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Karina Menis

XXXVIII- Grupo C 1

PEQUENAS
plásticas, cardiovasculares, do aparelho
digestivo, geral e pediátrica.

CIRURGIAS: O paciente permanece na sala de recuperação,


acompanhado por enfermeira treinada, durante o
pós-operatório imediato até a constatação que o
CAPÍTULO 1: Conceitos iniciais e pré- paciente pode ser liberado pelo cirurgião ou pelo
anestesista.
operatório
A principal vantagem da não ocupação do leito
CIRURGIA AMBULATORIAL: hospitalar é a redução do risco de infecção.
É o conjunto de procedimentos médico-cirúrgicos que
não exigem cuidados especiais do pós-operatório, OBS: Algumas cirurgias de menor porte como
dispensando o pernoite, permanecendo o paciente blefaroplastias, otoplastias, mentoplastias e revisão
geralmente por menos de 12 horas em ambiente de cicatrizes ou retiradas de cistos e lesões de pele,
hospitalar. podem ser realizadas com sedação mínima não
endovenosa aplicada pelo próprio cirurgião em
Deve ser risco ASA-I e ASA-II. ambiente monitorado. Nestes casos usa-se Midazolan
SL ou Diazepam VO, devendo o paciente permanecer
Pode ser classificada em 2 grandes conjuntos:
por 4-5 horas após o uso do medicamento. O paciente
GRUPO 1: deve estar acompanhado na alta, não podendo dirigir
São cirurgias de superfície (na sua maioria) veículos nem permanecer sozinho no domicílio
(perigo de amnese que o medicamento provoca).
 Drenagem de abscessos;
 Exérese de nevus; Critérios e Grupo 1 Grupo 2
 Eletrocoagulação de verrugas; variáveis
 Exérese de lipomas; Composição da Cirurgião Cirurgião +
equipe cirúrgica médico + anestesista +
 Cistos sinoviais;
auxilar e auxiliar e
 Postectomias; enfermeira enfermeira
 Biopsias de diferentes órgãos; circulante circulante
 Calos e calosidades; Tipo de Local Epidural, local
 Unha encravada; anestesia ou geral
Material e Básico Básico e auxiliar
 Retirada de corpo estranho;
Equipamentos
 Frênulo curto; Período de Nas horas de Nas horas de
 Lesão de lábio e cavidade oral; supervisão cirurgia cirurgia e
 Granuloma piogenico; recuperação
 Lesões dermatológicas benignas, pré-malígnas Tipo de Consultório, Clinica com
estabelecimento clínica ou centro de
e malignas pequenas.
hospital cirurgia ou
Essas cirurgias são realizadas com ou sem um auxiliar hospital
Tipos de Cirurgias de Cirurgias
e não requerem a presença do anestesista. O paciente
procedimentos superfície minimamente
permanece apenas o tempo do ato cirúrgico. invasivas
GRUPO 2: CONDIÇÕES DA UNIDADE AMBULATORIAL:
Cirurgias minimamente invasivas realizadas com a  Condições estruturais higiênico-sanitárias do
presença de um auxiliar e anestesista; inclui: ambiente, condições de esterilização e
desinfecção dos instrumentos;
 Hérnias abdominais
 Registro de todos os procedimentos
 Cirurgias e diagnósticos usados, por exemplo,
realizados;
em oftalmologia, otorrinolaringologia,
dermatologia, ginecologia, urologia, cirurgias
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 Condições mínimas para a prática de  Anestesia local


anestesia;
TIPO II:
 Garantia de suporte hospitalar para eventos
 Estabelecimento independente de hospital
que necessitem internação;
 Procedimento de pequeno e médio porte
 Garantia de assistência pós-alta, em  Anestesia locorregional (exceto bloqueio
decorrência das complicações durante subaracnóideo e peridural);
24h/dia.  Com ou sem sedação
 Sala de cirurgia + sala de observação e
CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DO PACIENTE recuperação do paciente, devidamente
 Paciente sem comprometimento sistêmico, equipadas.
seja por comorbidades ou pela doença  Não necessita do pernoite.
cirúrgica, paciente com distúrbio sistêmico TIPO III:
moderado, por doença geral compensada. PA  Estabelecimento independente do hospital;
controlada no momento do procedimento  Procedimento cirúrgico de pequeno e médio
porte;
(<140x90mmHg), Glicemia capilar pós
 Anestesia locorregional;
prandial aferida (<160mg/dL), sem estar em  Com ou sem sedação e anestesia geral com
uso de AAS há pelo menos 8 dias ou qualquer anestésicos de eliminação rápida;
outro anti-coagulante.  Sala de cirurgia + sala de observação e
 Procedimentos cirúrgicos que não necessitem recuperação do paciente
de cuidados especiais no pós-operatório.  Pode ocorrer o pernoite (não mais que 24-
 Exigência de acompanhante adulto, lúcido e 48h).
TIPO IV:
previamente identificado.
 Estabelecimento de maior complexidade
CONDIÇÕES DE ALTA DO PACIENTE  Unidade ambulatorial anexa a um hospital
 Orientado em tempo e espaço;  Procedimentos cirúrgicos de pequeno, médio
e grande portes;
 Estabilidade dos sinais vitais há pelo menos
 Anestesia locorregional;
60min;  Com ou sem sedação e anestesia geral com
 Ausência de náuseas e vômitos; anestésicos de eliminação rápida;
 Ausência de dificuldade respiratória;  Necessita de maior numero de pessoal
 Capacidade de ingerir líquidos; especializado, auxiliares, anestesistas, espaço
 Capacidade de locomoção como antes, se a físico e aparelhagem.
 Tempo de permanência pode ser de 2-5dias.
cirurgia permitir;
 Sangramento mínimo ou ausente; ESTABELECIMENTOS CIRURGICOS DIVIDIDOS
 Ausência de dor de grande intensidade; EM PORTES:
 Ausência de sinais de retenção urinária; PORTE 1 Realizar somente
 Dar as instruções relativas aos cuidados do consultas, retirar
pós-opertório e anestésico. pontos e administrar
drogas injetáveis se
ESTABELECIMENTOS MÉDICO-CIRÚRGICOS tiver sala adequada.
Serviços que organizam a atenção à saúde em PORTE 2 Cirurgias de menor
porte, com sala
diversas áreas de especialidade, complexidade, tipo
especial, material
de clientela, condições de funcionamento, grau de adequado e
avanço tecnológico, condições sanitárias e monitoramento,
administrativas. suporte para
ressuscitação
TIPO I: cardiorrespiratória.
 Consultório PORTE 3 Cirurgias de maior
 Independente do hospital porte.
 Procedimentos de pequeno porte
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PRÉ OPERATÓRIO EM CIRURGIA b) Desnutridos: déficit cicatricial, diminuição de


AMBULATORIAL colágeno, maior chance de complicações
É o período compreendido entre a indicação da infecciosas devido à deficiência da formação
cirurgia e o momento da sua execução. Aspectos de leucócitos e complemento.
levados em conta:
A deficiência proteica prolonga a fase inflamatória da
 Aspectos legais cicatrização, diminui a proliferação de fibroblastos e
 Avaliação de risco cirúrgico colágeno  retarda a angiogênese.
 Situações especiais Vitamina C: importante na síntese do colágeno
 Relacionamento pessoal
 Preparo geral do paciente: psicológico, Vitamina A: importante para reepitelização de feridas.
fisiológico e prevenção de infecção;
Pacientes com maior propensão à desenvolver
 Aspectos de ordem técnica
complicações pós-operatórias:
AVALIAÇÃO DO RISCO CIRÚRGICO  Historia de perda não intencional ou
Anamnese e exame físico completos: QD, HMA, IDA, inexplicável de 10% do peso corporal em 2
H. pregressa, AP, hábitos, AF. Importante nesse caso:
meses.
comorbidades (HAS, DLP, DM, coagulopatias,
 Albumina sérica <3,4g%
cardiopatias), medicamentos em uso (AAS e
 Alergias
heparina), Sinais vitais, PA, Glicemia, antecedentes
 Contagem de leucócitos baixa.
cirúrgicos (complicações), alergias, etc.
DIABÉTICOS:
SITUAÇÕES ESPECIAIS
IDADE: Apresentam incidência de infecção de ferida limpa 5x
maior que a população em geral, além de retardo
 Pacientes pediátricos: RN, prematuros e
cicatricial. Ocorre um comprometimento funcional de
crianças até 1 ano de idade são mais
leucócitos e microangiopatia que levam à uma hipóxia
suscetível à infecções (déficit IgM e IgA,
tissular e déficit de colágeno. O diabético é suscetível
menor quantidade de complemento, menor
à infecções por: S. aureus, S. epidermidis, E. coli e
fagocitose). A reação inflamatória é mais lenta
Candida albicans.
e menos intensa e a quimiotaxia celular é
prejudicada. TABAGISTAS:
 Pacientes geriátricos: idosos são mais
Processo cicatricial de fumantes é deficiente devido à
suscetíveis a complicações infecciosas devido
vasoconstrição (pelo aumento de catecolaminas),
ao déficit funcional dos linfócitos (diminui
resposta de IgG e aumenta auto-anticorpos). inibição de prostaglandinas e déficit de colágeno.
Recomenda-se suspender o seu uso durante 4
OBS: Acima de 66 anos, infecção de ferida
semanas antes do procedimento e 2 semanas depois.
limpa é 6x maior do que indivíduos de 1-14
anos. PROCESSOS INFECCIOSOS:
HIPERTENSOS: Processos infecciosos sistêmicos ou focais , contra-
Maior risco de sangramento trans e pós-operatório. indicam a cirurgia ambulatorial eletiva devido à
diminuição da resistência imunológica e distúrbio
Evitar utilização de anestésicos com vasoconstritores.
metabólico concomitante na vigência de febre.
DISTÚRBIOS DA NUTRIÇÃO:
USO DE CORTICOESTERÓIDES:
a) Obesos: maior propensão à infecções,
Sua utilização encontra-se associada à infecções e
tromboembolismo e complicações
respiratórias. Déficit de neutrófilos e tecido déficit cicatricial, devido ao efeito imunossupressor e
inibição da fase inflamatória da cicatrização.
pouco vascularizado.
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ASPECTOS TÉCNICOS- PREPARO GERAL supervisão e assistência inadequados


