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PRÁTICAS
INTEGRATIVAS
COMPLEMENTARES
Aspectos conceituais
PRÁTICAS INTEGRATIVAS
COMPLEMENTARES
Aspectos conceituais
AVALIAÇÃO, PARECER E REVISÃO POR PARES
Os textos que compõem esta obra foram avaliados por pares e indicados para publicação.
Formato: e-book
Acesso em www.editorabagai.com.br
ISBN: 978-65-5368-113-2
https://doi.org/10.37008/978-65-5368-113-2.01.09.22
R
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra sem autorização prévia da Editora BAGAI por qualquer processo, meio
ou forma, especialmente por sistemas gráficos (impressão), fonográficos, microfílmicos, fotográficos, videográficos, repro-
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Ricardo Hugo Gonzalez
Organizador
PRÁTICAS INTEGRATIVAS
COMPLEMENTARES
Aspectos conceituais
1.ª Edição - Copyright© 2022 dos autores
Direitos de Edição Reservados à Editora Bagai.
O conteúdo de cada capítulo é de inteira e exclusiva responsabilidade do(s) seu(s) respectivo(s) autor(es). As
normas ortográficas, questões gramaticais, sistema de citações e referencial bibliográfico são prerrogativas de
cada autor(es).
Revisão Os autores
Capa https://bit.ly/3y1iUNS
A minha esposa Neiva, minha filha Julia e meu filho Gabriel. Obrigado pelo
amor de sempre. Finalmente a meus alunos, profissionais da saúde, pela valiosa
contribuição nesta obra, com os quais tive a oportunidade de apreender.
PREFÁCIO
1
BARRETO, Adalberto de Paula; SILVA, Antônio Cláudio da; CIDRACK, Marlene Lopes et al.
Projeto 4 Varas, comunidade que cura: o maior patrimônio de uma pessoa é a confiança em si. Brasília,
DF: OPAS, 2022.
10
levando-nos a ações reparadoras de outros sofrimentos garantia do
salário afetivo. O sofrimento que vivi me anima a restaurar aquilo que
eu já conheço. Neste sentido, cuidando do outro resgato minha história
pessoal. Minha antiga dor torna-se fonte de competência saneadora. O
gemido de outrora se tornou voz interior que me vocaciona para uma
ação solidária voltada, sobretudo, para aplacar aquilo que eu já vivenciei.
Desta vez, vendo a dor do outro refletindo a minha, consigo superá-la
com alegria. O cuidador com sua ação resgata a própria história.
Portanto, a produção de conhecimento não é restrita ao mundo
acadêmico. A realidade é uma universidade e fonte de produção de
conhecimento. A carência gera competência também. Eu posso amar
porque fui muito amado, mas posso amar porque fui rejeitado. Geral-
mente atribuímos nossas competências a livros que lemos, cursos que
fizemos e jamais a algo que vivenciamos e superamos. O enfrentamento
das dificuldades produz um saber que tem permitido grupos sociais
sobreviverem através dos tempos. Eles dispõem de mecanismos pró-
prios para superar as adversidades contextuais. Esse saber precisa ser
reconhecido e valorizado. Este esforço coletivo não deve substituir as
políticas sociais, mas inspirá-las e até mesmo reorientá-las.
Nesta perspectiva, todo indivíduo é convidado a exercer uma
ação cidadã, a cuidar de si mesmo, dos outros e do planeta. Ele se situa
no campo da prevenção da saúde, e da promoção da vida. Prevenir é
chegar antes do adoecer, é intervir nos determinantes sociais da saúde,
naquilo que gera doença: lutar por mais justiça social, combater pre-
conceitos, promover bem-estar, respeitar as diferenças culturais, lutar
pelos bens comuns: água, terra e pelo ar que respiramos.
No MISMEC, temos dois símbolos de cuidados: os cuidados
clínicos - proporcionados pelo Posto de Saúde da Secretaria Muni-
cipal de Saúde - SMS, no qual atuam os profissionais de saúde e os
cuidados solidários - realizados na Oca de Saúde Comunitária onde
agem os curandeiros, os terapeutas comunitários e os profissionais das
PICS. Ações complementares e não concorrenciais.
11
São inúmeras e variadas as formas de acolher e cuidar de si e dos
outros despertando as capacidades e potencialidades criativas, que cons-
tituem um recurso indispensável na cura, recuperação e inserção social.
Dentre as 19 terapias integrativas e complementares, no
Brasil e reconhecidas pelo Ministério da Saúde, destaca-se a Tera-
pia Comunitária Integrativa como Politica Nacional de Praticas
Integrativas e Complementares – PNPIC explicitada na Portaria
GM/MS no 9.712 (BRASIL, 20062).
A TCI é uma abordagem brasileira, nascida no Ceará, que se
caracteriza por articular os diferentes saberes de maneira comple-
mentar e não concorrencial. Já presente em 33 países, a TCI tem sido
considerada um instrumento de intervenção psicossocial que, além de
intervir nos determinantes sociais da saúde, permite o surgimento de
vínculos interpessoais que favorecem a inserção social, o sentimento de
pertencimento em relação a um grupo e o reforço da confiança em si.
2
BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 9.712. Estabelece no Sistema Único de Saúde
(SUS), a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). Brasília, DF: MS, 2006.
12
Precisamos compreender que o ser Humano, objeto de nossa
intervenção, é um ser plural, multidimensional e bem mais amplo do
que qualquer abordagem especifica. Vejamos:
3
GUYTON, Artur C. Fisiologia Humana. 6 ed. São Paulo: Editora Guanabara Koogan, 2020.
13
As informações ficam arquivadas na memória de nosso corpo
desde o momento da fecundação, onde também estão os registros
das memórias de nossos ancestrais que muitas vezes condicionam e
determinam nossas condutas. (SELLAM, 2003).
Nosso cérebro registra tudo por meio dos cinco (5) sentidos: visão,
audição, tato, olfato e paladar. O que é registrado é processado em nosso
cérebro que elimina o que não interessa, distorce e deforma as coisas
que não entendemos, e codifica os registros como símbolos e crenças.
3. SER ESPIRITUAL
4. SER SOCIAL
4
SELLAM, Salomon. Origines et prévention des maladies. L´analyse psychosomatique et le décodage
biologique. Québec: Editor Quintessence, 2003.
15
Os sintomas são mensagens do nosso não consciente. São men-
sagens codificadas e cheias de simbolismos. No corpo físico é que
se materializam as mais diversas formas de sofrimento psíquico. O
sintoma é, portanto, a expressão visível de um processo invisível.
Acessar e decodificar essas memórias transgeracionais permite ao
indivíduo se apropriar da sua história, conhecer melhor suas heranças
ancestrais, poder fazer uma ruptura e ressignificar esse legado, preve-
nindo que se perpetuem nas gerações seguintes.
Minha luta para encontrar o meu lugar é também a mesma de
meus antepassados. Quando eu o encontro, todos os meus antepassados
e meus descendentes o encontram também.
Cada um traz em si, em suas atitudes, em seu comportamento,
um desejo de ser reconhecido, valorizado, respeitado para si mesmo,
para seus antepassados e seus descendentes. Perceber e reconhecer esta
história esquecida, escondida e torná-la visível, nos permite encontrar
o caminho para alcançar o sucesso e o bem- estar. Neste sentido ser
visível, é ser reconhecido em sua linhagem transgeracional.
Vejam quanta coisa esta em jogo no processo saúde doença e
que nenhuma disciplina pode apreender sozinha esta globalidade
de conexões. Dai a necessidade de fazermos apelo a outras áreas de
conhecimento que trazem novos elementos clarificadores da dinâmica
do adoecer. Passamos a compreender que a doença é o final de um
processo onde intervém uma série de fatores ambientais.
Para sermos terapeutas (cuidadores) de seres humanos não pode-
mos nos limitar a uma única abordagem (biológica, psíquica, social,
quântica ou espiritual), pois estaríamos reduzindo a grandeza do homem
a apenas uma de suas partes. Poder contar com os recursos das medici-
nas Alopáticas, Homeopáticas, tradicionais, da Psicologia, Sociologia,
Antropologia, Antroposofia, Filosofia e Teologia, para citar algumas,
amplia o nosso potencial de ação, atenção, cuidado e promoção á saúde.
Qualquer fanatismo, seja ele biológico, psicológico, socioló-
gico, filosófico ou religioso, é um empecilho ao desenvolvimento
16
de ações promotoras de vida. Precisamos superar os preconceitos
que nos tornam míopes, limitam nossa visão e restringem nossas
condutas pessoais e profissionais.
A multidimensionalidade do ser humano exige multiplicidade
de respostas, modelos, condutas e atitudes. Estabelecer uma hierarquia
de valores privilegiando apenas uma dimensão do ser, em detrimento
dos outros nos leva a um conflito do exercício do poder e não a uma
ação colaborativa enriquecida pelas outras dimensões.
Precisamos criar novos paradigmas. E para isso temos que come-
çar pelos nossos profissionais de saúde. Faz-se necessário rever os
nossos currículos acadêmicos, as nossas representações mentais do
homem e do processo de bem-estar, saúde/doença. Não adoecemos
apenas por problemas neuro sinápticos ou neuro metabólico, adoe-
cemos também por sinapses sociais onde intervém a economia, a
política e as ideologias mortificando nosso ambiente natural criando
sofrimento e as mais variadas doenças.
Para promovermos a saúde das pessoas, precisamos, além do
saber universitário, de nos apoiar sobre a mutualização dos diversos
saberes de cada cultura que compõem o tecido social brasileiro bem
como colocar em comum estes conhecimentos e sabedorias herdadas
de nossos antepassados ou adquiridas através das experiências de vida
que constituem recursos e capital existencial de grande valor para
toda a sociedade brasileira. Limitar os cuidados apenas à bioquímica
das doenças seria uma pobreza imensa e apenas anestesiaríamos o
sofrimento, agravando a saúde dos pacientes.
O grande desafio para todos nós cuidadores, é ampliar nossa cons-
ciência e conhecimento de que a saúde individual, ambiental e planetária
é indissociável e exige colaboração de todas as áreas do conhecimento.
Para fazermos isso, nós cuidadores e profissionais de saúde, pre-
cisamos ter consciência que não sabemos tudo, devemos ter a humil-
dade de reconhecer que precisamos um dos outros. Ter a humildade
17
de reconhecer e ter consciencia das próprias competências e limites,
aceitando a contribuição dos outros como complementares.
Isto só é possível se sairmos da posição do especialista que sabe e
procurar aprender com os outros, como pessoas comuns e profissionais
de outras áreas do conhecimento, para ser interpelado na nossa prática,
rever nossos modelos, valores e crenças. Precisamos criar novos Para-
digmas onde cada disciplina, cada PICS, cada especialidade sinta-se
parte de uma construção maior, que cada saber, conhecimento venha
integrar-se, sem perder sua identidade, num saber maior, caleidoscópico,
multifacetário, multicolorido, como peça da construção de um grande
quebra cabeça, no qual a saúde possa ser percebida na sua dimensão
social, relacional, interativa e planetária.
Estes novos paradigmas precisam ser construídos por todos
nós. Ele será fruto do esforço e da transpiração coletivos e jamais
da inspiração de algum iluminado
Nós, profissionais da saúde, precisamos fazer um esforço no
sentido de: romper com o isolamento entre o “Saber científico” e o
“Saber tradicional/popular”, entre a cura e a prevenção fazendo um
esforço no sentido de se exigir um respeito mútuo entre as diferentes
formas de saber e agir, em uma perspectiva de complementaridade
sem rupturas com a tradição indígena, africana, oriental, européia e
sem negar as contribuições da ciência moderna.
Diante dos desafios da realidade da saúde, se faz necessário ousar,
mobilizar os recursos da multicultura brasileira, respeitando as diferenças
e integrando saberes. Este livro é um convite para todos nós ampliarmos
nossos horizontes e construímos novas conexões, praticas inovadoras
no campo do cuidado e da saúde. Vamos juntos construir esta rede!
18
PRÁTICAS INTEGRATIVAS E
COMPLEMENTARES EM SAÚDE NO BRASIL
INTRODUÇÃO
20
a incorporação e incentivo financeiro das práticas com experiências
científicas satisfatórias no Sistema Único de Saúde (SUS).
