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E-Book
ISBN: 978-65-5368-097-5
https://doi.org/10.37008/978-65-5368-097-5.29.07.22
R
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Carlos José Trindade da Rocha
Organizador
FORMAÇÃO DE ESPECIALISTAS EM
PSICOPEDAGOGIA E
NEUROPSICOPEDAGOGIA
CLÍNICA E INSTITUCIONAL
Ensaios Orientados - Volume 1
1.ª Edição - Copyright© 2021 dos autores
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normas ortográficas, questões gramaticais, sistema de citações e referencial bibliográfico são prerrogativas de
cada autor(es).
Revisão Os autores
7
com meu aprendizado, bem como de nossos alunos, possibilitando
novos horizontes de conquistas pessoais e profissionais.
Por estas razões e outras, que desvelam os ensaios orientados desta
organização de livro, me orgulho com grata satisfação o desejo de uma
boa leitura, e que a compreensão sobre as temáticas desenvolvidas netas
páginas permitam motivações para outras publicações de nossos alunos.
8
APRESENTAÇÃO
Carlos J. T. da Rocha
Organizador
12
O PSICOPEDAGOGO FRENTE ÀS
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
DO ALUNO DO 1º ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL
INTRODUÇÃO
A PSICOPEDAGOGIA
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÕES
27
Há, portanto, dificuldades em todas as etapas do trabalho que o
psicopedagogo precisa realizar no intuito de sanar as dificuldades que o
aluno do 1º ano do Ensino Fundamental apresenta no desenvolvimento
de sua aprendizagem. Para isto, o profissional deve estar ciente de
desempenhar seu ofício, tendo conhecimento de tudo que vai enfrentar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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30
ARTETERAPIA NO TRATAMENTO DO
TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO
COM HIPERATIVIDADE - TDAH
INTRODUÇÃO
ARTETERAPIA
32
O trabalho com a arteterapia proporciona o desenvolvimento
pleno dos pacientes, pois a mesma possibilita o desbloqueio do processo
criativo, que consequentemente leva os indivíduos a um processo de
autoconhecimento, sendo usado como recurso as variadas linguagens
artísticas (COSTA; CAROLINO; COSTA, 2009).
Assim, a utilização da arte como terapia já vem tendo seus
primeiros registros na história a partir do século 5 a. C., onde existe
registros na Grécia da utilização da arte para tratar e curar doenças
de seus cidadãos, e a mesma era compreendida como um remédio,
igualmente para quem a produzia (artistas) como também a aqueles
que a usufruíam (plateia) (VASQUES, 2009).
E entrando no campo historio, tempos o Brasil como um exemplo
no tratamento utilizando a Arte terapia, em que ela foi um “divisor
de águas” no tratamento de pacientes internados em manicômios.
Ocorrendo a sua utilização pela iniciativa da psiquiatra alagoana
Nilse da Silveira, que a partir de sua atitude, substituiu os tratamentos
rudimentares utilizando choque elétrico e outras práticas invasivas,
por um tratamento mais humanizado, utilizando a arte para reabili-
tar os pacientes (VELOSO, 2019).
De acordo com Reis (2014):
A arteterapia usa a atividade artística como instru-
mento de intervenção profissional para a promoção
da saúde e a qualidade de vida, abrangendo hoje as
mais diversas linguagens: plásticas, sonoras, literária,
dramática e corporal, a partir de técnicas expressivas
como desenho, pintura, modelagem, música, poesia,
dramatização e dança. Tendo em vista a formação do
profissional e o público com o qual trabalha, a arte-
terapia encontra diferentes aplicações: na avaliação,
prevenção, tratamento e reabilitação voltados para a
saúde, como instrumento pedagógico na educação e
como meio para o desenvolvimento (inter) pessoal
33
através da criatividade em contextos grupais (REIS,
2014, p. 143).
34
Bossa (2014) informa que o cérebro humano possui uma carac-
terística chamada Neuroplasticidade, que se trata do comportamento
das células do sistema nervoso que possuem a ação de se organizarem e
reorganizarem, por meio de estímulos variados. Como as experiências
significativas e repetidas que vivenciamos em nossa vida.
Assim, integra-se o fator terapêutico como tratamento que traz
contribuições positivas para a reabilitação do sujeito. E a arte, tem
um caráter mais significativo, por conseguir manter uma relação mais
eficiente entre terapeuta e paciente.
Portanto, constata-se a importância deste método cognitivo no
trabalho do Psicopedagogo, em que ele pode estar utilizando nas áreas
clínica ou Institucional, trabalhando especialmente com alunos com
distúrbios de aprendizagem, como o TDAH, Discalculia, disgrafia,
dislexia e entre outros. Como também com pessoas portadores de
alguma deficiência, além de poder utilizar está técnica de forma macro
no campo institucional, em empresas, escolas e hospitais.
35
mau desempenho escolar, face às reais dificuldades no
aprendizado (STROH, 2010, p. 84)
38
Reis (2014) respalda por meio de seus estudos que este método
é de suma importância para o trabalho de profissionais da saúde
mental. Assim, ajudando no processo de tratamento, no momento da
avaliação, usando também como forma preventiva e na reabilitação.
Contribuindo para a melhora integral dos pacientes.
Coloca-se em análise algumas técnicas arteterapêuticas que são
significativas nas práticas psicopedagógicas, no tratamento de pacientes
portadores do Transtorno do déficit de atenção com imperatividade.
Realizando a exposição dos métodos de pesquisadores com a análise
da presente pesquisa, visando proporcionar uma compreensão mais
adequada de tais intervenções terapêuticas.
39
De acordo com Lima (2015), o desenho também é uma técnica
significativa na avaliação psicopedagógica, utilizado como uma das
alternativas do método cognitivo EOCA- Entrevista Operativa cen-
trada na aprendizagem. Salientando que através de estudos de caso, foi
possível comprovar cientificamente, que os pacientes mantinham-se
muito concentrados quando estavam realizando uma atividade que
envolvesse desenho (LIMA, 2015).
METODOLOGIA
41
mentaram este trabalho. Para isso, adotamos uma metodologia um enfo-
que qualitativo (FLICK, 2016) com objetivos descritivos. (GIL, 2017)
A pesquisa exploratória estabelece critérios, métodos e técnicas para
a elaboração de uma pesquisa e visa oferecer informações sobre o objeto
desta e orientar a formulação de hipóteses.” (CERVO; SILVA, 2006).
Bem como destaca Silva e Menezes (2000):
A pesquisa descritiva visa descrever as características
de determinada população ou fenômeno ou o estabe-
lecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de
técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário
e observação sistemática. Assume, em geral, a forma
de levantamento. (SILVA; MENEZES, 2000, p. 21)
RESULTADOS E DISCUSSÕES
42
tiveram mais relevância na pesquisa. Ao decorrer da leitura as reflexões
exploradas se dão a partir da vivência com os sujeitos pesquisados.
Para o cumprimento desta etapa selecionou-se também a his-
toricidade do conceito de arte como terapia e como técnica psico-
pedagógica para o tratamento de TDAH. Instrumentos para dar
suporte nas atividades tais como: o uso de sucatas, tambores, brinca-
deiras de representação (Figura1).
Fonte: Google
Fonte: os autores
44
A prática das diversas modalidades artísticas tem contribuições
para a melhora ou controle dos sintomas do TDAH. Sendo importante
pontuar que a mesma deve ser utilizada por algum profissional que
possua graduação ou pós graduação, em alguma área da saúde men-
tal, pois precisa conhecer as teorias básicas e os diversos distúrbios,
deficiência e demais patologias.