no pré e pós-operatórios.
DO PACIENTE
o Absolutas: distúrbios psiquiátricos
 Preparo psicológico : levar em conta medicina importantes, doenças infecciosas
humanizada. Pacientes portadores de vigentes, necessidade de
problemas psiquiátricos reais devem ser monitorização invasiva, pacientes
submetidos à tratamento cirúrgico em classificados ASA V, prematuros com
internação hospitalar. menos de 3 meses de idade.
 Preparo fisiológico: volemia, eq.
Hidroeletrolítico, nutrição, etc. CAPÍTULO 2: NORMAS DE
EXAMES PRÉ-OPERATÓRIOS: SEGURANÇA EM CIRURGIA
a) Pacientes que irão ser submetidos à pequenas AMBULATORIAL
cirurgias com uso de anestesia local ou Limpeza: remoção mecânica de sujidades, realizado
locorregional, não necessitam de exames com água, sabão ou detergente.
complementares pré-operatórios, salve em
algumas condições como pacientes Desinfecção: é o processo que destrói os
portadores de DM, coagulopatias, etc. microrganismos patogênicos ou não, dos artigos e
b) Pacientes que serão submetidos à uma instrumentos, por meios físicos ou químicos.
cirurgia de maior porte, onde será utilizado
 Alto nível de desinfecção: se destrói todos os
outro tipo de anestésico que não a local ou
microrganismos exceto esporos bacterianos.
locorregional, ou pacientes com
Realizado com glutaraldeído 2% ou acido
comorbidades sistêmicas, devem ser
paracético.
submetidos à exames complementares de
 Médio nível de desinfecção: elimina a maioria
acordo com a natureza de seus problemas
das bactérias vegetativas, fungos, vírus e
orgânicos: hemograma, coagulograma,
micobactérias. Realizada com hipoclorito de
creatinina, GJ, ECG, R-X tórax (PA e perfil).
sódio 1%, álcool 70%, cloro orgânico e fenol
CUIDADOS DIVERSOS sintético.
Cuidados com a região a ser operada:  Baixo nível de desinfecção: elimina a maioria
das bactérias vegetativas, alguns vírus e
 Antissepsia: destruir ou diminuir o numero de fungos sem eliminar micobactérias. Realizada
microrganismos em determinada região do com hipoclorito de sódio 0,025%.
organismo. Usa-se: iodóforos, hexaclorofeno
e clorexedina. Garantir boa técnica asséptica Esterilização: é a destruição de todas as formas de
na escovação. vida microbiana através de agentes físicos ou
 Tricotomia: realizada em até 2h antes ou químicos. A qualidade do método de esterilização
imediatamente antes do procedimento
poderá ser avaliada por indicadores biológicos e
cirúrgico.
químicos (papéis/ fitas que mudam de cor).
 Jejum: para cirurgias com anestesia local
recomenda-se um jejum de 3h antes do
Assepsia: impedir contaminação do meio.
procedimento. Quando envolver sedação,
recomenda-se um jejum de 8h. Anti-sepsia: é o processo que leva a diminuição das
 Antibioticoprofilaxia e medicação pré-
formas microbianas e diminuição ou destruição dos
anestésica
patógenos nos tecidos vivos. Principais:
 Contra-indicações
o Relativas: infecção respiratória alta,
 Álcool : contra bactérias gram+ e gram- boa
obesidade mórbida, asmáticos não
controlados, anemia não controlada atividade contra o M. tuberculosis, fungos e
grave, idosos com doenças múltiplas, vírus.
prematuros entre 3-6 meses, tempo e  Iodóforos: PVPI, contra bactérias gram + e
distancia ate a casa do paciente, gram-, M. tuberculosis, vírus e fungos.
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 Clorexedina: contra gram +, gram- e vírus. As células de Langerhans são macrófagos fixos da
Pouca ação sobre o M. tuberculosis, nenhuma pele. Apresentam antígenos à linfócitos e
ação sobre fungos. queratinócitos da pele.
 Hexaclorofeno não é usado pois é
neurotóxico.

CAPÍTULO 3: ANATOMIA CUTÂNEA E


LINHAS DE FORÇA
As linhas de força da pele devem ser estudadas para
que os resultados cirúrgicos possam ser os mais
estéticos possíveis, já que a cicatrização ocorre de
maneira mais apropriada quando a ferida cirúrgica ANEXOS CUTÂNEOS:
segue essas linhas.
Pelos e folículos pilosos:
Funções da pele e dados gerais: Existem 2 tipos de pelos:
A pele funciona como barreira entre o meio externo e
interno, conserva fluidos corporais, é impermeável à  Terminais: grossos, longos e pigmentados.
agua, impede a penetração de microrganismos,  Velos: finos, curtos e menos pigmentados.
absorve radiação UV, sintetiza vitamina D, contem Os pelos são divididos em 4 partes:
vários receptores sensoriais, tem importante papel na
termorregulação e na vigência imunológica. 1) Infundíbulo
2) Istmo
A pele é formada por duas camadas: a epiderme e a
3) Haste
derme. A epiderme é a camada mais superficial, 4) Bulbo
epitelial, sem vasos sanguíneos, a derme é a camada
profunda, os tecidos conjuntivo e vascularizado que Os pelos possuem 3 fases de crescimento:
nutrem a epiderme.
a) Anágena: crescimento
Tipos de pele: b) Catágena: involução
 Pele espessa: palma e planta. Camada córnea c) Telógena: repouso
é muito mais espessa.
 Pele delgada: restante do corpo.

Epiderme:
Dividida em 4 camadas:

 Camada córnea: camada mais externa


 Camada granulosa;
 Camada espinhosa;
 Camada basal: camada mais interna, em
contato com a derme.
Glândulas sebáceas:
A célula mais abundante da epiderme é o São responsáveis pela secreção do sebo que recobre
queratinócito (contendo desmossomos). os pelos e a superfície cutânea.
O principal marcador imunoistoquímico dos Como função do sebo se tem: atividade
queratinócitos é a queratina. bacteriostática, emoliente e de barreira.
Os melanócitos são células que produzem melanina e
são encontrados na camada basal da epiderme.
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Todos os pelos são providos de uma glândula sebácea. Substancia fundamental: funciona como lubrificante
A sua secreção é holócrina. A secreção e restos para essa microarquitetura móvel. Formada por fluido
celulares são eliminados como sebo para o ducto intersticial e complexos de glicosaminoglicanos (acido
sebáceo que desemboca no canal folicular. hialurônico).

Glândulas Écrinas (sudoríparas): Outros componentes da derme: nervos, receptores


Sua concentração máxima está nas palmas e nas nervosos, vasos sanguíneos e vasos linfáticos.
plantas.
Hipoderme:
 Ácinos: parte profunda secretora. Esta na Os adipócitos são as principais células da hipoderme,
junção dermo-hipoderme. servem de reserva energética e isolante
 Ductos: parte excretora. Atravessa a derme e térmico/mecânico, além da função de modelagem do
epiderme, termina entre a camada córnea. corpo.

Sua principal função é o controle da temperatura Propriedades Físicas da pele:


corporal. As propriedades mecânicas da pele podem ser
divididas em:
Glândulas Apócrinas:
Encontradas na região axilar, mamilar e anogenital.  Propriedades viscoelásticas
São pequenas na infância e se tornam maiores na  Tensão cutânea
puberdade. Não respondem à estimulo térmico. Sua
 Extensibilidade
secreção é composta por proteínas, carboidratos,
amônia e lipídios. Quem mais contribui para as propriedades mecânicas
da pele é a DERME.
Unhas:
As unhas são células queratinizadas originadas da As tensões que a pele é submetida podem ser de
matriz ungueal. Como os folículos pilosos, são origem estática ou dinâmica.
derivados de uma invaginação epidérmica para a
derme. O aparelho ungueal é formado por uma prega Os vasos sanguíneos, linfáticos e as fibras nervosas
proximal, cutícula, prega lateral, lúnula, lâmina não contribuem para as propriedades físicas da pele,
ungueal, matriz ungueal e leito ungueal. porem sofrem interferência quando a rede fibrosa é
deformada.
Lâmina ungueal é a unha propriamente dita.
Linhas de Força:
A unha cresce 0,1mm ao dia. Se houver dano à matriz
ungueal, cirúrgico ou traumático, a unha não será
mais produzida na região.

Derme:
A derme é a camada de sustentação da epiderme. É
responsável pela resistência e elasticidade da pele.
Protege a pele contra traumas mecânicos, retém
agua, auxilia na termorregulação e sensibilidade.

 Derme papilar: mais superficial


 Derme reticular: mais profunda  acomoda-
se à impactos.

Matriz conjuntiva da derme: O colágeno é o maior


constituinte dérmico. As fibras elásticas
correspondem cerca de 49% da matriz proteica da Linhas de máxima tensão ou extensibilidade mínima.
derme , renovam-se muito lentamente.
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A tensão cutânea varia nos diferentes sítios


anatômicos e em diferentes direções, sendo
importante na cicatrização. De modo geral, essas
linhas orientam o posicionamento preferencial das
incisões cirúrgicas, de maneira que a tensão através
da mesma seja mínima. Portanto, as feridas que
cruzam as linhas de Langer são difíceis de cicatrizar e
apresentam tendência a se tornarem hipertróficas. A
tensão cutânea diminui com a idade, explicando o
porquê dos idosos evoluírem com cicatrizes melhores.

CAPÍTULO 4: CICATRIZAÇÃO
A cicatrização consiste em perfeita e coordenada
cascata de eventos celulares, moleculares e FASE INFLAMATÓRIA:
bioquímicos que interage, com a reconstituição  Inicia-se logo após a lesão
tecidual. O processo cicatricial é comum à todas as  Liberação de vasoconstritores : Tromboxano
feridas, independente do processo que as causou. A2 e Prostaglandinas
Foi dividida em 3 fases:  Visando a hemostasia, a cascata é iniciada
com grânulos liberados das plaquetas: TGF-
 Fase inflamatória. beta  atraem neutrófilos à ferida.
 Fase de proliferação celular/ granulação.  Coágulo é formado por colágeno, plaquetas e
 Fase de remodelamento e/ou maturação. trombina  síntese de citocinas e fatores de
crescimento.
Lesão tecidual  expõe elementos sanguíneos ao
 Resposta inflamatória se inicia com
colágeno  degranulação de plaquetas e ativação de
VASODILATAÇÃO e aumento da
cascata de coagulação e complemento  liberação de
permeabilidade vascular  promove
vasoativos e quimiotáticos  conduzem processo
QUIMIOTAXIA (neutrófilos migrando para a
cicatricial atraindo células inflamatórias para a região
ferida).
ferida.
 NEUTRÓFILOS: são as primeiras células à
chegarem na lesão, pico em 24h após lesão.
 Os neutrófilos produzem radicais livres que
auxiliam na destruição da bactéria e vão
sendo gradativamente substituídos por
macrófagos.
 MACRÓFAGOS migram para a lesão após 48-
96h da lesão, são as principais células antes
dos fibroblastos a migrarem e iniciarem a
replicação. São fundamentais para a
formação de angiogenese, fibroplastia e
síntese de matriz extracelular.

FASE PROLIFERATIVA:
Constituída por 4 etapas fundamentais, tem inicio
após 4 dias da lesão e estende-se até o final da 2ª
semana:

1) Epitelização
2) Angiogênese
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3) Formação de tecido de granulação  Mesmo após 1 ano, a ferida apresentara um


4) Deposição de colágeno colágeno menos organizado do que o de pele
sã, e a força tênsil jamais retornara 100%.
 Eventos: contração da ferida; remodelagem
 A epitelização ocorre precocemente das fibras de colágeno.
 Se a membrana basal estiver intacta: as
Fator de Origem Função
camadas da epiderme são restauradas em até crescimento
3 dias. TNF-alfa Monócitos e Proliferação
 Se a membrana for lesada: ocorre a linfócitos de fibroblastos
proliferação de células epiteliais na tentativa e quimiotaxia
de restabelecer a barreira protetora. para
neutrófilos e
 Angiogênese: estimulada pelo TNF-alfa.
macrófagos
 A parte final da fase proliferativa é a formação TGF-alfa Matriz Proliferação
de tecido de granulação. extracelular da celular,
 Os FIBROBLASTOS e as CÉLULAS ENDOTELIAIS ferida estímulo da
são as principais células dessa fase. reepitelização
 Os fibroblastos saem dos tecidos vizinhos, TGF-beta Plaquetas, Mitogênico
matriz para
porém necessitam ser ativados para sair do
extracelular da fibroblastos e
seu estado de quiescência. ferida formação de
 PDGF: principal fator de crescimento na tecido de
ativação e proliferação de fibroblastos. granulação
 TGF-beta: estimula fibroblastos a produzirem PDGF Plaquetas Quimotax.
colágeno I e transformarem-se em Para
neutrófilos,
miofibroblastos (contraem a ferida).
monócitos e
 Fator epidérmico: estimula a epitelização fibroblastos.
 Fator transformador alfa: angiogênese e Proliferação
epitelização. de fibroblastos
 Fator fibroblástico: estimula proliferação e matriz
celular e angiogênese extracelular
VEGF Queratinócitos Angiogenese e
 Fator transformador beta: aumento síntese
e macrófagos prolif. de cel.
matricial. endoteliais.
IL-1 Mononucelares Prolif. De
FASE DE MATURAÇÃO/ REMODELAMENTO:
fibroblastos
A partir da 2ª/3ªsemana e dura meses ou anos.

