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LONDRINA
•Traumatismo Geniturinário
•Antonio Fernandes Neto
Traumatismo Geniturinário
Traumatismo Geniturinário
• A abordagem ótima do doente
traumatológico exige um esforço da
equipe.
• História e exame físico detalhados
• Sistema de prioridades na avaliação do
politraumatizado (A, B, C...)
Traumatismo Geniturinário
AVALIAR
• ESTADO GERAL
Choque, politraumatismos?
• LESÕES ASSOCIADAS
Baço, fígado?
• HEMATÚRIA:
Macro ou microscópica?
• MICÇÃO ESPONTÂNEA?
Traumatismo Geniturinário
MECANISMOS DO TRAUMA
• A - FECHADOS :
- QUEDA DE ALTURA
- GOLPE DIRECTO
- FENOMENOS DESACELERAÇÃO
• B - PENETRANTES
- ARMA BRANCA
- ARMA DE FOGO
• C - IATROGÉNICOS
Traumatismo Geniturinário
• Rins (50%)
• Uretéres
• Bexiga
• Uretra
• Genitais Externos
– Pénis
– Testículos
– Escroto
– Canal deferente e epididímo
TRAUMATISMOS RENAIS
TRAUMATISMO RENAL
A A B
Laceração
renal
extensa
TRAUMATISMO RENAL
Classificação
Grau V
Destruição renal, ruptura do hilo, desvascularização,
lesão pedículo vascular (Lesão arterial – 70%)
Laceraçã
o renal
extensa
TRAUMATISMO RENAL
Classificação
Grau V
Lesão arterial do pedículo renal por desaceleração
TRAUMATISMO RENAL
Classificação
Grau V
Lesão arterial do pedículo renal por trauma externo
TRAUMATISMO RENAL
OBJETIVOS
• Quando investigar ?
• Como investigar ?
• Como tratar ?
TRAUMATISMO RENAL
Quando investigar
Ferimento por
arma branca
Extravasamento
de contraste no
pólo inferior do
rim direito
TRAUMATISMO RENAL
TC
Seguimento
• Se internamento – re-avaliação radiológica
em 4 - 7 dias
• Avaliação seriada
hemoglobina/hematócrito/função renal
TRAUMATISMO RENAL
Como tratar
Indicações – Intervenção cirúrgica
• LesõesPenetrantes
– Todos, exceto doentes estáveis sem atingimento peritoneal e
bem estadiados
• Instabilidade hemodinâmica
• Exploração por lesões associadas
• Hematoma peri-renal expansivo ou pulsátil
identificados no decurso de laparotomia
• Lesão grau IV e V
• Lesão grau III – derivação urinária
• Complicações (urinoma infectado, hematoma
infectado)
TRAUMATISMO RENAL
Como tratar
• Tratamento cirúrgico
Classificação
Classificação das lesões do ureter segundo Associação América de
Trauma.
Localização ureteral
• Próxima..... .................30%
• Media .........................35%
• Distal...........................35%
TRAUMATISMO URETERAL
Traumatismo por Arma de Fogo
• As lesões provocadas por arma de fogo causam
dano térmico imediato maior do que se observa
macroscopicamente e que se deve tomar
cuidado ao se proceder ao desbridamento das
bordas do ureter para se retirar o tecido
desvitalizado.
HISTERECTOMIA
MANOBRAS ENDOSCÓPICAS
TRAUMATISMO URETERAL
Maior causa – Iatrogênica
Ureter inferior
• No 1/3 inferior reimplanta ou faz Psoas
Hitch ou Boari. Lembrar de colocar duplo
J.
• No1/3distal do ureter deve ser evitado
fazer ureteroureteroanastomose porque a
irrigação do ureter neste nível é ruim e
causa estenose.
TRAUMATISMO URETERAL
Tratamento cirúrgico
Ureter médio
• No 1/3 médio para inferior
transureteroutreterostomia ou tentar
ureteroureteostomia
Ureter superior
• Abaixa o rim e faz ureteroureteroanastomose
• Interposição de ílio
• Auto-transplante
Cuidados e truques na sutura do
ureter
• Anastomose sem tensão (mobilizar cotos com cuidados
para não desvascularizar).
• Ureter deve ser espatulado.
• A sutura deve ser feita com fio fino absorvível.
• O local da sutura deve ser drenado (dreno é colocado
próximo e não em cima da da anastomose).
• Pode ser feita sutura contínua ou separada (separada é
melhor evita estrangulamento).
• Coloca duplo J.