Constata-se a importância de um diagnóstico precoce, onde os
profissionais irão poder desenvolver tratamentos para auxiliar a pessoa
com transtorno, seja na área educacional como no meio social. Visto
que, a intervenção deve ser multidisciplinar, pois necessita de vários
profissionais, inúmeras atividades, sem esquecer do apoio familiar que
faz toda diferença. Não se trata de querer normalizar pessoas com
TDAH, mas procurar intervenções, estratégias educacionais as quais
possibilitem a interação, a inclusão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
45
Além disso, é preciso orientar os pais e os professores, a
estimular o paciente de forma contínua, junto ao psicopedagogo
intervindo por meio do método cognitivo terapêutico, oferecendo
novas estratégias que atendam as reais necessidades dos educandos
no meio educacional como social.
O psicopedagogo tem a missão de mostrar caminhos, estimular
e motivar para que o aluno não se limite, que tenha seus próprios
pensamentos, e que esses sejam valorizados. É preciso que este pro-
fissional busque sempre embasamento teórico, percebendo as trans-
formações, conquistas de seu paciente. É necessário educar, sempre
respeitando os limites da criança, motivando, valorizando qualquer
desenvolvimento, por menor que seja.
Assim, conseguir por meio desta pesquisa, identificar técnicas
eficazes no tratamento do TDAH e mostrar para a sociedade a impor-
tância de utilizar a arte como método reabilitatório para os pacientes
com algum distúrbio de aprendizagem.
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48
A RELEVÂNCIA DO PSICOPEDAGOGO
NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM NA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
INTRODUÇÃO
50
O processso de aprendizagem é um caminho longo, nesse
caminho nos deparamos com alguns problemas na aprendizagem
dos alunos, principalmente quando falamos em alfabetização, nesse
momento o aluno tem que ser o ator principal e o professor o facili-
tador o mediador do conhecimento.
Para Lino de Macedo (1990), o pedagogo, no Brasil, ocupa-se das
seguintes atividades: orientação de estudos, apropriação de conteúdos
escolares, desenvolvimento de raciocínio, atendimento aos alunos.
O trabalho do psicopedagogo dentro da instituição apre-
senta duas vertentes: a primeira e intervir na aprendizagem de
alunos que estão com dificuldades e o segundo e acessorar os
pedagogos, professores e coordenadores, e dessa maneira inte-
grando todos dentro da instituição.
Entende-se que o psicopedagogo é fundamental para o êxito
escolar do alunado, o mesmo faz uma espécie de monitoramento nas
instituições de ensino. Segundo Weiss (1999), a psicopedagogia busca
a melhoria das relações com a aprendizagem, assim como a melhor
qualidade da construção da propria aprendizagem de alunos e edu-
cadores da EJA em destaque aqui no nosso artigo.
Falar da EJA é falar de diversidade, pessoas diferentes, porém
com um único objetivo em comum : Aprender, nesse momento o
psicopedagogo atenta para um ponto chave, metodos, na verdade
metodologias que possam gerar um aprendizado significativo, pois o
caminho da aprendizagem precisamos levar em consideração vários
aspectos, e esse olhar será feito por psicopedagogo que está prepa-
rado para desempenhar tal função.
Como explica Porto (2011), o psicopedagogo deve observar
desde conversas casuais, entrevistas, documentos, reuniões de diversos
tipos, oficinas de trabalhos, vida em instituição, é ouvie múltiplos tipos
de participante da instituição.
O psicopedagogo institucional analisa a instituição de forma
minuciosa, para detectar dificuldades e planejar abordagens que con-
51
tribuam com o aprendizado do aluno, desta maneira o psicopedagogo
centralisa seu olhar na educação de jovens e adultos e cria estratégias
para resgatar o prazer em aprender dos alunos.
Dentro desse contexto o psicopedagogo torna possível a apren-
dizagem com mais facilidade, e com isso torna palpável o aprendi-
zado concreto e fazer com que esses alunos da EJA sintam-se produ-
tivos e confiantes em si mesmo.
Para que as mudanças aconteçam de maneira correta, o psi-
copedagogo é necessário para nortear esse caminho do aprendizado
diariamente, e intervir quando for pertinente.
INTERVENÇÃO DO PSICOPEDAGOGO NA
APRENDIZAGEM DA EJA
52
específica, não haveria adolecentes, só candidato e uma iniciação pela
qual seria fácil decidir: sabe ou não sabe, é ou não é adulto”.
A intervenção de jovens e adultos leva em consideração sempre
as idéias de Freire (1987) que fazem eco ao olhar da psicopedagogia
institucional, uma vez que esta promoveria a aprendizagem de forma
a criar vínculos saudáveis e críticos com o conhecimento.
Segundo Vygotsky (1992), as potencialidades do indivíduo devem
ser levadas em conta durante o processo de ensino-aprendizagem,
isto porque, a parti do contato com uma pessoa mais experiente e
com o quadro histórico-cultural, as potencialidades do aprendiz são
transformadas em situações que ativam nele esquemas processuais
cognitivos ou comportamentais.
Tal como este convívio produza no indivíduo novas potencia-
lidades, no processo dialético contínuo, como para ele a aprendiza-
gem impusiona o desenvolvimento, a escola tem um papel essencial
na contrução desse ser; ela deveria dirigir o ensino não para etapas
intectuais já alcançadas, mas sim para etapas ainda não alcançadas
pelos alunos, funcionando como incentivadora de novas conquistas,
do desenvolvimento potencial do aluno.
53
influenciados pelas ideias do educador Paulo Freire a respeito da
relação educação e conscientização.
Freire (1921-1997) estabeleceu um novo método voltado para
alfabetização de voltado para a alfabetização de jovens e adultos que
associava a aprendizagem da leitura e escrita, o conhecimento e a
expressão da cultura e também conscientização e intepretação dos
problemas da realidade do nosso país.
Em 1970, deu começou os movimentos de cultura popular do
Brasil, como o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL),
contudo no governo color em um momento de crise financeira, houve
mudanças, portanto, foi dado prioridade para a educação fundamental
de crianças, assim a EJA foi mais uma vez deixada de lado.
Em 1991 o ministro da educação da época,Prof.José Goldemberg disse:
O adulto analfabeto já encontrou seu lugar na socie-
dade.Pode não ser um bom lugar, mas é o seu lugar. Vai
ser pedreiro, vigia de prédio, lixeiro ou seguir outras
profissões que não exigem alfabetização. Alfabetizar
o adulto não vai mudar muito sua posição dentro
da sociedade e pode até perturbar ( JORNAL DO
BRASIL, 1991).
56
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÕES
57
fato a importância do psicopedagogo, seu papel fundamental den-
tro das instituições de ensino.
Percebeu-se que o psicopedagogo é um profissional de extrema
necessidade, nas instituições de ensino, seu papel e fundamental no
processo de ensino aprendizagem, seus conhecimentos que norteiam a
equipe pedagógica, dentro desse contexto o psicopedagogo tem como
foco a aprendizagem, seja na prenvenção ou em constatar a falha já
existente na aprendizagem nesses momentos. O psicopedagogo interferi
para expor sua visão e coloca em prática todos os seus conhecimenos.
Atualmente, a psicopedagogia tem a concepção de aprendiza-
gem no sentindo biológico ligadas a afetividade e o intelecto que na
relação do sujeito com o meio, assim contatamos que essa composição
que são influenciam e são influeciadas por condições socioculturais
do sujeito e do meio em que vive.
Assim, colocamos em foco agora a participação psicopedagogica
na EJA, dessa maneira destacamos aqui a intervenção psicopedagogica
que se faz necessária nas instituições de ensino, na EJA em especial,
precisamos entender que se trata de um público diferenciado, pessoas
que então tentando voltar a estudar, nesse momento qualquer problema
se torna motivo de desistencia, assim entra o trabalho primordial do
psicopedagogo que ajuda de maneira efetiva todos dentro do ambiente
escolar, como alunos, professores, coordenadores e gestores.