A característica mais importante dessa fase é a IMPORTÂNCIA DO COLÁGENO:


DEPOSIÇÃO DE COLÁGENO DE MANEIRA  É a proteína mais abundante do tecido
ORGANIZADA.  Fase de maior relevância clinica. conectivo em fase de cicatrização;
 Os tipos de fibras colágenas do tecido
conjuntivo são helicoidais.
 Colágeno inicial (III) é mais fino e vai dando  O colágeno tipo I é o mais frequente:
espaço para um colágeno mais espesso e sintetizado pelos fibroblastos, presente em
organizado ao longo das linhas de tensão. ossos e tendões.
 Fibroblastos e leucócitos secretam  O colágeno tipo III é mais encontrado em
colagenases que lisam a matriz antiga. tecidos moles.
 A cicatriz tem sucesso quando a deposição da  A degradação do colágeno inicia-se
nova matriz é maior do que a lise da matriz precocemente e é muito ativa durante o
antiga. processo inflamatório.
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 Sua digestão é mediada por colagenases e Ambos são decorrentes de uma resposta inflamatória
metaloproteinases. excessiva durante a cicatrização.
 É o principal constituinte da matriz
Patogênese:
extracelular dos tecidos.
Trauma, disfunção de fibroblastos; níveis aumentados
Fatores que influenciam a cicatrização:
de fatores de crescimento ou outras citocinas;
Fatores locais: diminuição da apoptose.
- isquemia; -infecção; -técnica cirúrgica; - corpo
Tratamento:
estranho; - edema/pressão tecidual elevada.
A prevenção é o melhor tratamento. Hemostasia
Fatores sistêmicos: adequada, manuseio adequado dos tecidos, uso de
-DM, -deficiência de vitaminas;- hipotireoidismo; - fios monofilamentares, desbridamento de tecidos
doenças hereditárias; -alteração da coagulação; - desvitalizados.
idade; -trauma grave; -queimaduras; -sepse; -
Outros tratamentos: cirurgia de ressecção, infiltração
insuficiência hepática e renal; insuficiência
de corticoide, laser, uso de laminas de silicone e
respiratória; -tabagismo; -radioterapia; -desnutrição;
betaterapia.
-uso de corticoesteróides; -drogas antineoplásicas;-
ciclosporina A; -colchicina e -penicilamina.
CAPÍTULO 5: ANALGESIA E USO DE
-A nicotina compromete o processo cicatricial.
ANTIBIÓTICOS EM CIRURGIA
-Inibidores das bombas de prótons + aumento do pH AMBULATORIAL
gástrico = melhora da cicatrização.
ANALGESIA:
-A desnutrição proteica pode prejudicar a cicatrização
O bloqueio da dor promove alguns fatores
de feridas e prolongar a fase inflamatória, diminui a
convenientes: diminuição das complicações
síntese de colágeno e proteoglicanos.
pulmonares, preservação da função miocárdica,
Medidas de Avaliação da Cicatrização mobilização precoce (menor taxa de
 Tensiometria tromboembolismo pulmonar) e atenuação da
resposta ao estresse (maior conforto).
 Analise histológica e densitometria do
colágeno.  LOCAL DA OPERAÇÃO:
 Imunoistoquímica
 Quantificação de fatores de crescimento Há regiões mais inervadas do corpo com maior
numero de terminações sensitivas. A parede torácica
Queloides e Cicatrizes hipertróficas: costuma ter alta sensibilidade à dor. Grandes incisões
São patologias da cicatrização, diferenciados pelo serão mais doloridas do que pequenas incisões.
comportamento clinico.
 INTENSIDADE DO TRAUMA:
 QUELOIDES: ultrapassam os limites da incisão
 CICATRIZES HIPERTRÓFICAS: permanecem Cirurgias que cursem com maior manipulação tissular
confinados no limite da incisão. serão mais doloridas. Processo inflamatório é mais
importante, traz consigo grande edema e compressão
nervosa da área operada.

 ESTADO DE SAÚDE DO PACIENTE:

Crianças abaixo de 3 anos e idosos acima de 60 anos


possuem imunidade mais baixa podendo favorecer
infecções. A analgesia adequada permitirá a
deambulação precoce e melhor padrão respiratório
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em pacientes operados, evitando complicações  Cetoprofeno “profenid” (2,5mg/kg): VO ou


indesejáveis. Pacientes obesos ou com debilidade EV.
para movimentar-se necessitam de cuidados  Piroxican (20mg/dia): VO ou SL
analgésicos mais intensos.  Tenoxican (20-40mg/dia): VO ou EV.
 Celecoxib (200mg/dia): VO
 PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO:
 Etoricoxib (90mg/dia): VO
Explicação adequada ao paciente da técnica a ser
OPIÓIDES:
realizada. Analisar a sensibilidade do paciente à dor, a
Vantagens: alívio rápido da dor intensa,
ansiedade, medo e apreensão causam aumento da
reversibilidade caso necessário, não provocar lesões
algia.
no TGI, urinário ou disfunção hepática. São versáteis
 COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS: quanto a sua forma de administração, podendo ser
Microrganismos Ferida cirúrgica Paciente
Pacientes que estejam sofrendo por complicações  Infecção local ou  Técnica  Idade
remota. cirurgica  Imunossupressã
cirúrgicas devem ser bem avaliados para não sofrerem  Duração do  Hematoma/ o
procedimento seroma  Esteroides
mais desgaste ainda com a dor.  Tipo de ferida  Necrose  Obesidade
 Paciente em UTI  Suturas  Malignidade
 Antibioticoterapi  Drenos  DM
TIPOS DE ANALGÉSICOS: 
a anterior
Raspagem pré-
 Protéticos 

Má nutrição
Múltiplas
Envolve a utilização de opióides, antiinflamatórios e 
operatória
Número 
comorbidades
Tabagismo
anestesia regional. bacteriano  Controle
 Virulência glicêmico
 Resistência  Transfusões
antimicrobiana  Perfusão de
A escolha do analgésico pós-operatório é baseada em: oxigênio

local da cirurgia, intensidade da dor, estado físico do


paciente, avaliação de riscos e custo das drogas. Tem
como objetivo o alivio da dor, redução da ansiedade, administrados via venosa, oral, sublingual,
satisfação do paciente e otimização das funções dos subcutânea ou retal.
órgãos.
Atenção: Meperidina (dolantina)  proporciona
ANALGÉSICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS: excitabilidade do SNC e dependência psíquica.

AINES: drogas mais utilizadas! Exemplos:


Ação tanto periférica quanto central. Inibe
cicloxigenases 1 e 2 (COX-1 e COX-2) e lipoxigenases  Codeína (0,5-1mg/kg): VO
 reduzindo as prostaglandinas, tromboxanos e  Tramadol (1-2mg/kg): VO, EV, SC.
leucotrinenos além de reduzir radicais livres e  Morfina 0,1mg/kg VO ou 1-10mg/4-6h EV ou
bradicinina. SC.
 Buprenorfina (0,2-0,4 mg/6h): SL ou EV
Uso endovenoso: Tenoxican, dipirona, cetoprofeno.  Nalbufina (0,1mg/kg): EV ou SC.
Vantagem: previne a dor antes que o paciente acorde
no pós-operatório, por ser feita imediatamente após a FATORES DE RISCO PARA INFECÇÕES
cirurgia. CIRÚRGICAS:
Indicada: para dor leve a moderada, ou dor intensa,
em associação com outros analgésicos. CLASSIFICAÇÃO DA FERIDA QUANTO A
Exemplos: CONTAMINAÇÃO:
Limpa Ferida não infectada na qual não há
 Dipirona(15mg/kg): VO, venosa, inflamação. Tratos respiratórios,
retalanalgésico. digestivos, urinário e genital não são
 Paracetamol (500mg/4-6h): VO analgésico. tocados. Fechamento primário.
Drenagem fechada, se necessário.
 Diclofenaco “voltaren ou cataflan”(1-2mg/kg):
Potencial Tratos respiratórios, digestivos,
VO ou retal.
Karina Menis
XXXVIII- Grupo C 11

mente urinário e genital são tocados em tecidual, podendo ser recorrentes.


contamin condições controladas.
ada
Contami Feridas abertas, acidentais.
nada Operações de grande duração.
Exposição total do TGI. Inflamação
aguda e não purulenta.
Infectada Ferida traumática, antiga com tecido
desvitalizado. Infecções clinicas,
vísceras perfuradas. Germes no
campo operatório antes da
 Quanto ao agente causal:
operação.
Lesões Produzidas por instrumentos
cirúrgicas cortantes, limpas, com bordas
ajustáveis e passiveis de
reconstrução.
Fator de risco para contaminação: Lesões Provocadas acidentalmente por
Limpa 1-5% traumáticas diversos agentes:
Contaminada-limpa 3-11%  Lacerantes: produzidas por
Contaminada 10-17% tração, margens irregulares
Suja >27% com mais de um ângulo.
 Perfurantes: produzidas
por objetos que levam a
CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS: pequenas aberturas na
Limpas Realizadas em tecidos estéreis ou 1-5% de pele, predomina a
passiveis de descontaminação, ausência chance profundidade.
de processo infeccioso local. Realizadas de
na epiderme, tecido subcutâneo, sistemas contami  Contusas: produzidas por
músculo-esquelético, nervoso e nação objeto rombo
cardiovascular.
Potencial São realizadas em tecidos colonizados por 3-11%
caracterizado por
mente flora microbiana pouco numerosa, tecidos de traumatismo de partes
contamina cavitários com comunicação com o meio chance moles, hemorragia e
das externo, ou de difícil descontaminação, na de
ausência de processo infeccioso local. contami
edema.
Cirurgias do TGI, respiratório, genito- nação Química Iodo, cosméticos, ácido sulfúrico.
urinário, ocular ou de vias biliares.
Contamina São realizadas em tecidos colonizados por 10-17%
Físico Frio, calor, radiação.
das flora bacteriana abundante, de difícil de Ulcerativas Escavadas, circunscritas na pele,
descontaminação, na ausência de chance formadas por morte e expulsão do
processo infeccioso local. Cirurgias de
realizadas no cólon, reto e ânus. Tecidos contami tecido. Decorrente do
com lesões cruentas e cirurgias de nação impedimento de suprimento
traumas abertos.
sanguíneo por pressão, alteração
Infectada São realizadas em qualquer tecido com >27% de
processo infeccioso local. chance vascular e complicação de DM.
de
infecção

