURA DE
BACIA Mais comum. Compressão lateral.
Mais clássica. Fratura em livro aberto; também é a que mais choca
O que fazer? Fechar a pelve com lençol; o tratamento será ortopédico;
casos raros de lesão arterial podem ser tratados com
embolização.
TRAUMA DE É mais comum no homem
URETRA Lesão de uretra Fratura de bacia
posterior
Lesão de uretra anterior Queda a cavaleiro
Atenção. Sempre fazer primeiro o toque retal antes de passar sonda vesical!
Suspeita de lesão de Deslocamento cranial da próstata + uretrorragia
uretra.
O que fazer? Uretrocistografia retrógrada
TRAUMA RENAL. Presença de hematúria é característica do trauma renal.
Paciente estável. Tomografia de abdome.
Lesões menores (sem Tratamento não operatório.
lesão do sistema coletor).
Lesões maiores. Possibilidade de cirurgia (principalmente em grau 5
com avulsão do pedículo renal).
MODALIDADE LOCAL CONDUTA
ABERTO (ferida) POR ARMA DE DELGADO (50%) Laparotomia exploradora. De acordo com
FOGO COLON (40%) o Sabiston, mais de 98% dos casos são
FÍGADO (30%) tratados com laparotomia.
Manobra Liberação do cólon esquerdo, fazendo sua rotação da esquerda para direita.
Utilidade Expor a aorta abdominal e seus ramos (praticamente só a. renal direita não fica exposta).
KOCHER
Manobra Liberação da 2ª porção do duodeno (retroperitoneal), realizando a rotação medial da mesma
Utilidade Acesso ao pâncreas, à veia cava inferior, à aorta e aos vasos renais
CATEK BRAASCH
Manobra Consiste na reflexão medial do cólon direito, duodeno e base do mesentério. Inclui a
manobra de Kocher.
Utilidade Acesso à veia cava inferior, à aorta, aos vasos renais e aos vasos ilíacos.
# TRAUMA ABDOMINAL #
Conduta para FAF abdominal e 3 órgãos mais acometidos: Cirurgia sempre indicada. 50% Delgado, 40%
Cólon, 30% Fígado e 25% Estruturas Vasculares.
Conduta para FAF no flanco ou dorso do abdome: TC. Se sinais de penetração abdominal operar.
Indicações de abordagem cirúrgica para paciente com ferimento por arma branca: Instabilidade
hemodinâmica, evisceração ou sinais de peritonite. (Paciente que evoluí com queda Hb >3 ou
Leucocitose deve ser ter TC e lavado peritoneal diagnóstico e após isso deve ser abordado em casos de
positividade).
Órgãos mais lesados por feridas por arma branca: Fígado (40%), Delgado (30%), Diafragma (20%), Cólon
(15%).
Conduta para lesão por arma branca no flanco ou dorso do abdome: TC triplo contraste (EV, oral e retal).
Não deve ser feito USG, exploração manual ou laparoscopia diagnóstica.
Limites da transição toracoabdominal (TTA): Superior: linha na altura dos mamilos e ponta inferior das
escápulas; Inferior: margens costais inferiores.
Traumas abdominais fechados costumam atingir o baço.
Locais mais frequentemente acometidos por trauma abdominal FAF e arma branca, respectivamente:
delgado e fígado.
O cinto de segurança traumatiza o delgado.
Indicações e utilidade do Lavado Peritoneal Diagnóstico ou FAST (Focused Assessment Sonography for
Trauma) no contexto de trauma abdominal: Quando há dúvida se o adome é ou não a fonte de
hemorragia (em casos de politrauma principalmente). Indicações: Vítima de contusão abdominal
quando o exame físico perde o valor (paciente rebaixado); Circunstâncias em que o abdome pode ser
uma das possíveis fontes de hemorragia (paciente politraumatizado com contusão abdominal + fratura
pélvica) e hipotensão/choque sem causa aparente.