Quando o psicopedagogo chega nas instituições que traba-
lham com a EJA, não vão solucionar os problemos como um passe
de mágica. O que acontece é um trabalho conjunto, norteado por
um psicopedagogo em parceria com todos dentro do espaço escolar,
o psicopedagogo entra para ver o todo, articula metodologias mais
adequadas para os referidos alunos.
Levando em conta sua história de vida, o meio social, seu psi-
cológico e seu conhecimento prévio, todos esses aspectos devem ser
pesquisados e avaliados dentro da análise psicopedagogica, que da
grande importância aos mínimos detalhes para que possa obter resul-
58
tados concretos dentro das turma, em destaque da EJA, atender as
necessidades do aluno dentro das dificuldades de aprendizagem.
A relação psicopedagogica com a EJA é um divisor de águas, pois
a aprendizagem se torna efetiva, e bem elaborada de acordo as necessi-
dades de cada aluno, de cada turma e até de cada instituição, O trabalho
do psicopedagogo vem a somar sempre com todos dentro das institui-
ções de ensino e colaborando para uma aprendizagem de qualidadade.
Fica claro a importância do psicopedagogo nas instituições de
ensino e como sua percepção e fundamental para o sucesso de todo
o processo de aprendizagem, sua mediação de docentes e discentes
abre novos caminhos para evolução de todos. Diante dos aspectos
citados no presente artigo, vimos que o psicopedagogo vem como
um aliado no processo de ensino aprendizagem, orientando e aju-
dando alunos e professores da EJA.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
59
Diante disso, o psicopedagogo deve fazer um trabalho minucioso
de compreender o processo de ensino e aprendizagem, e, com isso ajudar
jovens e adultos durante este percurso, usando seus conhecimentos
específicos, principalmente sobre a aprendizagem humana.
Por fim, vale lembrar que o papel de psicopedagogo se torna a
cada momento mais importante, o mesmo poderá orientar os docentes
e discentes nas instituições de ensino, trabalhar de forma preventiva
com a possibilidade de diminuir problemas da aprendizagem, além
de trabalhar na área psicopedagógica da escola que incluir também
a busca de metodologias ativas adequadas para contribuir como os
educandos. Este profissional sempre deve buscar interferir no processo
de aprendizagem sempre buscando possíveis soluções e se atuali-
zando com eficácia e inovações.
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62
LÚDICO COMO ESTRATÉGIA
PSICOPEDAGÓGICA PARA O
DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM
INTRODUÇÃO
64
Portanto, este trabalho se justifica pela importância da psicopeda-
gogia estudar o ato de aprender e ensinar, levando sempre em conta as
realidades internas e externa da aprendizagem, procurando estudar a cons-
trução do conhecimento em toda a sua complexidade em pé de igualdade
aos aspectos cognitivos, afetivos e sociais que inclui os jogos e brincadeira.
Assim, este trabalho busca responder como os jogos e as brincadeiras
podem auxiliar no trabalho de ensino e aprendizagem do psicopedagogo?
Nesse questionamento se levanta a hipótese de que os jogos e
as brincadeiras tem o papel eficaz e dinâmico no trabalho do psicope-
dagogo, resgatando o interesse na aprendizagem, uma vez que o jogo
e a brincadeira são inerentes e de interesse da à criança.
Assim, o objetivo do presente trabalho é compreender a
importância dos jogos e brincadeiras no trabalho de ensino e
aprendizagem do psicopedagogo.
METODOLOGIA
67
Para Santos (2010), com a utilização do lúdico o psicopeda-
gogo aplicará metodologias como o brincar, representar teatralmente,
produzir textos, contar e recontar histórias, jogos com objetivos, que
levará o aprendiz a vencer desafios, construir com erros e acertos,
onde o psicopedagogo irá realizar intervenções com o mesmo, tendo
o propósito de instigar para novas soluções.
ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO
O ENSINO E A APRENDIZAGEM
72
Figura 2: Desenvolvimento das funções cerebrais
75
aprendizagem, por isso é tão importante que o psicopedagogo utilize
dessa pratica como estratégia de ensino.
Ou seja, é perceptível compreender que deste modo à criança
passa a conhecer-se melhor, pois a relação mantida com os objetos, os
espaços e as pessoas lhes permitem compreender suas capacidades autô-
nomas. E com isso permite que as crianças tenham melhor desempenho
e ainda, dedicação ao desenvolver uma atividade, tornando o processo
ensino aprendizagem algo interessante e desafiador, não uma obrigação.
Brincadeiras
77
Quando a criança brinca de amarelinha ela desenvolve o seu
raciocínio lógico matemático através da utilização dos números indica-
dos em casa casinha da amarelinha, bem como, com os saltos ou pulos
que a crianças dar enquanto tenta chegar ao final do trajeto ela adquire
mais agilidade, coordenação motora e força e também compreende
as noções de tempo e espaço pois permite que a criança avalie cada
momento exato de pular para a próxima casa e também desperta sua
atenção quanto ao espaço em que ela precisa se locomover.
Nesta brincadeira a criança deve pular de um pé só depois com
os dois dentro das casas até chegar ao final sem que seus pés toquem
nas linhas. Assim como a amarelinha, as cantigas de roda também
desempenham função importante no aprendizado da criança.
Jogos
81
Figura 7: Quebra cabeça
Figura 8: Alinhavo
82
Utilizar jogos de alinhavo para estimular o aprendizado do edu-
cando permite que ele compreenda e aprenda como lidar com as cir-
cunstancias do seu dia a dia como amarra e tranças o cadarço no sapato.
Para realizar atividades com este jogo a criança precisa passar
o fio pelos lugares indicados ate completar o trajeto. Este jogo per-
mite a ela desenvolver sua coordenação motora fina, ao qual ajudará
na escrita e no manuseio de pequenos objetos como também esti-
mula a atenção e percepção visual.
Assim, certifica-se a grande importância de utilizar estratégias
e recursos lúdicos na aprendizagem dos educandos, visto que eles
proporcionam momentos de prazer e “corroboram para que os alunos
possam obter o melhor desempenho” (Rodrigues, 2016, p. 6).
RESULTADOS E DISCUSSÕES
83
Assim pode-se inferir, que tanto os jogos quanto as brincadeiras
são ferramentas que despertam nas crianças o prazer em querer aprender
e é através destes mecanismos que elas conseguem avançar e desenvolver
suas potencialidades. Tendo em vista que quanto mais atrativa a meto-
dologia utilizada pelo psicopedagogo, mais resultado ela irá obter rela-
cionado ao aperfeiçoamento do sujeito ao qual está sendo estimulado.
Vale ressaltar que, compreender a importância de que cada
jogo e cada brincadeira precisam estar claramente intencionados e
organizados proporcionam não somente prazer aos educandos, mas
sim, uma maior produtividade no processo de desenvolvimento social,
físico, cognitivo e emocional.
Enfim, poder-se-ia elencar muitos outros itens que o uso dos
jogos e brincadeiras podem propiciar no dia a dia do atendimento
do psicopedagogo. O estudo aqui apresentado pode ser considerado,
então, uma pequena amostragem do riquíssimo potencial do que o
brincar e o jogar podem representar no trabalho do psicopedagogo,
tratando–se de uma importante ferramenta, pois ao se valer dessa
atividade o profissional tem possibilidades variadas de diversificar seu
trabalho durante a avaliação e intervenção do aluno.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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86
DEPRESSÃO INFANTIL NO COTIDIANO
ESCOLAR: CONSEQUÊNCIAS NO
APRENDIZADO E O PAPEL DO
PSICOPEDAGOGO
INTRODUÇÃO
88
DEPRESSÃO INFANTIL
89
ideias vinculadas ao período temporal no qual foi desenvolvido, além
do próprio direcionamento do autor e do ponto de vista próprio.