A utilização das práticas integrativas aos sistemas de saúde está
atrelada sobremaneira a utilização de práticas complementares da
medicina convencional. Entretanto, sua incorporação, disseminação,
efetividade, segurança e custo-efetividade, precisam ser acompanhados
e avaliados para guiar a incorporação e indicação dessas práticas em
sistemas de saúde. Além dos desafios que a PNPIC enfrenta quanto
a inexistência de financiamento indutor e carência de profissionais
nos serviços (RIERA et al., 2019; SILVA et al, 2020).
Assim, o presente capítulo visa explorar as práticas complemen-
tares e alternativas incorporadas na PNPIC brasileira percorrendo
conceitos e cuidados ofertados a partir do tema: práticas integra-
tivas e complementares na atenção em saúde no SUS. O percurso
teórico compreende uma revisão narrativa da literatura no período
de 2017 a 2022. Literatura fora do período temporal foram acresci-
das segundo critério relevância.
21
para a implantação das medicinas tradicionais e práticas complementares
integradas aos sistemas nacionais de saúde (TELESI-JÚNIOR, 2016).
Durante a trajetória de implantação das PIC no Brasil, relatórios
e portarias foram direcionados à regulamentação inicial da homeopatia,
da acupuntura, do uso de plantas medicinais, da fitoterapia, da adoção
de práticas corporais e meditativas, buscando viabilizar a criação de
projetos e políticas direcionadas ao campo (TELESI-JÚNIOR, 2016).
No entanto, é somente em 2006 que o Ministério da Saúde
aprova os documentos que norteiam o desenvolvimento das mesmas
no SUS, através da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterá-
picos (BRASIL, 2006a) e a PNPIC (BRASIL, 2006b), que norteiam
o desenvolvimento das PIC no sistema.
A PNPIC, então, reforça os aspectos do uso informal da medi-
cina tradicional pela população e a identidade de valores entre as PIC
oficiais como essenciais nos processos saúde-doença-cuidado, pois
permitem conhecer, apoiar e incorporar as experiências com PIC na
rede pública de saúde, com maior capilaridade, comunicação e reso-
lutividade (HABIMORAD et al, 2020).
Inicialmente, a PNPIC elencava apenas cinco PIC em suas dire-
trizes para serem empregadas no SUS: a medicina tradicional chinesa/
acupuntura, a homeopatia, as plantas medicinais/fitoterapia, o terma-
lismo/crenoterapia e a medicina antroposófica (BRASIL, 2006b). Entre
os anos de 2017 e 2018, novos recursos terapêuticos foram acrescentados
à PNPIC, por meio da Portaria nº 849/2017 e da Portaria nº 702/2018.
Com as medidas, atualmente, o SUS passou a ofertar 29 práticas.
Foram incluídas 14 modalidades em 2017, quais sejam: artete-
rapia, ayurveda, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia,
naturopatia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala,
terapia comunitária integrativa e yoga (BRASIL, 2017). Em 2018,
mais dez foram incluídas: apiterapia, aromaterapia, bioenergética,
constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição
de mãos, ozonioterapia e terapia floral (BRASIL, 2018).
22
Assim, um panorama com um repertório cada vez mais vasto de
práticas integrativas pode contribuir para afirmar uma identidade de cui-
dado adicional ao modelo da biomedicina, interdisciplinar e sustentável
pela tradição, aspectos tão importantes para o trabalho em saúde coletiva
(TELESI-JÚNIOR, 2016), e que devem ser levados em consideração
no planejamento das ações terapêuticas (HABIMORAD et al, 2020).
Nesse aspecto, a APS, por seu caráter de ação em território
o mais próximo possível da população, é o maior lócus de ações e
ofertas das PIC na rede de atenção à saúde. Em média, 78% das PIC
são ofertadas na APS, 18% na atenção especializada e 4% na atenção
hospitalar (BRASIL, 2021). A observância é por considerar que a
APS é o nível de atenção com a maior capacidade de desenvolver
ações de prevenção e de recuperação da saúde, com menor densidade
tecnológica e financeira (RUELA et al, 2019).
No SUS, a inserção das PIC pode contribuir para a resolubilidade
e promoção da racionalização das ações em saúde, os quais devem ser
embasados pela promoção do cuidado humanizado e integral à saúde
dos indivíduos. Dessa forma, as PICS podem ser aplicadas em dife-
rentes modalidades assistenciais de saúde, como: auxílio no alívio da
dor oncológica e entre parturientes, redução da ansiedade, melhora no
humor, feridas crônicas, entre outros tratamentos (LEMOS et al., 2018).
Assim, considerando a variedade do cuidado proporcionada pela
integração das PIC nos níveis assistenciais à saúde no Brasil, faz-se
necessário conhecer, pesquisar sua eficácia clínica e disseminar sua
terapêutica, uma vez que o manejo clínico, através das PIC, carrega
uma concepção positiva da saúde, com foco de ação nos sujeitos e
coletividades para a promoção da saúde. Na sequência, a exposição das
PIC legisladas no Brasil e algumas das suas abordagens de cuidados.
APITERAPIA
AROMATERAPIA
ARTETERAPIA
24
AYURVEDA
BIODANÇA
BIOENERGÉTICA
CONSTELAÇÃO FAMILIAR
CROMOTERAPIA
DANÇA CIRCULAR
27
GEOTERAPIA
HIPNOTERAPIA
HOMEOPATIA
IMPOSIÇÃO DE MÃOS
MEDITAÇÃO
31
MUSICOTERAPIA
NATUROPATIA
OSTEOPATIA
OZONIOTERAPIA
33
PLANTAS MEDICINAIS – FITOTERAPIA
QUIROPRAXIA
34
REFLEXOTERAPIA
REIKI
SHANTALA
TERAPIA DE FLORAIS
YOGA
38
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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41
AROMATERAPIA: O PODER DE UMA GOTA
INTRODUÇÃO
OS ÓLEOS ESSENCIAS
43
Como prática multiprofissional, a aromaterapia tem sido ado-
tada por diversos profissionais de saúde, como enfermeiros, psicó-
logos, fisioterapeutas, médicos, veterinários, terapeutas holísticos,
naturistas, dentre outros, e empregada nos diferentes setores da área
para auxiliar de modo complementar a estabelecer o reequilíbrio
físico e/ou emocional do indivíduo.
A Síndrome Respiratória Aguda Grave - Coronavírus 2 (SAR-
S-CoV-2), também conhecida como doença coronavírus - 2019
(COVID-19), é uma doença pandêmica que foi declarada como
a mais grave emergência de saúde da história moderna em todo o
mundo. Até agora, nenhuma modalidade de tratamento precisa foi
desenvolvida e muitos ainda avaliam o efeito posterior da exposição
à doença daqueles que conseguem sobreviver.
Em seu estudo, Depolli et al (2021) comparou escores de
ansiedade e depressão em profissionais da saúde em atendimento
remoto ou presencial e mostrou que receber diagnóstico médico de
Covid-19 ou para alguém próximo da família pode estar associado
às diferenças quanto aos escores de ansiedade e depressão, demons-
trando uma influência de acréscimo nos escores em comparação
com quem não teve diagnóstico.
44
Nessa questão do controle de emoções e ansiedade, a aroma-
terapia é uma opção de suporte. Gnatta et al (2014) concluiu que o
óleo essencial de Ylang-ylang alterou significativamente na percepção
da autoestima de profissionais da saúde. Tal OE pode ajudar a liberar
emoções negativas, como raiva, baixa autoestima e até mesmo ciúmes.
Gnatta, Dornellas e Silva (2010) compararam o uso dos OE
de lavanda e gerânio, verificaram se os mesmos alteraram a percep-
ção de ansiedade, avaliaram sua eficácia e concluíram que, apesar
não ter sido uma diferença estatisticamente expressiva, houve maior
eficácia do OE de lavanda na diminuição da ansiedade, não podendo
dizer o mesmo do OE de gerânio.
Já no estudo de Hongratanaworakit (2011), após massagem
com mistura de OE de lavanda e bergamota, comparado com o grupo
placebo, o OE misturado causou diminuições significativas da taxa
de pulso e da pressão arterial sistólica e diastólica, o que indicou uma
diminuição da excitação autonômica. No nível emocional, os parti-
cipantes do grupo de óleo essencial misturado se classificaram como
‘mais calmos’ e ‘mais relaxados’ do que os participantes do grupo de
controle. Corroborando com o estudo de Montibeler et al (2018), no
qual também foi realizado massagem com misturas de OE de lavanda
(Lavandula angustifolia) e gerânio (Pelargonium graveolens) e houve
diminuição com significância estatística da frequência cardíaca e
pressão arterial de uma equipe de Enfermagem do centro cirúrgico,
por meio da avaliação de parâmetros biofisiológicos e psicológicos.
Em seu estudo randomizado, duplo-cego e controlado por pla-
cebo, Amsterdam et al (2012) examinaram a ação antidepressiva do
extrato oral da camomila (Matricaria recutita) em indivíduos com ansie-
dade comórbida e sintomas de depressão e concluíram que a camomila
pode ter atividade antidepressiva clinicamente significativa, que ocorre
além de sua atividade ansiolítica previamente observada. Resultados
semelhantes encontraram Keefe et al (2016) em pesquisa que concluiu
que extrato de camomila (Matricaria chamomilla L.) produziu uma
45
redução clinicamente significativa nos sintomas de Transtorno de
Ansiedade Generalizada (TAG), ao longo de 8 semanas, com uma taxa
de resposta comparável as observadas durante a terapia com drogas
ansiolíticas convencionais e um perfil de eventos adversos favorável.
O óleo essencial de bergamota é amplamente utilizado na aro-
materapia para reduzir o estresse e a ansiedade, apesar das evidências
científicas limitadas, segundo Saiyudthong e Marsden (2011). Porém,
ao estudar o efeito desse OE comparado ao efeito do Diazepam, os
mesmos autores concluíram que tanto a inalação do OE de bergamota
quanto o Diazepam injetável apresentaram comportamentos semelhan-
tes aos ansiolíticos e atenuaram a atividade do eixo Hipotálamo-Pitui-
tária-Adrenal (HPA), ao reduzir a resposta da corticosterona ao estresse.
Avaliando formas de contribuir para a prevenção da covid-
19, tendo em vista que o vírus continua circulando no mundo todo,
KUMAR et al (2020) sugeriram que os OE de gerânio e limão e seus
compostos podem contribuir para a prevenção da invasão do SAR-
S-CoV-2 / COVID-19 no corpo humano por seus derivados serem
valiosos agentes antivirais naturais.
Já Han, Eggett e Parker (2018) desenvolveram um estudo para
avaliar quantitativamente os benefícios para a saúde de um suplemento
multivitamínico, multimineral, à base de ervas, com infusão de óleo
essencial, usando biomarcadores séricos e os efeitos na saúde dos par-
ticipantes do estudo. Embora a eficácia clínica definitiva permaneça
indefinida, os resultados sugeriram que a suplementação pode fornecer
uma ampla gama de benefícios à saúde para os usuários em um curto
período. Um resultado importante para aqueles que buscam cuidar
do corpo antes do adoecimento.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
AMSTERDAM et al. A camomila (Matricaria recutita) pode fornecer atividade antide-
pressiva em humanos ansiosos e deprimidos: um estudo exploratório. Altern Ther Health
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48
O USO DA TERAPIA DE FLORAIS DE BACH
NO CUIDADO À SAÚDE MENTAL
Amanda Pinheiro
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
RESULTADOS
53
No estudo de Salles e Silva (2012) foram investigados os efei-
tos dos florais Impatiens (desenvolvimento de empatia, paciência e
calma), Cherry Plum (coragem para enfrentar os medos da vida), White
Chestnut (paz interior e clareza dos sentimentos) e Beech (autoconhe-
cimento, compreensão e tolerância) em pessoas ansiosas. Os resultados
dessa pesquisa foram melhorias nos comportamentos de preocupação,
inquietação, nervosismo, tensão e apreensão. Entretanto, os autores
reforçam que, apesar dessa indicação de essências para compor a fór-
mula de florais de Bach para pessoas ansiosas, é necessário considerar
características da personalidade e modos de ver o mundo, atribuindo
um caráter personalizado da fórmula.