Critérios de LPD que indicam conduta no contexto do trauma e quais as condutas: 100.000
hemácias/mm³, 500 leuco/mm³, amilase >175U/dL, pesquisa positiva para bactérias, bile ou fibras
alimentares. Se paciente instável hemodinamicamente laparotomia exploratória. Se estável TC
abdome.
Sinal de Kehr – significado: Dor subescapular à esquerda. Junto com fratura de arcos costais à esquerda
constitui sinais de trauma esplênico.
Escala de lesão esplênica segundo a AAST: I- Hematoma subcapsular <10% ou laceração capsular <1cm
profundidade no parênquima; II- Hematoma subcapsular 10%-50% ou laceração capsular 1-3cm
profundidade no parênquima que não compromete vasos trabeculares; III- Hematoma subcapsular
>50% ou laceração capsular >5cm profundidade no parênquima ou >3cm que envolve vasos
trabeculares; IV- Laceração com comprometimento dos vasos hilares ou segmentares produzindo
desvascularização >25% do baço; V- Baço pulverizado ou Lesão hilar com desvascularização esplênica.
Indicações clássicas de condutas conservadoras no trauma esplênico: Estabilidade hemodinâmica, exame
abdominal negativo para irritação peritoneal, ausência de indicações precisas de laparotomia ou lesões
associadas com indicações cirúrgicas; ausência de alterações na coagulação, lesões grau I-III. Nestes
doentes UTI por 48-72h para observação e em repouso absoluto.
Indicações de abordagem cirúrgica no trauma esplênico: Estabilidade hemodinâmica, mas com sinais de
irritação peritoneal; instabilidade hemodinâmica com LPD ou FAST positivos, lesões graus IV e V,
coagulopatia.
Conduta para paciente previamente hígido esplenectomizado após trauma: Imunização para capsulados
como pneumococo, meningococo e Hib no 14º PO.
Escala de lesão hepática segundo a AAST: I- Hematoma subcapsular não expansivo <10% superfície,
avulsão capsula não sangrante <1cm profundidade; II- Hematoma subcapsular 10%-50% superfície ou
intraparenquimatoso <10cm, avulsão capsula não sangrante 1-3cm profundidade com <10cm extensão;
III- Hematoma subcapsular >50 % superfície ou expansivo, laceração >3cm parênquima; IV- Hematoma
intraparenquimatoso roto ou sangramento ativo, Rotura 25-75% do parênquima ou 1-3 segmentos
dentro de um único lobo; V- Rotura parenquimatosa >75% de um lobo ou >3 segmentos dentro de um
lobo; lesões venosas justo-hepáticas (VCI ou veias hepáticas); VI- Avulsão hepática.
Dois órgãos mais acometidos no trauma abdominal fechado: Baço e Fígado.
Indicações de tratamento conservador no trauma hepático: Todos os seguintes critérios preenchidos:
estabilidade hemodinâmica, sem rebaixamento, ausência de indicações claras de laparotomia, lesões
hepáticas grau I-III, necessidade de <2 unidades hemácias. Hoje em dia indica-se cada vez menos
cirurgia hepática (em alguns casos até lesão IV ou V são conservadores). Nestes casos UTI 48h em
repouso absoluto por 5 dias. Queda do hematócrito = TC.
Manobra de Pringle – clampeamento das estruturas do ligamento hepatoduodenal (colédoco, A.
hepática, V. porta). Posso fazer isso por até 30 minutos. Ajuda a técnica cirúrgica e na identificação de
sangramentos.
Lógica no tratamento de lesões traumáticas da via biliar extra-hepática: Situação de morbidade
importante e difícil resolução cirúrgica. Em paciente instável podemos fazer ligadura e reabordar em
segundo tempo. Em estáveis posso fazer reparo primário com dreno de Kehr ou se houver perda
importante hepaticojejunostomia em Y-de-Roux.
A maior extensão do duodeno localiza-se no retroperitônio.
Principais mecanismos de trauma que acometem o duodeno: Devido ao fato de a maior extensão do
duodeno ser retroperitonial está ligado a traumatismos penetrantes ou colisão sem cinto (trauma
fechado).
