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ETIOLOGIA
INTRODUÇÃO • Iatrogênico
Traumas são a principal causa de morte em pacien- o Cirurgias percutâneas e laparoscópicas
tes até 40 anos, sendo que cerca de 10% acometem • Não iatrogênico
o trato urinário, mais frequentemente o rim.
o Ferimentos por arma branca (30%)
o Outros ferimentos
TRAUMA RENAL
O rim é o 3º órgão parenquimatoso mais acometido CONDUTA
no trauma abdominal fechado (perde para fígado e MAIORIA = TRATAMENTO CIRÚRGICO (rara-
baço), sendo a hematúria a manifestação mais fre- mente pode ser conservador)
quente, seguida de dor e equimose no flanco/dorso IMPORTANTE: cirurgia do aparelho urinário sempre
e fratura de arcos costais inferiores. Contudo, a he- tem que ser fio absorvível, se não, forma-se uma
matúria pode estar ausente em situações em que matriz de cálculo.
urina ou sangue não atingem a bexiga:
• Avulsão de ureter
TRAUMA RENAL NÃO PENETRANTE (FE-
• Obstrução de ureter por coágulos
CHADO OU CONTUSO)
• Lesões extensas do parênquima ou pedículo
O rim é retroperitoneal, e é fixado somente pelo CORRESPONDE A 80% DOS TRAUMAS RENAIS
pedículo vascular e pelo ureter, sendo exposto a
deslocamentos por aceleração/desaceleração. CONDUTA
O GRAU DE HEMATÚRIA NÃO TEM RELAÇÃO COM
Paciente hemodinamicamente estável
A GRAVIDADE (PODE ATÉ ESTAR AUSENTE)
• Urografia excretora normal → observação
• Urografia excretora inconclusiva → indica TC
CLASSIFICAÇÃO O tratamento não operatório consiste em:
• Repouso
• Manutenção da volemia
• Correção do Ht
• Monitorização clínica e radiológica
Podem ser APENAS OBSERVADOS:
• Pacientes com lesões pequenas (grau I, II e III)
• Pacientes com lesões grandes (grau IV), porém
estáveis
o Se você abordar, com certeza vai ter que tirar
o rim; se não abordar, ocorre cicatrização e é
possível que sobre alguma função renal
DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
Na suspeita de rotura uretral, evitar cateterismo A sutura deve ser feita sempre em dois planos.
uretral. Deve-se determinar se a rotura de bexiga é: Deve-se manter drenagem contínua da urina (tanto
• INTRAPERITONEAL → indicação de cirurgia na rotura intra quanto extraperitoneal) no pós-ope-
o Mais comum e mais associada a fratura pélvica ratório por sonda de Foley para evitar a distensão
o Suspeita: TC com líquido livre + sem lesão vesical, permitindo melhor cicatrização.
de víscera maciça + hematúria Deve-se drenar também o espaço de Retzius e a
• EXTRAPERITONEAL → indicação de drenagem cavidade abdominal, evitando a formação de cole-
ções e abscessos.
DETERMINAR SE HÁ LESÕES RENAIS ASSOCIADAS
TRAUMA DE URETRA Consiste na perineostomia com esvaziamento do
hematoma, hemostasia, uretrorrafia término-ter-
Uretra minal e sonda uretral por 2-3 semanas.
peniana
Uretra COMPLICAÇÕES: pode haver retração do coto
anterior
Uretra bulbar
proximal, sendo necessário o cateterismo retró-
Trauma de Diafragma grado por abertura da bexiga (cistostomia). Identi-
uretra
Uretra
urogenital ficando-se os cotos, faz-se a uretrorrafia término-ter-
membranosa minal, sonda e fechamento da cistostomia.
Uretra
posterior
Uretra
prostática TRAUMA DE URETRA POSTERIOR
(MEMBRANOSA E PROSTÁTICA)
Em 90%, é causado por trauma contuso.
PRINCIPAL EXAME: uretrocistografia retrógrada. A ROTURA DE URETRA MEMBRANOSA É A
A SONDAGEM É CONTRAINDICADA NO PACI- MAIS FREQUENTE DE TODAS
ENTE COM SUSPEITA DE LESÃO URETRAL! (re- 90% são causadas por fraturas da pelve óssea (mas
alizar uretrografia primeiro) ocorrem em 5% dessas fraturas) → é condição prati-
camente obrigatória. São quase sempre totais e
completas devido ao mecanismo de guilhotina
TRAUMA DE URETRA PENIANA por desgarramento da aponeurose perineal média.
