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Depressão e perturbações depressivas na atenção básica – Prof.

Rodolfo

• Tristeza é sinônimo de depressão?


Não. Tristeza isolada não é depressão, apenas um sentimento universal, assim com ansiedade.
Logo, não é necessariamente patológico, fazendo parte da experiência psíquica normal.

• Quais são as causas da depressão?


-As causas da depressão ainda são desconhecidas.
-A teoria neuroquímica é a mais aceita e sugere que uma disfunção no sistema nervoso
central é a responsável pela doença.
-A diminuição dos neurotransmissores serotonina e noradrenalina no sistema nervoso
central são os responsáveis tanto pelo aparecimento dos sintomas emocionais quanto
físicos da depressão.

• Quais são os principais sintomas?


A depressão se manifesta por sintomas emocionais e físicos. Os principais são:
Sintomas emocionais: tristeza, perda de interesse, ansiedade, angústia, desesperança,
estresse, culpa, perda da libido, dificuldade de raciocínio, indecisão, baixa auto-estima,
alterações no sono, ideação suicida, entre outros;
Sintomas físicos: baixa energia, alterações no sono, dores inexplicáveis pelo corpo (sem causa
clínica definida), dor de cabeça, alterações no apetite, alterações gastrintestinais, alterações
psicomotoras, entre outras.

Número de pessoas com depressão chegou, em 2015, a 322 milhões depressão e perturbações
depressivas na atenção básica

Depressão e perturbações depressivas na atenção básica:


• 30 de março de 2017 – A depressão é a principal causa de problemas de saúde e
incapacidade em todo o mundo. De acordo com as últimas estimativas da Organização
Mundial da Saúde (OMS), mais de 300 milhões de pessoas vivem com depressão, um
aumento de mais de 18% entre 2005 e 2015.
• Dos pacientes assistidos em ambulatórios gerais, 10% a 25% são portadores de
depressão, representando a segunda causa de consulta, ainda que frequentemente
ignorada ou subdiagnosticada.
• Médicos generalistas, e não psiqui atras, tratam a maioria dos pacientes com sintomas
depressivos.
• A depressão ocupa o segundo lugar entre as doenças mais incapacitantes nos países
ocidentais.
• Na maioria dos países em desenvolvimento, a deficiência na saúde mental é ainda
inaceitável, sendo meta da OMS aprimorar o diagnóstico e o tratamento da depressão
em ambulatórios gerais em todo o mundo.
• Várias estratégias comprovam ser custo-efetivas, sendo as principais: educação médica
continuada, maior participação da enfermagem e melhor integração entre atenção
primária e secundária (especialista psiquiatra).
• Para depressão leve a moderada, estudos de meta-análise mostraram que há pouca
diferença de efetividade entre as modalidades terapêuticas e entre antidepressivos,
sendo a continuação da terapia o mais importante fator de escolha.
• Os melhores resultados são obtidos quando há aliança terapêutica entre o profissional
de saúde e o paciente e um tratamento adequado é mantido por período suficiente.

Lembrar sempre que:


“A ATENÇÃO BÁSICA É A PORTA DE ENTRADA PARA O SERVIÇO DE SAÚDE PÚBLICA”
Nas últimas décadas, é por meio do termo depressão que uma grande
variedade de sintomas e situações de sofrimento vem sendo definida.

Desta forma o que fazer?


• Pessoas com tristeza intensa e sintomas proeminentemente depressivos que buscam a
ABS ou é levada por alguém ou para quem solicita-se VD, necessita acesso facilitado,
em até 48 horas e uma escuta inicial com um enfermeiro ou medico de família.
• Na consulta, deixar que a pessoa expresse livremente seus sintomas, preocupações e
ideias sobre este sofrimento e também as expectativas sobre seu tratamento.

O médico deverá avaliar os sinais de gravidade:


1) sintomas depressivos graves
2) isolamento social
3) prostração intensa
4) perda ponderal acentuada
5) sintomas psicóticos
6) ideação ou tentativa de suicídio.

Sem sinais de gravidade:


• Buscar com o paciente formas autônomas e recursos pessoais para lidar com a crise.
• Apresentar as possibilidades terapêuticas da ABS e da rede de saúde.
• Agendar retorno para duas semanas.
• Depressão e perturbações depressivas na atenção básica

Com sinais de gravidade:


• Iniciar antidepressivos (TRICICLÍCO, ISRS) precocemente.
• Contatar pessoas próximas para tanto avaliar a gravidade do quadro como auxiliar no
tratamento´.
• Solicitar apoio da equipe de saúde mental

Terapêutica na ABS:
1) TRP, terapia de resolução de problemas.
2) TCC, terapia cognitiva comportamental.
3) Atividade Física.
4) Fitoterápicos, Erva de São João/Hipérico
5) ISRS.
6) Tricíclicos.

Erros frequentes durante o tratamento:


1) Aceitar o “rótulo” de Depressão.
2) Manter e renovar continuamente receitas.
3) Não questionar as “dores crônicas”.
4) Iniciar antidepressivos antes de contextualizar o sofrimento.
5) Evitar o antidepressivo.
6) doses inadequadas de antidepressivos.
7) Não solicitar apoio nas situações graves.
8) Não questionar o suicídio.

Antidepressivos mais comuns na ABS:


1) AMITRIPTILINA, NORTRIPTILINA, Clomipramina e Imipramina.
2) FLUOXETINA, SERTRALINA, Paroxetina, Citalopram, Excitalopram.
3) Venlafaxina. ISRN (inibidores seletivos da recaptação de serotonina e noradrenalina).
4) Bupropiona. ISRD (inibidores seletivos da recaptação de dopamina e serotonina)

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