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UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Estrutura Física, Equipamentos e Recursos Humanos

UTI: setor hospitalar de alta complexidade, onde se agregam recursos


humanos e materiais para realizar suporte avançado de vida em situações
críticas.
 Objetivo: reverter os quadros clínicos graves e propiciar o
restabelecimento da condição de saúde do paciente crítico.
PACIENTE CRÍTICO: é aquele que apresenta instabilidade de um ou mais
sistemas orgânicos, com risco de morte, necessitando de suporte para as
disfunções orgânicas, tais como VM, hemodiálise e suporte circulatório
mecânico.
 Pacientes sem nenhuma falência orgânica, mas com alto risco de
descompensação e que, por esse motivo, necessitam de vigilância e
monitoração contínuas.
UTI NO HOSPITAL:
 Recomenda-se % de leitos de UTI em um hospital seja em torno de 10%
a 25%;
 Em algumas situações, o número de leitos pode ser insuficiente;
 Em maio de 2017, a CFM, com base nas informações CNES identificou
40.960 leitos de UTI no Brasil (1,86/10.000 habs.);
 Desse total, 20.173 leitos estão disponíveis no SUS para atender, no
mínimo, 150 milhões de pessoas (0,95/10.000 habs.);
 O setor privado conta com 20.787 leitos, para 50 milhões de pessoas
(4,5/10.000 habs.).
UTI – ÁREA FÍSICA:
 Planejamento da Área:

 Localização  Recepção com sala de espera de


visitas
 Armazenamento de  Área de armazenamento (limpa)
equipamentos
 Número de leitos  Acesso de isolado aos pacientes
 Sala de reunião/estudos  Banheiro do paciente
 Disposição dos leitos  Corredor de suprimentos
 Copa funcionários  Sala de serviços gerais
 Posto de enfermagem  Lavabo a cada 3 leitos
 Conforto funcionários  Isolamento 1 para 10 leitos ou
fração
 Expurgo

UTI – UNIDADE DO PACIENTE


 Distância entre paredes e leito  Privacidade entre leitos
de 1M
 Distância entre os leitos de 2M  11 tomadas elétricas (bifásicas
e pés de 1,2M e monofásicas)
 Área em comum 10M2  Iluminação natural e artificial
 Campainha individual  Sistema de gases a vácuo
 Janelas com vistas para  Renovação de ar
ambiente externo
 Calendário, relógio, TV  Temperatura entre 24º e 26º

EQUIPAMENTOS
 Carro de emergência;
 Eletrocardiograma;
 Aparelho de Raio-X portátil;
 Oftalmoscópio;
 Otoscópio;
 Cadeira de rodas e de banho;
 Maca transporte, ETC.
SERVIÇOS DE APOIO DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICO
 Farmácia;
 Nutrição;
 Limpeza;
 Engenharia biomédica e manutenção;
 Radiologia;
 Laboratório;
 Unidade de transfusão;
 Ultrassonografia;
 Diálise peritoneal e Hemodiálise;
 Endoscopia digestiva e fibrobroncoscopia.
RECURSOS HUMANOS
 Seleção de pessoal;
 Enfermeiro coordenador - 01 por unidade;
 Enfermeiro assistencial - 01 para 10 leitos/turno;
 Técnico de enfermagem - 01 por dois pacientes;
 Médico diarista - 01 para 10 leitos/turno;
 Médico coordenador especialista em UTI - 01;
 Fisioterapeuta - 01 para 10 leitos/turno;
 Capacitação de pessoal;
 Treinamento admissional e Educação permanente;
O que interfere nos profissionais?
 Salários alvitantes;
 Jornadas extensas;
 Falta de capacitação e aperfeiçoamento adequados à realidade;
 Convívio difícil com a morte, a doença e ameaças diante da injúria
humana.

 Necessidade de contar com os outros profissionais nos momentos


difíceis;
 Ninguém deve ultrapassar seus próprios limites.

