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RADIOGRAFIA DO ABDOME
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Quadro 1
Fonte: Autor
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Figura 1. Obstrução de delgado. Observe a presença de alças dilatadas em posição mais central e com
sinal do empilhamento de moeda, representando as pregas coniventes do intestino delgado
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Fonte: Dietrich1
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DICA
Melhor dia para realização do exa-
me é o sétimo dia do ciclo menstrual: en-
Fonte: Rosa Filho2
dométrio proliferativo e chance de gravidez
baixa (suspeita de gestação contraindica
o exame).
2.3. ESÔFAGO-ESTÔMAGO-
DUODENOGRAFIA (EED)
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Figura 9. Acalasia. Observe a dilatação do esôfago, que Figura 10. Adenocarcinoma cólon. Imagem mostrando
apresenta contraste no seu interior, e afilamento abrupto cólon com contraste no seu interior, com afilamento
na sua porção mais distal (sinal do “bico do pássaro”). abrupto representado pelo sinal de maçã mordida
Ele é útil para avaliar algumas alterações no cólon, Como pedir a radiografia de abdome nestas situações?
como, por exemplo, a presença de um tumor, que W AP (anteroposterior) do abdome em decúbito dorsal
se mostra no enema opaco com aspecto de uma
W AP do abdome em ortostase:
maçã mordida.
W PA (posteroanterior) do tórax/cúpulas diafragmáticas
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RAIO X DO ABDOME
- Histerossalpingografia:
Abdome obstrutivo: procura alterações
- AP abdome – - Abdome perfurativo: 1) sinal de “moedas da cavidade uterina
decúbito dorsal presença de ar empilhadas” e das tubas.
- AP abdome- entre o fígado >intestino delgado, - uEED: na acalasia,
ortostase e o diafragma 2) alças calibrosas costumeiramente vemos
- PA do tórax/cúpulas com o paciente de distribuição o “bico de pássaro”.
diafragmáticas em ortostase periférica > alças do - Enema opaco: sinal
intestino grosso. da “maçã mordida”
no tumor de cólon
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REFERÊNCIAS
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QUESTÕES COMENTADAS
Questão 1 Questão 2
(UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SP - 2019) Homem de 46 (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RI-
anos, vítima de ferimento por projétil de arma de BEIRÃO PRETO DA USP - SP - 2019) Recém-nascido prema-
fogo, com lesão exclusiva de coluna torácica, evo- turo, 880 g de peso ao nascimento. Com sete dias
luiu com déficit neurológico motor e sensitivo com- de vida passou a apresentar distensão abdominal,
pleto em nível de T11. Tratamento cirúrgico para secreção esverdeada pela sonda gástrica e ente-
retirada de fragmentos ósseos do canal medular. rorragia. Achados físicos: dor abdominal à digito-
Encontra-se no quinto dia pós-operatório com dis- -palpação superficial e massa palpável em fossa
tensão abdominal, sem evacuar e eliminar gases ilíaca direita. Foi submetido à radiografia simples
desde o procedimento. Ao exame físico afebril, de abdome e iniciado tratamento clínico com sonda
normotenso, eupneico, corado e hidratado. Abdome gástrica em drenagem, jejum com nutrição paren-
com importante distensão, timpânico, sem irritação teral e antibióticos.
peritoneal. Toque retal com gás na ampola e sem Quais o diagnóstico provável, o achado de ima-
fezes. Exames laboratoriais: Hb 9,7g/dl, leucócitos gem e a conduta mais adequados neste caso,
11,33 mil/mm³ (sem desvio), PCR 78, RX simples respectivamente?
de abdome apresentado.
Qual o tratamento neste momento?
⮦ colonoscopia
⮧ laparoscopia
⮨ lavagem intestinal
⮩ colectomia.
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Questão 5
Questão 7
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Questão 8
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GABARITO E COMENTÁRIOS
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Use esse espaço para construir mapas mentais e fixar seu conhecimento!
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u Abdome agudo inflamatório: em alguns casos, o USG pode servir como exame inicial (por exemplo, em
casos de apendicite ou colecistite aguda).
u Colecistite aguda: mais comumente de etiologia calculosa.
u Apendicite: USG usado apenas nos casos de dúvida diagnóstica.
u FAST: feito no paciente traumatizado instável. Procuramos sinais de sangue (anecogênico) em quatro
regiões: no pericárdio, no espaço hepatorrenal, no espaço esplenorrenal e na pelve.
u Nefrolitíase: para, principalmente, avaliar hidronefrose, secundariamente pesquisa de cálculo (sensibili-
dade de 24%).
BASES DA MEDICINA
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V endocavitário: utilizado principalmente para ultras- V anecogenica: lesões totalmente pretas (esse tipo
sonografia transvaginal. de lesão contém líquido no seu interior).
1. CÓLICA BILIAR
1.1. COLECISTOLITÍASE
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2. APENDICITE
Diagnóstico é CLÍNICO.