Sinais e achados radiológicos de trauma do duodeno: Sinais de retropneumoperitônio (dor lombar e em
flancos com irradiação até escroto e crepitação ao toque retal), há aumento de amilase em 50% dos
casos, mola em espiral na radiografia é achado raro mas característico, ar delineando rins.
Condutas no trauma duodenal: Grau I-V pela AAST. Se lesão simples (I-III) com <6h proceder com rafia
simples e reforço com omento. Se maior tempo descompressão é necessária. Lesão grau III com reparo
primário e cirurgia de exclusão pilórica. Grau IV usar coledocoenterostomia (anastomose colédoco
diretamente com alça intestinal). Lesão grau V duodenopancreatectomia.
Anatomia do pâncreas: Parte proximal - cabeça e processo uncinado, à D da VMS. Parte distal – corpo e
cauda, à E da VMS.
Lesão do pâncreas proximal está associada a lesão duodenal.
Lesão do pâncreas distal está associada a lesão do hilo esplênico.
Escala de lesão pancreática segundo AAST: I- Contusão leve sem lesão ductal ou laceração superficial
sem lesão ductal; II-Contusão maior sem lesão ductal ou perda tecidual ou laceração maior sem lesão
ductal ou perda tecidual; III-Transecção distal ou lesão do parênquima com lesão ductal; IV-Transecção
proximal ou lesão parenquimatosa envolvendo a ampola; V-Trauma maciço que envolve a cabeça do
pâncreas.
Marco anatômico que delimita a porção proximal (associada ao duodeno) e distal (associada ao hilo
esplênico) do pâncreas: Veia mesentérica superior.
Conduta no trauma pancreático: A TC é o melhor exame, mas S=60%, a CPRE é usada em alguns centros.
Aumento da amilase é muito sensível, mas pouco específico (pode aumentar no TCE com sangramento,
lesão duodenal, lesão de delgado). Conduta lesão grau I e II conservadora. Grau II com laceração
parênquima é feito desbridamento e hemostasia com drenagem. Grau III se distal relizar
pancreatectomia distal com esplenectomia. Grau IV tentar hemostasia com drenagem ampla. Grau V
realizar Whipple (duodenopancreatectomia). Principal complicação: fístula e abscesso.
O intestino delgado é o órgão mais lesado no trauma FAF.
Lógica no tratamento de trauma colorreta: Intervenção precoce (<2h) diminuí o risco de infecção grave e
morbimortalidade.
Na presença de hipotensão ou choque a realização de anastomose primária no trauma de cólon ou reto
encerra risco proibitivo de deiscência. Nestes casos deixar o TGI em descontinuidade e reabordar após
estabilização ou colostomizar e reabordar posteriormente.
Trauma de uretra está relacionado frequentemente a queda em cavaleiro ou fraturas pélvicas.
Sinais de lesão uretral, contraindicações, como fazer o diagnóstico e conduta: Hematoma perineal,
sangue no meato uretral, uretrorragia e dor à palpação do períneo fala a favor do diagnóstico de lesão
uretral. Cateterismo vesical está formalmente contraindicado nesta situação. É obrigatório realizar
uretrografia retrógrada para diagnóstico. Conduta é cistostomia suprapúbica para drenar urina e
monitorizar débito urinário. Uretroplastia é feita tardiamente.
Exame obrigatório para paciente com suspeita de lesão uretral: Uretrografia retrógrada.
Manifestação mais frequente do trauma renal (não é sempre identificada): Hematúria.
Trauma com desaceleração brusca pode levar a avulsão do pedículo renal ou dissecção com trombose da
A. renal.
Procedimentos diagnósticos no Trauma Renal: Se paciente estável proceder com TC contrastada. Se
instável realizar arteriografia com tentativa de colocar endoprótese para salvar o rim.
Condutas no Trauma Renal: Lesões classificadas de I-V ou menores/maiores – nas maiores há
acometimento à via excretora com urina no retroperitônio, trombose vascular e avulsão do pedículo.