Critérios de Admissão e Alta

INTERNAÇÃO EM UTI
 Quem admitir na UTI?
 Quando admitir na UTI?
ADMISSÃO NA UTI – CRITÉRIOS
 Prioridade 1: pacientes que necessitam de intervenções de suporte à
vida, com alta probabilidade de recuperação e sem nenhuma limitação
de suporte terapêutico. (Ex.: suporte ventilatório, drogas vasoativas...)
 Prioridade 2: pacientes que necessitam de monitorização intensiva, pelo
alto risco de precisarem de intervenção imediata, e sem nenhuma
limitação de suporte terapêutico. (Ex.: doenças crônicas que apresentam
um quadro agudo ou necessidade de intervenção cirúrgica.)
 Prioridade 3: pacientes que necessitam de intervenções de suporte à
vida, com baixa probabilidade de recuperação ou com limitação de
intervenção terapêutica. (Ex.: câncer metástico com infecção.)
 Prioridade 4: pacientes que necessitam de monitorização intensiva, pelo
alto risco de precisarem de intervenção imediata, mas com limitação de
intervenção terapêutica.
 Prioridade 5: pacientes com a doença em fase de terminalidade, sem
possibilidades de recuperação. Em geral, esses pacientes não são
prioridades para admissão na UTI (exceto se forem potenciais doadores
de órgãos).
MODELOS BASEADOS EM DIAGNÓSTICOS:
 Sistema Cardíaco:
IAM;
Angina instável de alto risco;
Choque cardiogênico;
Arritmias complexas;
Emergências hipertensivas;
Recuperação pós-PCR;
Tamponamento cardíaco;
ICC;
Bloqueios cardíacos avançados;
Dissecção aórtica...

 Sistema Pulmonar:
Insuficiência respiratória aguda com necessidade VM;
Embolia pulmonar com instabilidade;
Necessidade de fisioterapia respiratória intensiva;
Hemoptise maciça;
IR com risco de intubação iminente...

 Distúrbios Neurológicos:
AVC agudo com sensório rebaixado;
Coma metabólico, tóxico...;
HIC com potencial para herniação;
HSA aguda;
Meningite com sensório rebaixado;
Desordens neuromusculares graves;
Crises epiléticas;
Morte encefálica em potencial doador;
TCE com sensório rebaixado...

 Ingestão de drogas ou overdose:


Instabilidade hemodinâmica após ingestão de drogas;
Alteração do estado mental e insuficiência respiratória após ingestão de
drogas;
Convulsões seguidas de ingestão de drogas...

 Distúrbios Gastrintestinais:
Hemorragia gastrintestinal complicada com instabilidade hemodinâmica
associada a comorbidades;
Insuficiência hepática fulminante;
Pancreatite aguda;
Perfuração esofagiana...

 Cirúrgicos:
Pós-operatório de pacientes requerendo monitorização contínua, suporte
hemodinâmico, suporte ventilatório, cuidados intensivos de fisioterapia e
enfermagem. (Ex.: Idade > 70 anos, cirurgia de grande porte,
hemorragia intensa...)
MODELOS BASEADOS EM PARÂMETROS OBJETIVOS:
 Sinais vitais:
Pulso < 40 ou > 150 bpm
PAS < 80 ou 20 mmHg abaixo do usual
PAM < 60 mmHg
PAD > 120 mmHg
FR > 35 rpm

 Exames laboratoriais:
Sódio <110 ou > 170 mEq/l (135 a 145)
Potássio < 2,0 ou > 7,0 mEq/l (3,5 a 5,5)
PaO2 < 150 mmHg
pH < 7,1 ou > 7,7
Glicemia > 800 mg/dL
Cálcio > 15 mg/dL (8,5 a 10,5)

 Exames de imagem:
CT de crânio alterada com hemorragia, contusão;
ECG – IAM, arritmias com instabilidade.

 Exame físico:
Anisocoria em paciente inconsciente;
Queimadura > 10% da superfície corpórea;
Anúria;
Obstrução de vias aéreas;
Coma;
Cianose;
Tamponamento cardíaco...

SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE PACIENTE CRÍTICO:


 Pontuação de mortalidade estimada
APACHE IV - Variáveis: 14
Pontuação varia: 0 – 100 pontos
 Escore fisiológico agudo simplificado
SAPS 3 - Variáveis: 20
Valor do escore: 16 – 217 pontos
Divididas em: Demográfica
Diagnóstica/estado prévio
Fisiológica
ALTA DA UTI – CRITÉRIOS
 Paciente que tenha seu quadro clínico controlado e estabilizado;
 Paciente para o qual tenha se esgotado todo o arsenal terapêutico
curativo/restaurativo e que possa permanecer no ambiente hospitalar
fora da UTI de maneira digna e, se possível, junto com sua família.
SEMI-INTENSIVA / UNIDADE INTERMEDIÁRIA
“Oferece cuidados de monitorização e de enfermagem a pacientes com
moderada ou potencial instabilidade fisiológica, os quais não podem ser
administrados em enfermaria.”
UTI – LUGAR DE VIDA

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