O USG (e, em alguns casos, a tomografia) fica restrito
aos casos de dúvida diagnóstica, mais comumente
em mulheres e crianças.
Figura 3. Apendicite
Paredes espessadas e com cálculos no seu interior Mas o que podemos observar através do USG na
apendicite?
u parede espessada do apêndice
u apêndice não compressível: ao pressionarmos a
região da fossa ilíaca direita com o transdutor,
em pacientes normais, vemos que o apêndice
é comprimido. Isso já não ocorre se houver um
processo inflamatório nesse órgão, em virtude
do edema
u linfonodos aumentados na região: indicativos de
processo infeccioso inflamatório local
u hiperecogenicidade da gordura
Fonte: Patel.
1 u líquido livre.
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DICA
Lembrar que, ao USG, sangue apa-
rece anecogênico. Fonte: Patel4
u pericárdio
W A principal indicação do uso da ultrassonografia de
u espaço hepatorrenal abdome, num contexto de abdome agudo, é na cole-
u espaço esplenorrenal cistite. Neste caso, sua utilização supera o uso da
tomografia de abdome.
u pelve.
W A sensibilidade do USG para detecção de cálculos
renais é baixa, sobretudo para cálculos pequenos.
4. NEFROLITÍASE Num contexto de cólica renal sua principal indicação
é para pesquisa de hidronefrose.
W USG de abdome superior comtempla o estudo de
A sensibilidade do USG para detecção de cálculo
baço, fígado, pâncreas e aorta.
é baixa (24%); porém, é um importante exame para
pesquisa de hidronefrose. W USG de rins e vias urinárias contempla o estudo de
rins e bexiga.
Fonte: Di Muzio3
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ULTRASSONOGRAFIA
DO ABDOME
• Palavra chave:
ecogenicidade • Colelitíase: Procurar líquido • USG tem baixa
• Anecóico: imagem branca em 4 regiões: sensibilidade
totalmente (hiperecogenica) • Pericárdico na detecção
preto, • Colelicistite: • Espaço de cálculos
geralmente vesícula biliar perirrenal pequenos
representa hiperdistendica, • Espaço • Importante na
líquidio com paredes esplenorrenal detecção de
• Hiperecogenico: espessadas. • Pelve hidronefrose
mais escurto • Apendicite:
• Isoecogenico: Sinal do alvo,
mesma dimensões e
ecogenicidade fluxo vascular
• Hiperecogenico: aumentado
mais ecogênico.
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REFERÊNCIAS
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QUESTÕES COMENTADAS
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de abdome que mostrou um pólipo de 0,5 cm na II. O baço é o órgão mais acometido e o sinal clás-
vesícula biliar. sico da presença de sangue no espaço subfrênico
Conduta: esquerdo é o sinal de Kehr, que é a dor localizada
em ombro esquerdo.
⮦ colecistectomia videolaparoscópica III. A imagem radiológica do trauma esplênico pode
⮧ seguimento com colangiorressonância mostrar bolha gástrica desviada medialmente.
⮨ ecoendoscopia com biópsia do pólipo IV. O ultrassom de abdome é o exame mais sensí-
⮩ colecistectomia aberta, com ressecção do seg- vel para o diagnóstico e classificação das lesões
mento IV do fígado esplênicas.
V. A maioria dos pacientes evolui sem necessida-
⮪ repetir o ultrassom em seis meses.
des de cirurgia. A abordagem cirúrgica depende
de parâmetros fisiológicos e hemodinâmicos. A
Questão 5 esplenectomia só é indicada nos casos de lesões
extensas ou com comprometimento do hilo em
(SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE crianças críticas.
PERNAMBUCO - PE - 2017) Mulher, 22 anos, procu- É (são) CORRETA(S):
ra o ambulatório de cirurgia, encaminhada pelo
clínico. Há quatro anos, vem acompanhando uma ⮦ I, II, III, IV
lesão cística no corpo pancreático de 2,3 cm (1,5 ⮧ I, II, III
cm à esquerda da veia mesentérica). Traz ultras-
⮨ I, III e IV
sonografia recente que evidencia lesão cística de
8,9 cm, com componente sólido. Cromogramina A ⮩ I, II, III e V
e CA 19,9 normais. ⮪ I, II e V
Qual é a principal hipótese diagnóstica?