ANTIBIOTICOPROFILAXIA:
Não substitui a técnica cirúrgica cuidados baseada em
CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS:
princípios de antissepsia e assepsia.
 Quanto ao tempo
Quando se deseja prevenir a infecção por um agente
Agudas Decorrente de cirurgias ou traumas
conhecido ou fortemente suspeito em um paciente
que respondem rapidamente ao
tratamento, cicatrizam sem que tenha risco de contraí-la. Pode ser feito em: dose
complicações. única (menos de 24h) ou estender-se por 24-48h.
Crônicas Cicatrização lenta de longa
duração, que apresentam A prevenção deve ser feita em feridas
complicações no processo e POTENCIALMENTE CONTAMINADAS ou
sequencia ordenada da reparação CONTAMINADAS. Em feridas limpas sem uso de telas
Karina Menis
XXXVIII- Grupo C 12

ou próteses, não precisa usar ATB. Em feridas 1) Utilizá-las apenas em cirurgias que
infectadas o uso de antibióticos é terapêutico e não comprovadamente tenham taxa de
profilático. infecção reduzida com o seu uso
2) Usar agentes de primeira linha
Quando deve ser feita? Deve ser feita na indução da 3) Obter níveis séricos máximos de ATB no
anestesia ou no intervalo de 1h antes do
momento da exposição do agente
procedimento. infectante (momento da cirurgia).
Ou o uso de ATB é profilático ou é terapêutico, nunca 4) Limitar a utilização de ATB profilático à
se aplicará os 2 ao mesmo tempo. Dependendo da duração da cirurgia.
situação o medico poderá tornar a profilaxia em 5) Selecionar antimicrobiano que seja ativo
terapêutica. contra a maioria dos agentes infectantes
de uma determinada cirurgia.
Indicações: 6) Nas cirurgias infectadas o uso de
antimicrobiano deve ser realizado de
 Risco de contaminação bacteriana é alto
caráter terapêutico, ou seja, por tempo
(cirurgia TGI, genitourinário e respiratório);
prolongado.
 Contaminação não é frequente, mas o risco
de infecção são altos (amputação, enxertos, INDICAÇÕES BASEADAS NA FERIDA:
valvas, próteses, etc);
OBS: Cirurgias limpas e potencialmente contaminadas
 Contaminação não é frequente, mas o
em que o risco de infecção do sitio cirúrgico é de até
paciente esta imunocomprometido
5% não há indicação de ATB.
(transplante, QT ou RT).
 Cirurgias de longa duração como cardíacas ou A manipulação adequada do tecido, garantia de
vasculares. suprimento sanguíneo, hemostasia rigorosa e
 Cirurgias contaminadas, cujo risco de infecção desbridamento de tecidos necrosados são
é de 10%. recomendados para diminuir os fatores de risco
 Cirurgias na orofaringe. associados a ferida.
 Feridas acidentais com contaminação grave e
dano tecidual. DROGAS DE ESCOLHA:
Os antimicrobianos a serem escolhidos devem levar
Indicações associadas ao paciente: em conta: o espectro de ação, toxicidade, risco de
alterar a flora bacteriana, farmacocinética, duração e
 Pacientes >70anos.
custo.
 Desnutridos
 Imunodeprimidos As drogas preferencialmente escolhidas são
 Urgências CEFALOSPORINAS de 1ª e 2ª geração. Sendo a mais
 Implante de próteses e telas usada a cefazolina, seguida da cefoxitina. Se alergia à
 Portadores de doenças reumáticas, DM betalactâmicos, usa-se vancomicina e clindmicina.
descompensado, obesidade mórbida, hérnias
recidivadas, radioterapia prévia, uremia, OBJETIVO DA ANTIBIOTICOPROFILAXIA
hepatopatia e pneumopatias. Diminuição da bacteremia, impedindo a aderência de
bactérias ao endocárdio. As bactérias que são alvo do
ANTIBIOTICOTERAPIA esquema profilático são: Streptococcus viridans e
enterococos. A profilaxia deve-se voltar a bactérias
Quando o antibiótico for prescrito para uma situação
gram+. Esquemas com: ampicilina, cefazolina,
em que o processo infeccioso já foi estabelecido. Pode
sulbactam/ampicilina e amoxicilina tem tido sucesso.
ser empírico ou baseado em antibiograma. Deve ser
bem indicada, uma vez que o uso indiscriminado de
antibióticos eleva os índices de infecção e resistência
bacteriana, para prevenir isso:
Karina Menis
XXXVIII- Grupo C 13

CAPÍTULO 6: BLOQUEIOS Epinefrina: aumenta a duração e melhora a qualidade


do bloqueio. Diminui a absorção local do anestésico já
ANESTÉSICOS LOCAIS E
que promove vasoconstrição local. Não utilizar
LOCORREGIONAIS quando em extremidades corporais.
ANESTÉSICOS LOCAIS: Alcalinização: pH ácido diminui ação dos AL. Adiciona-
São substâncias que bloqueiam a geração e a se bicarbonato, aumentando a potencia do anestésico
propagação de impulsos elétricos em tecidos local. Aumenta a velocidade do inicio de ação do
eletricamente excitáveis, diminuindo a sua bloqueio nervoso.
sensibilidade, motricidade e função autônoma. Tem
ação reversível e temporária. Seu principal Opioides: aumentam a intensidade e duração dos
mecanismo de ação é o bloqueio dos canais de sódio e bloqueios centrais (raquianestesia, peridural) e
a diminuição da permeabilidade ao sódio e ao injeções intra-articulares.
potássio, impedindo despolarização da membrana da
Agonistas alfa-2: usa-se cada vez mais a clonidina nos
célula nervosa.
bloqueios centrais. Intensifica o bloqueio sensitivo e
 Uso tópico: mucosas (vias aéreas, reto, uretra, motor.
olho, etc) e pele.
Dose máxima:
 Uso endovenoso: bloqueio de Bier,
A concentração de AL no tecido neural é difícil de ser
tratamento de alguns tipos de arritmias.
determinada devido:
 Injeção diretamente nos tecidos: anestesia
local.  A proximidade entre o AL injetado e o nervo
 Bloqueios nervosos: periféricos ou centrais. que se pretende bloquear
 O fluxo sanguíneo em torno do tecido neural
Classificação:
 A difusão do AL através das barreiras
1) Amino-amidas: metabolizados no fígado pelo
orgânicas para dentro do nervo.
citocromo p450. São as mais utilizadas. Ex:
 A ligação do AL a tecidos não neurais da
bupivocaína, lidocaína(7mg/kg, dura 120min)
região como gordura e músculo.
e ropivacaína.
 Absorção para o sistema vascular sanguíneo
2) Amino-ésteres: metabolizados pela
ou linfático.
colinesterase plasmática com formação do
PABA, com maior poder de desenvolver Hoje em dia sabe-se que a absorção se da diferente
alergias, por isso foram abandonados na em cada tecido, de forma decrescente:
pratica clinica. Ex: tetracaína e procaína.
Venoso>traqueal>intercostal>caudal> peridural
Anestésicos mais usados: lombar> subaracnóidea.
i. Lidocaína: solução 1-2%, gel e spray (10%)
para uso tópico. Dose máxima com 4mg/kg
ii. Bupivocaína na forma racêmica: bloqueio vasoconstritor
motor e analgesia prolongados, Dose máxima sem 7mg/kg
vasoconstritor
cardiotóxico.
O frasco de lidocaína no mercado tem a apresentação
iii. Ropivacaína: droga com menor
de 2% (20mg por mL da solução).
cardiotoxicidade. Poder de vasoconstrição
intrínseco, possibilitando analgesia Anestésicos com vasoconstritores:
prolongada sem o uso de vasocontritores. Ação do vasoconstritor: aumenta a frequência dos
Fatores que aumentam a atividade ou bloqueios nervosos, prolongando o tempo de ação.
prolongam o tempo de ação dos AL
Indicação: locais de muito sangramento.
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XXXVIII- Grupo C 14

Contra-indicações: idosos, crianças, pacientes muito  Tiopental: considerado um bom hipnótico de


nervosos, DM, HAS, arritmias, cardiopatias, rápido inicio e poucos efeitos hemodinâmicos.
hipertireoidismo, uso de cocaína.  Propofol: é o hipnótico mais usado em
cirurgia ambulatorial. Induz rapidamente o
Contra indicações locais: extremidades corporais,
sono, tem curto tempo de ação, age como
nariz, orelhas, abaixo do punho e tornozelos.
antiemético e antiprurido. Diminui a pressão
Ação: 1ºbloqueio: doloroso térmico  tátil  arterial significativamente por vasodilatação e
profundo. depressão direta do miocárdio.
 Etomidato: causa pouca depressão miocarida,
Toxicidade dos anestésicos locais: usado em cardiopatas.
Pode ocorrer por: injeção intravascular, absorção  Cetamina: hipertensão arterial, taquicardia,
exagerada ou sobredose. Os principais alvos da alucinações, hipertonia e sialorreia.
toxicidade são: SNC e o sistema cardiovascular.  Opioides: usados na indução, manutenção e
Alguns sinais e sintomas importantes da intoxicação controle da analgesia pós-operatória.
Apresentam como efeito colateral náuseas e
grave: formigamento de língua e lábios, zumbidos,
distúrbios visuais, abalos musculares, convulsões, vômitos, depressão respiratória, retenção
inconsciência, coma, parada respiratória e depressão urinaria e prurido. Os mais usados são
fentanil, alfentenil e remifentanil.
cardiovascular.
 Relaxantes musculares: a escolha da droga
ANESTESIA AMBULATORIAL também é feita compativelmente com o
É o atendimento a pacientes sob anestesia geral, tempo cirúrgico. Ex: pancur^pnio, rocurônio e
locorregional ou combinada, para intervenção vecurônio.
cirúrgica, exames ou procedimentos terapêuticos.  Anestésicos locais.

Os pacientes tem alta para casa sem precisar


pernoitar no hospital.
Técnica da AL:
Os extremos de idade merecem especial atenção. Consiste na injeção extravascular de anestésico local.
Ficam excluídas do atendimento ambulatorial sob Uso de seringas de 3ml com agulhas descartáveis para
anestesia crianças prematuras que tenham idade insulina, lembrando dos cuidados de assepsia, tipo da
gestacional+pós natal <45 semanas por apresentarem técnica e estado físico do paciente.
maior risco de apneia pós-operatória.
 Assepsia do local com clorexedina alcoólica.
Observar pacientes com história de asma, doenças  Seringa de 3mL com agulha verde
cardiovasculares, respiratórias, neurológicas e com  Aspirar 3mL de xilocaína;
DM.  Retirar ar da seringa;
 Trocar de agulha para agulha amarela
A alta ambulatorial deve ser realizada se: sinais vitais
(subcutânea);
estáveis por pelo menos 1h, ausência de sinais de
 Ir nas bordas da lesão e fazer o botão
depressão respiratória, boa orientação tempo e
anestésico (pelo menos 4 pontos ao redor da
espaço, paciente deve estar ingerindo líquidos, apto a
urinar sozinho, sem dor excessiva, sem náuseas e lesão, levando em conta o tipo, a
profundidade e o caráter da técnica a ser
vômitos de difícil controle e sem sangramentos.
utilizada) (vai avisando o paciente o
DROGAS UTILIZADAS NA AA: procedimento que está realizando para evitar
 Benzodiazepínico: (midazolam e diazepam). que o mesmo se assuste).
Usados como medicação pré-anestésica ou o Em angulação de 45º ou menos.
como sedativos associados à bloqueios (depende da profundidade da lesão).
anestésicos. Provocam amnesia anterógrada. o Aspirar antes de injetar.
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XXXVIII- Grupo C 15

o Injetar lenta e continuamente o  Hepatopata


anestésico.
 Massagear a região que foi aplicado o AL por Não se deve usar efedrina perto de vasos terminais
um tempo. como dedos e pênis!
 Confirmar com o paciente se ainda há dor no Nos bloqueios de ramos periféricos primeiro perde-se
local (com uma pinça) antes de iniciar o a sensibilidade à temperatura, depois à dor aguda e
procedimento. por último à sensibilidade tátil.