Lesões menores são tratadas com repouso e antibióticos por 7 dias com revisão após 30 dias. Lesões
maiores com laparotomia mediana. No início da cirurgia é importante ver se há rim contralateral (rim
único = esforços agressivos para preservar o rim).
Conduta no trauma ureteral: Desbridamento e anastomose sem tensão. Sempre passar duplo J. Casos
graves: ligar ureter com nefrostomia percutânea.
A lesão da bexiga está associada em 70% dos casos com trauma de bacia.
Definição fratura pélvica estável versus instável: Estável: anel pélvico alinhado e abertura sínfise púbica
<2,5cm. Instável: Anel pélvico deformado ou abertura sínfise >2,5cm.
Classificação de Fraturas Pélvicas pelo padrão de forças no trauma e implicações: A-Força lateral (Grau I-
III); B-Força AP (Grau I-III), C-Força Vertical (Equivale a BIII). As fraturas do tipo B são as chamadas
“openbook” com risco de sangramento; fraturas do tipo A ou C estão ligadas a lesões viscerais.
Fraturas pélvicas por forças AP têm mais chances de cursar com hemorragia enquanto as por forças
laterais ou verticais lesão visceral.
Conduta frente paciente com fratura pélvica: Se estável fazer TC. (Fraturas estáveis são tratadas com
repouso no leito enquanto II e III necessitam de cirurgia. Se paciente em choque proceder com
reposição volêmica volumosa e FAST ou LPD para ver se há sangramento intra-abdominal (se houver, é
prioridade a laparotomia) e após isso, fixação pélvica pelo ortopedista.
90% dos casos de sangramento associado à fratura pélvica o que sangra é plexo venoso retroperitoneal.
Zonas de sangramento retroperitoneal, vaso associado e conduta: Zona 1: Linha média – lesão de aorta e
seus ramos principais (tronco celíaco, mesentérica superior, renal – sempre abordar); Zona 2:
Localização lateral, em torno da loja renal – lesão do parênquima ou vasos renais – só abordar se
trauma perfurante; Zona 3: Região pélvica – lesão de vasos ilíacos ou fratura pélvica – em geral não
abordar devido risco de “destamponamento” com sangramento intenso e fatal.
Manobras úteis no contexto de laparotomia exploradora de trauma abdominal com hematoma
retroperitoneal: Mattox (rotação visceral medial esquerda – expõem toda aorta abdominal); Kocher
(rotação visceral medial direita – seguimento infra-hepático e VCI) e Cattell-Braasch (descola parte do
mesentério – expõem retroperitônio).
Para evitar hipotermia, choque e disfunção plaquetária associadas a laparotomias de longa duração, uma
solução possível é cirurgia para controle de dano seguida de UTI e reoperação planejada. É feito
inicialmente laparotomia abreviada com controle vascular rápido e ressecção de lesões orgânicas
(diminui risco de infecção). Principal risco é surgimento de síndrome de compartimento de abdominal.
Valor normal de pressão intra-abdominal (PIA) e valor que define hipertensão intra-abdominal: 5-7mmHg
é o normal. Defino PIA quando >12mmHg (Grau I-IV, IV>25mmHg).
Principais causas, alterações encontradas e conduta na síndrome de compartimento abdominal
(PIA>12mmHg): Pode ser causada por reposições volêmicas importantes com transudação e edema de
alças, ascite, hematomas volumosos, presença de compressas de tamponamento. Alterações: distensão
e hipoperfusão da cicatriz, elevação do diafragma podendo haver hipoxemia e hipercapnia, redução
débito cardíaco, aumento RVS, aumento PVC, redução TFG e oligúria, hipoperfusão esplâncnica,
elevação PIC.
Conduta para síndrome de compartimento abdominal: Em casos leves drenagem de coleções intra-
abdominais e laparotomia descompressiva em casos graves ou TCE associado.
Ao invés de medir PIA diretamente posso estima-la por medição intravesical.