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FARMACOLOGIA- CONCEITOS
MEDICAMENTO é qualquer substância de origem mineral, animal ou
vegetal utilizada para fins de cura, tratamento, profilaxia ou diagnóstico de
patologias.
O TRATAMENTO com medicamentos implica na utilização de uma droga
com qualquer intenção acima em que precisamos fazer com que esta passe
do meio externo para a corrente sanguínea e atinja o órgão ou tecido que
sofrem da patologia. Para atingir este objetivo é preciso determinar, entre
outras coisas, a melhor forma farmacêutica e a mais adequada via de
administração.
FORMA FARMACÊUTICA significa o formato que o medicamento assume
para ser utilizado. Podemos ter comprimidos, xaropes, suspensões,
cápsulas, cremes e pomadas, supositórios, injeções e adesivos.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
VIA DE ADMINISTRAÇÃO é a escolha de como esse medicamento será
introduzido no organismo que o necessita. Várias vias estão disponíveis e
cada uma tem seus prós e contras e a análise desses fatores determina a
escolha do médico prescritor. Vejamos algumas:
VIA ORAL: é toda via de administração que passa pelo sistema digestivo
dos indivíduos, ou seja, tudo que é ingerido. Tem a vantagem de ser mais
cômoda e barata para o paciente, pois ele pode se medicar sozinho e em
casa. Os riscos de errar a dose existem, principalmente no caso de líquidos.
Há também a possibilidade de substâncias irritantes ou de gosto ruim
dificultarem a adesão ao tratamento.
VIA SUBLINGUAL: serve como derivado da via oral, mas sem deglutição.
Tem a vantagem de ser mais rápida que a oral, mas a absorção da droga é
menos controlável. Comprimidos ou gotas de gosto ruim são impeditivos.
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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
VIA RETAL: outra variante da via oral em que o medicamento é aplicado no
ânus e se aproveita da alta irrigação sanguínea da região para promover
alta absorção. O material de feitura dos supositórios é liquefeito
rapidamente na temperatura corporal e a droga é absorvida rapidamente.
Pode ser incômodo para alguns pacientes, especialmente homens.
VIA INJETÁVEL: é escolhida quando as drogas têm sabor desagradável ou
quando se precisa de uma ação mais rápida e objetiva. Temos algumas
variáveis como a via subcutânea, que demanda poucas quantidades. Na via
intramuscular, podemos aplicar volumes maiores, mas a técnica é mais
apurada e necessita de aplicador. Por via endovenosa a ação é
praticamente imediata, mas qualquer alteração da droga, seja quantidade,
pureza ou física, pode causar problemas ao paciente. Por isso só é feita em
centros ambulatoriais ou hospitalares, logo, é mais cara.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
VIA NASAL: permite aplicar aerossóis diretamente no trato respiratório,
onde a capilarização dos vasos é alta, e a absorção proporcionalmente
grande. Pode ser feita com sprays nasais, nebulização ou discos aero
bucais. Alguns pacientes não se adaptam a estes métodos, mas os
resultados são excelentes. Infelizmente nem todas as drogas podem ser
feitas para essa via.
VIA OCULAR: utilizada exclusivamente para aplicação de colírios e pomadas
oftálmicas em afecções do globo ocular e canais lacrimais.
VIA TRANSDÉRMICA: possibilita a aplicação de drogas em emplastros ou
adesivos que liberam quantidades controladas ao longo do tempo, de
forma mais ou menos constante. Funcionam muito bem, mas são mais
caros.
FARMACOCINÉTICA
FARMACOCINÉTICA é o estudo do movimento da droga, do
produto acabado até a sua eliminação pelos rins ou nas fezes.
Algumas fases se destacam como absorção, distribuição,
biotransformação e eliminação.
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PRÓ-DROGA
É a droga aplicada ao indivíduo ainda em sua forma inativa, ou
seja, sem efeito farmacológico. Ela sofre o conhecido “efeito de
primeira passagem” em que passa pelo metabolismo hepático antes
de ganhar a grande circulação, tornando-se assim, após sucessivas
intervenções químicas no parênquima do fígado em uma substância
ativa em termos farmacológicos.
Ex.: ciclofosfamida--- fosforamida
Ex.: Levodopa- Dopamina
AMINAS VASOATIVAS
Também chamadas catecolaminas, são substâncias químicas
derivadas de aminoácidos com efeitos diversos sobre os vasos
sanguíneos e o músculo cardíaco.
Interagem com os receptores adrenérgicos alfa e beta, da
seguinte forma:
Alfa1- coração
Alfa2- vasos
Beta1- coração
Beta2- pulmões
DC = VS x FC
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DOPAMINA(REVIVAN)
Derivada do aminoácido fenilalanina, tem ação direta sobre o
receptor beta1 e indiretamente liberando mais noradrenalina. Tem
algum efeito sobre os outros receptores adrenérgicos, dose-
dependente.