Exemplos de Bloqueios:
1) Face: bloqueio do nervo supra-orbitário +
bloqueio do supratroclear (mais utilizado para
face); bloqueio do nervo infra-orbitário
(exclusivamente sensitivo); bloqueio do nervo
mentoniano (anestesia de mento e lábio
inferior); bloqueio do nervo nasociliar.
2) Bloqueio intercostal: para cirurgias de parede
Tipos de anestesia loco-regional: abdominal e torácica, sua vantagem é a
 Tópica analgesia prolongada pós-operatória.
 Infiltração: simples (1 picada); leque; campo. 3) Bloqueio do plexo-braquial: via
 Anestesia de Bier interescalênica (ombro), via perivascular
 Bloqueios: tronculares; peridural e subclávia; via infravascular e via perivascular
raquianestesia. axilar.
4) Bloqueio de Bier (anestesia venosa regional):
Dose e condições de atendimento: anestegia intravascular regional em
Dose de anestesia local que não exceda 10% da dose extremidade separada do corpo por um
permitida : qualquer ambiente ambulatorial. garrote. Feito com lidocaína (3mg/kg para
Dose >10% e menor que 50%: ambiente cirúrgico com MMSS e 50-100mL para MMII) sem adição de
veia canulada e paciente monitorizado (ECG, epinefrina.
oximetria de pulso) 5) Mão: bloqueio do nervo radial; bloqueio do
nervo mediano; bloqueio do nervo ulnar.
Dose >50% da dose recomendada: ambiente 6) Dedos: é muito utilizado para pequenos
cirúrgico, veia canulada, paciente monitorado, sob procedimentos ungueais. Pode ser realizada
supervisão de anestesista. na extremidade distal dos metacarpianos ou
pelo dorso da raiz do dedo. NUNCA usar
Bloqueio dos nervos periféricos: anestésico com vasoconstritor nesses
Ocorre pela injeção do anestésico local dentro de bloqueios!!!
tecidos adjacentes aos nervos periféricos individuais 7) Pés: bloqueio do nervo sural; bloqueio do
ou aos plexos nervosos. nervo tibial.
Contra-indicações Absolutas:

 Alergia
 Recusa do paciente CAPÍTULO 7: TÉCNICAS E MATERIAIS
 Infecção local
HEMOSTÁTICOS
 Coagulopatia sistêmica grave
A hemostasia tem a função de estancar o
 Doença neurológica preexistente
sangramento ou evita-lo. Pode ser temporária ou
Contra-indicações Relativas: definitiva, preventiva ou corretiva.

 Cardiopata
Karina Menis
XXXVIII- Grupo C 16

O sangramento pode ocorrer no intra e no pós-  Hematoma imediato: se observado


operatório, para prevenir deve-se levar em conta: sangramento ativo, lavar e limpar com técnica
asséptica e campo. Usar soro fisiológico e
 Solicitar coagulograma prévio se: historia agua estéril. Sangramento deve ser
previa de sangramento excessivo em eletrocoagulado ou ligado.
procedimentos, uso de anticoagulantes,
 Hematoma tardio: aparece dias após o
alcoolismo, necessidade de transfusões, etc.
procedimento. Aspirar com agulha 14 ou 16.
 Evitar uso de álcool 2 semanas antes e 1
 Hematoma couro cabeludo
semana após procedimento cirúrgico.
 Sangramento difuso: persiste por vários dias,
 Suspender AAS 10-14 dias antes da cirurgia e
pode indicar alteração da coagulação.
2 dias após (no ambulatório recomendamos 7
Requerir hemograma, RNI, tempo de
dias de suspensão).
protrombina, tempo parcial de
 AINES devem ser interrompidos 3-4 dias e 2 tromboplastina e encaminhar ao hemato.
dias depois do procedimento.
 Warfarina, suspender se possível, 3 dias antes Instrumentos e equipamentos
e 1 dia após o procedimento. hemostáticos:
Medidas intraoperatórias: Pinças hemostáticas:
a) Eletrocoagulação: é a técnica mais utilizada  Kelly: ranhuras em 2/3 da extensão. Reta e
em cirurgia dermatológica ambulatorial. curva.
Unipolar ou bipolar, é indicada em feridas  Crile: toda com ranhuras. Reta e curva.
cirúrgicas em nível dermo-hipodérmico.  Kocher: ranhuras e dentinho de rato
Unipolar  resulta em maior destruição
 Halsted: pequena e toda com ranhuras
celular, deve ser evitada em pacientes que
 Hartmann-halsted: 8-10cm. Reta e curva.
usam marca-passo. Bipolar  é mais precisa,
ocorre necrose tecidual, é segura em Torniquetes:
pacientes com marca-passo. Pode-se usar um dreno de Penrose ou um dedo de
b) Eletrodessecação: há mais necrose tecidual. luva estéril. Muito usado em cantoplastia.
Corrente não passa pelo corpo do paciente.
Indicada para procedimentos superficiais. Soluções hemostáticas:
Cloreto de alumínio, álcool isopropílico ou a 20% em
c) Cautério de mão com bateria: usado em
procedimentos superficiais. Gera muito calor. etanol, solução de Monsel, cloreto de ferro, bastões
de nitrato de prato, adrenalina.
d) Ligadura dos vasos: usa-se fios de sutura
absorvíveis, 3-0 ou 4-0. Curativos hemostáticos:
e) Suturas: sutura no pano profundo com fio Curativos oclusivos sob pressão, bandagem ou faixas.
absorvível é preferível pois a mais superficial Deve ser removido com 48h evitando manobras
resulta em necrose e marcas dos pontos. bruscas. Devem ser removidos antes do fechamento
f) Curativos: compressivos são mais da ferida cirúrgica.
hemostáticos. Curativos sob pressão devem
ser deixados por 48h. Grampeamento:
Sutura mecânica com grampeadores automáticos.
Medidas pós-operatórias: Grampos de aço inoxidável, titânio ou material
 Orientação ao paciente: equimoses são absorvível.
comuns, hematomas não são comuns,
edemas são comuns, induração não é comum. Obturação:
Aplicação de substancias exógenas na luz do vaso
 Suspeita de hematoma: comprimir ferida
sangrante. Esponjas de gelatina, celulose oxidada e
cirúrgica, observar saída de sangue e
congêneres. Usada para conter hemorragias difusas.
induração da região. Abrir para verificar
coágulos ou sangue vivo.
Karina Menis
XXXVIII- Grupo C 17

Complicações: Trauma de partes moles:


Pequenos hematomas: compressas frias tratam. Superficiais: a lesão acomete pele, tecido subcutâneo,
aponeurose e músculos.
Hematomas maiores: drenagem através da lavagem
da ferida com soro fisiológico estéril. Curativos Profundas: nervos, tendões, vasos calibrosos, vísceras
compressivos até absorção. ocas.

Abscesso: eritema, edema, hipersensibilidade local, Outra classificação:


dor persistente, calor e pustulização. Pode seguir com
 Causa do traumatismo: veículo, animais, fogo,
febre, linfadenopatia e calafrios. Tratar com ATB e
armas brancas, explosão, esmagamento,
drenagem com cicatrização por segunda intenção.
cirurgia e agentes nocivos (calor, frio,
substâncias químicas).
CAPÍTULO 8: SÍNTESES E  Agente que produziu o ferimento: incisas,
perfurantes, puntiformes, corto-contusas,
ZETAPLASTIAS
perfurocontusas, contusas, lacerações e
Biologia da cicatrização: abrasões.
 HEMOSTASIA: a lesão de um vaso ira provocar  Ao grau de contaminação do ferimento:
uma vasoconstrição imediata e ativação de limpa, parcialmente contaminada e infectada.
vários processos hematológicos que irão levar
Abscessos de partes moles:
à formação de um agregado plaquetário. O
Agente principal: S. aureus
principal objetivo dessa fase é a formação
desse coágulo que terá duas funções Fatores de risco: Obesidade, DM, corticoides, uso de
principais: 1. Servirá como base para drogas injetáveis.
células de reparação que virão;
2. Irá manter juntas as bordas da QC: dor local, edema, eritema, não é comum ter febre
ferida; ou linfedema.
 INFLAMAÇÃO: 12 a 24h após o trauma os
 Furúnculos: tipo de abscesso ao redor de
vasos estarão muito dilatados e permeáveis,
folículos pilosos
permitindo a saída de células como leucócitos
 Carbúnculos: serie de furúnculos
polimorfonucleares que irão fagocitar
interconectados;
bactérias e debris. Eles estarão ativos e
 Hidroadenite supurativa: formação recorrente
presentes na ferida durante os 5 primeiros
de abscesso. Ex: nádegas e axilas.
dias.
 CICATRIZAÇÃO: reparação da ferida será TTO: drenagem (incisão com bisturi), ATB se celulite e
obtida com a combinação de 3 elementos: sintomas sistêmicos, além de imunossupressão (HIV e
o Reepitelização: 24h após o trauma há DM): CEFALEXINA.
migração de células epiteliais das
bordas da ferida para promover a Fascite necrosante:
reepitelização. Rápida progressão de processo infeccioso
o Granulação: 3º -4ºdia após o trauma. acometendo partes moles, destruição tecidual
Formado por tecido inflamatório, fulminante, trombose de vasos sanguíneos e
fibroblastos, células endoteliais, vasos toxicidade sistêmica.
neoformados, fibrina e colágeno.
Mortalidade: 24-38%
o Contração da ferida: feridas grandes e
profundas poderão reduzir em 40- Fatores de risco: imunossupressão, DM, doenças
60% pela contração dos crônicas, >60anos, uso de drogas injetáveis,
miofibroblastos. obesidade, doença vascular periférica.
Karina Menis
XXXVIII- Grupo C 18

TIPO I: menos comum, mistura de bactérias aeróbias O sangramento deve ser contido por compressão
e anaeróbias (streptococus; S. aureus, enterococus, direta, não devendo ser usado o garroteamento ou
E.coli, Clostridium sp., Bacterioidis fragilis). Inclui a pinçamento hemostático às cegas.
síndrome de Fournier  fascite da região perineal e
genitália. Avaliar grau de contaminação da ferida: presença de
corpos estranhos, detritos e principalmente terra.
TIPO II: Streptococus grupo A. QC: taquicardia, dor,
febre, diaforese, pele pode estar eritematosa, Quando há fraturas expostas com maior grau de
ulcerada, com ar no subcutâneo ou franca necrose. contaminação, os amiglicosideos são os mais
DX: leucocitose, anemia, hipocalemia, hiponatremia, adequados para cobertura de bactérias gram-
hipoproteinemia. RX: processo infeccioso severo. US:
Reparo das feridas:
espessamento fascial, edema do subcutâneo e
Condições para uma boa sutura:
musculatura ou necrose franca. TC: espessamento
assimétrico de fáscias profundas e presença de  Assepsia e antissepsia
enfisema subcutâneo. CD: SF, ATB, SVD,  Bordas afrontadas
desbridamento cirúrgico.  Não existir espaço morto
 Hemostasia perfeita
Corpos estranhos:
 Material de sutura delicado
MORDEDURAS:  Fios com a mínima reação tecidual
- Caninas 60-80% das mordeduras;  Tensão de sutura adequada
 Obedecer linhas de Langer
- Mais acometidos: crianças, adultos jovens e sexo
masculino. Fechamento:
A ferida deve ser fechada em camadas:
- Incidência de infecção: 5-10%
músculo/fáscia, derme/epiderme; tecido subcutâneo
 Mãos: 12-30% geralmente não necessita de fechamento.
 Face: 1-5%
 Fechamento primário ou linear: feridas limpas
- S. aureus, Strepto, Pseudomonas klebsiella, Bacillus com pequeno risco de infecção. Utilizado na
subc., C. canimorsus. síntese da ferida cirúrgica. Em feridas
traumáticas, dever se realizada limpeza
- locais mais comuns: dorso da mao, couro cabeludo, rigorosa, desbridamento e hemostasia.
genitália e braço. Contra-indicações: presença de tecidos com
suprimento sanguíneo inadequado,
- CD: limpeza com SF 0,9%; se lesão extensa 
impossibilidade de reaproximação das bordas,
desbridar e suturar; se lesão menor  desbridar e
feridas por mordedura humana, feridas
curativo vaso oclusivo; se lesão de dedo, nariz, orelha
perfurantes sujas em pacientes debilitados,
 considerar reimplantar; ATB para lesões de alto
idosos ou imunossuprimidos.
risco ou pacientes de alto risco (CEFALEXINA).
 Fechamento primário retardado: feridas com
Tratamento: risco de infecção, seja pelo grau de
Tem por objetivo um bom resultado funcional e contaminação ou pelo longo tempo decorrido
estético, evitando infecções e minimizando sequelas. entre a lesão e a procura do tratamento. Após
limpeza, desbridamento e hemostasia
Avaliação da ferida: rigorosa, cobre-se a ferida com gaze
Investigar lesão de estruturas nobres: globo ocular, esterilizada e inspeção diária sob rigorosa
cartilagens, vasos, nervos, ductos e órgãos. assepsia. Se a ferida evoluir sem sinais de
infecção ate o 3º-4º dia, proceder com
fechamento normal. Caso contrário, opta-se
pelo tratamento aberto.
Karina Menis
XXXVIII- Grupo C 19