Ocorre por choque direto ou flexão brusca (coito ou Clinicamente, ocorre mau estado geral, hipotensão
masturbação). Pode ser classificada em: e sinais de hipovolemia e choque. Ao toque retal,
• Rotura parcial não se sente a próstata (“próstata flutuante”), que
o ROTURA PARCIAL INTERNA (rotura apenas da está substituída pelo hematoma.
mucosa) → dor e uretrorragia
o ROTURA PARCIAL EXTERNA (rotura da parte TRATAMENTO
esponjosa, sem lesão da mucosa) → hema- • Cistostomia percutânea (se possível) ou aberta
toma periuretral, sem uretrorragia (se laparotomia por outra causa ou fratura pél-
• ROTURA TOTAL → hematoma + uretrorragia vica) + correção da lesão uretral (anastomose
OBS.: Uretrorragia é saída de sangue pela uretra, direta ou telescopagem)
não acompanhada pela saída de urina. o Técnica de escolha por menor incidência de
estenose uretral e impotência sexual
o A correção é feita meses após o trauma
TRATAMENTO
• Melhora do quadro geral
Em alguns casos, requer somente o uso de sonda
uretral de demora, que tampona o sangramento. o Reposição volêmica
o Medidas de suporte
Após, o paciente é acompanhado em ambulatório
com avaliação do fluxo urinário, e, se necessário, O USO DE SONDA COMO TRATAMENTO PRI-
realização de dilatações para manter o calibre de- MÁRIO NÃO É POSSÍVEL NA MAIORIA DAS
vido ao grande risco de estreitamento. LESÕES DE URETRA POSTERIOR
• Ensina-se ao paciente como colocar sonda de OBS.: A cistostomia só é feita nos traumas de uretra
Melaton: coloca, tira, lava e guarda, todos os dias posterior!
durante 1 mês, então 3x/semana, diminuindo
gradativamente; se piorar, aumentar a frequência
TRAUMA DE PÊNIS
TRATAMENTO
CIRURGIA IMEDIATAMENTE
A via de acesso pode ser:
• Circunferencial no sulco coronal
• Longitudinal na rafe mediana
• Desenluvamento do pênis
• Rafia da túnica albugínea – pode haver disfunção TRAUMA CONTUSO → DEPENDE
erétil secundária à fibrose TRAUMA ABERTO → ORQUIECTOMIA
Expõe-se os corpos cavernosos para identificar le- O tratamento cirúrgico consiste na drenagem do
sões a serem reparadas. hematoma e da hematocele, com desbridamento e
síntese da albugínea.
ROTURA DA TÚNICA ALBUGÍNEA → CIRURGIA
INDICAÇÕES CIRÚRGICAS
• Hematoma + dor
• Impossibilidade de distinguir o testículo do
epidídimo
• Trauma penetrante de escroto – exceto feri-
mento superficial ou tangencial
• Tempo > 3 dias do trauma
• Vascularização comprometida
Na suspeita de torção, cintilografia e USG podem
ser utilizados.
AMPUTAÇÃO Nos casos de amputação, o reimplante deve ocorrer
em até 8h.
Deve-se manter o coto em solução salina com he-
parina e antibióticos até o início da reconstrução,
que deve ser o mais precoce possível, com microa-
nastomoses do nervo e vasos dorsais, e anastomose
da uretra.
O tratamento consiste na reconstrução peniana
(reimplante, se possível, ou uretrostomia perineal
ou cistostomia).
OBS.: Amputação tira só o pênis, emasculação tira
pênis e testículos.
TRAUMA DE TESTÍCULO
RUPTURA
Geralmente ocorre em impactos de alta energia ci-
nética.
QUADRO CLÍNICO
• Dor
• Edema escrotal
• Equimose/hematoma
• Incapacidade de distinguir clinicamente testí-
culo e epidídimo
11/02/2022 Urologia Carolina Rossi
Doenças Sexualmente
Transmissíveis
BÁRBARA
INTRODUÇÃO
Desde que surgiram os medicamentos para
disfunção erétil, aumentou a prevalência de DSTs
entre maiores de 50 anos.
É mais importante uma terapia que englobe todas as
causas prováveis do que investigar causa específica.
Sempre que for feito um diagnóstico, é necessário OBS.: Em caso de lesão > 4 semanas, além de tratar
aconselhar, oferecer testes e vacinas, além de donovanose, realizar biópsia!
notificar e tratar também a parceria.
TRATAMENTO
HERPES GENITAL
1º EPISÓDIO:
• Aciclovir: 200mg, 4/4 hs, 5x/dia, por 7 dias ou
400mg, VO, 8/8 horas, por 7 dias; ou
• Valaciclovir: 1 g, VO, 12/12 horas, por 7 dias; ou
• Famciclovir: 250mg, VO, 8/8 horas, por 7 dias
RECORRÊNCIAS:
• Aciclovir: 400mg, VO, 8/8 horas, por 5 dias (ou
200 mg, 4/4 hs, 5x/dia, 5 dias); ou
• Valaciclovir: 500 mg, VO, 12/12 horas, por 5 dias;
ou 1 g dose única diária, 5 dias; ou
• Famciclovir: 125 mg, VO, 12/12 horas, por 5 dias.