Já a depressão na infância tem chamado atenção nos últimos
anos de muitos profissionais que trabalham em clínicas infantis, sendo
que começou a ser vista e estudada por volta das décadas de 60 e 70
devido ao aumento do número de casos que vinham sendo observados
(CRUVINEL; BORUCHOVITCH, 2003).
Conforme explicam Calderaro e Carvalho (2005):
Desde então [a depressão infantil], passou a despertar
maior interesse e preocupação dos profissionais de
saúde, uma vez que essa patologia traz comprometi-
mentos importantes nas funções sociais, emocionais e
cognitivas, interferindo no desenvolvimento infantil,
de maneira a afetar não só a criança, mas também sua
família e o grupo com o qual se relaciona (CALDE-
RARO; CARVALHO, 2005, p. 181).
DIAGNÓSTICO DA DEPRESSÃO
1
Em português “Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais”, é um manual produzido
pela Associação Americana de Psiquiatria que parametriza o diagnóstico de transtornos mentais.
92
Segundo o DSM, os sintomas da depressão são: humor
deprimido durante o dia, falta de interesse em realizar as ativi-
dades diárias, alterações no sono e no apetite, falta de energia,
alteração de funções motoras, sentimento de inutilidade, difi-
culdade de concentração, pensamentos ou tentativas de suicídio
(CRUVINEL; BORUCHOVITCH, 2003).
A figura 1 ilustra alguns desses sintomas que permeiam a depres-
são em grande parte dos diagnósticos.
Considerando os sintomas associados à depressão, Cruvinel e
Boruchovitchi (2003) explicam que:
para o diagnóstico de um episódio depressivo maior
é necessário que o indivíduo apresente pelo menos
5 dos sintomas citados, sendo que um dos sintomas
deve ser o humor deprimido em grande parte do dia
ou falta de interesse pela maioria das atividades e deve
ainda ocorrer em um período de pelo menos 2 semanas
(CRUVINEL; BORUCHOVITCHI, 2003, p. 78).
95
acabam por afetar emocionalmente as crianças e podem gerar proble-
mas ou serem gatilho da depressão (LEMOS; MARBACK, 2016).
Apesar de muitos estudos serem realizados dentro do
ambiente escolar, ainda são poucos os que buscam relacionar a
depressão com o rendimento escolar, e os resultados sugerem que
a depressão infantil pode prejudicar o aproveitamento acadêmico
(CRUVINEL; BORUCHOVITCH, 2003).
Cruvinel e Boruchovitch (2003), explicam:
Estudos demonstram que a incidência de sintomas
depressivos em crianças com dificuldades escolares
é considerada alta principalmente quando compa-
rada com a taxa de prevalência de sintomatologia de
depressão na população infantil sem dificuldades de
aprendizagem (CRUVINEL; BORUCHOVITCH,
2003, p. 80).
O PSICOPEDAGOGO NO TRATAMENTO E
ACOMPANHAMENTO DA CRIANÇA COM DEPRESSÃO
INFANTIL
METODOLOGIA
98
As expressões chaves utilizadas nas pesquisas, foram “Depressão
infantil”, “Depressão infantil no ambiente escolar”, “O profissional
psicopedagogo no tratamento da depressão infantil” e “Atuação do
profissional psicopedagogo no ambiente escolar”.
Após formação de um acervo, deu-se a leitura e análise de cada um,
buscando-se elucidar cada um dos pontos primordiais à esta pesquisa: o
que é a depressão infantil e qual seu impacto na sociedade atual, como
ocorre o diagnóstico e como o psicopedagogo pode atuar nestes casos.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
99
escolar afeta claramente o desempenho da criança, principalmente
em séries iniciais, e se reflete no seu comportamento.
Dessa forma, a atuação do psicopedagogo no acompanhamento
da criança com depressão acontece através da observação do ambiente
e todos os seus componentes, buscando identificar e analisar fatores
que possam ter originado o estado depressivo ou que estejam contri-
buindo para o agravamento dele e a partir daí elaborar propostas de
intervenções pedagógicas, estruturais ou psicológicas.
O psicopedagogo, em virtude de sua formação, apresenta qua-
lificação para atuar junto à estes casos, promovendo investigação
necessária para obter um diagnóstico, a integração sistemática dos
agentes envolvidos, para identificar uma possível origem, o acompa-
nhamento do caso, a fim de perceber a intensidade, a persistência e a
evolução do quadro, e a elaboração de uma possível intervenção que
se faça necessária para reverter o quadro depressivo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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102
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA E
ENFRENTAMENTO SOCIO-PEDAGÓGICO
NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
INTRODUÇÃO
105
3. Desenvolver e divulgar materiais de esclarecimentos aos alunos sobre a possi-
bilidade de buscarem contato direto com os professores ou a equipe gestora da
escola e os respectivos canais, caso precisem de orientação ou apoio em alguma
situação que estejam vivenciando.
4. Elencar a partir de análise em conjunta da equipe profissional de cada escola, os
casos que já vinham sendo objeto de atenção e que não haviam sido noticiados
encaminhando ao Conselho Tutelar, para que tome as providências necessárias
para verificação da situação da criança ou adolescente em questão.
Fonte: Ministério Público do Paraná (2021).
106
Institucional caracterizada pela revitimização da criança ou adoles-
cente em vulnerabilidade, por organizações públicas que
deveriam oferecer acolhimento, proteção e legitimidade
às vítimas de violência que procuram os serviços públicos
para denúncia e ajuda
Negligência e abandono envolve a omissão de cuidados básicos e de proteção à
criança frente a agravos evitáveis e tem como consequên-
cia, portanto, o não atendimento de necessidades físicas
e emocionais prioritárias.
Fonte: Paraná (2020).
108
O eu e o outro constituem-se, então, simultaneamente,
a partir, de um processo gradual de diferenciação, opo-
sição e complementaridade recíproca. Compreendidos
como um par antagônico, complementam-se pela pró-
pria oposição. De fato, o Outro faz-se atribuir tanta
realidade íntima pela consciência como o Eu, e o Eu
não parece comportar menos aparências externas que
o Outro (WALLON, 2010, p. 159).
109
Consideramos que deve haver a percepção da importância em abor-
darmos, para Wallon (2010, p. 250),“as emoções têm um papel predominante
no desenvolvimento da pessoa. É por meio delas que o aluno exterioriza
seus desejos e suas vontades”, ou seja, deve haver uma contribuição para a
compreensão da relação do educador e do educando e o ambiente escolar
deve ser visto como peça fundamental que realiza essa relação, sendo assim:
É contra a natureza tratar a criança fragmentariamente.
Em cada idade, ela constitui um conjunto indissociável
e original. Na sucessão de suas idades, ela é um único
e mesmo ser em curso de metamorfoses. Feita de con-
trastes e de conflitos, a sua unidade será por isso ainda
mais susceptível de desenvolvimento e de novidade
(WALLON, 2010, p. 198).
110
Logo, percebemos que toda discussão apresentada pelos autores cita-
dos nos levam a crer que os aspectos socioemocionais são momentos, fases
do sujeito que podem ou não serem alterados a partir das situações externas
a eles, e se tratando de crianças em estágio de desenvolvimento educacional,
esse pode prejudicar seu processo intelectual, fazendo com que cresça um
ser humano na maioria das vezes agressivo, devido todo trauma já vivido.
112
De acordo com a Brasil (2016) muitas das práticas socioemocio-
nais estão relacionadas à Pedagogia Afetiva, o professor, ao assumir o
papel de líder da turma, passa a compreender melhor as necessidades
de seus alunos, ou seja, deve haver o estabelecimento de relações mais
agradáveis entre educadores e estudantes as quais devem fazer com
que o aluno considere mais profundamente as ideias transmitidas
pelo líder da ação pedagógica.