 Tratamento aberto: utiliza-se quando há Fios de sutura:


feridas infectadas. A ferida é mantida de Suturas superficiais percutâneas: fios sintéticos
modo a drenar espontaneamente, sendo inabsorvíveis, monofilamentares : Nylon.
coberta c om gaze estéril. A boa evolução
evidencia-se pela presença de tecido de Suturas dérmicas: fios sintéticos, monofilamentares e
granulação e epitelização. absorvíveis: Monocryl.
 Fechamento secundário (terceira intenção):
Critérios para retirada dos pontos:
feridas cujo tratamento aberto evolui bem. Na
 Aspecto da cicatriz: seca, sem edema ou
tentativa de abreviar a cura, faz-se uma
congestão;
excisão das bordas e procede-se com sutura
 Local da ferida. Quanto maior a tensão maior
ou aplica-se enxerto cutâneo sobre a ferida
a permanência dos pontos;
(quando a sutura não é possível). A ferida já
 Direção da cicatriz (linhas de força);
esta granulando nessa fase.
RETIRADA DOS PONTOS:
Classificação da Síntese:
1) Cruenta: realizada com material 4ºdia: se paciente sem tensão ou na linha de força.
apropriado  agulhas, fios, placas,
parafusos, hastes e enxertos. 6-7dias: geral.
2) Incruenta: sem nenhum material estranho
10-12 dias: se sutura intradérmica com fio
colocado nas intimidades do tecido.
inabsorvivel.
3) Completa: os tecidos são reaproximados
em toda a extensão da ferida. Em biopsias : 5 dias face e 7-14 dias em lesões de
4) Imediata: logo após o trauma. tronco.
5) Mediata: horas após o trauma.

Zetaplastia: CAPITULO 10: BIÓPSIAS- TÉCNICAS E


É comumente usada no fechamento primário das INDICAÇÕES
feridas. O ângulo formado pela incisão em formato de BIÓPSIA: é um procedimento técnico cirúrgico para a
Z são transpostos para: retirada de células ou fragmentos de tecidos para o
exame da natureza de alterações neles existentes.
1. Ganhar comprimento em direção ao ponto
Pode ser usada para diagnóstico, tratamento ou
central do Z. (alongar a cicatriz)
prognóstico.
2. Alterar a linha de direção do ramo central do
Z.
Indicações:
 Diagnostico de determinada doença;
 Diagnostico diferencial
 Grau de diferenciação de tumores;
 Avaliação de extensão de neoplasia;
 Ressecção total de uma lesão
 Avaliação e controle do resultado de um tto;
 Investigação do funcionamento normal de
tecidos;
 Avaliação do comportamento da doença de
evolução progressiva;
 Aferição da presença e intensidade de
rejeição em órgãos transplantados;
 Programação e planejamento da cirurgia.
Karina Menis
XXXVIII- Grupo C 20

Técnicas: Classificação:
a) Biopsia por congelação; Instrumento
usado
Procedimento Tempo
cirúrgico
Finalidade Amostra

b) Esfregaço: raspagem grosseira da lesão com Agulha, aspirador; Punção Pré-operatória Investigação Amostra única;
Bisturi ; Incisão Peroperatória Diagnóstico Mais de uma
lamina; Cureta;
Puch;
Excisão
Curetagem
Pós-operatória Terapêutica
Prognóstico
amostra: lesão
recente ou
c) Imprint: compressão de laminas sobre a Shave (tesoura) Punch
Shave
antiga, borda e
centro da lesão,
área sã ou
superfície de corte da lesão (estudo lesada, pele ou
outros tecidos.
citológico).
Anestesia:
Diretriz para realização da Biópsia:
Realizada na periferia da lesão, pelos mesmos orifícios
Anamnese e Exame Físico
da extremidade superior e inferior, se faz os bordos
Cuidados técnicos sobre a magnitude da biopsia
Retirar amostra mais representativa possível laterais, cobrindo toda a área a ser trabalhada.
Evitar áreas esmagadas, escoriadas ou com
infecção secundária;  Lidocaína (2%) com vasoconstritor:
Nas doenças inflamatórias: incluir porção o Reduz sangramento
significativa do material; o Aumenta duração do anestésico;
Doenças vesicobolhosas: preferir lesão recente e o Facilita o ato cirúrgico;
intacta; o Vasoconstrição máxima ocorre após
Nas lesões disseminadas: realizar biopsia em 15-20minutos.
diferentes tipos de lesões;
o Evitada em extremidades, lesões
Lesões pigmentadas: priorizar biopsia excisional;
Lesões hipocrômicas: enviar pele sã angiomatosas e cartilagens.
contralateral;
Respeitar as margens se o procedimento for Pós Operatório:
diagnostico e curativo; Identificar frasco corretamente, junto com fixador e
Manipular adequadamente o material; transporte adequados.
Usar fixador adequado, transportar e processas
adequadamente; Complicações: edema, hipoestesia, discromia,
Elaborar curativo com esmero hematoma, cicatriz e infecção.
Orientar cuidados pós-operatórios;
A retirada dos pontos se dá em média de 5 dias para
face, e 7-14 dias para lesões de tronco.
Escolha da Biópsia:
Fatores que influenciam na escolha do tipo de biopsia: BIÓPSIA EXCISIONAL
É a retirada TOTAL da lesão a ser estudada. Além de
 Órgão-alvo; diagnóstica é também terapêutica.
 Tamanho da lesão;
 Erupções generalizadas: preferir tórax, braços As principais indicações são:
e coxas;
 Lesões com bordas ativas em expansão
 Suspeita clínica;
 Lesões atróficas;
 Características do paciente;
 Lesões escleróticas;
 Região a ser biopsiada;
 Lesões bolhosas;
 Evitar áreas de tensão (joelhos e cotovelos)
 Lesões que acometem a hipoderme ou
 Palmas e plantas são poupadas pela
subcutâneo;
dificuldade de reaproximação dos tecidos;
 Suspeita de melanoma
 Evita-se face por questões estéticas.
 Área pré-esternal, braços e articulações : TODAS as lesões malignas, principalmente
tendem a desenvolver mais queloides. pigmentadas, na medida do possível devem ser
 Lesões pequenas: exérese total. submetidas à excisão cirúrgica completa COM
 Lesões maiores: biopsiar a borda abrangendo MARGEM de segurança.
tecido doente e sadio.
Complicações: infecção, hemorragia e cicatriz.
Karina Menis
XXXVIII- Grupo C 21

Técnica: bocado. A área a ser biopsiada deve estar totalmente


 Antissepsia +campo acometida pela lesão.
 Anestesia local com xilocaína 2%
Indicado em:
 Incisar pele com bisturi lâmina 15 ou 11 em
fuso.  Carcinoma basocelular
 Elevar uma das extremidades da elipse com  Eczemas e dermatoses inflamatórias
ajuda de pinça  Lesão ulcerada de pele ou mucosa
 Liberar a base com o bisturi indo em direção à  Psoríase
outra extremidade.  Vitiligo
 Hemostasia com ponto simples  Ptiríase rubra pilar
 Curativo oclusivo  Poroceratose
 Coloca a peça no frasco identificado.  Patologias vesiculosas
 ictiose
BIÓPSIA INCISIONAL
É a retirada PARCIAL de uma lesão ou de um órgão. Está Contra-indicado:
Ex: PAAF, pinça saca-bocado com punch.
 Sobre artérias
O material fornecido por esse procedimento pode ser  Sobre sobrancelhas
insuficiente para distinguir neoplasias invasivas!  Região nasolabial
As principais indicações são:  Inadequada para doença do tecido adiposo
 Lesões pigmentadas suspeitas de melanoma
 Estudo de músculos
 Estudo de nervos
 Estudo de ossos
 Tecido subcutâneo
 Processos inflamatórios
 Processos infecciosos disseminados

A retirada do fragmento DEVE englobar: tecido


doente e tecido sadio!

Complicações: infecção, hemorragia, distúrbios de


cicatrização e disseminação de células tumorais. Ténica: introduzir o punch por movimentos realizados
nos dois sentidos até chegar na hipoderme. Erguer o
fragmento, pinça-lo e seccionar com tesoura ou
bisturi.

BIÓPSIA POR SHAVE


É a retirada da PORÇÃO de pele elevada acima do
plano do tecido adjacente, através de lâmina de
bisturi. Tesoura cirúrgica estéril pode ser utilizada
para remover lesão pediculada.

Indicada em:
BIÓPSIA POR PUNCH
 Remoção de fragmentos ou remoção de
Recurso extremamente simples, usado para
lesões epidérmicas benignas de crescimento
diagnóstico ou tratamento em lesões pequenas e
exofítico: ceratose seborreica, verrugas
superficiais. O punch é um instrumento tipo saca-
vulgares, nevos melanocíticos.
Karina Menis
XXXVIII- Grupo C 22

Não é adequada em: 4) Por quarta intenção: nos casos de enxertia


cutânea
 Avaliação de doenças inflamatórias de pele O reparo das feridas podem ser divididos em 3
 Neoplasias que podem infiltrar na derme, fases: fase inflamatória, fase fibroblástica e fase
 Lesões pigmentares. de remodelamento.
 Fatores que dificultam a cicatrização:
BIÓPSIA POR CURETAGEM obesidade, diabetes, insuficiência renal,
icterícia, anemia, desnutrição, neoplasias,
É a retirada de lesões superficiais benignas por
infecção uso de corticosteroides, tabagismo
raspagem local. A cureta é o instrumento usado. É  Os fatores que interferem na cicatrização por
empregada para diagnostico e tratamento. segunda intenção são: técnica cirúrgica
inapropriada, infecção bacteriana (é a causa
Indicada: mais comum de cicatrização prolongada) e
radioterapia
 Retirada de molusco contagioso
 Medicamentos que interferem na
 Verrugas cicatrização: anticoagulantes, glicocorticoides,
 Milio agentes antineoplásicos e isotretinoína
 Ceratose actínica  Feridas em tronco e extremidades cicatrizam
 Ceratose seborreica mais lentamente que feridas na cabeça e
pescoço
Vantagem: rapidez  Feridas sob umidade cicatrizam mais
rapidamente que feridas crotosas
BIÓPSIA POR TESOURA  As possíveis complicações referem-se a:
É uma variante do shave, está reservada para lesões a) Dermatite de contato
b) Dermatite seborreica
pediculadas benignas (lesões polipoides ou verrugas
c) Granulação tecidual exuberante
filiformes).
d) Cicatrizes hipertróficas e quelóides
BIÓPSIA POR PUNÇÃO
É a retirada de LÍQUIDO ou FRAGMENTO de tecido Avaliação da ferida durante a
através de agulha. Pode ser manual ou automática. cicatrização:
Podem ser guiadas por palpação, US, estereotaxia, TC
ou RNM.
 Durante a cicatrização a ferida pode ser
avaliada quanto à presença de exsudato e
Pode ser por punção de agulha fina ou calibrosa.
transudato.
 Transudato: substancia fluída com pouco
conteúdo de células, proteínas e derivados
CAPÍTULO 11: MANEJO DAS celulares
AFECÇÕES BENÍGNAS DA PELE  Exsudato: material fluido formado por células
e/ou debris celulares. Variam de conteúdo
Formas de cicatrização: líquido, proteínas plasmáticas e células. Se a
1) Por primeira intenção: tecidos são repostos quantidade for abundante indica
em posição aproximada. Os tecidos são bem prolongamento da fase inflamatória e até
infecção
fechados sem “espaço morto”
 Exsudato supurativo: é um líquido composto
2) Por segunda intenção: as bordas da ferida não
por leucócitos e proteínas, produzidos por
são aproximadas. Ocorre após perda de processo inflamatório asséptico ou séptico.
substancia acidental, após grandes processos  Exsudato fibrinoso: é o extravasamento de
inflamatórios ulcerativos ou escaras. Esse grande quantidade de proteínas plasmáticas
processo é mais demorado e suscetível à (fibrinogênio) e precipitação de massas de
complicações. fibrina
3) Por teceira intenção: ocorre nos casos de
ressutura de tecidos granulado
Karina Menis
XXXVIII- Grupo C 23