RECIDIVAS (mais de 6 episódios/ano):
• Aciclovir: 400mg, 12/12 horas, por até 6 anos; ou
• Valaciclovir: 500 mg por dia por até 1 ano; ou
SÍNDROME ULCEROSA • Famciclovir: 250 mg, 12/12 horas por dia por até
SINTOMAS: ulceração genital única ou múltipla. 1 ano
SINAIS: edema, secreção, odor fétido, adenoegalia
inguinal. SÍFILIS E CANCRO MOLE
ETIOLOGIA: Não é problema associar os tratamentos já que am-
• Cancro duro (Treponema pallidum) bos são em dose única.
o É a ferida de inoculação do treponema
o Ferida única
o Indolor
• Cancro mole (Haemophilus ducreyi)
o É a própria doença
o Pode ser uma só ferida ou várias
o Dolorosa
• Herpes genital
• Donovanose
ABORDAGEM
TRATAR SÍFILIS + CANCRO MOLE
Associar tratamento para:
• Herpes → se a prevalência for > 30% e/ou lesões LESÕES > 4 SEMANAS (suspeita de donova-
vesiculares nose, linfogranuloma venéro ou neoplasias)
• Donovanose → se lesão > 4 semanas Realiza-se a biópsia e, enquanto se espera o resul-
tado, trata-se a donovanose (doxiciclina).
SÍNDROME VERRUCOSA
SINTOMAS: ausentes ou prurido, sangramento ure-
tral, lesões friáveis e dolorosas ao toque.
SINAIS: pápulas ou verrugas.
ETIOLOGIA: molusco contagioso e HPV.
OBS.: Não é apenas sexualmente transmissível,
pode ocorrer em crianças também.
SÍNDROME URETRAL
ABORDAGEM
SINTOMAS: corrimento uretral, prurido, polaciúria,
disúria e odor fétido.
SINAIS: edema da glande, corrimento uretral abun-
dante (ou não) e claro.
ETIOLOGIA: gonococo, clamídia, tricomonas, mico-
plasma, ureaplasma, bactérias.
ABORDAGEM
OPÇÕES TERAPÊUTICAS
CLAMÍDIA
GONORREIA
FATORES GONADOTÓXICOS
PARÂMETROS ANORMAIS
Agentes que alteram a produção de espermatozoides:
• Pesticidas VOLUME
• Sulfasalazina, nitrofurantoína, cimetidina Volume < 1 mL pode indicar:
• Drogas: cafeína, nicotina, tabaco, álcool, maconha • Obstrução do ducto
• Anabolizantes • Ejaculação retrógrada
• Quimioterápicos e radioterapia • Erro de coleta
• Fontes de calor
pH
EXAME FÍSICO • Muito ácido → obstrução
• FACE, ATITUDE E VIRILIZAÇÃO → buscar sinais • Muito básico → infecção
de deficiência de androgênio
• BOLSA TESTICULAR → procurar varicoceles LEUCÓCITOS
• CANAL INGUINAL → procurar varicoceles e pre- Quando > 1 milhão/mL, suspeita-se de infecção.
sença do ducto deferente
CONCENTRAÇÃO o LH
o Testosterona
o Prolactina
• CARIÓTIPO DE BANDA G
o Ex.: síndrome de Klinefelter (47, XXY)
• PESQUISA SOBRE MICRODELEÇÕES DO CRO-
MOSSOMO Y
TRATAMENTO
VARIA CONFORME A CAUSA
TRATAMENTO CLÍNICO
HIPOGONADISMO HIPOGONADOTRÓFICO
• FSH 75UI 3x/semana +
A azoospermia é classificada em: • HCG 2.000UI 1x/semana
• OBSTRUTIVA/EXCRETORA: possui espermato- DURAÇÃO: 3 MESES
gênese normal (ex.: vasectomia) Com reavaliação de testosterona após 30 dias;
o Pode-se extrair o esperma por biópsia ou pun- caso ela aumente, mantém-se o tratamento por mais
ção testicular 2 meses.
• NÃO OBSTRUTIVA/SECRETORA: possui esper-
matogênese alterada por comprometimento da
INFECÇÕES
função gonadal (ex.: síndrome de Kallman, crip-
torquidia, caxumba etc.) • Bactérias gram-negativas: trimetoprim ou quino-
lonas
Temos oligozoospermia grave quando a concentra-
• Chlamydia e Ureaplasma: tetraciclina
ção por < 5 milhões/mL.
O tratamento dura 4 semanas, devido ao difícil
acesso dos fármacos à próstata.
MOTILIDADE
• Grupo A (móveis com progressão linear rápida;
EJACULAÇÃO RETRÓGRADA
os melhores)
• Grupo B (móveis progressão linear lenta) • Simpatomiméticos
• Grupo C (móveis não progressivos) • Alfaestimulantes (efedrina e finilpropalamina)
• Grupo D (imóveis) • Imipramina
Se a ejaculação anterógrada for ausente, pode-se fa-
zer a recuperação dos espermatozoides da urina
EXAMES COMPLEMENTARES e TRA por injeção intracitoplasmática.