• O ureter deve ser envolvido por epiplon (sem epiplon a
zona da anastomose gruda na musculatura lombar
tornando o ureter rígido e preso pode ficar obstruído por
causa disto. A gordura é boa porque reavasculariza os
cotos, tampona microorifícios e não deixa vasar urina.
TRAUMATISMO URETERAL
Tratamento cirúrgico
Ureter
Mucosa da bexiga:
local de implante do
ureter
• Psoas Hitch
TRAUMATISMO URETERAL
Tratamento cirúrgico
• Boari
• Retirada de flap da parede vesical anterior
TRAUMATISMO URETERAL
Tratamento cirúrgico
• Uretero ureteroanastomose
TRAUMATISMO URETERAL
Tratamento cirúrgico
• Transureterouretero anastomose
TRAUMATISMO URETERAL
Tratamento cirúrgico
• Nefrostomia percutânea
TRAUMATISMO URETERAL
Tratamento cirúrgico
• Duplo j
TRAUMATISMO URETERAL
Tratamento cirúrgico
• Autotransplante renal
TRAUMATISMO URETERAL
Complicações
• Infecção 20%
• Fístula urinária 05%
• Óbitos 10% associado a lesões
associadas
TRAUMATISMO URETERAL
Conclusões:
• Diagnóstico difícil
• Diagnóstico precoce – boa evolução
• Diagnóstico tardio - Nefrectomia
TRAUMATISMO VESICAL
TRAUMATISMO VESICAL
Causas
• Maioria resulta de traumatismos fechados
Maioria dos casos em acidentes automobilísticos
e quedas
• Ferimentos perfurantes
Por arma de fogo e por arma branca
• Iatrogênicas – Cirurgias
• Ressecções endoscópicas de tumores da bexiga
e da próstata,
Cirurgias obstétricas, ginecológicas, proctológicas
• Rotura espontânea
Intraperitoneal Extraperitoneal
TRAUMATISMO VESICAL
UCG
Rotura extraperitoneal
• Mais freqüente
• Dor abdominal
mais difusa e
menos intensa
• Traumatismo da bacia
em 90% dos casos
TRAUMATISMO VESICAL
UCG
• Ponto mais débil da
bexiga é a cúpula
• Extravasamento de
contraste nas,
goteiras parieto-
cólicas, sub-
diafragmático
TRAUMATISMO VESICAL
UCG
Mista
Rotura Extra-peritoneal
Lembrar que 12% esta associado a lesão intraperitoneal
TRAUMATISMO VESICAL
Tratamento da rotura extraperitoneal
Traumatismo penetrante – cirurgia
• Reparada por via intravesical
• Colo vesical – reconstrução minuciosa
• Abertura e inspecção do peritoneu
Traumatismos fechados – ponderar
• O grau de extravasamento visto na cistografia
pode não se correlacionar com o tamanho da
perfuração
• Drenagem vesical 7-10 dias
TRAUMATISMO VESICAL
Tratamento da rotura extraperitoneal
Indicações cirúrgicas
• Fragmentos ósseos no interior da bexiga
• Lesões de reto
• Laparotomia por outras causas
TRAUMATISMO VESICAL
Tratamento da rotura intratraperitoneal
• Sempre operar
• As roturas normalmente são maiores
que o aspecto radiológico sugere.
• Necessário a drenagem da cavidade
abdominal e do espaço de Retzius
para evitar a formação de coleções e
abscessos.
TRAUMATISMO VESICAL
Traumatismos penetrantes
Etiologia
• Lesão da uretra posterior
Traumatismos fechados, produzidos por
acidentes automobilísticos, soterramentos e
quedas, que levam à fratura pélvica
A uretrocistografia retrógrada
• A melhor maneira de injetar o contraste é
através de uma sonda de Foley de pequeno
diâmetro colocada logo abaixo da ossa
navicular, com o balão insuflado com 1 a 2 ml.
TRAUMATISMO DA URETRA
Posterior
TRAUMATISMO DA URETRA
Posterior
Tratamento
• Lesões de tipo I, a simples sondagem
vesical por três a cinco dias é suficiente.
Em geral essas lesões evoluem sem
deixar seqüelas.
Cistostomia
TRAUMATISMO DA URETRA
Posterior
A tentativa de passar uma sonda pela
uretra pode transformar uma rotura parcial
em completa.
Ruptura parcial
Pode ser tentado
sob visão direta o
cateterismo uretral
TRAUMATISMO DA URETRA
Posterior
Complicações a longo prazo
• Estenose
• Incontinência
• Disfunção erétil.