A terapia de florais também é utilizada em associação ao tra-
tamento de ansiedade e doenças crônicas não transmissíveis, como
a obesidade. Pancieri (2018), através de ensaio clínico randomizado,
identificou melhorias nos participantes da pesquisa, com relato de tran-
quilidade e autoconhecimento, repercutindo na forma de se alimentar
e nas relações interpessoais com familiares e no ambiente de trabalho.
Mantovani et al (2016) realizou pesquisa quantitativa para identi-
ficar as PICS mais utilizadas no tratamento de pessoas com Hipertensão
Arterial Sistêmica (HAS), em um determinado distrito sanitário no
Paraná, onde identificou que a terapia complementar mais utilizada
era a Fitoterapia (utilização de plantas no tratamento de doenças),
com uso de chás e florais de Bach, para tratar ou controlar a HAS.
Entretanto, essas alternativas foram indicadas majoritariamente por
amigos e familiares dos pesquisados e não por profissionais de saúde,
apresentando-se como necessidade de incluir o conhecimento das
PICS para os profissionais e garantir o acompanhamento integralizado.
Já Oliveira (2016) desenvolveu sua pesquisa clínica rando-
mizada com a composição de floral de Bach chamado Rescue, na
redução de estresse em discentes universitários brasileiros. Essa fór-
mula de floral é considerada de emergência, que envolve situação de
estresse, sendo a única composição deixada pronta por Bach, envol-
54
vendo cinco essências: Cherry Plum (autocontrole e calma), Clematis
(confiança), Impatients (paciência e relaxamento), Rock Rose (força e
tranquilidade) e Star of Bethlehem (conforto). A conclusão do estudo
demonstrou grande melhora nos estudantes após o uso desse floral,
principalmente, nos sintomas de insônia, demasiada irritabilidade e
sensibilidade emotiva excessiva.
De maneira complementar, o estudo de Arruda (2012), que
também analisou a efetividade dos florais de Bach em estudantes
universitários, com ensaio clínico randomizado duplo-cego, destacou
a ligação estreita entre o bem-estar espiritual e a saúde mental, em
contraponto com uma realidade da psiquiatria que se foca no trata-
mento dos transtornos mentais e não no estímulo à saúde mental e
bem-estar dos indivíduos. Destaca-se ainda que é enfocado o trata-
mento em transtornos mentais comuns (TMC), tidos como aqueles
sem sintomas psicóticos, tais como sintomas depressivos, ansiosos e
psicossomáticos, da mesma forma que ocorrência de insônia, fadiga,
irritabilidade, desatenção, entre outros. Os TMC são apresentados
como condições que causam grande sofrimento para as pessoas e são
responsáveis por situações de incapacitação.
Outro estudo clínico randomizado de Albuquerque et al (2016)
foi realizado com crianças residentes em favelas que podem apre-
sentar desordens emocionais e traumas por exposição a situações
de risco. O composto de florais utilizados continha essências para
intervenção nos medos e traumas: Rock Rose, Mimulus, Aspen, Star of
Bethlehem e água. Concluíram que, após o uso dos florais, as crianças
participaram mais e estavam mais desenvoltas para as atividades de
arteterapia, conseguiam relatar situações pessoais com mais clareza e
obtiveram mais atenção ao que acontecia ao redor da atividade, bem
como apresentaram mais coragem e tranquilidade para realizar as
tarefas. Assim, identificaram que o uso de florais poderia contribuir
na diminuição de sequelas advindas dos medos e traumas das crianças
em situação de vulnerabilidade social.
55
É importante destacar que, apesar de inúmeros trabalhos já
demonstrarem benefícios no campo da saúde mental dos indivíduos
com o uso complementar de terapia de florais, há falta de conhe-
cimento dos profissionais e usuários dos serviços de saúde sobre a
disponibilidade e manejo de PICS.
Domingos (2019) salienta que existe forte viés do modelo bio-
médico e a fragmentação do cuidado em saúde mental nos serviços
de saúde, apresentando como alternativa de tratamento integral os
recursos de florais e aromaterapia no contexto da atenção básica no
SUS, como práticas relevantes de prevenção e promoção à saúde. Os
usuários utilizados no estudo faziam uso crônico de psicofármacos
por conta do sofrimento psíquico, onde para eles foram ofertadas a
Terapia Floral (Rescue Remedy) e Aromaterapia (Lavandula angusti-
folia e Pelargonium graveolens).
A utilização dessas PICS associadas ao relacionamento inter-
pessoal terapêutico proporcionou o atendimento voltado à necessi-
dade dos sujeitos, ampliação das ações de cuidado às pessoas com
sofrimento psíquico, para além da medicalização. O uso do Rescue
Remedy propiciou, no estudo de Domingos (2019), a promoção da
autoconsciência, de reconhecimento de padrões individuais adotados
pelos sujeitos da pesquisa e favorecimento de tomada de decisões, com
relato de melhora na disposição física das pessoas.
Os Florais de Bach trazem contribuições na promoção de saúde,
prevenção de agravos e reabilitação, mas precisam ser utilizados da
maneira correta e, preferencialmente, por profissionais especializados
nessa prática para compreender melhor quais as essências mais indi-
cadas e manter um acompanhamento integralizado, trazendo uma
perspectiva como preconizava dr. Bach: “trate a pessoa, não a doença;
trate a causa, não efeito” (BEAR, BELLUCCO, 2005, p. 22).
A possibilidade de ter um terapeuta floral no acompanhamento
do cuidado e na forma de utilização dessa PICS é de extrema impor-
tância para sua efetividade, entretanto, o criador da prática também
56
preconizava o acesso por leigos e facilitado para todos que pudessem
conhecer os benefícios das plantas no processo de cura.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
57
REFERÊNCIAS
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59
AS POTENCIALIDADES DA MEDITAÇÃO NO
CAMPO DA SAÚDE MENTAL
INTRODUÇÃO
ESCOLHAS METODOLÓGICAS
A POTÊNCIA DA MEDITAÇÃO
62
autorregulação, auxiliados pela meditação como uma das melhores
opções não medicamentosas neste quesito.
Desse jeito, práticas integrativas como a meditação não só impli-
cam novas formas de entender a saúde mental, mas também convi-
dam a introduzir novas técnicas nas nossas abordagens terapêuticas,
como o uso de aplicativos, frequentemente utilizados em terapias que
adotam estas práticas (SMITH et. al, 2021). Nesse sentido, avanços
foram feitos na exploração das vantagens de práticas integrativas em
saúde mental em geral, e da meditação em particular. Segundo Ser-
rano, (2021) a inserção da meditação de forma continuada na vida
da população em geral e, em particular, de pessoas acompanhando
terapias por sofrimento psíquico se traduz em benefícios não só na
saúde mental e emocional, senão também na saúde física.
Diversos estudos (KENG; SMOSKI; ROBINS, 2011; GOLE-
MAN; DAVIDSON, 2017; CRESWELL, 2017; MOHAMMED;
PAPPOUS; SHARMA, 2018; KOBER et al, 2019; MALPASS;
BINNIE; ROBSON, 2019) apontam, entre os benefícios da medita-
ção à saúde: melhorias no tratamento da dor crônica e da dor durante
processos de reabilitação física, tratamento das adições, gerenciamento
de estresse, diminuição dos sintomas da depressão e ansiedade e
reforço do sistema imunológico.
Como indicado por Goleman e Davidson (2017), um dos prin-
cipais benefícios da meditação para a saúde mental tem a ver com “um
princípio conhecido em terapia cognitiva como “descentramento”, isto é,
observar pensamentos e sentimentos sem se identificar excessivamente
com eles”. A meditação permite, então, reavaliar o nosso sofrimento.
Assim, a chave da meditação no tratamento do sofrimento
psíquico tem a ver com um complemento à terapia, que consiste em
ter maior consciência dos nossos pensamentos e a sua interação com
o sofrimento que possam gerar. Rivetti (2021) destaca que “quando
escolhemos ser observadores de nós mesmos, trazemos para nós o
controle sobre a nossa própria mente: podemos não controlar o que
63
surge nela, mas conseguimos escolher no que queremos focar”. Assim,
Goleman e Davidson (2017, p. 170) afirmam que:
a meditação (em particular, o Mindfulness) pode ter
um papel no tratamento da depressão, ansiedade e dor
quase tanto quanto os medicamentos, mas sem efeitos
colaterais. A meditação também pode, em menor grau,
reduzir o sofrimento do estresse psicológico.
5
A tradução é nossa: “Quizá uno de los aspectos más definitorios de la técnica sea que a través de la
práctica se desarrolla y mantiene un repertorio caracterizado principalmente por establecer un tipo de
relación muy especial (muy diferente al usual) con nuestros eventos privados (i.e., pensamientos, emo-
ciones, recuerdos, sensaciones, etc.), es decir, con nosotros mismos y, por consiguiente, con la manera
en la que vivimos nuestra vida y nos relacionamos con los demás. Este tipo de relación especial se basa
fundamentalmente en ser conscientes de nuestros eventos privados, esto es, percatarnos de ellos, darnos
cuenta, discriminarlos, etc., en definitiva, diferenciarnos de ellos, dejar de identificarnos con ellos.”
64
saúde mental, pois não pretende, na sua essência, ignorar ou eliminar
pensamentos, senão, brindar a capacidade de reconhecê-los e nos
relacionar com eles de um modo saudável.
Finalmente, é relevante chamar a atenção para uma prática res-
ponsável em tanto terapeutas: ao ser entendida essencialmente como
um exercício, é importante ser praticada também por nós, sendo esta
a melhor forma de transmitir e introduzir esta ferramenta na prática
clínica. Do mesmo jeito, é preciso destacar a necessidade de não
perder o reparo nas particularidades de cada um dos nossos pacien-
tes, assumindo a possibilidade de avaliar quando e como introduzir
a meditação na terapia, cuidando de trabalhar preconceitos (caso
existirem), e apreciando, de acordo com o determinado momento
da terapia e as particularidades de cada sujeito, se a meditação pode
ser uma ferramenta interessante.
CONCLUSÕES
65
Para potencializar os seus benefícios, é necessário, portanto, continuar
dedicando esforços à pesquisa científica deste recurso terapêutico.
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67
BIODANÇA COMO PROMOÇÃO DA SAÚDE
INTRODUÇÃO
69
METODOLOGIA
RESULTADOS
CONCLUSÃO
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72
A UTILIZAÇÃO DO REIKI EM PRÁTICAS DE
SAÚDE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
75
aprofundamento do conhecimento do tema investigado (MENDES;
SILVEIRA; GALVÃO, 2008, p. 759).
Souza, Silva e Carvalho (2010) reforçam que este tipo de estudo
permite a inclusão de estudos experimentais e não experimentais, uma
vez que se avaliará as publicações dentro dos critérios definidos pelo
pesquisador. Acrescentam, ainda, que os passos para a implantação deste
método são: elaboração de pergunta norteadora, busca ou amostragem
na literatura, coleta de dados, análise crítica dos estudos incluídos,
discussão dos resultados e apresentação da revisão integrativa.
Utilizou-se a base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde
(BVS) para fazer o levantamento da quantidade de publicações com
o tema “toque terapêutico”, uma vez que este é o descritor para as
publicações sobre o Reiki, de acordo com o DeCS/MeSH (Descritores
em Ciência da Saúde). A busca foi realizada no dia 26 de setembro
de 2021, utilizou-se da especificidade da plataforma e a escolha desta
base de dados se deu por conta de sua abrangência dentro do con-
texto das publicações em saúde.
Utilizou-se o descritor “toque terapêutico” para direcionamento
da pesquisa. Os critérios de inclusão foram: artigos publicados de 2016
a 2021, disponíveis em português e que fosse mencionado a prática
do Reiki no resumo ou título. Foi possível acrescentar o filtro língua
portuguesa, o que diminuiu consideravelmente as buscas por artigos,
pois apareceram publicações em outras línguas. A organização dos
dados se deu através do programa Excel do Microsoft Office Pro-
fissional Plus 2016, com as seguintes questões de pesquisa: título do
artigo, autor, periódico publicado, ano da publicação, tipo de publicação,
objetivo da pesquisa e resultados.
Após a coleta, os dados obtidos foram organizados em duas
categorias para a discussão, a fim de se fazer uma análise crí-
tica dos achados, a saber: 1) aplicabilidade do Reiki e 2) pesqui-
sas quantitativas x qualitativa.