Então, o professor enquanto profissional quem está na linha de
frente do combate à violência contra criança, consideramos que deve
haver diferenciações entre os tipos de violação mais praticadas.
Ressalta-se que das 10 competências gerais da atual BNCC,
quatro se destacam por trazer o ensino socioemocional de forma mais
clara, embora esteja presente em todas.
São elas:
1. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e
apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possi-
bilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho
e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu
projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica
e responsabilidade.
METODOLOGIA
114
vem trabalhos relacionados à violência psicológica. Desta forma,
adotamos uma abordagem qualitativa.
No levantamento bibliográfico, exploramos alguns modelos de vio-
lência, haja vista que é considerada um fenômeno que carece ser observada
inicialmente nos espaços de interação social do indivíduo, no qual sua
incidência ocorrerá através de alguma modalidade de agressão. Conside-
ramos, que mesmo com diversas publicações nossos referenciais possibi-
litam atingir nossos objetivos e responder nossa questão de investigação.
Portanto, buscamos através de artigos que tratam sobre a vio-
lência de pais contra filhos; livros em plataformas digitais as quais
consideram alguns parâmetros e normativas legais com intuito da
defesa da criança e adolescente, cujo objetivo é buscar a construção de
uma discussão teórica cientificamente válida sobre o tema em tela. Em
síntese este trabalho foi constituído para enfatizar a violência psicoló-
gica e enfrentamento socio-pedagógico no desenvolvimento infantil.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
REFERÊNCIAS
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São Paulo, 2005.
118
PRÁTICAS NEUROPSICOPEDAGÓGICAS
COM ALUNOS TDAH: ESTRATÉGIAS E
CONTRIBUIÇÕES
INTRODUÇÃO
119
O(a) neuro psicopedagogo(a) exerce a função social que faz a
mediação entre o conhecimento e as vivências essenciais para a inte-
ração em sociedade democratizada (SANTOS, 2020). Esta função
social depende diretamente das práticas do(a) Neuropp, professo-
res e demais profissionais, ou seja, de uma equipe multiprofissional
(SANTOS, 2020). E desta forma, o profissional deve desenvolver suas
práticas a partir dos seus conceitos e vivências, aos quais julga como
satisfatório para a sua profissão.
Então, se o(a) Neuropp não apresenta conhecimentos sobre
uma prática neuro psicopedagógica, capaz de reestruturar o cognitivo
do paciente , este fato, irá influenciar diretamente nas suas práticas,
deixando a desejar o cumprimento da sua função que é trabalhar a
estimulação da estrutura cognitiva para que o paciente possa consolidar
qual quer conhecimento, qualquer aprendizagem (SANTOS, 2020).
Logo, sabemos que os educandos com dislexia ou TDAH,
que apresentem alterações no desenvolvimento da leitura e da
escrita ou instabilidade de atenção que repercutem na aprendiza-
gem, devem ter assegurado acompanhamento específico voltado à
sua dificuldade. (BRASIL, 2008).
Por meio deste conceito de garantia de atendimento especiali-
zado, é notório que muitos profissionais da neuro aprendizagem ainda
não se sintam preparados para oferecer um atendimento que amplie
e atenda necessidades sociais voltadas às dificuldades e transtornos
da aprendizagem (AVELINO, 2019).
Os pacientes com necessidades educacionais especiais buscam
caminhos para minimizar as suas dificuldades em meio a esta socie-
dade que normatiza as pessoas e suas especificidades (CORDEIRO;
SILVA; FERREIRA, 2019, p. 133). Para estes autores, o paciente
com TDAH sofre retaliações, pois alguns profissionais despreparados
confundem este transtorno com um mau comportamento, com falta
de educação, com apenas agitação ou falta de interesse em aprender.
120
Estes prejulgamentos sobre o comportamento de pessoas com
TDAH precisam sofrer o rompimento, para deixar um novo caminho
se construir, um caminho que vise à educação digna e humanizada para
todos aqueles que precisam dela para ascender e se integrar nos contextos
sociais, culturais e políticos (CORDEIRO; SILVA; FERREIRA, 2019).
Estes concebem que o atendimento especializado do(a) Neuropp
é um fator que precisa ser visto como um direito que não está sendo
de fato alcançados por aquele que almejam uma vida digna de direitos
apesar das suas características.
A necessidade de romper com o modelo “velho” de educar precisa
ser rompido urgentemente para abrir um novo caminho de educação
e práticas neuro psicopedagógicas. Portanto, este trabalho se justifica
pela importância de analisar as possibilidades de atuação do neuro
psicopedagogo no contexto do TDAH (AVELINO, 2019).
E por isso, a questão problema visou ressaltar quais as pos-
síveis estratégias e contribuições da prática do(a) neuro psicope-
dagogo(a) com alunos que apresentem o TDAH? Logo, o nosso
objetivo de estudo voltou-se para a investigação da prática do(a)
neuro psicopedagogo(a) que deve desenvolver estratégias da neuro
aprendizagem com pacientes com TDAH.
INTERVENÇÃO NEUROPSICOPEDAGÓGICA
121
O atendimento ou acompanhamento neuro psicopedagógico
possibilita a organização mental e comportamental, reconstruindo
possibilidades de convívio com a aprendizagem e habilidades sociais.
Mas quando o(a) Neuropp está atrelado(a) a esta formação continuada
e metodológica, pode prever os sinais e alertar a família para realizar
um tratamento precoce ou até mesmo prevenir aos pacientes possíveis
e futuros transtornos (SANTOS, 2020).
O profissional que permanece com uma postura de pesquisador
da Neuro psicopedagogia com informações úteis da neurociência
pode transformar sua prática, ressignificando seu atendimento em um
laboratório, onde as crianças, adultos ou idosos estarão mais ativas no
processo de ensino e aprendizagem, readaptando-se socialmente por
meio de instrumentos lúdicos e concretos, testes, sondagens, cada um
com propósito (CARVALHO; BENATTI, 2020).
A partir de então, o(a) Neuropp deve iniciar sua jornada com
uma boa anamnese, para traçar as estratégias plausíveis que possa
dar novos caminhos para a aprendizagem acontecer (STROH, 2010),
transformando o saber em uma base sólida da construção cognitiva.
Isto só é possível, se o profissional se dispuser a trilhar um cami-
nho de pesquisa e estudos contínuos, pois nem todos estão dispostos a
manter sua formação continuada, mas é nítida a urgência necessidade
de Neuro psicopedagogos preparados para lidar com as necessidades
dos pacientes e educandos (BORGES; COELHO, 2019).
Segundo o art. 4º do projeto de Lei 3.512 de 2008 que regula-
menta a função do(a) neuro psicopedagogo(a) afirma que:
Assim, tendo em vista a quantidade de crianças e ado-
lescentes que necessitam urgentemente de ajuda e a
existência de profissionais que buscam, cada vez mais,
a formação oferecida pelos cursos de Psicopedagogia
em instituições e universidades brasileiras e desenvol-
vem uma pesquisa científica pujante, a regulamentação
122
da profissão torna-se não só legitima, mas urgente.
(BRASIL, 2014, p. 6)
124
Jogo com regras É uma intervenção satisfatória, estimulando o convívio
com as regras.
Livro-caixinha Recurso de estimulação cognitiva que fortalece as habilidades
de atenção aos detalhes, memória, consciência fonológica,
pensamento flexivo, controle de impulsividade e organização,
material ideal para realizar a uma intervenção com pacientes
com TDAH
Jogo trilha das pipas A principal ideia do jogo é avaliar as respostas das crianças
nas situações descritas nas cartas, possibilita aprofundar as
situações com o paciente, questionando-o sobre as situações
problemas e sobre os sentimentos associados na situação
descrita.