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GABARITO E COMENTÁRIOS
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Questão 6 dificuldade:
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u Abdome agudo inflamatório: primeiro exame é o USG de abdome em vários casos; a TC também é um
exame importante para avaliação secundária do quadro, permitindo diagnóstico de complicações.
u Pancreatite aguda: USG para avaliar possível causa biliar. TC com contraste a partir do quinto ou sétimo
dia de doença, para procurar complicações.
u Diverticulite aguda: TC pode evidenciar complicações como abscesso ou fístula.
u Abdome agudo vascular: principalmente, procurar sinal de obstrução da artéria mesentérica superior. A
pneumatose intestinal é sinal de sofrimento de alça.
u Aneurisma de aorta: importante avaliar o diâmetro do aneurisma e se há sinais de rotura.
u Lesões hepáticas: TC de abdome com contraste trifásico é a melhor modalidade imagenológica para
investigação.
u Nódulo hepático em paciente cirrótico é provável hepatocarcinoma.
u Em paciente assintomático, um incidentaloma é, até que se prove o contrário, benigno.
u Litíase urinária: TC de abdome sem contraste é o exame de primeira escolha.
u Trauma: realiza-se TC para pesquisa de lesão (principalmente de órgãos parenquimatosos), principalmente
nos pacientes estáveis.
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u c) Obstrução arterial
3. DIVERTICULITE AGUDA
W obstrução da artéria mesentérica superior
W quadro mais grave do que na obstrução venosa
Resulta da inflamação decorrente da (micro)perfu-
W consequência: sofrimento de alças intestinais
ração de um divertículo obstruído. Perfuração de
um divertículo.
Figura 4. Falha de enchimento na artéria
mesentérica superior. Repare que ela se
Figura 3. Cólon esquerdo com espessamento parietal apresenta sem contratação no seu interior
e densificação da gordura adjacente associado a
divertículos de permeio, inferindo diverrticulite
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Características
Conduta
do aneurisma
Diâmetro da aorta:
• USG de 3 em 3 anos
3,0 a 3,9 cm
6. LESÕES HEPÁTICAS
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Nesta metodologia de exame, obtemos Tipicamente, o CHC capta muito contraste na fase
imagem da região de interesse mais de arterial e, na fase venosa, o tumor logo “some” (cla-
uma vez, em tempos determinados a partir reamento do contraste) – fenômeno este conhecido
da injeção do contraste. como wash-out.
As fases para obtenção das imagens no Isso ocorre porque o carcinoma hepatocelular é
caso de investigação de tumores hepáti- muito vascularizado; então ele capta o contraste
cos são: rapidamente e também o elimina rapidamente.
W fase pré-contraste
W fase arterial
W fase venosa (portal)
W fase de equilíbrio.
Figuras 9A e 9B.
Fase arterial Fase venosa
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Terapêutica ideal: transplante hepático nos pacien- por contraste de dentro para fora progressivo e
tes bem selecionados (já que, no geral, trata-se de persistência do realce na fase de equilíbrio.
um fígado cirrótico).
Para saber se o paciente é elegível para transplante,
utilizamos os chamados critérios de Milão. 9. HIPERPLASIA NODULAR FOCAL
Lembrar também que, se houver invasão vascular
pelo tumor e/ou se paciente tiver metástases, o Esta é uma lesão mais comum em mulheres jovens,
transplante fica contraindicado. em geral única.
Mas, se o nódulo for único, se a função hepática Na fase pré-contraste, aparece isoatenuante ou
do paciente ainda estiver preservada e os critérios levemente hipoatenuamente.
de Milão não forem preenchidos, pode-se tentar
Na fase arterial, apresenta realce homogêneo pelo
ressecção do segmento acometido.
contraste, com possível área central estrelada não
Há outras modalidades de tratamento, como a contrastada.
radiofrequência e a quimioembolização.
8. HEMANGIOMA
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Figura 11. Nas fases portal e de equilíbrio Figura 12. Cálculo (branco) renal bilateral
há clareamento rápido do contraste
Fonte: Autor.
Usualmente encontrado em mulheres em uso de
contraceptivo oral. No exame de imagem, queremos obter as seguintes
Na TC contrastada, podemos ver uma lesão bem informações:
delimitada e, às vezes, encapsulada. Tipicamente u localização do cálculo
pode ter gordura (hipoatenuante) ou focos hemor-
u tamanho
rágicos intralesionais (hiperatenuantes).
u composição
u dilatação de vias urinárias a montante.
11. LITÍASE RENAL
Figura 13. Hidronefrose à direita
Fonte: Autor.
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Fonte: Di Muzio3
Fonte: Autor.
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TOMOGRAFIA
DO ABDOME
Abdome Abdome
Fases na TC
Inflamatório Vascular
- TC s/contraste: ideal
na pesquisa de litíase. - O que a pancreatite,
- Arterial: estudar vasos a apendicite e a
arteriais e metástases Diverticulite tem em
hipervasculares comum na TC? R: sinais Principais diagnósticos:
de inflamação na TC - Aneurisma
- Portal: boa fase para
avaliação dos orgaos - Sinais de inflamação - Trombose arterial
maciços abdominais na TC de abdome: e venosa
Aumento do órgão
- Excretora: boa fase - Dissecção
+ densificação da
para estudar o sistema
gordura adjacente
coletor (vemos o
contraste sendo
excretado pelo mesmo
.
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REFERÊNCIAS
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QUESTÕES COMENTADAS
Questão 2
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Questão 6
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Questão 7
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GABARITO E COMENTÁRIOS
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