A propedêutica inicial é baseada em:
• URINA PÓS-MASTURBAÇÃO (se suspeita de eja- TRATAMENTO CIRÚRGICO
culação retrógrada) • VARICOCELE (ligadura das vv. espermáticas e
• CULTURA DE SÊMEN (se houver leucócitos ao es- suas tributárias)
permograma)
o Preferencialmente por via subinguinal
• PESQUISA DE MUTAÇÕES DA FIBROSE CÍSTICA
o Preservação da a. testicular e da drenagem lin-
(ausência congênita bilateral do vaso deferente)
fática
• ULTRASSONOGRAFIA
• REVERSÃO DA VASECTOMIA: reanastomose do
o Transretal: visualiza obstrução do ducto eja-
deferente (a chance de sucesso é inversamente
culatório, microlitíase testicular, tumor testicu-
proporcional ao tempo de vasectomia)
lar, ausência congênita bilateral dos vasos de-
• OBSTRUÇÃO DO DUCTO EJACULADOR (ressec-
ferentes
ção endoscópica, formando fístula entre ele e a
o Abdominal total: malformações congênitas
uretra posterior) – resultados incertos
das vias urinárias, criptorquidia
• DEFERENTOGRAFIA (se suspeita de obstrução
do ducto ejaculatório ou deferente) – no centro TERAPIA DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA
cirúrgico, imediatamente antes da desobsturção Para ICSI, nesses casos, é necessária recuperação
Se oligozoospermia grave, ou azoospermia não obs- dos espermatozoides: procedimento cirúrgico sob
trutiva, solicitam-se: o epidídimo ou testículos – precisa ser no momento
• DOSAGEM HORMONAL da fertilização, para não correr risco de vir no exame,
o FSH mas não vir na hora.
Técnica Requisito
Inseminação • Concentração > 5 milhões/mL
intrauterina • Motilidade A e B
• Morfologia de Kruger > 4%
Fertilização • Concentração 1,5 a 5 milhões/mL
in vitro • Motilidade A e B
• Morfologia de Kruger > 4%
Injeção intracito- • Qualidade inferior ao mínimo das téc-
plasmática do nicas inferiores
espermatozoide • Azoospermia
04/02/2022 Urologia Carolina Rossi
• Eletromagnética (B)
Procedimentos Urológicos o As ondas sonoras são produzidas por uma
em Litíase Urinária espiral e membrana eletromagnética, direcio-
nando o foco por meio de uma lente acústica
PROF. POMPEU • Piezoelétrica (C)
INTRODUÇÃO ACOPLAMENTO
A litíase urinária é uma doença metabólica (rim lito- Inicialmente era feito por imersão em banho líquido
gênico), não é apenas causada pela falta de água. (dentro de uma banheira).
O nefrologista trata a doença metabólica, e o urolo- Atualmente, é feito com
gista realiza os procedimentos cirúrgicos. almofada ou tubo com
fluido, acoplados à
pele com gel acústico –
TRATAMENTO CLÍNICO (NEFROLÓGICO) o gel serve para remo-
É permitido na maioria dos cálculos, que são peque- ver bolhas de ar que
nos (< 1cm) e eliminados espontaneamente. prejudicam a passagem
do som.
• Analgesia (AINEs)
• Medicamentos
o α-bloqueadores (tansulosina) SISTEMA DE IMAGENS
o BCC (nifedipino) A máquina localiza o cálculo por radiação, e lança a
• Hidratação com 2.000mL/dia de diurese onda sonora no ponto exato (um X em cima da pe-
• Dieta hipossódica e hipoproteica dra, ajustando levantando ou abaixando a mesa).
Isso pode ser feito por meio de:
• Fluoroscopia (arco em C) – utiliza radiação, só
LITOTRIPSIA EXTRACORPÓREA COM ON- sendo útil para cálculos radiopacos
DAS DE CHOQUE (LECO) • USG
Surgiu em 1972, e se tornou comercialmente dispo- o Útil em cálculos radiotransparentes
nível em 1984. Contudo, sua máquina requer muita o Não utiliza radiação
manutenção, sendo pouco acessível até hoje. o Difícil em obesos e para cálculos do ureter
médio
• Ambos
MECANISMO DE AÇÃO
Usa ondas sonoras de forma centrípeta; elas pene-
tram o cálculo, e uma parte passa (forças compres- EFEITOS BIOLÓGICOS
sivas) e outra parte volta (forças tensionais). Essas • Petéquias em fígado, cólon e mesentério (sem
forças em di- importância clínica – mas demonstra que o mé-
reções opos- todo não é totalmente inócuo)
tas causam o • Efeitos menores em rins, pulmões e ovários
“arregaça-
mento” do
cálculo. CONTRAINDICAÇÕES
Contraindicações absolutas
MÉTODOS DE GERAÇÃO DAS ONDAS • Gravidez (teratogênico em embrião de galinha)
• Distúrbios de coagulação
o Devido à formação de petéquias – se o paci-
ente já forma petéquias sozinho, ele pode for-
mar um hematoma com a LECO
• Obstrução abaixo do cálculo
o Quando há obstrução distal ao cálculo, for-
mando uma “rua de cálculo”
• Infecção urinária aguda
• Eletrohidráulica (A) o Risco de bacteremia: por isso se faz ATB pro-
o As ondas sonoras são produzidas por um ele- lático ou terapêutico
trodo e dirigidas a um foco por meio de espe- • Sepse
lhos, tudo isso em meio líquido (favorece a • Hipertensão não controlada
passagem do som)
Contraindicações relativas MECANISMO DE AÇÃO
• Aneurisma de aorta abdominal ou da a. renal Remoção dos cálculos com pinças ou cestas. Cálcu-
(depende da posição) los maiores (acima de 0,3cm) podem requerer fra-
o Pode-se confundir um aneurisma calcificado gmentação por laser (nefroscópio flexível) ou outras
com o cálculo, e estourar o aneurisma formas (semirrígido).
