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DEFINIÇÃO .
● Qualquer afecção que dificulte ou impossibilite o trânsito GI
● Delgado > Cólon
● Mortalidade: 7 a 30%
● Simples x Complicadas
● Classificação em altas x baixas → Marco: ângulo de Treitz
ETIOLOGIA .
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FISIOPATOLOGIA .
Obstrução mecânica → Acúmulo de líquido e gás a montante → Hiperproliferação bacteriana →
Extravasamento de líquido
. ENCARCERAMENTO X ESTRANGULAMENTO .
● Encarceramento é a condição quando uma alça intestinal está “presa”, não retornando com a
compressão. Já o estrangulamento pressupõe prejuízo na perfusão e risco de necrose.
Redução da perfusão → Gangrena → Perfuração → Peritonite → Sepse → Óbito
● Condições: Hérnias, volvos e intussuscepções
● Comprometimento Venoso > Arterial
Compartimento venoso é o primeiro a ser prejudicado → veias colabam
Artérias tem maior resistência
DIAGNÓSTICO .
ANAMNESE
● Dor abdominal tipo cólica
● Distensão abdominal
● Parada de eliminação de flatos e fezes
● Vômitos
Se obstrução ALTA: vômitos com restos alimentares, conteúdo bilioso, pouca distensão
Se obstrução BAIXA: grande distensão, menos vômitos, de aspecto fecaloide
EXAME FÍSICO
● Peristaltismo visível/Peristalse de luta
● RHA metálicos
● RHA abolidos
● Toque retal
● Se choque: taquipneia, sudorese, pele fria
● Se peritonite: febre e taquicardia → provável
sofrimento de alça → considerar abordagem
cirúrgica!
EXAMES LABORATORIAIS
● HC
● Função Renal/Eletrólitos
● Gasometria - disturbio ácido base como causa funcional
Obstrução alta: alcalose metabólica
hipoclorêmica (perda de H+ pelo vômito) e
hipocalêmica (rim poupa H+ secretando K+)
Obstrução Baixa: Acidose metabólica
EXAMES DE IMAGEM
● Raio X:
RX de tórax póstero-anterior em posição ortostática
RX de abdome anteroposterior em decúbito dorsal
RX de abdome anteroposterior em posição ortostática
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Obstrução a nível de DELGADO → sinal das “moedas empilhadas”
● Tomografia Computadorizada
TRATAMENTO .
● Tratamento clínico:
Reposição hídrica vigorosa.
Reestabelecimento hidroeletrolítico.
Jejum e descompressão do trânsito intestinal por sonda nasogástrica por 24 a 48h.
Analgesia.
Nos pacientes sem resolução ou melhora progressiva → avaliar necessidade de tratamento cirúrgico
● Tratamento cirúrgico → laparotomia
Pacientes com obstrução total
Peritonite
Isquemia
Iminência de rotura do cólon
● Bridas e carcinomatose peritoneal → adiar!
● ATB: combater proliferação bacteriana e translocação
Hey! Em pacientes com peritonite carcinomatosa: haloperidol + dexametasona para redução da dor
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PROGNÓSTICO .
● Mortalidade baixa
● Perfuração aumenta a mortalidade
SITUAÇÕES ESPECIAIS .
INTUSSUSCEPÇÃO
● Crianças: opta-se pela redução (desfazer), evita-se fazer
enterectomia (retirada do segmento)
● Adultos: enterectomia (devido à alta probabilidade de tumor)
● Se alça inviável: enterectomia
● Ileocecocólica, ileoileal, colocólica
● US: sinal da Casca de cebola
VOLVO DE SIGMOIDE
● RX: sinal do Grão de café
● Opções de tratamento:
Retossigmoidectomia
Sigmoidopexia
Descompressão com colonoscopia
ÍLEO BILIAR
● Fístula vesícula-intestino
● Tratamento: Enterotomia
TUMORES
● Raramente cirurgia definitiva
● Colostomia
Ocorre redução ou ausência de perfusão tissular intestinal, o que leva a isquemia de alças,
com possibilidade de desfechos dramáticos para o paciente.
