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EXAME

FÍSICO GERAL
INSPEÇÃO
- Ato de observação
- Alterações visíveis devem ser verificadas.
- Estática ou Dinâmica
- Iluminação adequada para realização da inspeção.
- Inspeção frontal → “Técnica de olhar de frente a
região a ser examinada.” (BARROS)
- Inspeção tangencial → Observar a região de forma
tangencial
PALPAÇÃO
- Dados a partir do tato (impressões superficiais) e
pressão (impressões profundas)
- Anda junta com a inspeção, um complementando o
outro.
- Superficial (1cm)
- Profunda (4cm- BARROS)

CUIDADOS NA SEMIOTÉCNICA

Unhas cortadas, mãos lavadas e enluvadas


PALPAÇÃO - variantes
● Palpação com a mão espalmada
● Palpação com uma das mãos sobrepondo-se a outra
● Polpas digitais
● Pinça
● Dígito-pressão
PERCUSSÃO
Vibrações originadas de pequenos golpes realizados em determinada superfície
do organismo.

Além das vibrações, impressões acerca da resistência que a região golpeada


oferece quando realizada o procedimento.

Semiotécnica: Sons:

- Percussão direta - Maciço


- Percussão indireta - Submaciço
- Punho-percussão - Timpânico
- Percussão por - Claro pulmonar
piparote
AUSCULTA
● Necessário estetoscópio → ruídos normais ou patológicos
● Realizada em um ambiente sem ruído externo e sossegado.
EXAME FÍSICO GERAL - SSVV
- Responsabilidade básica da enfermagem
- Monitora a resposta ao tratamento
● PA →
EXAME FÍSICO GERAL - SSVV
● FC → Normocardia (60-100 bpm). Bradicardia e Taquicardia
● FR → Eupnéia (12-20 irpm). Bradipnéia e Taquipnéia
● PAO2 → 80-100. Hipo-oxigenação pulmonar e Hiper-oxigenação pulmonar
● PACO2 → 35-45. Hipocapnia e Hipercapnia (função respiratória)
● SPO2 → 95-100. 90-95 (aceitável) <90 (investigar)
● T → Normotermia (35,6o-36,6oC). Hipotermia, Hipertermia (36,7o-37,9o),
Pirexia (38o) e Hiperpirexia (>40o)
● Dor → 0 (sem dor) 1-3 (dor branda) 4-6 (dor moderada) 7-10 (dor severa)
EXAME FÍSICO GERAL - Estado geral
Baseado nas condições fisiológicas apresentadas pelo paciente e
interpretadas de acordo com a experiência e vivência de quem avalia.

BOM - REGULAR - RUIM


EXAME FÍSICO GERAL - Nível de consciência
Estado de vigília/plena consciência → Capacidade de responder a estímulos

Obnubilação → Consciência é comprometida de modo pouco intenso, mas seu estado de alerta é
moderadamente comprometido

Sonolência → Pct é facilmente despertado, responde mais ou menos apropriadamente e volta logo a
dormir.

Hiperalerta → Resposta exagerada. EX.: Uso de drogas

Torpor → Sonolência profunda. Responde apenas a estímulos dolorosos

Coma → Não abre os olhos nem emite sons mesmo com estímulos dolorosos. Perde completamente a
capacidade de identificar seu mundo interior e os acontecimentos do meio que o circunda.
EXAME FÍSICO GERAL - Fala e linguagem
Disfonia/Afonia → Voz falha, rouca, fanhosa

Dislalia → Troca de letras. Exemplo o R pelo L (‘cebolinha’)

Disritmolalia → Gagueira

Disartria → Voz arrastada

Disfasia → Palavras/voz incompreensível


EXAME FÍSICO GERAL - Hidratação
INTENSIDADE:

1o Grau → Perda de peso até 5%


Avalia-se:
2o Grau → 6-10%
Sede
3o Grau → >10% Mucosas secas
Oligúria
Osmolaridade: Enoftalmia
Pele seca
Isotônica → Quando o NA+ está nos Elasticidade de pele diminuída
Perda de peso rápida
limites normais (130-150 mEq/L) Diminuição abrupta do peso
Estado geral comprometido
Hipotônica e Hipertônica
EXAME FÍSICO GERAL - Medidas antropométricas
NEONATO e CRIANÇAS:

Ao nascimento (50 cm)

Primeiro ano (25 cm)

Segundo e terceiro ano (10 cm/ano)

Até 12 ano (criança cresce entre 5 e 7 cm)


EXAME FÍSICO GERAL - Medidas antropométricas
Da planta dos pés ao vértice da cabeça

- Doença do colágeno/Síndrome de Marfan

Indivíduo alto com extremidades longas, escoliose, peito escavado


ou peito de pombo, pé plano, hérnias inguinais.