CONFIAS Possibilita a investigação das capacidades linguísticas e fono-
lógicas, considerando a relação com a hipótese da escrita,
ademais contribui para a prática na alfabetização, este ins-
trumento pose ser aplicado em pacientes a partir de 4 anos
de idade
PROADE instrumento para avaliar pacientes dos anos iniciais (1º ao
5º) que apresentem dificuldades em aprender na escola.
Fonte: os autores com base nos referenciais (2022).
125
Figura 1 – Caixinha livro. Oficina de inteligência para crianças
127
avaliação sequencial (CONFIAS) é ideal, pois tem como objetivo
avaliar a consciência fonológica de forma satisfatória e linear.
O CONFIAS é um instrumento que avalia a consciência silábica
e fonológica, deve ser realizado de forma individual e em duas etapas.
A primeira etapa objetiva trabalhar a consciência silábica e a segunda à
consciência fonológica. CONFIAS é composto de um manual, caderno
de aplicação e protocolo blocos de respostas. Seu objetivo é analisar a
habilidade linguística de forma ampla e contínua. (ÔMEGA, 2018)
O PROADE é uma ótima proposta de avaliação qualitativa
e individual que abrange aspectos do aprendizado e do desenvolvi-
mento da leitura, da escrita e da matemática, voltadas para cada ano
escolar, que também é complementada com a avaliação da linguagem
oral e de outros aspectos fonológicos, como: fluência, voz e motrici-
dade orofacial. (SAPIENS, 2022).
Este instrumento também é sequencial e abrangente, trabalha
as áreas linguísticas e matemáticas. O instrumento contém infor-
mações iniciais e anamnese, trabalha com questões psicossociais e
comunicativos gerais, estimula a linguagem oral, leitura oral e escrita.
PROADE é composta por dois cadernos.
O Caderno 1 contém apresentação e os componentes, com as
orientações para aplicação das atividades, os roteiros de registro de aná-
lise das atividades propostas, bem como com as considerações teóricas
pertinentes aos aspectos avaliados, visando a explicar os procedimentos
da avaliação, bem como a orientar o diagnóstico e as propostas de
intervenção. O Caderno 2 é de aplicação, com as atividades avaliativas
para cada ano escolar. (SAPIENS, 2022).
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÕES
130
cognitivo e social do paciente, por isso se faz imprescindível conhecer
a realidade do cotidiano do paciente.
Em seguida, a Neuropp mostrou algumas figuras ampliadas,
como figuras de bola, janela, lápis, abajur, celular, cachorro, leão e
outros, em que o paciente falava o nome das figuras.
Posteriormente, a Neuropp falava os nomes das figuras, como;
janela, porta, cadeado, bolsa, chave, xícara e o paciente repetia. Neste
momento o José se mostrou impaciente e falava antes da hora. Este
fato ressalta uma característica do quadro de TDAH, onde o nível
de ansiedade é mais acentuado, não conseguindo esperar a vez de
interagir, e a organização mental é ligeira e desordenada devido
está característica de ansiedade.
Depois da socialização com as figuras, foram expostas duas
cenas para o José escolher, uma com um garoto ao lado de um
poste elétrico em uma rua noturna, outra cena possuía um jardim
em frente a uma casa de praia.
Assim, ele deveria elaborar uma história. O paciente José rela-
tou que não sabia fazer tal atividade proposta. Então a Neuropp, deu
procedência em outra atividade, explanando mais duas imagens, de
duas crianças caminhando e em seguida outra imagem com os mes-
mos personagens com baldes na mão indo em direção a uma casa,
estando em uma sequência lógica.
José respondia algumas perguntas sobre as cenas, como; “O que
está acontecendo?” “Que lugar é este?” “O que eles estão fazendo?”
José respondeu respectivamente; “Crianças brincando”, “Uma
escola”, “Brincando de areia”.
Estas perguntas são primordiais para salientar o raciocínio lógico
do paciente, se o mesmo possui capacidade de criação e raciocínio lógico,
apresentando assim, seu nível de criatividade e resolução de problemas.
Na etapa seguinte, José falava os nomes das letras que foram
expostas no livro de avaliação PROADE. Logo, foi possível perceber
131
a grande dificuldade em identificar as letras, pois o mesmo confundia
a letra “z” com o “y”, a letra “p” com o “b”.
Neste sentido, em relação às silabas, notou-se também que
ainda não desenvolveu a fonologia das sílabas, não conseguia identi-
ficar os sons das silabas, estando no nível pré-silábico que ainda não
associa as letras aos seus sons.
Seguidamente, a Neuropp apresentou dois tipos de texto para o
paciente; um mais extenso com pequenas letras e outro texto menor
com grandes letras. O paciente escolheu o texto infantil menor com
grandes letras. A tentativa de leitura do texto não foi como esperada,
pois o mesmo não conseguia ler nem se quer uma sílaba. Logo, a
Neuropp interrompeu está atividade.
A intervenção neuro psicopedagógica se encerrou com a
interação do aluno com jogos pedagógicos, o Tangram que é um
quebra-cabeças chinês que forma mais de 1700 figuras diferentes
com apenas 7 peças foi muito bem vindo, estimulando o interesse e
empolgação do paciente, que atento tentou montar imagens com as
figuras geométricas do Tangram.
Dessa forma, trabalhando o raciocínio, a memória e con-
centração. Ainda assim, o paciente mostrou um pouco esquecido
quanto ao nome da figura círculo. Quando foi questionado o nome
da figura o mesmo não lembrava mais o nome círculo, um nome que
foi recentemente trabalhado com ele.
Porém, foi nítido o interesse pelas peças do Tangram, fato este
que pode facilitar e desencadear a construção de uma nova metodologia
para o José adquirir desenvolvimento cognitivo nas próximas seções
neuro psicopedagógicas, como trabalhar as sílabas colando cada letra
nas peças do Tangram e solicitar que ele forme sílabas por meio do
manuseio desse material pedagógico.
Partindo das análises feitas por meio da observação das inter-
venções citadas na metodologia, o paciente ressalta características
do (TDAH). O educando foi encaminhado para um terapeuta
132
ocupacional, pois é muito eficaz para sanar ou minimizar algumas
dificuldades que este transtorno ocasiona no processo cognitivo e
social. A terapia comportamental também é a chave principal de uma
equipe multifuncional que esteja comprometida com a qualidade de
vida desses pacientes com TDAH.
Portanto, as habilidades necessárias para o seu desenvolvimento
cognitivo e social está estreitamente ligada a uma intensa intervenção
do psicólogo, psicopedagogo, terapeuta e neuropediatra que trabalharão
juntos rumo à resolução dos problemas que envolvem a impulsividade,
desatenção e inquietude, desorganização no cotidiano. Estes profissio-
nais deverão ser solicitados em outras clínicas pelos pais do paciente,
pois a clínica observada só apresenta um terapeuta ocupacional.
De acordo com as intervenções iniciais contidas no PROADE,
como associação de figuras e seus nomes, reconhecimento das letras,
leitura de cenas não verbais e textos adaptados com diferentes con-
figurações estruturais, percebemos um quadro de desatenção, hipe-
ratividade que interfere na área cognitiva do paciente, quando não
espera a Neuropp terminar de falar, ou quando não olha para o objeto
direcionado. A aprendizagem do José é lenta e de fácil esquecimento.
Diante de dificuldades cognitivas, a autoestima do José é visi-
velmente abalada devida sua dificuldade na escrita, leitura e atraso
do seu nível escolar que não está apropriada para sua idade. Este fato
ocasiona uma postura de timidez e isolamento, dificultando assim seu
desenvolvimento social com os demais colegas da escola.
Na área da motricidade, seu desempenho apresenta-
-se em desenvolvimento, mas de pouca estimulação, principal-
mente a coordenação motora fina.