76
RESULTADOS
A APLICABILIDADE DO REIKI
79
Outro resultado encontrado mostra a relação da melhora da
resposta da qualidade de vida (QV) e do estresse com a massagem
seguido de aplicação de Reiki, para se chegar a tal resultado se com-
parou três grupos: Grupo Massagem seguida de repouso (G1), Grupo
Massagem seguida de Reiki (G2) e Grupo Controle sem tratamento
(G3). Em usuários atendidos neste ambulatório de PICS pesquisado,
mostrou-se uma melhor resposta na qualidade de vida quando foi
aplicada massagem seguida de Reiki.
A Massagem seguida de repouso e a Massagem seguida
pela aplicação de Reiki se mostraram efetivas na redução
dos níveis de estresse e melhoria de qualidade de vida,
com resultados superiores para o Grupo Massagem
seguida de Reiki quando comparada ao Grupo Con-
trole. (KUREBAYASHI et al, 2020)
82
neste diálogo enquanto um aspecto reflexivo do Reiki no cuidado,
como compreendido neste artigo.
O Reiki é um campo de cuidado que, por não trazer aspectos
concretos e táteis, parece ainda ser visto de forma distante pela ciência
positivista, apesar disso, esta pesquisa pode comprovar que existem estudos
qualitativos que podem dialogar em uma compreensão de achados concre-
tos na vida das pessoas (BATISTA; MOREIRA, 2020), uma vez que os
encontrados do benefício do Reiki tem se repetido. O Reiki, assim como
a própria medicina oriental, exige uma concepção que ultrapasse algumas
ideias positivistas da ciência, sobretudo na medicina baseada em evidência.
O campo vivencial e experiencial parece ter recursos possíveis para
captar alguns desses resultados. Isso se mostra presente na única pes-
quisa quanti-quali que surgiu durante as buscas. Enquanto marcadores
de estresse mostrem a melhora após a sessão de Reiki, é na concepção
qualitativa da pesquisa que termos como “relaxamento”, “tranquili-
dade”, “conforto” e “bem-estar” parecem ser mais abrangentes que uma
melhora no estresse. Os relatos descreviam melhora de mal-estar físico,
como “dor”, “enjoo” e “indisposição” (BATISTA; MOREIRA, 2020).
Portanto, nesta sessão não se trata de uma oposição ante uma concep-
ção quantitativa à qualitativa, ou vice-versa, mas sim, sobre aspectos com-
plementares e subjacentes de ambas as formas de investigação para ampliar
uma compreensão sobre impactos e entendimento subjetivo da aplicação
do Reiki na saúde da população nos diferentes contextos, ressaltando
somente a hegemonia quantitativa à perspectiva qualitativa sustentada
historicamente, mas com possibilidade de amplo diálogo destas diferentes
concepções. Como ilustrado a partir do conceito de física quântica:
A linguagem da física quântica tem sido apropriada para
dar conta da noção de energia vital, tanto na espiritua-
lidade como nas PIC. A mesma tem sido explicada a
partir da ideia dos estímulos aos neurotransmissores ou
dos impulsos bioelétricos que transportam informações
pelo corpo. (KUREBAYASHI et al, 2020)
83
Assim como uma busca da própria história do sujeito adoe-
cido na proposta de cuidado é uma forma de compreensão subjetiva
da dor de cada, é imprescindível a coleta de marcadores em escalas
incansavelmente testadas para o fortalecimento das dimensões dos
seres humanos, entendidos como biológico, psicológico, social e espi-
ritual, para assim ajudar na compreensão mais abrangente daquilo
que a pessoa está vivenciando.
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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85
O USO DA FITOTERAPIA POR
PROFISSIONAIS DA SAÚDE NA ATENÇÃO
BÁSICA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS
INTRODUÇÃO
87
fitoterapia dos profissionais atuantes na atenção básica, para que os
usuários sejam orientados de forma segura e satisfatória.
METODOLOGIA
RESULTADOS
90
vista que em seus componentes curriculares de graduação há critérios
mínimos para tal capacitação (TURMINA et al, 2019).
Desde a implantação da PNPIC, alguns cursos de capacitação
já foram oferecidos pelo SUS com o intuito de fortalecer essa prática
terapêutica, como o Curso de Fitoterapia a distância para médicos do
Sistema Único de Saúde (SUS) e o curso a distância aberto aos profis-
sionais de saúde que atuam nas equipes de Estratégia Saúde da Família
e Núcleos de Apoio à Saúde da Família (HARAGUCHI et al, 2020).
Outro argumento bastante relatado por profissionais da saúde
é a insegurança sobre o uso, devido ao desconhecimento por parte
destes em relação à farmacocinética, farmacodinâmica e toxicolo-
gia dos medicamentos fitoterápicos e plantas medicinais, além da
interação com outras drogas, apesar da exigência de estudos cientí-
ficos, através de órgãos legisladores, avaliando tais aspectos para sua
utilização (HARAGUCHI et al, 2020). Essa resistência ao uso é
observada principalmente em medicamentos fitoterápicos, contudo, a
oferta da fitoterapia, através das plantas medicinais, em sua forma de
origem, parece possuir melhor adesão prescritiva pelos profissionais
de saúde (MARTINS et al, 2017).
Mesmo diante desse cenário, a implementação oficial da fitote-
rapia na atenção básica tem sido vista com aprovação por esse grupo,
adotando uma postura igualmente positiva em relação à capacitação
para o uso efetivo (MARTINS et al, 2017; HARAGUCHI et al, 2020).
Um estudo feito com profissionais de nível superior ligados à
Estratégia de Saúde da Família (ESF), do Município de Petrolina-PE,
demonstrou que o nível de conhecimento ainda é baixo e carece de
iniciativas que melhor preparem os profissionais para o uso da fitotera-
pia, além de cursos de reciclagem periódicos para reforço dos saberes,
estando, tudo isso, concomitantemente, associado ao investimento na
compra de medicamentos fitoterápicos pelas secretarias municipais e
implementação de laboratórios de manipulação, incluindo também a
farmácia viva no município (NASCIMENTO JUNIOR et al, 2016).
91
O mesmo estudo demonstrou que, apesar do nível de conhecimento
entre os profissionais ainda ser baixo, há uma maior prescrição de fitote-
rápicos por meio dos profissionais de enfermagem, medicina e cirurgiões
dentistas, destacando-se a indicação do uso de chás, em especial Boldo
(Plectranthus barbatus A.) e Camomila (Matricaria recutita L), usados para
o tratamento de distúrbios gastrointestinais e ansiedade, respectivamente
(NASCIMENTO JUNIOR et al, 2016). Apesar de em menor proporção,
também foram relatados por profissionais a indicação de medicamentos
fitoterápicos tais como Guaco® (Mikania glomerata S), um expectorante
e broncodilatador; Maracugina® (Passiflora alata A., Erythrina mulungu
M, e Crataegus oxyacantha L.), sedativo e Tensart® (Passiflora Incarnata
L), indicado para estados de irritabilidade, tratamento de insônia e
desordens da ansiedade (NASCIMENTO JUNIOR et al, 2016).
A utilização desses fitoterápicos como alternativa complementar
aos tratamentos tradicionais parece ser melhor aceita do que quando com-
parado a sua prescrição isoladamente, de modo que outro estudo, elabo-
rado com equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) do município de
Blumenau, apontou que a maioria dos profissionais entrevistados indicaria
a fitoterapia como adjuvante, porém, o estudo revela que essa preferência
pode variar conforme a especialidade médica (MATTOS et al, 2018).
PERSPECTIVAS E DESAFIOS
Tabela 2: Justificativas para não realizar o uso e a prescrição de PMF pelos profis-
sionais de saúde do SUS de Oriximiná-PA.
Por que não fazem automedi- Por que não tem interesse em
cação com PMF? Prescrever PMF?
Profissionais (%) (%)
FQ FI FC O FQ FI FC O
Enfermeiros 21,2 15,1 6,1 3 33,3 3 6,1 3
Médicos 38,9 11,1 16,7 0 50 11,1 16,7 0
Odontólogos 55,6 0 0 0 88,9 1,1 0 0
Nutricionista 100 0 0 0 100 0 0 0
Fisioterapeuta 100 0 0 0 66,6 0 0 33,3
FQ = Falta Qualificação; FI = Falta de Interesse; FC = Falta de Confiança; O = Outros.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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- Curso de Medicina.
97
APITERAPIA PODE SER ÚTIL EM CASOS DE
COVID-19?
INTRODUÇÃO
98
Há mais de 2000 anos, os produtos das abelhas vêm sendo utiliza-
dos como métodos terapêuticos devido a sua composição rica em com-
postos bioativos. Dentre as utilizações destes produtos apícolas, desta-
cam-se as propriedades anti-inflamatória, antimicrobiana, cicatrizante,
imunomoduladora e antiviral. Os quais têm sido comumente utilizados
na terapia de doenças como a artrite reumatoide, infecções respiratórias,
úlceras, câncer e doenças neurodegenerativas (CUCU et al, 2021).
No entanto, diante da atual pandemia, surge o interesse e a neces-
sidade da investigação de novas terapêuticas para este contexto, como
a apiterapia, uma vez que já são bem estabelecidas suas propriedades
antivirais e os benefícios dos produtos apícolas para problemas respi-
ratórios e melhora da imunidade. Dessa forma, o objetivo desta revisão
é discutir os possíveis efeitos dos produtos apícolas contra o Covid-19.
METODOLOGIA
RESULTADOS
100
Pode ser consumida em sua forma natural, crua ou de forma líquida, em
comprimidos, cápsulas ou pó (KOCOT et al, 2018; CUCU et al, 2021).
Por fim, a apitoxina é mais um produto que tem sido utilizado
na apiterapia. Este é produzido pelas abelhas a base de pólen e mel
e é enriquecida com secreções glandulares, a toxina é utilizada, prin-
cipalmente, para defesa das abelhas e da colmeia. Sua composição
principal é de água, melitina, enzimas fosfolipase A2, hialuronidase
e fosfatase ácida, alérgeno C e as neurotoxinas apamina e histamina.
A partir destes ricos compostos, a apitoxina apresenta ações anti-
-inflamatória, anestésica, antibiótica, principalmente, degranulador
de toxinas, dissolvendo gorduras e ácidos úricos alojados nos teci-
dos, nas cartilagens, nas artérias e órgãos. Sua utilização pode ser
feita através de aplicação direta do ferrão no local, assim como na
forma de cremes ou sublingual (ALMEIDA et al, 2017; NASCI-
MENTO; SILVA; BONACHELLA, 2020).
Os potenciais antivirais dos produtos apícolas foram amplamente
comprovados em estudos anteriores, dessa forma, tais produtos têm sido
considerados possíveis candidatos para o tratamento do coronavírus
(SARS-CoV-2). Os sistemas de saúde pública, mundialmente, têm
sido sobrecarregados pela atual pandemia da doença COVID-19. Além
da ocorrência de infecções assintomáticas, a quantidade limitada de
testes e equipamentos de proteção individual (PPE) para profissionais
de saúde em todo o mundo demonstraram-se os principais fatores
para uma disseminação amplificada do vírus (MARIN et al, 2021).
A pneumonia foi o sinal clínico inicial da doença COVID-19
relacionada à SARS-CoV-2, o qual permitiu a detecção de casos. Além
disso, sintomas gastrointestinais e infecções assintomáticas também
têm sido descritos, especialmente, entre crianças mais novas. Em
pacientes sintomáticos, a manifestação clínica da doença geralmente
começa após menos de uma semana, sendo os principais sintomas
febre, tosse, congestão nasal, fadiga e outros sinais de infecções do
trato respiratório superior. A infecção pode progredir para doença
101
grave com dispneia e sintomas torácicos graves correspondentes a
pneumonia na maioria dos pacientes, conforme visto por tomografia
na admissão. A pneumonia ocorre, principalmente, na segunda ou
terceira semana de uma infecção sintomática (MARIN et al, 2021).
A terapia antiviral dos produtos apícolas já é bastante difundida e
evidenciada. Diversos estudos demonstraram o papel antiviral do mel,
por exemplo, contra doenças como gripe, influenza, rubéola. Além de
inibir a replicação de certos vírus, o mel mostrou-se eficaz, promovendo
a proliferação dos linfócitos humanos. Dentre os compostos bioativos
responsáveis por essa atividade antiviral, destacando-se o peróxido de
hidrogênio, os fenóis e os bioflavonóides (AL NAGGAR et al, 2020).