- Para identificar nanismo e gigantismo (Distância pubovértice e


distância puboplantar)
EXAME FÍSICO GERAL - Medidas antropométricas
● Pesar paciente de preferência no mesmo horário e antes do desjejum
com o mínimo de roupas possíveis e descalço.
● PESO DO HOMEM: Números de cm que excede 1 metro de altura. EX.:
1,70 m → peso ideal 70 Kg
● PESO DA MULHER: Números de cm que excede 1 metro de altura -5%.
EX.: 1,70 m → 70 - 5% = 70 - 3,5 → peso ideal 66,5Kg

OBS.: Peso máximo normal → soma-se 10% ao peso ideal

Peso mínimo normal → subtrai-se 10% do peso ideal

IMC= Peso/AlturaxAltura
EXAME FÍSICO GERAL - Medidas antropométricas
EXAME FÍSICO GERAL - Estado de nutrição
Magreza → Abaixo do peso mínimo é constituído patológico

Caquexia → Magreza extrema com comprometimento do estado geral

x
Sobrepeso → Acima do IMC 25. Risco cardiovascular

Obesidade → Grau 1, 2 e 3
EXAME FÍSICO GERAL - Estado de nutrição
Desnutrição: Déficit de pulso

1o Grau → > 10%

2o Grau → > 25%

3o Grau → > 40%


EXAME FÍSICO GERAL - Fácies
Verificar na face: Disposição, tamanho e formato dos olhos, orelhas, nariz e
boca, formato do rosto.

- Expressão social: Contato ocular do paciente com o examinador, riso,


choro, movimentação de músculos da face.
- Fácies atípica (NORMAL)
EXAME FÍSICO GERAL - Fácies
Fácies hipocrática

Olhos fundos e inexpressivos.

Lábios finos e entreabertos.

Palidez cutânea

Cianose labial

Desnutrição

É uma fácies que não representa uma doença específica, mas sim
um estágio de fim de vida encontrado na fase final de diversas
patologias.
EXAME FÍSICO GERAL - Fácies
Fácies renal

Encontrada em doenças renais, geralmente em


estágios avançados.

Edema facial, principalmente em pálpebras.


EXAME FÍSICO GERAL - Fácies
Fácies adenoideanas

Hipertrofia das adenoides

Geralmente em crianças com rosto alongado,


nariz pequeno, boca entreaberta para
permitir o fluxo de ar.
EXAME FÍSICO GERAL - Fácies
Fácies cushingóide

Também chamada de “face em lua cheia”

Edema em face: Geralmente em região malar e


pescoço

Presença de acne

Eritema em bochechas

Encontrada em pacientes com síndrome de Cushing


primária ou induzida pelo uso de corticosteróides.
EXAME FÍSICO GERAL - Fácies
Fácies basedowiana

Indica hipertireoidismo, Basedow-Graves

Exoftalmia

Rosto magro

Expressão de ansiedade ou espanto


EXAME FÍSICO GERAL - Fácies
Fácies mixedematosa

Indica hipotireoidismo

Rosto arredondado

Pele seca, pálida

Lábios grossos

Pálpebras enrugadas

Cabelos secos e sem brilho

Expressão
EXAME FÍSICO GERAL - Fácies
Fácies sindrômica ou mongoloide

Característica da síndrome de Down

Olhos oblíquos

Rosto arredondado

Nariz pequeno

Orelhas têm implantação baixa e a boca


comumente fica entreaberta devido ao maior
tamanho da língua.
EXAME FÍSICO GERAL - Fácies
Fácies esclerodérmica

Espessamento da pele, tornando-a


endurecida

Redução importante da mobilidade


facial, aspecto de múmia

Indica esclerodermia sistêmica

Repuxamento da boca, dando aspecto de


lábios finos
EXAME FÍSICO GERAL - Fácies
Fácies acromegálica

Protrusão da região malar e


sobrancelhas

Hipertrofia de nariz, boca e orelhas,


dando aparência de olhos pequenos

Indica acromegalia
EXAME FÍSICO GERAL - Fácies
Fácies leonina

Encontra-se na Hanseníase

Pele espessa com lesões nodulares típicas


da doença

Não há pêlos na face

Nariz alongado

Lábios grossos
EXAME FÍSICO GERAL - Fácies
Fácies parkinsoniana

Indica mal de parkinson

Falta de expressão facial

Diminuição do piscar

Elevamento dos supercílios

Fronte enrugada

Podem manter uma flexão do pescoço,


que os força a manter um olhar para
cima.
EXAME FÍSICO GERAL - Fácies
Fácies depressiva

Inexpressividade facial (indiferença ou


tristeza)

Canto da boca rebaixado

Olhar fixo e distante


EXAME FÍSICO GERAL - Fácies
Fácies da paralisia facial

Lesão no nervo facial (responsável


pela mímica facial)

- Periférica → Prejuízo em toda


face
- Central → A inervação superior
se mantém, possibilitando a
contração de músculos da testa e
sobrancelha.
EXAME FÍSICO GERAL - Fácies
Fácies miastênica

Presente na miastenia gravis ou outras


miopatias

Impossibilidade de contração da pálpebra


superior, que leva a ptose palpebral

Em tentativa de contorná-la, os pacientes


tendem a elevar as sobrancelhas,
franzindo a testa.
EXAME FÍSICO GERAL - Atitudes e decúbitos
Posição que o paciente assume no leito ou fora dele por :preferência,
comodidade ou para aliviar algum desconforto.