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ETIOLOGIAS
1. Embolia da artéria mesentérica superior (AMS)
2. Isquemia não oclusiva (vasoespasmo)
3. Trombose da artéria mesentérica superior
4. Trombose da veia mesentérica superior
● Diagnóstico:
Complexo
TC ou angiografia pelo cateterismo da AMS:
Fase arterial: espasmo da AMS e de seus ramos
Fase venosa: ausência de substância de contraste nas veias mesentéricas com opacificação
prolongada das alças intestinais
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DIAGNÓSTICO
QUADRO CLÍNICO
● Mulheres idosas: 2/3 dos casos
● Dor súbita, difusa, de forte intensidade em epigástrio e mesogástrio
● Mal estado geral (taquicardia, hipotensão, sudorese, taquipneia).
● Diarreia
● Sangue oculto retal ou gástrico
● Nas primeiras horas, não há sinais de irritação peritoneal, distensão ou febre
● Distensão abdominal
● Desproporção entre a clínica e o exame físico: sintomas exacerbados e poucos achados no EF.
● Toque retal: presença de sangue escurecido proveniente da isquemia de mucosa, que gera descamação e
sangramento. Tem aspecto de “geleia de framboesa”.
● Na trombose de AMS, o paciente pode apresentar perda ponderal. Devido a dor após se alimentar, o
paciente evita ingerir alimentos (“food fear”).
● Pacientes com isquemia não-oclusiva podem apresentar febre.
EXAMES LABORATORIAIS
● Leucocitose invariavelmente está acima de 20.000
● Aumento da CPK-MB em 6 horas do início do processo,
● Amilase e lipase só aumentam em fases mais tardias
● Acidose metabólica → “Paciente com dor abdominal aguda e acidose metabólica apresenta isquemia
intestinal até que se prove o contrário”.
EXAMES DE IMAGEM
● RX
● US
● Angiotomografia de abdome total
● Arteriografia → método mais eficaz para o diagnóstico de certeza
● Angio-RNM
TRATAMENTO
Na isquemia mesentérica, “tempo é alça”.
● Medidas iniciais
Suporte hemodinâmico
Ressuscitação volêmica
Coleta de exames laboratoriais
ATB (ceftriaxona e metronidazol)
● Revascularização:
Indicada em até 6 a 8h após o início dos sintomas
Quando há segmentos intestinais comprometidos, além da ressecção das alças viáveis, a
revascularização é importante no sentido de evitar a progressão da necrose
Nas fases tardias de infarto maciço → revascularização não indicada
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*O cloridrato de papaverina é um relaxante inespecífico do músculo liso → produz ação antiespasmódica nos
vasos sanguíneos
ETIOLOGIA .
● Peritonite secundária a uma perfuração de víscera oca
● Causas de perfuração:
Estômago: Úlcera péptica
Delgado: Corpo estranho
Cólon: Divertículo e câncer
QUADRO CLÍNICO .
Semelhante independente da víscera perfurada
● Dor súbita e intensa (“dor rasgando”)
● Início preciso
● Dor referida (ex: na escápula, por irritação do n. frênico)
● Difusa ou localizada
● Reflexo de proteção do abdome
● Sepse (se demora a buscar atendimento)
EXAME FÍSICO .
● Abdome em tábua, rígido
● Sinal de Jobert: timpanismo na percussão do hipocôndrio direito
região do fígado
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EXAMES DE IMAGEM .
● RX de abdome: pneumoperitônio (vê-se “descolamento” entre fígado e diafragma → presença de ar)
● TC: pneumoperitônio
● US: pouca utilidade
TRATAMENTO .
Cirúrgica, dependendo da etiologia:
● Úlcera gástrica:
Rafia com ou sem patch (“remendo”) de omento
Gastrectomia parcial: se associadas a neoplasias
● Delgado:
Rafia ou enterectomia (se comprometer >75% da luz)
● Cólon:
Rafia ± colostomia protetora ou Hartmann
● IBP
● Suspensão de AINES
● Tratamento da neoplasia