Estudos recentes demonstraram que o novo coronavírus pode ser
rapidamente inativado após a desinfecção de superfícies com álcool 70%,
peróxido de hidrogênio 0,5% ou outro alvejante doméstico, contendo
hipoclorito de sódio 0,1% (KASOZI et al, 2020). Uma vez que o mel
contém peróxido de hidrogênio (H2O2) em sua composição, acredi-
ta-se que a ingestão diária deste produto leva à inativação de quais-
quer partículas do vírus na garganta, assim, fornecendo uma medida
protetora. Além do H2O2, as propriedades físico-químicas naturais,
como osmolaridade, pH, viscosidade e espessura do mel favorecem
sua potência antimicrobiana, visto que este produto apresenta carac-
terísticas ácidas, com um pH de 3,5 a 4,5, maximizando sua atividade
antimicrobiana (AL NAGGAR et al, 2020). Dessa forma, o mel tem
sido apontado como potencial protetor contra a COVID-19, devido a
suas propriedades biocidas químicas, bem como as propriedades físi-
cas, as quais podem ajudar a desinfetar ou reter as partículas do vírus,
antes que estas cheguem aos pulmões (AL NAGGAR et al, 2021).
A própolis também tem sido investigada no combate à pande-
mia. Estudos recentes demonstraram que determinadas substâncias
presentes em diferentes tipos de própolis, principalmente, o éster
fenetílico do ácido cafeico (CAPE), podem atuar na inibição de
uma enzima essencial para o ciclo de vida do vírus (KUMAR et al,
102
2021). Além disso, outras substâncias presentes nesse produto (ácido
cafeico, ácido p-cumárico, ácido t-cinâmico, CAPE, rutina, miricetina,
hesperidina, crisina e pinocembrina) foram associadas à inibição da
enzima conversora de angiotensina (ECA), a qual é essencial para
a invasão e replicação do vírus na célula hospedeira. As substâncias
mais eficazes estudadas na inibição da ECA (superior a 90%) foram
o ácido p-cumárico e a catequina, as quais constituem as maiorias das
própolis (BARRETTA et al, 2020).
O veneno da abelha ou apitoxina também apresenta atividade
antiviral, devendo-se, principalmente, à melitina, o composto bioa-
tivo mais abundante nesse produto. A melitina já é evidenciada pela
atuação da destruição de barreira protetora de alguns vírus, como o
vírus da imunodeficiência humana (HIV). Dessa forma, acredita-se
que ela pode atuar da mesma maneira contra o SARS-CoV-2. Além
disso, o veneno tem sido bastante difundido pela sua propriedade de
modulação do sistema imunológico, sendo apontado por alguns autores
como prevenção dos sintomas do COVID-19 (KASOZI et al, 2020).
Por sua vez, a geleia real tem sido demonstrada como protetora
contra infecções conjuntas com o COVID-19. A geleia possui em
sua constituição peptídeos isolados como as jelleines (Jelleine I-IV),
as quais são potentes agentes antibacterianos e antifúngicos. Estudos
mostram a ação das jelleines tanto em patógenos bacterianos, como
o mycoplasma pneumoniae, além de fungos como a candida albicans, os
quais são comumente apresentados conjuntamente com os quadros
de COVID-19 (LIMA; BRITO; NIZER, 2021).
CONCLUSÃO
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105
EFEITOS TERAPÊUTICOS DO YOGA NA
SAÚDE MENTAL E FÍSICA DA POPULAÇÃO
EM PERÍODO DE PANDEMIA DA COVID-19
INTRODUÇÃO
106
mais vulneráveis compostos por idosos, portadores de comorbidades
e imunodeprimidos (WHO, 2020a).
A pandemia mundial ocasionada pela doença do coronavírus
(COVID-19) intensificou a preocupação dos profissionais de saúde
com a saúde mental da população, visto que, devido às orientações
de prevenção à doença estarem diretamente associadas ao isolamento
social, propiciou perturbações psicológicas e sociais, afetando a capa-
cidade de enfrentamento às mudanças ocasionadas pela pandemia,
em níveis diferentes da sociedade (WHO, 2020a).
Dentre os impactos gerados à saúde mental relatados na literatura,
estão: medo de contrair a doença, distanciamento social, insegurança
da população devido ao colapso dos sistemas de saúde, desemprego,
modificações nas relações interpessoais, sentimentos de desamparo e
abandono, raiva, depressão, tédio, insônia, ansiedade, ideações, tenta-
tivas e/ou suicídio (LIMA et al, 2020; BROOKS et al, 2020; LI et
al, 2020; ORNELL et al, 2020).
A incerteza, em alguns casos, sobre a possibilidade de morte ou o
risco de infectar familiares e amigos pode potencializar estados mentais
de mal-estar, desconforto, ansiedade e depressão constante, incluindo
sentimentos de estigma com indivíduos suspeitos ou confirmados de
COVID-19, que poderão impactar negativamente na saúde mental
(ORNELL et al, 2020; MOHAMMED; MARK, 2020).
Ao considerar o contexto de emergência ocasionado pela pande-
mia que impactou diretamente na população, intervenções no campo
da saúde mental tornam-se fundamentais, para que haja a condução
adequada, a fim de evitar o prolongamento do sofrimento psíquico e
os agravos secundários no período de pandemia e pós-pandemia. A
OMS e muitas instituições de saúde propuseram diretrizes para for-
necer assistência psicológica à população em geral e aos profissionais
de saúde, entretanto, faz-se necessário garantir que intervenções e
programas baseados em evidências científicas sejam implementadas,
garantindo, assim, os melhores resultados à população (WHO, 2020b).
107
Apesar de o isolamento social ser medida estratégica para maior
controle dos casos, poderá trazer consequências negativas, dentre estas,
aumento do sedentarismo e da inatividade física da população, dimi-
nuição da interação social, maiores períodos de imobilidade, direta ou
indiretamente relacionada ao uso de equipamentos virtuais, como com-
putadores, celulares e televisão, além de alterações na motivação para a
prática regular de atividade física, visto que, muitas vezes, estão associa-
das à necessidade de equipamentos, locais específicos, como academia,
parques, clubes e suporte profissional presencial (REIS et al, 2016;
BRAZENDALE et al, 2017; SOUZA FILHO; TRITANY, 2020).
Nesse cenário, é fundamental a elaboração de intervenções
de cuidados em saúde mental baseadas em evidências que conside-
rem o contexto pandêmico, como fator desencadeador de sofrimen-
tos e que permitam a população proteger a saúde mental durante a
pandemia e a prevenção de agravos no pós-pandemia. Dentre essas
práticas, ressalta-se a importância do yoga, prática que exige pouco
espaço físico e que, se praticada com regularidade, pode contribuir
para saúde mental (MOREIRA et al, 2020; CARTWRIGHT et
al, 2020; CORRÊA et al, 2020).
MÉTODO
RESULTADOS
110
O pranayama consiste em exercícios que controlam a frequência
respiratória e a expansão torácica, como forma de expandir a energia
vital (prana), tendo como objetivo proporcionar maior conexão entre
corpo e mente e melhorar as funções respiratórias. Pratyahara, dharana
e dhyana são técnicas de concentração e meditação que conduzem ao
silenciar da mente, ao autoconhecimento e à conexão com aspectos
espirituais, por meio da introspecção, de modo a estreitar, cada vez
mais, as relações com a mente e eliminar as distrações. Shamadhi é
o ápice do Yoga, considerado estado psicoemocional indescritível de
supraconsciência, no qual o indivíduo se torna livre de todas as aflições,
sofrimentos e ilusão (FEUERSTEIN, 1998).
A prática do Yoga se tornou crescente no Ocidente, mais do que
sua filosofia, estando relacionada principalmente aos benefícios para a
saúde, à cura de doenças, à redução do estresse, sendo características
mais valorizadas no Ocidente (GAUR, 2022). A falta de conhecimento
acerca do Yoga no Ocidente e a influência comercial estabeleceram no
Ocidente a visão que as práticas do Yoga estavam relacionadas direta-
mente à realização de exercício físico e às interpretações que definem a
prática de Yoga para alívio de dores nas costas, correção de escolioses,
melhora do desempenho de atletas, preparação de gestantes para o parto.
Além da prática como exercício físico, o desconhecimento sobre
o assunto ou também a influência comercial, quando os conhecimentos
vieram para o Ocidente, trouxeram certos conceitos que não fazem
parte essencialmente da totalidade do Yoga, como interpretações que
definem a prática de Yoga para redução de dores nas costas, correção
de escolioses, otimização de desempenho de atletas, preparação de
gestantes para o parto ou ainda melhora da concentração de crianças
hiperativas, as quais não são Yoga, mas poderão ser benefícios adqui-
ridos pela prática (RODRIGUES et al, 2006)
111
EFEITOS TERAPÊUTICOS DA YOGA EM PERÍODO
PANDÊMICO
CONCLUSÕES
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116
OS BENEFÍCIOS DA TERAPIA ASSISTIDA
POR ANIMAIS (TAA)
INTRODUÇÃO
118
mal, pois a qualidade de vida desses terapeutas animais é essencial
para o bom funcionamento da TAA.
Um aspecto que deve ser pensado é que a interrupção da TAA
pode resultar em impactos negativos, como problemas emocionais,
principalmente, em idosos e crianças. O afastamento do animal, ao qual
se criou um vínculo afetivo na terapia, remete a sentimentos ruins, dolo-
rosos e difíceis de serem superados pelos pacientes (MCGUIRK, 2005).
119
pela primeira vez por Levinson em 1969, sendo considerado como
o pai da TAA (MARTINEZ, 2008).
Na década de 1950, no Brasil, a psiquiatra Nise da Silveira observou
que os pacientes apresentavam facilidade em estabelecer vínculos afeti-
vos com cães e gatos. Essa constatação no hospital psiquiátrico do Rio
de Janeiro a levou a chamá-los de coterapeutas (STUMM et al., 2012).
A equoterapia foi reconhecida pelo Conselho Federal de Medi-
cina (CFM) como método terapêutico no Brasil em 1997.
Em 07/02/2018 foi sancionada no município de São Paulo a lei
n.16.827-18 que autoriza a entrada de animais em hospitais públicos
para visitar pacientes internados.
O Projeto de Lei 682/21 regulamenta a prática de cinotera-
pia, modalidade de terapia assistida por cães em todo o território
brasileiro, está em fase final de tramitação na Câmara dos deputa-
dos (CÂMARA DOS DEPUTADOS, 2021).
MÉTODO
RESULTADOS
121
Pesquisas comprovaram que a interação afetiva entre homem e
animal reduz a concentração de cortisol e adrenalina no sangue, hor-
mônios que estão ligados ao estresse (BELLETATO & BANHATO,
2019). Também foi observado uma melhora na imunidade do
paciente com menor predisposição para desenvolver alergias e pro-
blemas respiratórios (DOTTI, 2014).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
122
infecções. Assim proporciona uma melhora na qualidade do tratamento
de forma integrada e mais humanizada.
É necessário incentivar a produção de novos estudos quan-
titativos e qualitativos, realizados no Brasil e no mundo, sobre os
benefícios da terapia com animais. Os resultados destes estudos
devem ser amplamente divulgados para que a população tenha um
maior conhecimento sobre essas formas de tratamento, seus proto-
colos e estratégias de atuação.
Também é fundamental um maior incentivo a qualificação de
profissionais para atuar na TAA, bem como implementar políticas
públicas que incluam a terapia com animais nas mais diversas áreas
do Sistema Único de Saúde (SUS).
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CONHECENDO A MEDITAÇÃO E A SUA
IMPORTÂNCIA PARA A SAÚDE ORGÂNICA
E PSÍQUICA COMO UMA IMPORTANTE
PRÁTICA INTEGRATIVA DE SAÚDE PARA A
BUSCA DO EQUILÍBRIO MENTE E CORPO
INTRODUÇÃO
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136
ARTETERAPIA COMO PRÁTICA EXPRESSIVA
DE EMANCIPAÇÃO DO SOFRIMENTO
PSÍQUICO NO SISTEMA ÚNICO DE
SAÚDE (SUS)
INTRODUÇÃO
“A Arteterapia não é para quem sabe desenhar, esculpir ou
modelar, é para quem tem inconsciente.”