• Calcificação na a. renal
• Marcapasso → avaliar com o cardiologista TIPOS DE URETEROSCÓPIO
• Aparelho semirrígido
APLICAÇÕES CLÍNICAS o INDICAÇÃO: cálculo impactado no terço dis-
Serve para fragmentação de cálculos ureterais e re- tal do ureter
nais pequenos a médios, de baixa dureza. o CONTRAINDICAÇÃO: cálculo
É POUCO EFICIENTE PARA CÁLCULOS NO no terço superior do ureter
POLO INFERIOR DO RIM ou no rim: risco de empurrar o
cálculo para dentro do rim e
não conseguir pescar de volta
TIPO QUÍMICO DO CÁLCULO • Aparelho flexível (requer bainha
Funciona em cálculos até 600 UH; entre 600 e e fio-guia)
1000 fica a critério, mas acima de 1000 UH não o Atinge qualquer ponto da via urinária
funciona bem – não é possível saber o tipo químico o Muito caro, não compensa (empresa em For-
do cálculo antes de tirar, por isso se usa densidade. taleza aluga o aparelho para vários hospitais)
• Ácido úrico – SIM
• Estruvita – SIM
MÉTODOS DE FRAGMENTAÇÃO (para cálcu-
o Assintomático → só diagnosticado grande los maiores que 0,3 cm )
• Oxalato de cálcio di-hidratado – menos resistente O balístico-pneumático (ar comprimido) é o mais uti-
(possui mais água) lizado, assim como o ultrassônico e o laser – o eletro-
• Oxalato de cálcio monohidratado - mais resistente hidráulico é o menos usado porque não com-
• Cistina – NÃO pensa.
• Fosfato de cálcio – NÃO Risco de lesão
Método Eficácia
Se houver distância entre pele e cálculo acima de térmica
15cm (obesos), a LECO não tem bom resultado. Balístico pneu- +++ -
mático
TAMANHO DO CÁLCULO Ultrassônico + +
• Cálculo ureteral menor que 1cm Eletro-hidráulico ++ ++
• Cálculo de cálices superior e médio menor que Laser +++ +++
2cm – tolera tamanho maior por causa da gravi-
OBS.: O ultrassônico e o eletro-hidráulico são permi-
dade, com menor risco de refluir
tidos somente no rim, porque podem lesar o ureter.
o Determinante: ângulo formado entre o cálculo
e a pelve renal
INDICAÇÕES
• Cálculos no ureter
LITOTRIPSIA NEFROURETEROSCÓPICA
CONTRAINDICAÇÕES: cálculos maiores de 2 cm
Surgiu no início dos anos 1980. É feita em posição (preferir a percutânea).
de litotomia, e considera a anatomia do ureter:
• 24-30cm de comprimento
COMPLICAÇÕES
• 3mm de diâmetro
o Antigamente se dilatava o ureter para inserir o COMPLICAÇÕES MAIORES
aparelho; atualmente os aparelhos já são mais • Estenose – o processo de entrada e saída repe-
finos mesmo tida do nefroscópio (retirada dos cálculos pela
▪ Problema: sendo muito fino, não é possível cestinha, não por sucção) pode lesar a mucosa
remover os pedaços por sucção, apenas • Avulsão (arrancamento do ureter)
pela cestinha o Tratamento: autotransplante
• Estreitamentos naturais (cuidado pois o aparelho • Perfuração do ureter
mais comum é reto, e o ureter é curvo)
o Por isso, é importante ter um fio-guia em todo
Utilizam um canal de trabalho que permite a passa- procedimento urológico
gem de dispositivos de preensão (basket).
• Urossepse (alta mortalidade; isso justifica o uso
“excessivo” de antibióticos em urologia)
COMPLICAÇÕES MENORES CIRURGIA ABERTA
• Cólica renal (pedacinho do cálculo restante) É agressiva (especialmente a lobotomia), estando
o Prevenção: manter cateter duplo J por 15-30 em desuso com o surgimento de métodos menos in-
dias após o procedimento para impedir obs- vasivos. Ainda existem indicações para sua realiza-
trução do trajeto com retenção do cálculo ção (ex.: cálculos coraliformes grandes, falha de ou-
• Falso trajeto (perfuração parcial, com penetração tros métodos), mas são mais restritas.
na submucosa, mas sem saída do ureter) CUIDADO: a pelve renal é a estrutura mais poste-
• Sangramento rior do pedículo → a abordagem é sempre poste-
• Extravasamento rior.
• Infecção DIFICULDADE: saber onde está o cálculo dentro do
rim.