Complicacões Precoces
• ITU Estenose
• Celulite pélvica
• Sepse
TRAUMATISMO DA URETRA
Anterior
Etiologia
• Lesão da uretra anterior
Quedas a cavaleiro ou chutes no períneo
TRAUMATISMO DA URETRA
Anterior
• Fisiopatologia – Uretra anterior
• A rotura de uretra sem lesão da fáscia de Buck
leva a extravasamento de urina e sangue ao
longo do pênis.
Uretra
Sonda
TRAUMATISMO DA URETRA
Anterior
Complicações
• Estenose de uretra
TRAUMATISMO DA URETRA
Etiologia
• Traumatismos iatrogênicos internos
São os que mais freqüentemente s
Devidos a manipulações instrumentais, como dilatação
uretral
Lesão
parcial
da uretra
por
sonda
TRAUMATISMO DA URETRA
Algoritmo
OU
REALINHAMENTO CIRÚRGICO.
RESTAURAÇÃO IMEDIATA DA
URETRA POR ACESSO PERINEAL E
SUPRAPÚBICO
TRAUMATISMO PENIANO
TRAUMATISMO PENIANO
• Anéis, desenluvamento
• Violência externa
• Amputações parciais, totais
• Atividade sexual - fratura
• CLÍNICA: edema, dor, hematoma – sangramento
profuso
• Diagnóstico: Anamnese e Exame Físico
• Uretrografia: suspeita lesão uretra
TRAUMATISMO PENIANO
• Tratamento anéis
TRAUMATISMO PENIANO
• Tratamento anéis
TRAUMATISMO PENIANO
• Tratamento anéis
TRAUMATISMO PENIANO
• Tratamento violência externa: exploração cirúrgica
- FREQUENCIA
- MECANISMO DE PRODUÇÃO
- ROMPE A ALBUGÍNEA.
- MAIOR FREQUENCIA:
TRANSVERSAL.
- PODE COMPROMETER
- OS DOIS CORPOS CAVERNOSOS.
- O CORPO ESPONJOSO.
- A URETRA.
Fascia de Colles
Albugínea
Albugínea
mais fina
em ereção
- DOR. - URETRORRAGIA.
- PALPAÇÃO DO
COAGULO SOBRE A
LESÃO DA ALBUGÍNEA.
- DESVIO DO PÊNIS
PARA O LADO OPOSTO
DA LESÃO.
- HEMATOMA EM MANGA.
Mauro Soto Granados, Ruptura del pene: Informe de un paciente. Cirujano General Vol. 25 Núm. 1 – 2003.
http://www.medigraphic.com/pdfs/cirgen/cg-2003/cg031h.pdf
Dr. Wilson Chiva, http://webcasts.prous.com/sau2007/program.asp?SID=4&TN=0
ROTURA DO CORPO CAVERNOSO
EXAME FÍSICO
PALPAÇÃO DO COAGULO SOBRE A LESÃO DA ALBUGÍNEA
DESVIO DO PÊNIS PARA O LADO OPOSTO DA LESÃO
HEMATOMA EM MANGA DE CAMISA
TRIANGULO DE PELE CONTRALATERAL NA BASE SEM HEMATOMA
- CAVERNOSOGRAFIA
- RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
- ULTRA-SOM NO NOSSO MEIO O ULTRA-SOM COM DOPPLER É O MAIS UTILIZADO,
DEMONSTRANDO O EXATO LOCAL DA FRATURA.
- MÉTODO MAIS ACESSÍVEL E MAIS BARATO, É A INFUSÃO DE SORO FISIOLÓGICO
NO CORPO CAVERNOSO DURANTE O PROCEDIMENTO CIRÚRGICO, QUE PERMITE
A LOCALIZAÇÃO PRECISA DO VAZAMENTO DE SORO, E O PRONTO TRATAMENTO
DA FRATURA.
Roni de Carvalho Fernandes e Luis Gustavo Morato de Toledo. Guia prático de urológia.Trauma de
genitália externa. Capítulo 30.
Costa M, Alves LS, Bamberg A, et al. - Fratura de pênis - A utilidade do ultra-som no diagnóstico. Congresso
Brasileiro de Urologia, 37, 1999, Rio de Janeiro. Tema livre n. 671.
Alves, Leonardo de Souza Penile fracture. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 2004 vol.31, n. 5,
ISSN 0100-6991.