DOBUTAMINA(DOBUTREX)
É uma droga simpaticomimética sintética, agonista beta 1 de
pouco efeito vascular periférico. Sua ação não depende de reservas
noradrenérgicas. Perde efeito hemodinâmico em infusões prolongadas
mas este é melhor que o da Dopamina. Não necessita dose de ataque.
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NORADRENALINA(LEVOPHED)
É o neurotransmissor do SNA simpático. Possui atividade alfa e
beta, no entanto afeta pouco o receptor beta2. Seu efeito vaso
constritor geral limita seu uso clínico.
VASOPRESSINA(ENCRISE)
Também conhecida como arginina vasopressina(AVP) ou
argipressina ou hormônio antidiurético (HAD, em inglês ADH,
antidiuretic hormone), é um hormônio humano secretado em casos de
desidratação e queda da pressão arterial; fazendo com que os rins
conservem a água no corpo, concentrando e reduzindo o volume
da urina.
VASOPRESSINA(ENCRISE)
Nas fases iniciais do choque séptico há uma elevação transitória
da concentração plasmática de vasopressina, a qual diminui na evolução
e na fase tardia do choque séptico para níveis mais baixos do que os
encontrados em outras causas de hipotensão.
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ADRENALINA(EPINEFRINA)
É um hormônio endógeno ligado ao estresse, potente vaso
constritor e estimulador alfa e beta.
ISOPROTERENOL(ISOPRENALINA)
Catecolamina sintética, agonista beta de meia-vida de dois
minutos. Indicada em síndromes de baixo débito e resistência
periférica e pulmonar elevadas. Bradicardia com bloqueio
hemodinâmico.
DOPEXAMINA
Catecolamina sintética de atividade dopaminérgica e beta2,
sem efeito beta1 e alfa. Tem 1/3 da potência da Dopamina nos seus
receptores, mas é 60x mais potente nos receptores beta2.
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NITROPRUSSIATO(NIPRIDE)
Vasodilatador misto, agindo nas musculaturas lisas de artérias e
veias. Não altera o fluxo sanguíneo renal nem a filtração glomerular.
Promove redução da PA, diminuição da resistência periférica. Um
dos metabólitos ativos é o óxido nítrico, responsável por vaso dilatação.
A substância se decompõe em meio alcalino e tem início de ação
rápido, em até dois minutos.
As preparações não podem exceder seis horas de prontas, devido a
sensibilidade à luz. O material para infusão deve estar envolto em material
opaco.
Pode produzir acidez metabólica( cianeto), náusea, cefaléia, diarréia.
Pacientes hepatopatas e nefropatas devem ser monitorados de perto. Em
caso de intoxicação administra-se hidroxicobalamina.
NITROGLICERINA(TRIDIL)
Quimicamente o 1, 2, 3 trinitrato de propanotriol(nitroglicerina), é
um vasodilatador coronariano, cuja principal ação farmacológica é o
relaxamento da musculatura vascular lisa.
Apesar da predominância dos efeitos em nível venoso, a
nitroglicerina produz dilatação, tanto em nível arterial como em
nível venoso, em relação direta com a dose.
Já a administração na forma de solução injetável, permite a obtenção
rápida de altas concentrações de nitroglicerina na circulação sistêmica e
pronto início da terapia, principalmente no tratamento urgente da
Insuficiência cardíaca congestiva e da isquemia aguda.
NITROGLICERINA(TRIDIL)
É indicado para tratamento de hipertensão pré operatória; para
controle de insuficiência cardíaca congestiva, no ajuste do infarto
agudo do miocárdio, para tratamento de angina pectoris em pacientes
Que não respondem à nitroglicerina sublingual e aos beta
bloqueadores e para indução de hipotensão intra-operatória.
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SEDATIVOS
O principal grupo é o dos benzodiazepínicos, cujos representantes
principais são o Diazepam, o Midazolam, o Lorazepam e o Clonazepam.
MIDAZOLAM(DORMONID®)
É um derivado do grupo das imidazobenzodiazepinas. A base livre é
uma substância lipofílica com baixa solubilidade na água. O nitrogênio
básico na posição 2 do sistema do anel imidazobenzodiazepínico
capacita o ingrediente ativo a formar sais hidrossolúveis com ácidos.
Estes produzem uma solução estável e bem tolerada para injeção.
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MIDAZOLAM(DORMONID)
Indicações: Sedação consciente antes e durante procedimentos
diagnósticos ou terapêuticos com ou sem anestesia local
(administração I.V.). Pré-medicação antes de indução anestésica
(incluindo administração I.M. ou retal em crianças). Indução
anestésica. Como um componente sedativo em combinação com
anestesia em adultos (não deve ser utilizado para indução anestésica
em crianças). Sedações em unidades de terapia intensiva.