A incisão na pelve renal precisa ser semilunar, e
LITOTRIPSIA OU NEFROLITOTOMIA
sempre pela borda posterior.
PERCUTÂNEA
Surgiu em 1976, com alto índice de complicações.
MECANISMO DE AÇÃO
É baseada na punção de cálices renais com pielo-
grafia ascendente (para facilitar a punção e introdu-
ção de fio-guia) – utiliza nefroscopia e radioscopia
ao mesmo tempo.
Pode ser em decúbito ventral ou dorsal, por meio
de punção inferior, na linha axilar posterior entre a
borda inferior da 12ª costela e a EIAS.
• Até existe a punção de cálice superior, mas re-
quer muita experiência do cirurgião devido ao
alto risco de complicações
• O melhor cálice para penetrar é o 2º, porque
fica com a pontinha para baixo, e encaixa bem na
agulha
o Nunca penetrar pelo infundíbulo, mas pelo
óstio do cálice
MÉTODOS DE FRAGMENTAÇÃO
• Energia ultrassônica
• Eletro-hidráulica
• Pneumático-balístico
• Laser
INDICAÇÕES
CÁLCULOS NO RIM
É capaz de fragmentar cálculos de qualquer tama-
nho, dureza ou localização, contudo, é um proce-
dimento mais invasivo que a LECO e a ureterosco-
pia, devendo seu uso ser bem ponderado.
• Cálculo > 2-3cm
• Cálculo coraliforme grande
• Cálculo de cálice inferior
• Cálculo em cálice com infundíbulo estreito –
tira o cálculo e já alarga o infundíbulo, impedindo
recidivas (o defeito inicial não era metabólico,
possivelmente, mas um cálculo se formou por
causa do estreitamento)
• Cálculos refratários a LECO ou ureteroscopia
É O MÉTODO DE ESCOLHA PARA CÁLCULOS
DE CÁLICE INFERIOR
21/01/2022 Urologia Carolina Rossi
• Prolactina
Doenças da Próstata • ACTH → estimula a produção de androgênios
PROF. POMPEU pelas adrenais
COMPONENTE VESICAL
ESFORÇO E HIPERATIVIDADE DA BEXIGA
(OU HIPOATIVIDADE EM FASES AVANÇADAS)
FISIOLOGIA
• Gotejamento terminal (contração do m. detru-
O hipotálamo libera LHRH e CRF que estimulam a sor é insuficiente para vencer a obstrução)
hipófise, que libera: • Urgência urinária (quando sente vontade de uri-
• LH → estimula a produção de testosterona pelas nar, precisa imediatamente)
células de Leydig • Frequência urinária aumentada (inclui noctúria)
• Incontinência urinária paradoxal: a bexiga se o Mais usado para fazer biópsia da próstata, di-
enche devido à retenção, mas em determinado agnóstico de abscesso e investigação de azo-
momento, a pressão na bexiga é superior à resis- ospermia (suspeita de obstrução do ducto
tência oferecida pela uretra - como se fosse um ejaculatório)
açude sangrando: sempre que chega urina do • Sumário de urina – investigar se há:
rim, vaza, porque a bexiga não consegue conter o Piúria e nitrito
o “Ele tá sem urinar?” “Não, tá urinando” mas o Hematúria
quando se palpa, a bexiga atinge nível do rim
o Tratamento: sonda de manutenção com
sonda de Folley (não de alívio, que seria com TRATAMENTO
sonda de Melaton) Não previne câncer de próstata.
▪ Possui duas vias: a via da urina e a via da
válvula que enche o balão dentro da be-
CONDUTA EXPECTANTE
xiga (fixar a sonda na bexiga)
Solicita-se retorno com 3 meses para avaliar me-
• Bexiga trabeculada
lhora clínica; pode-se suspender, e voltar a tomar
• Hematúria
(dessa vez por 1 ano) se voltarem os sintomas.
OBS.: O ideal é urinar a cada 3h; se quiser antes,
Geralmente o acompanhamento é anual para paci-
pode ir antes, mas se não sentir vontade após 3h,
entes com sintomas leves (IPSS até 7).
precisa ir – principalmente mulheres, onde a vulva é
muito próxima ao ânus e, se não houver a lavagem
pela urina, pode haver ITU de repetição. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
NÃO HÁ RELAÇÃO ENTRE DIMENSÕES DA Indicado para pacientes com sintomas moderados
PRÓSTATA E INTENSIDADE DOS SINTOMAS (IPSS entre 8 e 19).
OBS.: Os fitoterápicos não são recomendados.
QUESTIONÁRIO DO ESCORE INTERNACIO-
NAL DE SINTOMAS PROSTÁTICOS (IPSS) Diminuição do tamanho da próstata
Muito difícil de responder, sendo pouco aplicável. INIBIDORES DA α-5-REDUTASE
Possui 7 questões, cada uma valendo de 0 a 5. • Dutasterida
• Até 7: ótimo (sintomas leves) • Finasterida
o Não requer tratamento Além de diminuírem o tamanho da próstata, dimi-
• 8-19: dificuldade moderada nuem o PSA (em pelo menos metade), podendo
o Tratamento medicamentoso mascarar um câncer: sempre que for interpretar o
PSA nesses casos, sempre pensar nele dobrado.