ROTURA DO CORPO CAVERNOSO
10 CASOS ENTRE O ANO DE 2000 E 2007
- IDADE MÉDIA DE 34,7 ANOS.
- PREDOMINIO DO LADO DIREITO 90%.
- LOCAL DA ROTURA 100% NO 1/3 PROXIMAL.
- TRIANGULO DE PELE CONTRALATERAL SEM HEMATORMA 100%.
- RUÍDO PRESENTE EM 80% .
- LESÃO ALBUGÍNEA EM 80% TRANSVERSAL E 20% OBLIQUA.
- LESÃO URETRAL ASSOCIADA 20%.
- TEMPO TRANSCORRIDO DE 2 A 36 HORAS.
- MECANISMO:
- COITO 80%.
- VIRAR NA CAMA 10%.
- MANIPULAÇÃO 10%.
Alves, Leonardo de Souza Penile fracture. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 2004
vol.31, n. 5, ISSN 0100-6991.
Sexual function and túnica albugínea wound
realing following penile fracture: An 18 year follow-
up study of 352 patients from kermanshah, Iran
- EVACUAÇÃO DO HEMATOMA.
- CONTROLE DA HEMORRAGIA.
- FECHAMENTO DA ALBUGÍNEA.
- COLOCAÇÃO DE SONDA VESICAL.
- DENUDAMENTO TOTAL.
http://www.emedicine.com/med/topic3415.htm
ROTURA DO CORPO CAVERNOSO
TÉCNICAS CIRÚRGICAS
DENUDAMENTO TOTAL
http://www.emedicine.com/med/topic3415.htm
ROTURA DO CORPO CAVERNOSO
TÉCNICAS CIRÚRGICAS
DENUDAMENTO TOTAL
Alberto Palácios et al.Fractura dos corpos cavernosos. Acta Urológica 2006, 23; 2: 41-44
http://www.apurologia.pt/acta/2-2006/frac-corp-cav.pdf
ROTURA DO CORPO CAVERNOSO
TÉCNICAS CIRÚRGICAS
DENUDAMENTO TOTAL
VANTAGEM DESVANTAGEM
ANAMNESE DE LATERALIDADE
http://www.emedicine.com/med/topic3415.htm
ROTURA DO CORPO CAVERNOSO
TÉCNICAS CIRÚRGICAS
CONDICÕES CLÍNICAS PARA MÍNIMA INCISÃO SOBRE A LESÃO
ANAMNESE DE LATERALIDADE
TRIANGULO DE PELE SEM HEMATOMA NO LADO CONTRALATERAL DA LESÃO ORIENTA A
LATERALIDADE E PERMITE CIRURGIAS MÍNIMAS ABORDANDO SOBRE A PRÓPRIA LESÃO
Mauro Soto Granados, Ruptura del pene: Informe de un paciente. Cirujano General Vol. 25 Núm. 1 – 2003.
http://www.medigraphic.com/pdfs/cirgen/cg-2003/cg031h.pdf
ROTURA DO CORPO CAVERNOSO
TÉCNICAS CIRÚRGICAS
MÍNIMA INCISÃO SOBRE A LESÃO
INCISÃO DE 3 CM E ABERTURA DA FASCIA DE BUCK
INCISÃO LONGITUDINAL
• PENETRANTES OU NÃO-PENETRANTES
• CLÍNICA; dor intensa, aumento de volume,
hematomas
• DIAGNÓSTICO: História, Exame Físico, US,
• Uretrografia (se suspeita de lesão de uretra)
• TRATAMENTO:
Penetrantes – explorar
Contuso – explorar – conservador
TRAUMATISMO ESCROTAL
• Traumatismo de testículo penetrantes: tratamento cirúrgico
TRAUMATISMO ESCROTAL
TRAUMA TESTICULAR
• A rotura testicular é observada em traumas
penetrantes ou contusos de forte intensidade.
• O paciente queixa-se de intensa dor local
acompanhada de náuseas e vômitos.
• Ao exame físico, observamos a bolsa escrotal
aumentada de volume pela presença de
hematoma e na palpação não podemos
distinguir o testículo do epidídimo.
TRAUMATISMO ESCROTAL
TRAUMA TESTICULAR
TRAUMATISMO ESCROTAL
TRAUMA TESTICULAR
• Mínimo: resolução espontânea
• Maiores : atrofia testicular
• Tratamento.
– Contusões menores: conservador.
– Lesões extensas: orquiectomia.
– Perda de partes moles: sepultamento do
testículo no subcutâneo da coxa.