Cor da ferida:  Ácido salicílico, Ácido láctico em colódio


- Avermelhada: predomínio da fase elástico precedido de lamina ou lixa
inflamatória  Imiquimod em creme com oclusão após
- Rosada: presença de tecido de granulação desbridamento
- Amarelada: presença de fibrina que faz  Crioterapia
parte dos tecidos desvitalizados

VERRUGA PLANA:
LESÕES CUTÂNEAS
Pápulas pouco salientes de superfície plana;
Milímetros de diâmetro;
Verrugas Numerosas;
Predomínio em face e dorso da mão;
Parte inferior das pernas das mulheres;
 São infecções localizadas, produzidas pelo Adolescentes;
grupo papova (vírus auto-inoculável)
 Há uma proliferação de células confinadas a Tratamento:
epiderme, podendo se deslocar até a derme;  Lesões múltiplas: ácido retinóico 0,05%
 Apresentam morfologia variada  Iquimod
 Lesões individuais: ácido tricloroacético ou
crioterapia
Formas clínicas:

VERRUGA FILIFORME:
VERRUGA VULGAR:
Consiste em poucas ou várias projeções;
São pápulas ceratósicas de superfície rugosa; Digitiformes, cor da pele, de base estreita ou ampla;
Medem milímetros de diâmetro; Localizada em torno da boca, olhos e asa do nariz;
Acometem qualquer parte do corpo, preferindo o
dorso das mãos, unha ou leito ungueal (difícil acesso); Tratamento:
 Exérese com tesoura e hemostasia ou
Tratamento:
eletrocoagulação
 Resolução espontânea
 Aplicação de preparações com ácido
salicílico a 25%, ácido lático a 20% com
VERRUGA GENITAL OU CONDILOMA ACUMINADO:
aplicações diárias e o uso de ácido nítrico
fumegante com aplicações semanais
São lesões vegetantes não ceratósicas úmidas
 Imiquimod+ lixa ou pedra pomes
- Isoladas ou agrupadas ( aspecto de couve
 Eletrocoagulação ou nitrogênio líquido (
flor)
cicatriz)
Área genital e perigenital, uretral, retal ou vaginal
 Verrugas periungueais possuem difícil
tratamento pois podem danificar a matriz Tratamento:
ungueal, Contraindica-se
 Podofilina 25% em tintura de benjoim
eletrocoagulação com carga alta ou
 5-fluoracil
crioterapia agressiva
 Iquimod
 Crioterapia
VERRUGA PLANTAR:  Eletrocirurgia
 Vaporização a laser com Co2
São pápulas (olho de peixe);
Assimétricas e pouco numerosas;
Causam desconforto ( marcha anormal); Epidermodisplasia verruciforme:

Tratamento: Lembra verruga plana, mas estão em maior número


 Cuidados com cicatriz ( dor) Início na infância devido incapacidade de controlar o
vírus
Karina Menis
XXXVIII- Grupo C 24

HPV5 ele potencial oncogenito  Shaving


 Excisão e sutura
Tratamento  Pode-se pedir biópsia
 Retinóides sistêmicos, crioterapia, laser de
Co2
Ceratoacantoma

Ceratose Seborreica:
Tumor epitelial benigno de etiologia desconhecida;
Doença do idoso;
São placas superficiais, céreas, marrom escuras e Se assemelha do ponto de vista clínico e histológico
tamanhos variados ao carcinoma Epidermóide;
Podem ser pruriginosas Rápido crescimento;
O aparecimento súbito de muitas placas é o Mãos, braços e trono;
chamado SINAL DE LESER-TRELAT, isto pode ser um Síndrome de Muir-Torres: é uma genodermatose
sinal de câncer visceral autossômica dominante rara, em que há a presença
Tratamento: de tumor de glândula sebácea e ceratoacantomas,
 Excisão (shaving, eletrofulguração ou associado à neoplasia maligna interna mais
crioterapia) comumente de origem colorretal ou geniturinário
 Lesões atípicas são submetidas à biópsia Tratamento
 Eletrodessecção e curetagem
 Excisão
Corno Cutâneo:  Múltiplas lesões: isotretinoína

É uma projeção dura e cônica composta de queratina, Nevos Melanocíticos


lembrando corno de animal;
Ocorre em face, orelha e nas mãos;
As verrugas, ceratose actínica e carcinoma São neoplasias benignas adquiridas ou congênitas de
Epidermóide podem todos reter queratina e produzir grande prevalência;
cornos; São classificados em: juncional ( nevos na camada
Tratamento basal, maculosos, pouco papulosos, superfície lisa sem
 Excisão com tesoura, excisão e sutura e pelos, cor acastanhada, região palmar, genital,
crioterapia plantar, +comum em crianças), dérmico (nível da
derme, cor da pele ou discretamente acastanhados,
aspecto hemisférico, pelos discretos, pedunculares) e
Acrodórdones: compostos ( há os dois aspectos);
Podem sofrer alterações, avaliação quanto à
marginalização: prurido, alteração de
Começam como pequena excrescência oval, marrom tamanho/superfície/pigmentação, inflamação,
ou cor da pele, aderida por pedículo curto; ulceração, sangramento, derrame de pigmento além
Predomínio em obesos; das bordas da lesão (sinal de Hutchinson)
Axila, pescoço e região inguinal; Tratamento
Tratamento  Biópsia excisional
 Excisão com tesoura ou eletrocirurgia

Hipercromias
Dermatofibroma:

É o aumento da pigmentação da pele, relacionada


Nódulo dérmico hiperpigmentado nas pernas, com o aumento da melanina ou dos melanócitos;
resultante de picadas de insetos ou traumas; Lentigos são lesões hipercromicas, podem ser
Assintomáticas; classificados em: lentigo juvenil surgindo em áreas
Adquirem coloração pela captação de melanina e expostas ou não à irradiação solar, e o lentigo solar
hemossiderina; que surge no adulto em áreas expostas à irradiação
Tratamento solar;
Karina Menis
XXXVIII- Grupo C 25

Tratamento Pequenas pápulas amareladas agrupadas ao redor de


 Crioterapia com neve carbônica ou um óstio folicular na face
nitrogênio líquido Diagnóstico diferencial com carcinoma basocelular
 Eletrofulguração com curetagem Tratamento: eletrofulguraçao, crioterapia
 Cauterização química ( ácido
tricloroacético)
 Laser Siringoma
 Luz intensa pulsada

São tumores dos ductos sudoríparos


Nevo de Ota e Nevo de Ito Ocoreem nas pálpebras inferiores, testa, tórax e
abdome
Mais frequente nas terceira e quarta décadas
Nevo de Ota: mancha hipercromicas intensa, algo Tratamento: Excisão
azulada que atinge a pele da face inervada pelo N.
Trigêmeo e a esclerótica. Pode haver
comprometimento das vias aéreas superiores e íris Xantelasma
Nevo de Ito: hipercromia que corresponde aos nervos
látero-braquial e supraclavicular posterior ( escapular,
deltoidea e supraclavicular) São placas amareladas, planas, localizadas ao redor
dos olhos
São depósitos de colesterol
Nevo Epidérmico Apenas metade dos indivíduos apresentam anomalias
lipídicas evidentes
Tratamento: cauterização química, crioterapia
Descreve um grupo de hamartoma cutâneos ligados
por características clínicas e histológicas em comum
Possuem várias formas, geralmente hipertróficos, Neoplasias Vasculares
verrucosos e hiperpigmentado. Ao microscópio
assemelham-se às células normais
Classificação pelas características clinicas ou padrão Defeitos congênitos e adquiridos
histológico.
Quando inflamado é chamado NEVIL  Nevus Flammeus: lesões planas
Pode estar presente em RN, crianças; atingindo mais vinhosas presentes ao nascimento.
comumente a cabeça e o pescoço Existem várias formas conforme sua
Geralmente são inócuos localização: Síndrome de Stuge- Weber,
Tratamento
Síndrome de Von-Hippel-Lindau,
 NEVIL: crioterapia, shaving
Síndrome de Klippel-Trenaunay
 Nevo epidérmico verrucoso inflamado e
não inflamado: tretinoína ou 5-fluorouracil, - Tratamento: laser, excisão
excisão, corticóide para os inflamados
 Hemangiomas: proliferação capilar nas
lesões recentes e fibrose nas lesões
Nevo Sebáceo de Jadassohn antigas. Hemangioma cavernoso é menos
comum. A maioria param de crescer dos
12 aos 15 meses, e sua resolução é
É um nevo epidérmico que aparece em área rica em
glândula sebácea ( couro cabeludo ou região frontal) espontânea. Faz diagnóstico diferencial
Podem desenvolver epiteliomas basalóides com lesões malignas, portanto deve-se
O tratamento é a remoção na puberdade verificar 3 características principais:
localização, tamanho e presença de
ulceração
Hiperplasia Sebácea Senil
o Deve-se avaliar a função
tireoidiana de todas as crianças
Aparece em indivíduos idosos
Karina Menis
XXXVIII- Grupo C 26

com hemangiomas de grande doenças bolhosas, peelings. É um pequeno


dimensão ; cisto Epidermóide. Tratamento incisão e
o Atentar-se à hemangiomas periocular ( expressão do conteúdo, sabonete abrasivo.
pode levar à obstrução visual), lábios (
 Cisto Traquilemal: surgem no couro
ulceração), anogenital
o A ulceração é sinal de involução do cabeludo, tendência à calcificar.
Hemangioma Tratamento: excisão
o Tratamento: corticóide sistêmico ou injeção  Cisto Dermóide: lesão congênita, terço
intralesional, interferon alfa, crioterapia, médio da face ou estruturas gonodais. Pode
laserterapia, embolização, cirurgia conter todos os tipos histológicos da pele e
ainda osso, cartilagem, dentes e pelos.
Lago Venoso Tratamento: exérese
 Esteatocitoma: cistos sebáceos verdadeiros.
Lesões múltiplas de caráter autossômico
São nódulos comum em idosos que clareiam após dominante. Localização em cabeca, tronco
compressão e genitália. Tratamento: excisão
Tratamento: exérese, crioterapia

Mucocele
Rinofima

- É um falso cisto da mucosa oral, causado


Aumento do nariz associado à rosácea pela obstrução de um ducto da glândula
Tratamento: evitar estresse, álcool, cafeína. Uso de salivar. Tratamento: excisão
isotretinoína, corticóide, Shaving, criocirurgia

Cisto Mucoso Digital


Hidradenite Supurativa - Pequeno tumor mole nas imediações da
articulação interfalangeana distal, o qual
surge a partir de elementos sinoviais.
Infecção localizada recorrente das glândulas Tratamento: punção e infiltração de
apócrinas, localizadas nas axilas, virilha, região corticoide
perineal e inframamária
Formam cistos e fístulas de drenagem
Responde pouco aos antibióticos e provavelmente Lipoma
não é uma infecção primária - É um nódulo constituído de gorduras
Mulheres são mais afetadas, predisposição genética maduras
Suor excessivo, infecção bacteriana, deficiência - Localização: pescoço, tórax, antebraço,
autoimune coxas e nádegas
Tratamento: compressas quentes, ATB, drenagem, - Podem ser submusculares na região frontal
excisão com enxertia, terapia antiandrogênica, ou temporal
laserterapia, radioterapia - Tratamento: exérese