• 20-35: dificuldade severa
Menos eficazes do que os relaxantes – a terapia
o Tratamento cirúrgico
combinada tem sido cogitada.
▪ Próstata menor que 30g: RTUP
▪ Próstata entre 30 e 80g: várias opções
▪ Próstata maior que 80g: cirurgia aberta Relaxamento da uretra prostática
O mais importante: quantas vezes levanta à noite BLOQUEADORES α-ADRENÉRGICOS
para urinar. Importante também avaliar qualidade • Doxazosina
de vida: “se você passar o resto da vida urinando as- • Tansulosina
sim, vai achar bom ou ruim?” • Prazosina
• Terazosina
DIAGNÓSTICO • Alfuzosina
O sucesso depende da quantidade do estroma (ge-
• História clínica ralmente 70% da hiperplasia) e do tônus do m. liso.
• Toque retal
CONTRAINDICAÇÕES:
• Exames de sangue
• IR causada pela HPB
o PSA (protease da família das calicreínas, res-
• AVC
ponsável por liquefazer o líquido seminal)
• Retenção urinária aguda repetida
▪ Antigamente, acreditava-se que era produ-
zido somente pela próstata, mas é produ-
zido por outros tecidos também: pâncreas, TRATAMENTO CIRÚRGICO
mamas e glândulas salivares • Ressecção transuretral da próstata (RTUP)
o Ureia e creatinina (investigar nefropatia obs- o Com bisturi elétrico – precisa lavar com água
trutiva, a maior complicação da HPB) destilada, não pode ser soro fisiológico (água
• USG transretal → muito pior do que um dedo! destilada não conduz corrente)
Maior, mexe mais e tem baixo VPP
▪ Risco de hemodiluição com hemólise (sín- É importante fazer tanto toque quanto PSA, em-
drome de intoxicação hídrica) porque en- bora 5% dos cânceres tenham toque e PSA normais,
tra a água destilada nos vasos que sangram e possa haver toque e PSA anormais sem se ter cân-
o Com bisturi bipolar (pode ser com SF, sem o cer (provável prostatite crônica – diagnóstico após
risco de intoxicação hídrica) descartar câncer com cerca de 4 biópsias normais).
• Laser – pouco sucesso (pulveriza a próstata, preju- Vantagem: CRESCIMENTO LENTO → não tem pre-
dicando biópsia) juízo esperar até 6 meses para repetir o exame.
o Causa menos disfunção erétil e permite ope-
rar pacientes anticoagulados RASTREIO
• Prostatectomia aberta transvesical • Parente de 1º grau acometido por câncer de
o A uretra prostática fica sendo a cápsula, sem próstata ou outros fatores de risco → anual após
recheio; não previne contra o câncer porque os 45 anos
o câncer ocorre na cápsula • Sem fatores de risco → anual após os 50 anos
o Tem maior taxa de sucesso, mas maior morbi-
mortalidade
BIÓPSIA
COM/SEM USG, E COM/SEM SEDAÇÃO
ADENOCARCINOMA DE PRÓSTATA O USG direciona a coleta da biópsia justamente para
É o câncer não melanoma mais co- onde há suspeita de câncer. Tira 2 fragmentos de
mum do homem, sendo a 2ª morte cada lateral da próstata (divisão em 6 → 12 fragmen-
mais comum por câncer em ho- tos). Pode ser feita
mens (1ª: pulmão). Sua prevalência com anestesia local
aumenta com a idade, sendo con- ou geral.
siderado “o câncer da 3ª idade”. O escore de Gleason
Possui grande relação com histó- determina o grau his-
rico familiar, e com a raça negra. tológico do câncer de
O advento do PSA foi muito impor- próstata, e é determi-
tante no rastreio do câncer de próstata, mas depois nado pela soma dos
o número de diagnósticos voltou a cair, o que é es- dois padrões mais
tranho pois não existe prevenção (primária) para frequentes.
o câncer de próstata. O que se pode fazer é pre-
venir a morte. QUADRO CLÍNICO
Sem sintomas na fase inicial (tanto que o diagnós-
ETIOLOGIA tico é por exames preventivos, não por sintomatolo-
Desconhecida, mas possui fatores de rico: gia): como fica na zona periférica, só dá sintomas
• Idade quando chega na uretra, sendo então similares aos
• Hormônio do tumor benigno. Mais tardiamente, podem apare-
cer sintomas de metástases.
• História familiar
• Raça
• Alimentação rica em gordura e pobre em fibras ESTADIAMENTO
DIAGNÓSTICO
• História clínica
• Toque retal
o Nódulo endurecido, com superfície irregular
o Próstata fixa
Um nódulo com essas características possui 50%
de chance de ser câncer.