Erinaldo Domingos Alves
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142
MASSAGEM SHANTALA E SEUS
BENEFÍCIOS NO DESENVOLVIMENTO
NEUROPSICOMOTOR INFANTIL
INTRODUÇÃO
143
prejudicar a outra e vice e versa. Fazem parte da Medicina Ayurveda,
a yoga e a massagem ayurveda (TEXEIRA, 2020).
Existem poucas evidências científicas que mostram os benefícios
da shantala no desenvolvimento infantil, porém, há alguns estudos
que comprovaram efeitos desta massagem nas habilidades motoras
de crianças com necessidades especiais. Carvalho, Moreira e Pereira
(2020) realizaram a técnica em uma criança com síndrome de Down e
verificaram ao final da intervenção uma melhor preensão, transferência
manual, controle cefálico, torácico e marcha. Segundo relato da mãe,
houve ainda melhora na aceitação da condição de saúde da criança,
aumentando o vínculo entre mãe e lactente.
Assim, este capítulo se propõe a considerar, dentro dos conhe-
cimentos científicos, a prática de massagem milenar Shantala como
influência positiva para o desenvolvimento infantil, com foco à afetivi-
dade na infância, utilizando as principais teorias que elaboram a relação
psíquica e motora nos primeiros anos de vida, abordando o sistema
sensorial e as interfaces com a pele, musculatura e linguagem corporal.
Os tópicos abaixo descrevem sobre essa temática, visando contribuir
para questionamentos e debates sobre as possibilidades de inserção de
conteúdos sobre práticas integrativas e complementares no cuidado em
saúde, bem como estratégias de humanização da assistência nos campos de
práticas de saúde, visando favorecer ambientes mais terapêuticos com prá-
ticas mais integradas e integradoras na perspectiva da promoção da saúde.
O autor também traz sua contribuição, quando nos fala com poe-
sia sobre a importância da pele: “percebe-se logo como é importante o
contato, a maneira de tocar a criança. É uma linguagem pele a pele. Desta
pele da qual derivam os outros órgãos dos sentidos” (LEBOYER, 1995,
p. 93). É por meio desta pele que a criança conhece o mundo: sua mãe.
Primeiro contato com este mundo, com o desconhecido, com o outro.
A massagem é contraindicada em algumas situações tais como:
logo após a(o) massagista ou criança terem feito uma refeição; se a
criança estiver com o estômago vazio, pois esta não conseguirá con-
centrar-se para receber o toque, devido à fome; se o massagista estiver
indisposto; se a criança apresentar alguma área dolorida ou algum tipo
de lesão ou inflamação; em caso de infecções, febres, doenças de pele,
145
câncer, doença em vasos sanguíneos e diarreia, o que acaba estimulando
mais o organismo (BERNSMÜLLER, 2018).
BENEFÍCIOS DA SHANTALA
VÍNCULO MÃE-FILHO
147
Desde o princípio, mãe e filho participam em uma completa
interação, onde o comportamento de um é regulado pelo comporta-
mento do outro. Em outras palavras, tanto o bebê como a mãe contri-
buem na sua interação. No transcorrer de seu desenvolvimento, após
três a quatro semanas, vemos a organização da sequência de eventos
que é familiar para ambos os parceiros. A mãe tem importante função
reguladora, na qual está implícito o quanto ela deseja se ajustar ao ritmo
da criança. Se ocorrer a natural correspondência, é cultivada a natural
permissão para a criança se desenvolver (POMMÉ, 2018). Reichert
(2008) diz que “mãe e filho formam um sistema, uma díade, na qual
um relaciona-se com o outro, criando um sistema de troca recíproca.”
Nas experiências de confirmação pela mãe, o bebê passa a con-
fiar na validade de suas percepções. Este processo é o fundamento
da confiança da criança, tanto em si como nos outros. No período
inicial da vida extrauterina, a criança precisa da ancoragem da mãe
(cuidador) para que possa canalizar a intensidade de suas pulsões
vitais. Este período em que o bebê assimila o mundo ao redor pode
ser denominado como período de incorporação (REICHERT, 2008).
148
pois o processo beneficia tanto a criança, quanto quem está intera-
gindo com ela (BIDDULPH, 2016).
Para um desenvolvimento psíquico saudável é necessário que a
mãe se encontre (estado de preocupação materna primária) em sin-
tonia com seu bebê. A maneira como a mãe toca seu bebê, seja pelas
suas mãos ou pelo seu olhar; a forma com que é banhado, embalado,
alimentado; o modo como ela lhe dirige as palavras, permitem que o
bebê entre em contato com as diversas partes do seu corpo e vivencie
um sentimento de continuidade de ser (LIMA, 2020).
Segundo afirmação do mesmo autor, o bebê nasce equipado para o
amor. Por isso, as palavras de carinho, as histórias contadas e as canções
que o bebê ouve durante a gravidez podem contribuir para prepará-lo
para esse amor. Após o nascimento, esse processo continua, por meio
de gestos de carinho, trocas de olhar e brincadeiras entre a criança, a
mãe, o pai e as pessoas próximas. A família torna-se a sede desse amor.
O desenvolvimento neuropsicomotor depende da integração
de vários sistemas, principalmente, nervoso, motor e sensorial. Fato-
res hereditários e interação com o ambiente influenciam a matu-
ração orgânica, principalmente do sistema nervoso, interferindo
no desenvolvimento cognitivo, emocional e comportamental de
bebês (BRÊTAS; SILVA, 1998, p. 24).
Vários efeitos benéficos da massagem têm sido descritos em
crianças, como melhora do desenvolvimento motor, coordenação,
agilidade, estado emocional (elementos fundamentais para a formação
do esquema e imagem corporal). Estimula a maturação do SN, através
da função tátil e o desenvolvimento do sistema sensitivo (BRÊTAS;
SILVA, 1998, p. 24; SCIAMMARELLA et al, 2002, p. 24).
A massagem ativa a circulação e regula a frequência cardíaca, com-
bate a ansiedade, o estresse e transmite segurança à criança. (LOPES;
FARIA, 1994, p. 45; BRÊTAS; SILVA, 1998, p. 24; HOLLIS, 2001,
p. 30; SOBRINHO et al, 2004, p. 26; FOGAÇA et al, 2005, p. 215).
Hollis (2001, p. 30) revisou 19 estudos sobre os efeitos da estimulação
149
tátil em bebês e em crianças jovens e observou que o desempenho
nas atividades de vocalização e nas habilidades motoras foi melhor no
grupo que recebeu a massagem em relação ao grupo controle.
Segundo Victor e Moreira (2004, p. 35), a massagem Shantala
estimula vários pontos harmonizando e/ou ativando vários siste-
mas do corpo. Através da promoção da comunicação tátil, ou seja,
interação entre estímulo externo e interpretação cortical, incentiva
o desenvolvimento da percepção corporal e psicomotora (BRÊ-
TAS; SILVA, 1998, p. 24; SCIAMMARELLA et al, 2002, p. 24;
VICTOR; MOREIRA, 2004, p. 35).
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152
IMPLICAÇÕES DA AURICULOTERAPIA NO
ALÍVIO DA DOR CRÔNICA: UMA REVISÃO
INTEGRATIVA
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
RESULTADOS
Quanto ao país onde o estudo foi conduzido, três artigos foram produzidos no
Brasil, um, nos Estados Unidos da América, e um, na Coréia do Sul. Para o tipo de
estudo, quatro das publicações eram estudos randomizados controlados, um, estudo
observacional. Com relação ao nível de evidência, quatro estudos tinham nível de
evidência II e um, nível de evidência IV (Quadro 3). Salienta-se que todos os artigos
selecionados estavam em língua inglesa.
157
Quadro 3 - Publicações organizadas de acordo com o objetivo, tipo de publicação,
local do estudo e nível de evidência. Fortaleza, Ceará, Brasil, 2021.
Nível
Tipo de Local do de
No Autores Principais achados
publicação estudo evi-
dência
Os resultados mostraram que a acum-
LEE , S. ; Estudo randomi- puntura auricular leva a melhorias no TP
01 Coreia do Sul II
PARK, H. zado e controlado limiar da dor, deficiência do pescoço e
amplitude de movimento cervical.
Evidenciou efeitos positivos da acupun-
MOURA, Ensaio clínico tura auricular na redução da intensidade
02 C. C. et al. randomizado Brasil II da dor crônica e seu impacto nas ativi-
dades diárias das pessoas.
A intensidade da dor diminuiu signifi-
cativamente com a acupuntura auditiva
chinesa ao longo do período de inter-
venção. Ambos os tipos de acupuntura
Ensaio clínico
MOURA, auricular afetaram a interferência da dor
03 C. C. et al. aberto randomi- Brasil II nas atividades diárias. Porém, na compa-
zado e controlado ração entre as avaliações inicial e final,
apenas a acupuntura auditiva chinesa
apresentou resultados estatisticamente
significativos.
Os resultados mostram uma redução
de 46% na pior dor do BPI e mais de
Estudo observa- 50% na redução da dor média do BPI,
YEH, C-H. E s t a d o s
04 et al. cional de medidas Unidos IV intensidade geral da dor e interferência
repetidas da dor no final do estudo, e 62,5% dos
indivíduos também relataram menos uso
de analgésicos.
A auriculoterapia com sementes de
SILVA, A. P. Ensaio clínico mostarda reduziu a temperatura média
05 G. et al. randomizado Brasil II e aumentou o limiar de dor à pressão na
coluna lombar das voluntárias.
DISCUSSÃO
159
utilizados. Além disto, estimula a produção de endorfinas que têm
potencial sedativo (ZANELATTO, 2013).
Quanto ao material utilizado para acupressão auricular, em
alguns estudos, foi usado semente de mostarda e agulhas em outros,
sendo a maioria bilateral com tempo média de permanência de 5 dias.
Conforme Silva (2019), todos os materiais utilizados na auriculoterapia,
tanto agulhas, sementes e esferas apresentam viabilidade para o efeito
pretendido, isto é, quando escolhidos, de acordo com a necessidade e
especificidade de cada paciente e da experiência do terapeuta.
Quando analisados os principais achados dos artigos incluídos,
constatou-se uma semelhança entre os autores em relação à implicação
da auriculoterapia na redução da intensidade da dor e no aumento
do limiar da dor. De fato, os artigos 1 e 5 mostraram o impacto da
auriculoterapia no aumento do limiar da dor, enquanto os artigos 2,
3 e 4 apontaram o impacto sobre a redução da intensidade da dor.
Esse achado corrobora os resultados de Zhao et a. (2015) que, na sua
meta-análise, mostrou que o TA diminuiu a intensidade da dor, espe-
cialmente, para dor lombar crônica e cefaleia tensional crônica. Ruela
et al (2018) evidenciaram, em um ensaio clínico envolvendo pacientes
oncológicos, que a auriculoterapia provocou alterações na intensidade
e na classificação da dor. Além disto, proporcionou à redução das doses
diárias de analgésicos, do número de medicamentos consumidos pelos
participantes e alteração da posição desses nos degraus da Escada
Analgésica da Organização Mundial da Saúde (OMS).
CONCLUSÃO
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MUSICOTERAPIA E SAÚDE MENTAL NO
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: UMA REVISÃO
INTEGRATIVA
INTRODUÇÃO
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METODOLOGIA
RESULTADOS
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Liselee%20Schulz%20Rom%C3%A3o.pdf. Acesso em: 16 out. 2021.
170
TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA NO
CONTEXTO DE PANDEMIA DA COVID-19:
REVISÃO INTEGRATIVA
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
174
leitura do título e resumo, resultando em uma amostra final de cinco
(n=5) artigos científicos lidos integralmente (Quadro 1).
3. O cenário da Terapia Te m a s e m
Comunitária Integrativa SILVA, M. Z. A n á l i s e
2020 Educação e CAPES
no Brasil: história, pano- et al. bibliográfica
Saúde
rama e perspectivas
4. Implantação da Terapia Te m a s e m
Comunitária online: tec- SILVA, A. L. P. Relato
2020 Educação e CAPES
nologia do cuidado em et al. de Experiência
Saúde
tempos de pandemia
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
BARRETO, A. P. Terapia comunitária: passo a passo. 4. ed. Fortaleza: LCR, 2010.
BARRETO, A. P. Terapia comunitária integrativa: cuidando da saúde mental em tempos
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Integrativa para idosos em plataforma virtual durante a pandemia associada a Covid-19.