No entanto, o aluno é doce, carinhoso e gentil com sua família
e com pessoas mais próximas. Vale destacar Sampaio (2011),
Antes de qualquer coisa é importante lembrar que
podemos encontrar o transtorno de Déficit de Atenção
do tipo predominantemente desatento, o transtorno
133
do Déficit de atenção predominantemente hiperativo/
impulsivo e ainda o transtorno do Déficit de Atenção
Combinado (SAMPAIO, 2011, p. 93).
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
135
A Neuropp deve ser um profissional observador e inquieto
diante das peculiaridades do paciente, é plausível ter uma postura
de pesquisador neste meio da Neuro psicopedagogia, esta atitude de
ser protagonista sem dúvida fará diferença nas práticas e estratégias.
A Neuropp que nos permitiu observar o seu trabalho na clínica
de Castanhal Pará apresenta uma postura de protagonista, nos relatou
que mesmo depois de formada, procurou por outros cursos de especia-
lização e de aplicação de testes. Sua formação ainda está em constante
transformação sendo uma profissional que pesquisa e se qualifica.
Vale ressaltar que os desafios são inúmeros, quanto ao acom-
panhamento da família atendida, que também precisa adentrar sobre
os conhecimentos que levariam ao desenvolvimento da educação
inclusiva para o aluno com TDAH.
A sociedade ainda carrega consigo valores que segregam e mar-
ginalizam aqueles que possuem suas especificidades e necessidades
especiais. O paciente observado na pesquisa convivi com grande parte
desses rótulos que partem da família e até da escola, vislumbrando
assim, barreiras para seu desenvolvimento cognitivo e social. Este
cenário se reflete no desinteresse e na falta de formação de educa-
dores especialista na educação.
Logo, aqueles que se interessam por emergir nesta área de
conhecimento perdem as forças, são desvalorizados, pois ainda não
apresentam apoio e valorização. Portanto, a prática neuro psicopeda-
gógica deve ser reconstruída por um novo olhar inclusivo emancipador,
protagonista do seu próprio método, devendo se livrar da postura
desmotivante que impossibilite ao Neuropp a construir estratégias que
englobem as necessidades das famílias com alunos que apresentem
prejuízo na estrutura cognitiva.
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138
ATUAÇÃO DO NEUROPSICOPEDAGOGO NO
CONTEXTO ESCOLAR
INTRODUÇÃO
A IMPORTÂNCIA DA NEUROPSICOPEDAGOGO NO
CONTEXTO ESCOLAR
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÕES
149
Logo, os neuropsicopedagogo tentam ter sua própria percepção
para entendimento daquilo que lhes está sendo colocado, no caso da
aprendizagem escolar, com exemplo, há profissionais que utilizam
diversos tipos de metodologias para ensinar seus alunos, entretanto, essa
sistematização, infelizmente, não dá certo para o grupo de alunos, uma
vez que alguns terão mais facilidades e outros dificuldade no processo
de ensino, então, nesse momento que cabe aos especialistas entrarem em
cena e desenvolverem trabalho mais adequado em prol desses que neces-
sitam de apoio para assimilar conteúdos relacionais a aprendizagem.
Compreendemos que a Neuropsicopedagogia é mais complexa, pois
seus conhecimentos e objeto de estudos são embasados na neurociência a
qual é alheia ao ser Neuropsicopedagogo que pode atuar de forma clínica
ou institucional, entretanto, entendemos que as duas atuações contribuem
para o processo de aprendizagem, bem como, para formação de professores.
O Neuropsicopedagogo é um especialista em avaliar e realizar
intervenções mais específicas nas questões de transtornos, síndromes e
potencialidades no âmbito da aprendizagem, tendo em vista que para
chegar a essa totalidade e para que haja essa intervenção é necessário
um diagnóstico preciso para subsidiar possíveis intervenções.
Ademais observamos de forma crítica que o Neuropsicopedagogo
tem que apreender e obter plena consciência do seu papel dentro de
uma possível abordagem, e principalmente referente a problemática
apresentada quando se tratar das possíveis dificuldades de aprendizagem
de crianças em idade escolar, que são observadas durante esse período
considerada e esperada no grupo de alunos, e necessitam ser supridas
através de intervenções e estratégias distintas das normalmente já uti-
lizadas quando o público alvo apresentar alguma dificuldade no ensino.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
151
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152
PSICOMOTROCIDADE E ATUAÇÃO
DOCENTE NO CENTRO DE EDUCAÇÃO
INFANTIL CASTELO DO SABER
INTRODUÇÃO
153
um programa que contemple a todos de forma efetiva, prazerosa e
envolvente (NEIS; GOERL, 2010).
Gallahue e Ozmun (2003, p. 238) reforçam que os responsáveis
pelas crianças “devem compreender as características desenvolvimen-
tistas dos pré-escolares, suas limitações e seus potenciais”. Apenas
assim podem-se estruturar experiências desenvolvimentistas que, de
fato, possa refletir as necessidades e os interesses das crianças, respei-
tando o nível de habilidade delas.
Assim, o relacionamento professor-aluno também é outro fator
que influencia o processo ensino-aprendizagem, o professor tem que
tratar com respeito o aluno independente da idade dele.
Neste contexto, diante das diversas vivências e observações
com que nos deparamos em nossas atividades no curso de pedagogia
na condição de futuros pedagogos, por vezes acabamos rotulando as
crianças como desatentas, indisciplinados ou incapazes de desempenhar
atividades mais complexas, não considerando que muitas dificuldades
estão atribuídas as práticas psicomotoras que deixaram de ser traba-
lhadas pelo professor durante a Educação Infantil.
Como futuros pedagogos conscientes da utilidade da Psico-
motricidade na escola, temos como dever orientar e conscientizar os
professores e demais profissionais envolvidos no processo de ensi-
no-aprendizagem de que a educação pelo movimento é uma peça
fundamental na área pedagógica.
O ponto de partida para este trabalho em nível da infância tem
por base o desenvolvimento do o estágio supervisionado em uma
escola pública municipal de ensino Infantil, o Centro de Educação
Infantil - CEI “Castelo do Saber” no Município de Castanhal/Pará,
onde observou-se uma grande dificuldade dos professores em trabalhar
a psicomotricidade no ensino infantil e a importância que atribuímos
as características e as possibilidades de trabalhar a formação de pro-
fessores, de modo que o ensino e a aprendizagem sejam mais efetivos.
154
A este respeito, este trabalho descreve a possibilidade de profes-
sores melhores preparados e com estratégias de facilitador, mediador e
provocador de suas ações na educação infantil proposta pelos autores
que se assumem como preditores de uma intervenção pedagógica,
desenvolvida no curso de pedagogia da UNIP- Pólo Castanhal. Deste
modo, é prioritário compreender o papel que as experiências formativas,
desempenham na consolidação de uma conduta professoral psicomo-
tora cada vez mais cedo nas escolas públicas municipais de Castanhal.
Portanto, este trabalho realiza procedimentos na construção das
bases necessárias para o professor da Educação Infantil ser eficaz no
poder e na responsabilidade de influenciar destinos, contribuindo com
sua parcela nesta oportunidade única de educar crianças pequenas.
O direcionamento para esta temática está relacionado à preo-
cupação das autoras como futuras pedagogas dos enfrentamentos
e dificuldades que muitas vezes surgem ao querer oferecer práticas
relacionadas ao desenvolvimento motor das crianças. No dia a dia,
surgem dúvidas sobre o que é possível fazer e se está de acordo com
a idade e necessidade das mesmas.
Diante desses contextos, observa-se a necessidade de identifica
a atuação docente acerca da importância da psicomotricidade para o
desenvolvimento infantil, que vem a colaborar para a estimulação percep-
tiva e o desenvolvimento do esquema corporal da criança. Assim sendo,
questiona-se: Como o professor no ensino infantil atua com a psico-
motricidade para desenvolvimento infantil em um centro educacional?