Cistos

São lesões circunscritas, classificadas pela natureza


histológica e sua parede e conteúdo:
 Cisto Epidermóide: face, atrás da orelha,
região superior do tronco. Fétido e caseoso,
surge no folículo piloso. Tratamento com
exérese e ATB
 Milios: pequenos cistos ao redor dos olhos.
Surgem como sequelas de queimaduras,
Karina Menis
XXXVIII- Grupo C 27

CAPÍTULO 12: CÂNCER DE PELE- Indicado em CBC de baixo risco, evitando


lesões recorrentes.
MANEJO AMBULATORIAL
3) Excisão cirúrgica: este método requer a
Câncer de pele: remoção de uma margem de tecido normal ao
redor da lesão para que se tenha a remoção
completa, o tecido obtido é enviado ao
anatomopatológico. A lesão é removida
incluindo tecido subcutâneo. As margens
recomendadas são: (lateral e profunda)  em
média 0,5cm
a. Lesões primárias, não agressivas:
4mm
b. Lesões recorrentes, ou agressivas: 6-
10mm
4) Cirurgia micrográfica de Mohs: remoção da
lesão + mapeamento gráfico + exame
anatomopatológico por congelação da
margem periférica e profunda da lesão
 CA de pele não melanoma: Carcinoma (margem cítica). É indicada para tumores
Basocelular (CBC) e Carcinoma Espinocelular >2cm, com características de malignidade
(CEC).
 Melanoma Outros tratamentos:

CARCINOMA BASOCELULAR  Radioterapia: não é indicado (segundo o


É a neoplasia de células epidérmicas que apresenta professor).
crescimento lento e invasibilidade local. Ocorre em  Terapia fotodinâmica: indicada em lesões
pessoas de pele clara. superficiais, sem indicar para lesões
agressivas.
É o CA de pele mais comum.
Seguimento:
Fator de risco:
O paciente deve ser acompanhado a cada 3 meses no
 Exposição crônica a raios UV: cabeça e primeiro ano, 6 meses no segundo ano e anualmente
pescoço são os mais acometidos para toda a vida.
 CBC prévio;
CARCINOMA ESPINOCELULAR/
Características da lesão: EPIDERMOIDE/ DE CÉLULAS ESCAMOSAS
 Margens irregulares; (CEC)
 Perolado O CEC é uma neoplasia maligna, originada dos
 Telangiectasias queratinócitos ou anexos cutâneos, apresenta
 Crescimento infiltrativo: mais agressivo invasibilidade do local e tem alto potencial
 Tamanho >2cm: mais agressivo metastático.

Fatores de risco:
Técnicas Cirúrgicas:
1) Curetagem e eletrocoagulação: não permite  Exposição a raios UV
anatomopatológico, usado em lesões não  Áreas de radioterapia
agressivas, <1cm, em locais de baixo risco.  Úlceras crônicas
2) Crioterapia: é uma técnica muito utilizada.
Utiliza-se nitrogênio líquido em spray. Características da lesão:
Karina Menis
XXXVIII- Grupo C 28

Diagnostico diferencial: ceratocarcinoma, é uma lesão


benigna, visualmente próxima do CEC ulcerado. Seu
tratamento deve ser feito da mesma forma que um
tumor de pele.

MELANOMA:
 Não é só CA de pele: pode ser de faringe por É uma neoplasia MALIGNA dos melanócitos. Esse
exemplo nos fumantes. tumor apresenta capacidade de invasão e
 Pode estar ulcerada disseminação elevados pelo seu alto poder
metastático.
Técnicas cirúrgicas:
1) Curetagem e eletrocoagulação: não é
indicada para tumores recorrentes ou com
características de malignidade
2) Crioterapia: reservada para casos pequenos
não agressivos em idosos com comorbidades
3) Excisão cirúrgica: é o tratamento de escolha!
Margem cirúrgica aqui interfere:
a. Lesões não agressivas <2cm: 4mm
Características:
b. Tumores maiores com características
de agressividade: 6mm ou mais. Lesões muito escuras (pigmentadas).
A margem dede ser respeitada uma vez que
se pode lesar nervos, grandes vasos e vasos Biópsia:
nobres. A margem mínima é de 0,5cm.
Sempre que possível realizar biópsia excisional. A
4) Cirurgia de Mohs: não se deve optar.
lesão deve ser removida inteira da pele com margem
5) Radioterapia: associada ao método de excisão
de 2mm. Em casos de lesão muito extensa, deve-se
como terapia adjuvante.
biopsiar a porção mais espessa da lesão. Biopsias
OBS: a metástase é um evento importante do CEC. shave ou aspirativas devem ser evitadas por não
Sua principal via de disseminação é a linfática (indo oferecerem tecido adequado para o
para linfonodos regionais ex: CEC de região anatomopatológico.
inguinal, recomenda-se esvaziamento de linfonodo
inguinal). Principal órgão de metástase: pulmão! Técnicas Cirúrgicas:
Excisão cirúrgica:
OBS2: existem 2 tipos de esvaziamento:
A determinação se da pela classificação de Breslow:
 Princípio (preventivo): embora não haja
nódulo palpável, a chance de metástase é Espessura tumor Margens de ampliação
In situ 0,5-1cm
alta.
<1mm 1cm
 Necessidade (tratamento): o linfonodo já foi
>1mm até <2mm 1-2cm
acometido
≥2mm 2cm
Tratamento adjuvante: quimioterapia e radioterapia É recomendado que a excisão cirúrgica seja orientada
realizados pré-operatório (depende do local, de modo que o eixo longo do fuso siga o trajeto
estadiamento e tamanho da lesão). linfático.

Seguimento: A excisão precisa incluir a remoção de:

O paciente deve ser acompanhado a cada 3 meses no  Derme


primeiro ano, a cada 6 meses no segundo ano e  Epiderme
anualmente por toda a vida.
Karina Menis
XXXVIII- Grupo C 29

 Tecido subcutâneo até a fáscia (sem remover


ela).

Se necessário, retalhos e enxertos podem ser


utilizados.

Seguimento:

Solicitar DHL e Raio-X em todos os pacientes a cada 6


meses por 2 anos e, após, anualmente. Recomenda-se
RNM de crânio e TC abdominal e torácica em
pacientes com acometimento linfonodal.

Prognóstico: depende da profundidade da lesão


(infiltração).

CAPÍTULO 16: RETALHOS


CAPÍTULO 15: ENXERTOS É definido como uma porção de pele, tecido
ENXERTOS são fragmentos de tecidos, que foram subcutâneo ou músculo, ELEVADO do sítio doador e
totalmente separados do seu local de origem, ou TRANSFERIDO para o leito receptor, CONECTADO por
seja, foi destruída toda sua conexão vasculonervosa, um pedículo vascular que mantem sua viabilidade, até
e se integram novamente ao organismo. que se adquira nova vascularização no leito receptor.
São satisfatórios para cobertura de feridas superficiais Nas mais diversas áreas da cirurgia plástica têm-se
como base, os retalhos.
Indicações:
 Reparação de defeitos cutâneos como: Indicado: em cirurgias reparadoras, fechamento de
queimaduras profundas, ressecção de áreas cruentas (pós-ressecção de tumores e traumas).
tumores, pós-avulsão traumática.
 Emprega-se enxerto total de pele em áreas
como face, mãos e plantas dos pés.
 Sequelas de melanomas
 Cobertura de retalhos musculares
 Enxerto de gordura em modelagem corporal e
reparação de atrofias gordurosas.

Seu sucesso depende:


Podem ser locais ou transferidos de uma área distante
1) Planejamento cirúrgico adequado para outra.
2) Indicação correta do tipo de enxerto a ser
usado É um método de maior viabilidade.
3) Escolha da área doadora
4) Reparo rigoroso do leito receptor
Classificação:
5) Fixação do enxerto. 1) Composição:
a. Cutâneos
b. Fasciocutâneos
c. Muscular
d. Miocutâneos
Karina Menis
XXXVIII- Grupo C 30

e. Osseocutâneos
f. Cutâneo inervado
2) Vascularização:
a. Randomizado
b. Axial
3) Localização MATERIAL EXTRA: SINAL
a. Direto
DE LESER-TRÉLAT
b. Indireto
As manifestações dermatológicas associadas à
c. Local
neoplasias não cutâneas incluem metástases para
d. Regional
pele, gernodermatoses associadas à malignidades,
e. A distância
dermatoses induzidas por carcinógenos ambientais e
4) Movimento dos randomizados
dermatoses paraneoplásicas.
a. Avanço
b. Transposição O sinal de Leser-trélat é um sinal importante pois
c. Rotação possibilita o diagnostico precoce de neoplasias, assim
d. Tubular como seu tratamento. É definido como o
e. A distância aparecimento abrupto, com rápido aumento em
5) Movimento dos axiais numero e tamanho, de múltiplas ceratoses
a. Em ilha seborreicas associado à neoplasia.
b. Miocutaneo
c. Microvascular livre A ceratose seborreica é uma lesão papular,
hiperceratótica de epiderme, com cores variadas
Classificação de Mathes-Mahai: (preta, marrom ou bronzeada), sendo geralmente
Classificação de acordo com a vascularização do bem circunscrita. A superfície é enrugada e o tamanho
músculo. varia (2-3mm). Aparece por diversas causas como:
senilidade, sudorese, irritação local, fricção local,
crescimento bacteriano ou síndrome paraneoplásica.

Quando associada com neoplasia (sinal de Leser-


Trélat), apresenta-se com lesões múltiplas,
pruriginosas, com tamanho maior que o habitual.

As neoplasias mais comumente associadas com o


Leser-Trélat são os adenocarcinomas (principalmente
Tipo I: um pedículo vascular do TGI – estômago e cólon) .

Tipo II: algum pedículo dominante com outros Dentre os não adenocarcinomas, destacaram-se as
menores neoplasias linfoproliferativas, neoplasias de pulmão
oat cell e epidermoide, além de micose fungoide e Sd
Tipo III: dois pedículos dominantes de Sézary.
Tipo IV: pedículos vasculares segmentados O sinal de Laser-Trélat pode aparecer antes ou após
Tipo V: um pedículo dominante e pedículos uma neoplasia e encerra o pior prognóstico e maior
segmentares secundários. agressividade desta.
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XXXVIII- Grupo C 31

MATERIAL EXTRA:
SÍNDROME DE PEUTZ-JEGHERS Corno cutâneo:
Também chamada de lentiginose periorificial com
polipose, é uma doença hereditária autossômica
dominante.

Caracteriza-se por pólipos harmatomatosos


intestinais, pigmentação melânica da pele e mucosas.

As lesões pigmentares localizam-se preferencialmente


ao redor dos lábios, mucosa oral, língua, nariz e às
vezes em volta dos olhos e nas regiões
frontotemporais. Acrocórdone:

Os pólipos se encontram em qualquer parte do


intestino (particularmente no jejuno). São frequentes
sangramentos crônicos e invaginação intestinal.

A Sd de Peutz-Jeghers predispõe o câncer de intestino


delgado, colorretal, estômago e adenocarcinoma
pancreático.
Dermatofibroma:
IMAGENS DE LESÕES CUTÂNEAS
Verruga vulgar:

Ceratocantoma:

Verruga plantar:

Ceratose seborreica: Nevo melanocítico intradérmico:

Hemangioma Plano:
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XXXVIII- Grupo C 32

Xantelasmas:

Mílios:

Hemangioma ulcerado:

Mucocele:
Rinofima:

Lago venoso:

Cisto epidermoide:

Cisto triquilemal:
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XXXVIII- Grupo C 33

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