Temas em Educação e Saúde, Araraquara, v. 16, n. esp.1, p. 360–375, 2020.
SILVA, M. Z. et al. O cenário da Terapia Comunitária Integrativa no Brasil: história, panorama
e perspectivas. Temas em Educação e Saúde, Araraquara, v. 16, n. esp.1, p. 341–359, 2020.
SILVA, A. L. P. et al. Implantação da Terapia Comunitária online: tecnologia do cuidado
em tempos de pandemia. Temas em Educação e Saúde, Araraquara, v. 16, n. esp.1, p.
393–408, 2020.
SVOBODA, W. K. et al. Saúde única, Terapia Comunitária Integrativa e covid-19: uma
imersão fraternal em “um mundo, uma saúde”. Temas em Educação e Saúde, Araraquara,
v. 16, n. esp.1, p. 432–445, 2020.
176
ACUPUNTURA E QUALIDADE DE VIDA:
DISCUSSÃO EM DIFERENTES FACES
INTRODUÇÃO
METODOLOGIAS
179
Quadro 1: Processo de construção da revisão integrativa
1ª Etapa Definição do tema
180
RESULTADOS
6
Os artigos utilizados para a construção deste quadro estão referenciados ao final do presente estudo.
181
Destaca-se que, atual-
mente, a acupuntura é
realizada apenas por
Avanços e desa- enfermeira especialista
fios da enfer- - Ana Paula na área. As boas práti-
Revista de
magem em Senna Bousfield; cas aplicadas, durante o
Enfermagem do
3 acupuntura em Outubro/2020 atendimento da enfer-
- Maria Itayra Centro Oeste
Santa Catarina meira acupunturista,
Padilha Mineiro
no período de garantem a qualidade,
1997 a 2015 destaque e a compa-
tibilidade das ações
com os regulamentos
técnicos.
Os estudos que avalia-
ram qualidade de vida,
sono e fadiga apresen-
- Geórgia taram benefícios sig-
Efeitos da
Alcântara nificativos. Não houve
acupuntura
Alencar Melo; significância estatística
em pacientes Revista Brasileira na melhora dos níveis
4 com insufi- - Letícia Lima de Enfermagem Maio/2020 de creatinina sérica e
ciência renal Aguiar; taxa de filtração glo-
crônica: revisão - Renan Alves merular. A divergên-
sistemática Silva cia metodológica e
dos instrumentos de
avaliação impossibili-
tou a meta-análise.
As inter venções
fisioterapêuticas pro-
postas pelos artigos
Inter venções - Giovana Morin foram alongamentos;
fisioterapêuti- Casassola; educação em saúde;
cas utilizadas massagem; terapias
- Gabrieli
na reabilitação Fi s i o t e r a p i a convencionais e não
5 funcional do Rodrigues Brasileira Março/2020 convencionais: acu-
Gonçalves;
membro supe- puntura; exercício
rior de mulheres - Joana Hasenack ativo e fortalecimento
pós-mastectomia Stallbaum; muscular, eviden-
ciando a importância
da fisioterapia, para o
tratamento.
A acupuntura demons-
trou eficácia no alívio
dos sintomas da
- Lícia Regina doença: cefaleia, neu-
Acupuntura Siqueira Garcia; ralgia do trigêmeo
no tratamento e dor retroauricular,
- José Jailson de R e v i s t a
6 da paralisia além de melhorar a
Almeida Junior; Científica de Janeiro/2020
facial periférica: recuperação muscular e
- Henrique Enfermagem
uma revisão a qualidade de vida dos
sistemática Affonso Oliveira pacientes. Os ensaios
Souza Neto; clínicos não demos-
traram a eficácia da
acupuntura em relação
a outros tratamentos.
182
Objetivou-se identi-
ficar o uso de práticas
integrativas, espirituais
e avaliar a qualidade
- Amanda Silva de vida relacionada
Práticas integra-
Mendes; à saúde de pacientes
tivas, espirituais e R e v i s t a adultos com câncer
qualidade de vida - Taciana Cunha
7 Eletrônica de Setembro/2020 durante o tratamento
do paciente com Arantes; Enfermagem quimioterápico.
câncer durante o - Vitória Apenas 13 (4,9%)
tratamento Eugênia Martins pacientes utilizavam
alguma prática integra-
tiva como fitoterapia,
homeopatia, medita-
ção, floral e acupuntura.
A acupuntura auricu-
lar obteve resultados
positivos em 80% dos
estudos. Os desfechos
- Caroline de mais utilizados foram
Acupuntura
Castro Moura a intensidade e a qua-
auricular para Revista da lidade da dor, con-
dor crônica - Erika de Cássia Escola de sumo de medicação,
8 nas costas em Lopes Chaves; Dezembro/2019
Enfermagem da incapacidade física e
adultos: revisão - Ana Carolina USP (Impresso) qualidade de vida. Os
sistemática e Lima R amos resultados da metaná-
metanálise Cardoso; lise apontaram que a
acupuntura auricular
foi eficaz em reduzir os
escores de intensidade
da dor (p=0,038).
Trata-se de um ensaio
clínico não randomi-
zado. A utilização da
Efeito da acu- - Va n e s s a acupuntura resultou
puntura na Cristina Novak; em melhora da ansie-
melhora da - Stefany Mayara Revista Mundo dade, do sono e da
9 ansiedade, sono Tilpp; Saúde (impresso) Agosto/2019 qualidade de vida do
e qualidade de - Cíntia Raquel grupo estudado, mos-
vida Bim trando ser uma pos-
sibilidade terapêutica
para o tratamento de
pessoas com ansiedade.
Revisão integrativa.
Entre os benefícios
das práticas integrati-
- Dayana Senger vas foi evidenciado o
Benefícios das Mendes; relaxamento e o bem-
práticas inte- - Fe r n a n d a -estar, o alívio da dor e
grativas e com- Journal Health
10 Santos de Junho/2019 da ansiedade, redução
plementares NPEPS
Moraes; do uso de medicamen-
no cuidado de
- Gabrielli de tos, fortalecimento do
enfermagem
Oliveira Lima; sistema imunológico,
melhoria da qualidade
de vida e diminuição de
reações adversas.
183
O uso da acupuntura
parece estar associado
à melhora dos sin-
tomas da neuropatia
Acupuntura em periférica induzida por
adultos com - Amanda quimioterapia e não
Neuropatia Fonseca Baviera; Revista Latino- tem efeitos colaterais.
Periférica
11 - Karin Olson; Americano em Março/2019 São necessários mais
Induzida por
- Juliana Maria Enfermagem estudos experimentais
Quimioterapia:
de Paula; usando tanto medidas
uma revisão subjetivas como obje-
sistemática tivas para melhorar
as evidências sobre os
benefícios associados à
acupuntura.
Entre as terapias de
mind-body, ressal-
tamos uma melhora
- Carolina significativa do
Oncologia Folgierini estresse, depressão
Integrativa: Goldstein; e ansiedade, fadiga
d a s Pr á t i c a s - Natasha de Acta méd. (Porto e qualidade de vida.
13 Dezembro, 2018
Complementares Astrogildo; Alegre) A prática integrativa
aos seus - Stefani, mais estudada, a acu-
resultados Cristina Furlan puntura, e a melhora
Zabka da dor relatada por
74% dos pacientes de
um estudo após apenas
uma sessão.
Estudo quantitativo,
descritivo, multicên-
- Maria de trico, analítico, pros-
Avaliaç ão da L o u r d e s pectivo, comparativo
ansiedade e da Guarnieri e controlado em 80
depressão em Barbosa;
14 Revista de enfer- pacientes com úlcera
pacientes com Setembro, 2019
- Geraldo magem UFPE venosa. Os pacientes
úlcera venosa Magela Salomé; do Grupo Estudo
tratados com
- Lydia Masako apresentaram melhoras
acupuntura
Ferreira na ansiedade e depres-
são após 6 sessões de
acupuntura.
184
A acupuntura, que é
uma terapia integra-
dora entre o corpo e
a mente, pode ser uma
- Patrícia maneira não medica-
Q ualidade de
Fernandes mentosa de aliviar o
vida de cuida-
H o l a n d a fardo dos cuidadores.
dores de idosos Foram encontradas
com diagnóstico Carraro; Mudanças – muitas evidências
15 de Alzheimer - Celina Psicologia da Dezembro/2016 de que esta terapia
e o emprego Maria Colino Saúde melhora a qualidade
de acupuntura Magalhães; de vida em diversas
– Revisão de - Paula Danielle patologias. Esta revisão
Literatura Carvalho identificou que há uma
lacuna no emprego de
acupuntura na qua-
lidade de vida dos
cuidadores.
Com uma análise dos
principais motivos
de consultas médicas
nas unidades básicas
de saúde, observou-se
que 85% dos pacientes
Inserção da - Naiellen queixavam-se de dores
acupuntura na Cristina Jotta crônicas e faziam o
BIS: Boletim
Atenção Básica Ferreira; consumo diário de
do Instituto
16 como tratamento de Saúde Dezembro/2016 medicações. Diante
terapêutico com- - Alessandra dessa realidade e com
Lima Toledo (Impresso)
plementar das o intuito de proporcio-
doenças crônicas Alvares nar uma melhoria na
qualidade de vida em
saúde, a acupuntura
foi introduzida na
Atenção Básica como
terapia complementar
às doenças crônicas.
7
Foram utilizados apenas os três primeiros autores de cada artigo para uma melhor formatação do quadro.
185
Esses achados corroboram ao estudo de Oliveira, Maia e Alves
(2021), uma revisão integrativa realizada por universitários do Rio de
Janeiro, que evidenciou melhora significativa na qualidade de vida, na
maioria dos artigos estudados, destacando-se a eficácia da acupuntura
na redução da dor em pacientes com fibromialgia.
No que se refere ao controle da dor crônica, a acupuntura
mostrou-se eficiente, ficando visível a sua prevalência em mais da
metade dos estudos selecionados, como destacado no Quadro 2,
nos estudos de número 6, 8 e 16.
A acupuntura apresenta uma melhora significativa no controle
da dor na cefaleia crônica, podendo ser considerada como trata-
mento adjuvante, reduzindo a intensidade da dor, o número de crises,
quantidade de analgésicos, além de melhorar a qualidade de vida
dos pacientes (MAYRINK, 2016).
Em pacientes oncológicos ou que perpassam por quimiote-
rapia, a acupuntura apresentou resultados satisfatórios no controle
e redução dos sintomas, bem como não apresentou algum tipo de
efeito colateral, como demonstrado nos estudos de números 2,7,11
e 13 explicitados no Quadro 2.
No estudo realizado por Ruela et al (2018), através de um ensaio
clínico randomizado, com 31 portadores de câncer e 8 sessões de acu-
puntura auricular, foi identificado que houve efetividade na redução
da dor de pacientes em tratamento quimioterápico, como também a
redução no consumo de analgésicos após a aplicação da intervenção.
Foi possível identificar nos artigos eleitos a presença do enfer-
meiro como ator protagonista na aplicação da acupuntura. Vale salientar
que o referido profissional possui papel marcante no cuidado aos indi-
víduos que necessitam de atendimento à saúde bem como o controle
da dor, visto que existem aspectos relevantes da prática do enfermeiro
e a gama de atividades que o compete, como a prática da acupuntura
(FERREIRA; PÁRICO; DJAS, 2018).
186
A acupuntura se mostra como uma técnica preventiva, curativa
e reabilitadora para doenças agudas ou crônicas, sendo empregada no
tratamento do estresse e dores, visto isso essa prática é uma interessante
alternativa à Saúde Pública e à prática do profissional enfermeiro.
Esta revisão demonstrou os diversos campos de aplicação da
acupuntura para melhoria da qualidade de vida dos indivíduos que
possuem diferentes condições patológicas e a sua eficácia no tratamento
de doenças. Além disso, foi elencado por um estudo de baixo custo que
permitiu evidenciar, de acordo com a literatura mais recente a prática
da acupuntura como um benefício milenar que perdura até a atualidade.
CONCLUSÕES
187
REFERÊNCIAS
BARBOSA, Maria de Lourdes Guarnieri; SALOMÉ, Geraldo Magela; FERREIRA, Lydia
Masako. Avaliação da ansiedade e da depressão em pacientes com úlcera venosa tratados com
acupuntura. Rev. enferm. UFPE [online]; v.11, supl.9, p. 3574-3582, 2017.