PROPOFOL(DIPRIVAN)
O Propofol é um depressor global do sistema nervoso central (SNC)
e os seus mecanismos de ação são múltiplos, alguns dos quais ainda
não completamente elucidados: O seu principal mecanismo de ação
parece ser mediado pelo aumento da transmissão inibitória através
da ativação direta do receptor pós-sináptico GABA-A.
O Propofol interage com o complexo ionóforo do receptor GABA,
aumentando a condutância do cloreto e levando à hiperpolarização
neuronal.
PROPOFOL(DIPRIVAN)
Uso: Quando utilizado para promover sedação em pacientes adultos
ventilados mecanicamente na UTI, recomenda-se que Propofol seja
administrado por infusão contínua.
A velocidade de infusão deve ser ajustada de acordo com a
profundidade necessária de sedação, produzindo sedação satisfatória.
Idosos: Propofol deve ser titulado contra a resposta do paciente.
Pacientes com idade superior a 55 anos de idade podem requerer
doses mais baixas de Propofol para indução de anestesia.
Crianças: não se recomenda o uso de Propofol em crianças
menores de 3 anos de idade.
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TIOPENTAL(THIOPENTAX)
Conhecido também como tiopentato de sódio, é um Barbitúrico de
ação rápida, depressor do sistema nervoso central, utilizado
principalmente em anestesia e hipnose. Barbiturato que é
administrado intravenosamente para a indução de anestesia geral ou
para a produção de anestesia completa de curta duração.
Também é usado para hipnose, para o controle de estados
convulsivos e é um dos fármacos usados na injecção letal. Actua sobre
os receptores do ácido gama-aminobutírico(GABA). Tem sido usado
em pacientes neurocirúrgicos para reduzir a pressão intracraniana
aumentada. Não possui efeitos de analgesia
TIOPENTAL(THIOPENTAX)
Pode levar a inconsciência em 30 segundos, atravessando muito
rapidamente a barreira hematoencefálica. Posteriormente ocorre re
distribuição para outros tecidos do corpo, o que explica uma rápida
recuperação do despertar. Possui estreita margem terapêutica e a
superdose pode provocar depressão cardiorespiratória grave.
É administrado em forma de sal sódico e produz hipnose rápida,
suave e de tempo curto. Pequenas doses podem aumentar a
sensibilidade à dor (efeito antianalgésico), fato observado em pós
operatórios.
DEXMEDETOMIDINA(PRECEDEX)
A dexmedetomidina(precedex) é um agonista adrenérgico de
receptores alfa-2 potente e altamente seletivo, com uma gama
variada de propriedades farmacológicas.
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DEXMEDETOMIDINA(PRECEDEX)
É administrada tanto para pacientes que requerem ventilação
mecânica quanto para aqueles com respiração espontânea após
extubação. Não há depressão respiratória associada com o uso de
dexmedetomidina.
BLOQUEADORES
NEUROMUSCULARES
É uma droga que interrompe ou simula a transmissão
dos impulsos nervosos na junção neuromuscular esquelética,
causando paralisia dos músculos esqueléticos.
BLOQUEADORES
NEUROMUSCULARES
Agem inibindo a liberação de Acetil-colina nas junções
neuromusculares ( pré sinapse ) ou bloqueando a ação desta na região
pós sináptica (estes são os principais ).
Não tem largo uso como terapêutica, mas são de grande
importância como adjuvantes da anestesia, quando se tem ventilação
mecânica disponível.
Podemos dividir em dois grupos daqueles que agem na pós
sinapse:
Não-despolarizantes como a tubocurarina, o pancurônio
(PAVULON), o vecurônio e o atracúrio(TRACUR).
Despolarizantes: Decametônio e Suxametônio.
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ANALGÉSICOS
Opióides
Não-opióides:
❖ AINES
❖ Anestésicos locais
❖ Corticóides
❖ Alfa-agonistas
❖ Inibidor de Prostaglandinas
ANALGÉSICOS OPIÓIDES
Classe mais recomendada para analgesia em pacientes
internados em terapia intensiva
ANALGÉSICOS OPIÓIDES
Sinergismo com benzodiazepínicos e Propofol
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ANALGÉSICOS OPIÓIDES
Fentanil e Morfina são os mais usados
CITRATO DE FENTANILA(FENTANIL)
É um analgésico narcótico(opióide) que se caracteriza pelas
Seguintes propriedades: rápida ação, curta duração e elevada
potência (100 vezes maior do que a da morfina). A duração da
analgesia obtida com Fentanil depende da intensidade do
estímulo doloroso. A dose deve ser individualizada. Alguns dos
fatores que devem ser considerados na determinação adequada
da posologia devem incluir a idade, peso corporal, estado físico,
condição patológica concomitante, uso de outros fármacos.
Efeitos adversos
Depressão do sistema respiratório
Rigidez muscular
Movimentos mioclônicos não epiléticos
Bradicardia e possível assistolia
Espasmo das vias biliares
Retenção urinária
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Morfina(DIMORF)
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