- Voluntária (Ativa)
- Involuntária (Passiva)
Cócoras

Voluntária (Ativa)
Genupeitoral Parkinsoniana
Voluntária (Ativa)
EXAME FÍSICO GERAL - Atitudes e decúbitos
Involuntária
- (Passiva)
PASSIVA → “colocou-ficou” (pacientes
inconscientes ou comatosos)
- ORTÓTONO → Tronco e membros rígidos
sem se curvarem
- OPISTÓTONO → Corpo se apoia na cabeça e
calcanhares (Meningite e tétano)
- EMPROSTÓTONO → Oposto do opistótono
(Raiva, meningite, tétano)
- PLEUROTÓTONO → Corpo se curva
lateralmente. (Raro na raiva, meningite, tétano)
- Posição em gatilho → hiperextensão da
cabeça, flexão das pernas sobre as coxas e
encurtamento do tronco com concavidade
pra frente. (irritação meníngea)
Se atentar a movimentos anormais apresentados pelo paciente, como:
MOVIMENTOS
INVOLUNTÁRIOS
Coreia
São movimentos involuntários, amplos, desordenados, de
ocorrência inesperada e arrítmicos, multiformes e sem
finalidade. Localizam-se na face, nos membros superiores e
inferiores. Quando muito frequentes, são surpreendidos sem
dificuldade pelo examinador, mas em algumas ocasiões são
raros, e o próprio paciente procura escondê-los ou disfarçá-los.
Marcha coréica
MOVIMENTOS
INVOLUNTÁRIOS
Atetose
São movimentos involuntários que ocorrem nas
extremidades e apresentam características muito
próprias: são lentos e estereotipados, lembrando
movimentos reptiformes ou os movimentos dos
tentáculos do polvo. Podem ser uni ou bilaterais
MOVIMENTOS
INVOLUNTÁRIOS

Pseudoatetose
Movimentos incoordenados, lentos e de grande
amplitude, nas mãos, nos pés, na face. São
relacionados à lesão do corpo estriado.
MOVIMENTOS
INVOLUNTÁRIOS

Hemibalismo
São movimentos abruptos, violentos, de grande
amplitude, rápidos e geralmente limitados a uma
metade do corpo. São extremamente raros e
decorrem de lesões extrapiramidais.
MOVIMENTOS
INVOLUNTÁRIOS

Mioclonias
São movimentos involuntários breves, rítmicos ou
arrítmicos, localizados ou difusos, que acometem um
músculo ou um grupo muscular. Geralmente são relatados
como “abalos”, “choques”, “sacudidas” e “trancos”. Podem
ser de origem central, espinal e periférica.
MOVIMENTOS
INVOLUNTÁRIOS

Mioquimias
São contrações fibrilares de tipo ondulatório que
surgem em músculos íntegros, principalmente no
orbicular das pálpebras, quadríceps
(“tremor na carne”).
MOVIMENTOS
INVOLUNTÁRIOS

Flapping
São movimentos rápidos, de amplitude variável, que
ocorrem nos segmentos distais e apresentam certa
semelhança com o bater de asas das aves.
MOVIMENTOS
INVOLUNTÁRIOS

Clonus
MOVIMENTOS
INVOLUNTÁRIOS

Tiques
São movimentos involuntários que aparecem em
determinado grupo muscular, repetindo-se
sucessivamente. São domináveis pela vontade.
Podem ser funcionais ou orgânicos.
MOVIMENTOS
INVOLUNTÁRIOS

Convulsões
As convulsões são movimentos musculares súbitos
e incoordenados, involuntários e paroxísticos, que
ocorrem de maneira generalizada ou apenas em
segmentos do corpo.
MOVIMENTOS
INVOLUNTÁRIOS

Tetania
É uma forma particular de movimentos involuntários
e caracteriza-se por crises exclusivamente tônicas
(enrijecimento) quase sempre localizadas nas mãos
e pés, por isso denominados “espasmos
carpopodais”.
Tremor, paralisia e dor muscular.
MOVIMENTOS
INVOLUNTÁRIOS

Fasciculações
São contrações breves, arrítmicas e limitadas a um
feixe muscular. Não devem ser confundidas com as
mioquinias.
MOVIMENTOS
INVOLUNTÁRIOS

Discinesias
São alterações dos movimentos voluntários que
podem adquirir a forma coreiforme, atetoide ou
movimentos rítmicos em determinadas regiões
corporais que diminuem com os movimentos
voluntários da parte afetada.
MOVIMENTOS
INVOLUNTÁRIOS

Distonias
São contrações musculares mantidas que levam a
posturas anormais e movimentos repetitivos, quase
sempre acompanhados de dor.

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