Portanto, a escolha do tema se deu pela importância de melhor
compreender a psicomotricidade sobre a escolaridade apontando os
principais aspectos que influenciam na atuação do professor para o
desenvolvimento infantil, no CEI “Castelo do Saber” no município
de Castanhal – Pará. Assim, a pesquisa objetiva analisar a atuação de
professores com a psimotrocidade para o desenvolvimento infantil no
CEI “Castelo do Saber” no município de Castanhal-Pará.
155
EDUCAÇÃO INFANTIL E A PRIMEIRA INFÂNCIA
DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR E
APRENDIZAGEM
160
partir dessa posição, observa-se a relação profunda das funções motoras
cognitivas e que, também pela afetividade, encaminha o movimento.
Desta forma a educação Psicomotora, apresenta-se sob um
aspecto pedagógico e sua prática se estende sobretudo nas instituições
educativas onde, através da utilização do movimento humano, procura
desenvolver o indivíduo como um todo.
Cabe ressaltar, que o trabalho da educação psicomotora com
as crianças deve prever a formação de base indispensável em seu
desenvolvimento motor, afetivo e psicológico, dando oportunidade
para que, por meio de jogos, de atividades lúdicas, se conscientize
sobre seu corpo (COELHO, 2012).
Para Levin (2007) o corpo e os gestos são fundamentais para a
formação geral do ser humano. Desde que nasce, a criança usa a lin-
guagem corporal para conhecer a si mesma, para relacionar-se com seus
pais, para movimentar-se e descobrir o mundo. Essas descobertas feitas
com o corpo deixam marcas, são aprendizados efetivos, incorporados.
Na verdade, são tesouros que guardamos e usamos como refe-
rência quando precisamos ser criativos em nossa profissão e resolver
problemas cotidianos. Os movimentos são saberes que adquirimos sem
saber, mas que também ficam à nossa disposição para (LEVIN, 2007).
O desenvolvimento psicomotor designa a aquisição de habi-
lidades psicomotoras (Quadro 1) observado na criança continua-
mente durante toda a infância. Reflete tanto a maturação das estru-
turas neurais como a aprendizagem que a criança faz descobrindo a
si mesmo e o mundo ao seu redor.
Ao longo do período dos seis aos doze anos os ossos das crianças
tornam-se mais longos, os seus músculos ficam maiores e elas tornam-se
constantemente mais rápidas, fortes e ágeis. O sistema neurológico da
criança está próximo da maturidade plena quando ela atinge esse período.
Acredita-se que o desenvolvimento humano é um processo
de extrema relevância e que abarca os domínios cognitivo, afetivo e
motor. Entendemos e nos apoiamos na fala de Oliveira (2007), isto é,
o desenvolvimento psicomotor é de suma importância na prevenção
de problemas da aprendizagem e na reeducação do tônus, da postura,
da direcional idade, da lateralidade e do ritmo.
As práticas psicomotoras podem desenvolver-se em contextos de
ação diferenciados, em função de critérios que têm como referência a pró-
pria história dos sujeitos, a origem e características das suas dificuldades.
Com a criança, a intervenção psicomotora pode desenvolver-se
na forma de jogo em um contexto lúdico, em dinâmica individual
ou grupal. Faz-se necessário tomar alguns cuidados ao se iniciar as
ações interventivas, devemos assumir e considerar critérios como a
idade (mental e cronológica), necessidades, anseios e aspirações da
criança. E, somente a partir deste momento, selecionar as atividades
mais adequadas ao contexto de necessidade da criança, portanto,
temos que verificar a melhor forma de proporcionar-lhe essa intera-
ção com o universo que a cerca.
Como entendemos que o movimento está, essencialmente, ligado
às questões psicomotoras, podemos perceber, por meio de atividades
simples, essas relações. Vejamos, por exemplo, que essa relação se efe-
tiva quando trabalhamos com atividades expressivas, jogos sensório
motores e de estimulação sensorial.
Segundo Barreto (2000), o desenvolvimento psicomotor é de
suma importância na prevenção de problemas da aprendizagem e na
162
reeducação do tônus, da postura, da direcionalidade, da lateralidade e
do ritmo. A educação da criança deve evidenciar a relação através do
movimento de seu próprio corpo, levando em consideração sua idade,
a cultura corporal e os seus interesses.
A educação psicomotora para ser trabalhada necessita que sejam
utilizadas as funções motoras, perceptivas, afetivas e sociomotoras, pois
assim a criança explora o ambiente, passa por experiências concretas,
indispensáveis ao seu desenvolvimento intelectual, e é capaz de tomar
consciência de si mesma e do mundo que a cerca.
A criança se desenvolve desde os primeiros dias de vida. Por isso,
a vida emotiva e a vida motora não são isoladas, elas se complementam
orientadas pelos elementos psicomotores. Onde destacamos alguns deles:
METODOLOGIA
Fonte: As autoras
RESULTADOS E DISCUSSÕES
169
Quadro 4 - Questão sobre Concepção dos objetivos da psicomotricidade
Professor Principais objetivos
Cultivar a capacidade perceptiva através do conhecimento dos
P2, P3 e P4
movimentos e da resposta corporal.
Motivar a capacidade sensitiva através das sensações e relações
P4
entre o corpo e o exterior.
Fazer com que as crianças possam descobrir e expressar suas
P1 e P3
capacidades, através da ação criativa e da expressão da emoção
Criar uma consciência e um respeito à presença e aos espaço
P2
dos demais.
Ampliar e valorizar a identidade própria e a auto-estima dentro
P1
da pluralidade grupal.
Fonte: as autoras
171
à formação destes profissionais (Ver Quadro 1) que a LDB instituiu
como mínima o Magistério para exercer este cargo.
Quanto as estratégias mais utilizadas com as crianças os profes-
sores recorrem ao jogo com dados, leitura visual e bingo das funções
(P3), brinquedoteca, jogos, artes, recreação (P2), contação de histó-
rias, desenho livre, recortes e colagem, jogos (P4), música e brinca-
deiras utilizando a escrita (P1).
As intervenções em sala de aula demonstram o uso de estratégias,
no sentido de iniciar um leitor competente, alguém que possa aprender
a ler e dar sentidos aos signos. É bastante frequente a utilização de
jogos lúdicos, do uso da brinquedoteca com diversidade de recursos.
Assim, percebe-se o comprometimento e compromisso dos
professores em sua atuação profissional preocupados com crianças
pequenas. Acreditando que o melhor fator para melhorarem suas práticas
com psicomotricidade seriam: menor números de alunos em sala (P1),
formação continuada (P3 e P4), conhecer novas tendências de ensino (P2).
Através destas ações, podemos inferir que os professores possibi-
litam as crianças a descobrir suas preferências, adquirindo a consciência
do seu esquema corporal. Permitem a vivência de diversas situações
durante o seu desenvolvimento, nunca esquecendo a afetividade como
base de todo o processo de desenvolvimento das crianças.
Fonte: as autoras
Fonte: as autoras
174
Em outro momento a professora pode esconder um objeto
dentro da caixa, a fim de que as crianças, de forma coletiva (Figura
4), descobrissem qual era o objeto. Para isso, a professora deu pis-
tas aos alunos, levando ao raciocínio lógico, auxiliando o desen-
volvimento dessa forma de pensar.
Fonte: as autoras
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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178
SOBRE ORGANIZADOR
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SOBRE OS AUTORES
180
Maria dos Santos Arcanjo
Licenciatura em pedagogia. Especialista em Neuropsicopedagogia. Agente de saúde em posto
médico Sarah Martins. Email:niaarcanjo@gmail.com
181
ÍNDICE Especialização 7, 12, 136, 168 Profissionalidade 7
182
ISBN 978-65-5368-097-5
www.editorabagai.com.br /editorabagai
/editorabagai contato@editorabagai.com.br