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oncológica: ensaio clínico randomizado. Rev. esc. Enferm. USP [online]. v. 52, [S/N], 2018.
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Enfermagem. Revista Investigação em Enfermagem, [S/V], n.21, p. 16-26, 2017.
VIEIRA, Francilene Gomes. Revisão de literatura sobre a contribuição da acupuntura no
tratamento da depressão. Portal Bio Cursos, Faculdade Fasam, [S/L], pp. 1-15. 2015.
189
AS CONTRIBUIÇÕES DA CROMOTERAPIA
PARA OS SERVIÇOS DE SAÚDE
INTRODUÇÃO
190
cações. Dentro das práticas integrativas e complementares, a cromote-
rapia é baseada nas sete cores do espectro solar (VIANA et al, 2020).
Dentro dos serviços de saúde, a cromoterapia se faz presente
em diversos níveis e contextos. Assim, a aplicação das cores está
presente em espaços e cômodos diversos, uso de lasers para bene-
fícios à saúde ou para fins estéticos, uso em bebês recém-nascidos e
até mesmo nos processos de acolhimento e bem-estar institucional
(SANTIAGO; DUARTE; MACEDO, 2009).
A utilização adequada das cores pode favorecer a criação de
ambientes terapêuticos e estimular o fluxo de energia curativa poten-
cial do ser humano. Para além do potencial das cores, é necessário
que se exista a crença no processo de melhora ou cura, pois, a pos-
tura do indivíduo frente a qualquer tratamento fará toda a dife-
rença nos benefícios (MUNDT, 2011).
Portanto, esse estudo apresenta a cromoterapia e a destaca
enquanto prática utilizada nos mais diversos setores de saúde, evi-
denciando as produções acadêmicas que apresentam a sua eficácia e
ganhos obtidos nos processos de qualidade de vida.
METODOLOGIA
191
Portal de Periódicos da CAPES. Para a busca, foram utilizadas as
palavras-chave: Cromoterapia, Cromoterapia and saúde e Colorterapia.
No que diz respeito aos critérios de inclusão, foram contem-
plados aqueles artigos que estivessem: a) redigidos em português, b)
que tratassem do assunto proposto, c) completos e disponíveis para
download e d) publicados nos últimos 12 anos. Já os critérios de
exclusão rejeitaram aquelas produções que estivessem: a) escritos em
outros idiomas, b) que o assunto abrangesse mais em relação as práticas
integrativas e complementares do que o uso das cores na promoção
da saúde, c) não estivessem completos e disponíveis para download,
d) com mais de 13 anos de publicação e e) artigos duplicados.
RESULTADOS
192
Quadro 1 – artigos da base de dados da Scielo
Ano de Título Autores Temática
publicação
Uso da cromoterapia pelo enfermeiro
VIANA, J.M; VADOR,
2020 no cuidado da criança em unidade de Cromoterapia e Saúde
R.M.F
terapia intensiva
BA R RO S, S. R . A . F ;
A Contribuição da Cromoterapia no
2018 Trabalho de Parto F ERREI RA , F. C . R ; Cromoterapia e Saúde
FALCÃO, P.H.B.
Panorama geral das pesquisas cientí- SANTOS, E.D.B;
2012 ficas sobre cromoterapia: uma revisão FILHO, F.J.C Cromoterapia
integrativa
Cromoterapia, ambiência e acolhi- JUNIOR, J.M; SYLLA,
2013 mento ao usuário do sus nas esfs M.C.T. Cromoterapia e Saúde
O impacto da Cromoterapia S A N T I A G O , V. F ;
2009 no comportamento do paciente D UART E, D.A; Cromoterapia e Saúde
odontopediátrico MACEDO, A.F.
193
Os autores destacam ainda que o uso das cores é geralmente
utilizado em crianças neonatais que estão na UTI. E apontam que a
escolha da cor vai de acordo com os sintomas e patologias apresentadas
por cada criança. As técnicas de cromoterapia podem ser incorporadas
à enfermagem e inseridas nos ambientes hospitalares para promover a
cura, fazendo um papel importante na realidade, no domínio da saúde e
doença, interferindo de várias formas no indivíduo (VIANA et al, 2020).
Dentro da perspectiva infantil, as contribuições da cromote-
rapia são diversas. O uso das cores pode ser utilizado também como
estratégia na atuação contra a ansiedade de crianças. Assim, Santiago,
Duarte e Macedo (2009) apresentam a efetividade da Cromoterapia
no controle da ansiedade no atendimento odontológico infantil.
Assim, os estudos publicados a respeito do uso da cromoterapia
em serviços de saúde destacam a sua eficácia e resultados positivos. A
cromoterapia vem sendo amplamente utilizada como prática comple-
mentar nos tratamentos de controle da pressão arterial, de doenças
crônicas, na diminuição das dores, nos desequilíbrios emocionais
e até mesmo como prática complementar na questão da depres-
são (SANTOS; CIDRAL FILHO, 2012).
CONCLUSÕES
194
A cromoterapia não é um modelo para procurar curar os sintomas,
mas um método de interferir nas causas, proporcionando o equilíbrio
físico e energético dos órgãos e sistemas do corpo, rompendo com a
visão da doença em detrimento do sujeito.
O uso dessa prática integrativa de cuidado vem sendo cada
vez mais estudado e, consequentemente, sendo expresso em amplos
estudos, já que as cores podem atuar em diversos problemas de saúde,
podendo ser levadas também a ambientes mais específicos, atuando
como promotoras do acolhimento e bem-estar institucional.
A partir do estudo das cores, é possível destacar que os serviços
de saúde carecem de espaços que ofereçam espaços agradáveis e que as
cores podem atuar como importantes elementos nesse processo. É válido
apontar que os usuários dos serviços de saúde podem se beneficiar com
a utilização da cromoterapia para melhorar seu estado biopsicossocial.
O presente manuscrito aponta também que existem diversas
publicações acadêmicas em torno da temática da cromoterapia, mas
se faz necessário continuar a produzir outros estudos que venham
destacar ainda mais a eficácia das cores dentro dos serviços de saúde.
REFERÊNCIAS
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Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 08, v. 02, pp. 52-57, 2018.
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195
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sas Científicas sobre Cromoterapia: uma revisão integrativa. Cad. naturol. terap. complem.
Universidade do Sul de Santa Catarina, Santa Catarina. 2012.
VIANA, Jessica de Moura et al. Uso da cromoterapia pelo enfermeiro no cuidado da criança
em unidade de terapia intensiva. Braz. J. Hea. Rev, Curitiba, v. 3, n. 6, p.17819-17842. nov./
dez. 2020.
196
NATUROPATIA / NATUROLOGIA: UMA
REVISÃO NARRATIVA
INTRODUÇÃO
“A Naturopatia é tanto promocionista quanto curativa, contudo,
assim como as outras formas de tratamentos, não é e não
pretende ser a cura de todos os males. É uma filosofia de vida
embasada na harmonia do indivíduo consigo mesmo e com o seu
ambiente.” (ANBA)
A NATUROPATIA NO BRASIL
198
O primeiro curso de bacharelado em Naturologia foi criado em
1998, na cidade de Florianópolis, na Universidade do Sul de Santa
Catarina, seguido pela Universidade Anhembi-Morumbi, em São
Paulo, no ano de 2002, e pela Universidade Federal do Paraná em
2012, reunindo conhecimentos das práticas de ciências humanas,
ciências biológicas e ciências da saúde, e trazendo como pilares do
conhecimento as medicinas tradicionais chinesa, ayurveda e xamâ-
nica, conjugando uma formação de nível superior competente para
atuar com as PICS, em resposta à crescente procura por estas práti-
cas. (PASSOS; RODRIGUES, 2017).
Dentre os avanços da profissão no país, considera-se a institui-
ção, em São Paulo, do dia do Profissional em Terapias Naturais e do
Naturólogo, e, em Santa Catarina, a instituição do dia Estadual do
Naturólogo, ambos comemorados em 23 de março.
O PROFISSIONAL NATURÓLOGO/NATUROPATA
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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204
O TRANSTORNO DE PERSONALIDADE
BORDERLINE À LUZ DA ANÁLISE
BIOENERGÉTICA1
INTRODUÇÃO
MÉTODOS
206
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CONCLUSÕES
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212
AYURVEDA E A ATUAÇÃO DO
NUTRICIONISTA
213
Os tratamentos na Ayurveda levam em consideração a singulari-
dade de cada pessoa, de acordo com o dosha (humores biológicos) do indi-
víduo. Assim, cada tratamento é planejado de forma individual. São uti-
lizadas técnicas de relaxamento, massagens, plantas medicinais, minerais,
posturas corporais (ásanas), pranayamas (técnicas respiratórias), mudras
(posições e exercícios) e o cuidado dietético. (SHIRKANDE, 2021).
A teoria dos três doshas (tridosha) é o princípio que rege a intervenção
terapêutica no Ayurveda. As características dos doshas podem ser conside-
radas uma ponte entre as características emocionais e fisiológicas. Cada
dosha está relacionado a uma essência sutil: Vata, a energia vital; Pitta o fogo
essencial; e Kapha está associado à energia mental. (CARNEIRO, 2009).
DOSHAS
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220
SOBRE O ORGANIZADOR
221
SOBRE OS AUTORES
Amanda Pinheiro
228
pesquisas epidemiológicas, de base populacional, nas áreas da Saúde
Materno-Infantil e das Doenças e Agravos Não-Transmissíveis.
229
Marcos Fábio Pinto Bandeira
232
ÍNDICE G Quiropraxia 22, 34
Borderline 205, 206, 209, 211, 212 Naturopatia 22, 32, 197-201, 203 Sofrimento psíquico 16, 36, 53, 56, 63, 65,
107, 137, 139, 168, 173, 176
C Neuropsicomotor infantil 143, 148, 150
Síndrome de burnout 74, 81, 85
Constelação familiar 15, 22, 26, 39 Nutricionista 93, 94, 213, 227
Síndrome respiratória aguda grave 44
Covid-19 44, 46, 47, 67, 98, 99, 101-107, O
109, 112-116, 125, 134, 135, 171-176, 222 T
Óleos essencias 43
Crenoterapia 22, 37, 38 Tci 12, 18, 172, 173, 175, 176
Organização mundial da saúde (oms) 20,
Cromoterapia 22, 27, 39, 190-196 88, 160, 171, 194, 213 Terapia assistida por animais (taa) 117,
123
D Ozonioterapia 22, 33
Terapia comunitária integrativa 10, 12,
22, 36, 171-176
Dança circular 22, 27, 41 P
Disfunção orgânica 13, 15 Terapia de florais 37, 39, 49, 52, 54, 56
Pandemia 47, 58, 99, 101-103, 106-109,
112-114, 125, 134, 171-173, 175, 176, 178
Disfunção relacional 15 Toque de cura (tc) 74
Plantas medicinais 10, 22, 25, 34, 39,
Dor crônica 63, 134, 135, 153-155, 158, 86-91, 93-97, 202, 214, 217 Toque terapêutico (tt) 74
159, 161, 183, 186, 189
Potencialidades da meditação 60 Transtorno de personalidade 205, 206,
209, 211
E
Promoção da saúde 21, 23, 37, 68-70, 72,
110, 114, 115, 129, 142, 144, 161, 173, Tratamento osteopático 33
Efeitos terapêuticos 106, 112
190, 192, 198, 201, 221
Equilíbrio mente e corpo 125 V
Prática integrativa de saúde 125, 177
Especialistas alopáticos 9 Vitalismo 32, 199, 200
Práticas de saúde 73, 144, 159
F Y
Práticas integrativas e complementares em
Física quântica 73, 83, 85 saúde (pics) 60, 75, 125, 198, 205 Yoga 10, 14, 22, 38, 106, 108-116, 126,
128, 129, 133, 135, 136, 144, 220, 221
Fitoterapia 22, 34, 39, 54, 86-92, 94, 95, Q
97, 183, 197, 202
Qualidade de vida 24, 29, 36, 51, 57, 68, 70,
71, 77, 80, 81, 84, 85, 109, 117, 119, 121, 142,
158, 167, 169, 177, 178, 180-191, 202, 203
233
ISBN 978-65-5368-113-2
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