• PSA
o Suspeição: acima de 2,5 – há correlação entre
o tamanho da lesão e o aumento do PSA
o Relação PSA livre/total ajuda a diferenciar se
é benigno ou maligno sem precisar de biópsia
(dependendo do caso)
▪ Na lesão benigna, predomina o PSA livre
(relação maior quantitativamente)
▪ No câncer, o PSA livre é inferior em rela-
ção à população normal
TUMORES LOCALIZADOS (T1-2/N0/M0)
TRATAMENTO
A prostatectomia radical é o tratamento com maior
chance de cura (90%), sendo o padrão-ouro na do-
ença localizada, mas tem risco de:
• Disfunção erétil (n. cavernoso) – após os 80 anos,
80% têm disfunção erétil após o tratamento
• Incontinência urinária
A hormonioterapia é feita por orquiectomia (castra-
ção), mas não é curativa (causa apoptose de células
cancerosas, mas há células hormônio-resistentes).
A radioterapia externa é melhor do que a braqui-
terapia (fonte em contato direto com o tecido), tanto TUMORES LOCALMENTE AVANÇADOS
que a braqui tem indicações mais específicas (Glea- (T3-4/N0/M0)
son menor, próstata menor e sem ressecção transu-
retral prévia).
T1 E T2, N0 E M0 são tumores localizados, com
grande chance de cura.
OBS.: Como o câncer de próstata tem crescimento
lento, pacientes com expectativa de vida inferior a
10 anos não se beneficiam do tratamento radical
(qualidade de vida x tratamento invasivo).
DIAGNÓSTICO
Anamnese
• Febre
• Tremores
• Astenia
• Dor no canal uretral
• Urgência para urinar
Exame da urina
• Escura
• Cheiro forte
• Pode haver hematúria
Outros exames
• Exame da próstata
• Exame da secreção da próstata → não é reco-
mendado (estimular o extravasamento de secre-
ção de uma próstata contaminada pode causar
OBS.: O estrogênio é pouco utilizado pois causa gi-
bacteremia)
necomastia dolorosa e cardiotoxicidiade (o paci-
• PSA (aumentado)
ente precisa usar AAS cronicamente).
TRATAMENTO
RECIDIVA BIOQUÍMICA PÓS -PROSTATECTO-
MIA RADICAL • Antibióticos 7-14 dias
o Quinolonas
o Sulfametoxazol-trimetoprim
• Anti-inflamatórios
• Banhos de assento (vasodilatação → aumenta a
penetração do ATB)
• Repouso
PROSTATITE CRÔNICA
DIAGNÓSTICO
Geralmente é causada por prostatite aguda mal
tratada. É oligossintomática, usualmente diagnos-
ticada só aumento do PSA. Além disso, pode haver
irritação na urina → nada no sumário de urina nem
cultura; o que pode haver espermograma + esper-
mocultura com antibiograma (sempre pedir os
dois).
A prostatite crônica altera a qualidade do es-
perma
PRIAPISMO 6º semestre
Disciplina de Urologia
21/01/2022
ROTEIRO
Definição
Fisiopatologia
Propedêutica
Tratamento
INTRODUÇÃO
DEFINIÇÃO: ereção dolorosa, anormal e persistente
do pênis ou clitóris, sem associação a estímulo ou
desejo sexual (duração > 4h?)
É raro, mas pode ocorrer em qualquer faixa etária
Prevalência discretamente maior na doença falciforme
(Vista inferior)
FISIOPATOLOGIA
Geralmente a ereção envolve somente os
corpos cavernosos, mas também pode
envolver o corpo esponjoso e a glande
No priapismo, ao contrário da
ereção normal, o corpo esponjoso e
a glande permanecem flácidos
Objetivo: diferenciar os tipos de priapismo
quando impossível pela clínica
EXAMES COMPLEMENTARES
Gasometria do corpo cavernoso
• Priapismo isquêmico: sangue preto, com hipoxemia, hipercarbia e acidemia
• Priapismo não isquêmico: sangue vermelho, com níveis normais de O2, CO2 e pH
Depende do tempo
Analgésicos (inclusive opioides)
devem ser usados no controle
da dor s/n
TRATAMENTO DO PRIAPISMO ISQUÊMICO
Há menos de 4h Há mais de 4h
A resposta deve ser rápida para
evitar sequelas a longo prazo
Esvaziamento
Fenilefrina (com ou sem
intracavernosa lavagem com
soro fisiológico)
Fenilefrina
intracavernosa
FENILEFRINA • Descompressão
Antes: extrair dos corpos
5mL de sangue cavernosos
Agonista α-adrenérgico
(epinefrina, norepinefrina,
fenilefrina, metaraminol); a Diluir em soro
fenilefrina é O que tem fisiológico a
100 a 500
menos efeitos adversos µg/mL
cardiovasculares
Hipertensão
Cefaleia Injetar 1mL a
cada 3 a 5
Arritmias minutos
Finalizar
quando • 1h = falha do
resolver ou tratamento
medicamentoso
completar 1h
Consiste na criação de uma fístula do corpo
cavernoso com o corpo esponjoso (ou a glande
ou a uma das veias penianas)
Depende do tempo
Analgésicos (inclusive opioides)
devem ser usados no controle
da dor s/n
REFERÊNCIAS
OBRIGADA PELA ATENÇÃO!
... e se cuidem!