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Fisioterapia em Cardiologia e Vascular

REABILITAÇÃO
CARDÍACA
- FASE III E IV -
Profª Flávia Berenguer
Introdução
 Atua na aplicação de programas de treinamento
físico, tanto na prevenção como no tratamento de
doenças cardiovasculares de baixo e moderado
risco ao exercício físico.

 É parte integrante da reabilitação cardíaca na fase


tardia ou fase de manutenção.
Introdução

Paciente pós-
CRM

Paciente com 12 Pacientes pós-


fatores de risco
semanas IAM
para DAC

Pacientes pós-
procedimento
hemodinêmico
Introdução
 Requisitos para a admissão do paciente
para a RC Fase III:
◦ Pcte com estabilização do quadro clínico:
 Com capacidade funcional maior que 8METs (baixo
risco)
 Moderado e alto risco  Encaminhamento médico
◦ História clínica, a mais completa possível
◦ Cópia de todos os exames que foi submetido
Objetivos

Programas de
Exercício
Físico a Longo
Fisioterapia Prazo na: Preventivo
Cardiovascular
Fase Tardia: Recuperação,
Fase III ou IV adaptação e
manutenção do Curativo
sistema
cardiovascular
Objetivos
 Preventivo
A fisioterapia
Controle dos fatores
preventiva precipitantes e agravantes de
na fase III do doenças cardiovasculares:
programa
de Reabilitação Estresse
Tabagismo
visa a
HAS
profilaxia da Sedentarismo
aterosclerose Dislipidemias
controlando e DM
Reduzindo os Obesidade
Hereditariedade
fatores de risco Sexo
para DAC. Idade
Objetivos
 Curativo

A fisioterapia
de intervenção
Recuperação e adaptação das
curativa na funções dos sistemas
Fase III do cardiovascular, respiratório,
Programa metabólico, humoral e muscular:
de Reabilitação Após evento de doença cardíaca
visa o Após IAM
restabelecimento Após cirurgia cardíaca

das funções
cardiovasculares.
Exercício Físico reduz a mortalidade cardiovascular:
1- Melhora a capacidade cardiorrespiratória;
2- Atua sobre fatores de risco que desenvolvem
aterosclerose coronária.
Principais Benefícios:

1- Aumento do Consumo máximo de O2 corporal, aumentando a


capacidade de realizar trabalho;
2- Aumento da eficiência dos músculos esqueléticos;
3- Diminuição do VO2 em níveis submáximos de esforços;
4- Melhora da função ventricular esquerda;
5- Diminuição da FC em repouso (melhora o fluxo coronariano);
6- Menor elevação da FC e PA em esforços submáximos;
7- Aumento do limiar de aparecimento da angina pectoris;
8- Diminuição do conteúdo e captação das catecolaminas pelo miocárdio,
diminuindo as arritmias;
9- Sistema vascular colateral do miocárdio: ?
Benefícios advindos da diminuição dos fatores de riscos:

1- Diminuição da PA;

2- Diminuição dos triglicerídeos;

3- Aumento da fração HDL e redução da fração LDL do lipidograma;

4- Aumento da tolerância à glicose;

5- Diminuição da ansiedade e depressão;

6- Redução do peso corporal.


Outros benefícios advindos do programa de condicionamento físico:

1- Redução na freqüência e gravidade de reinfarto;

2- Aumento da autoconfiança, sensação de bem estar;

3- Diminuição dos sintomas e quantidade de medicamentos


utilizados;
4- Retorno dos pacientes a uma vida social próxima dos níveis
normais.
Fatores que influenciam no grau de melhora dos portadores de DAC:

1- Gravidade e número de lesões obstrutivas nas coronárias;

2- Extensão do envolvimento miocárdico;

3- Quantidade de fatores de risco coronariano que podem ser modificados;

4- Participação regular e eficaz no programa de reabilitação cardíaca;

5- Relação terapeuta-paciente e paciente-familiares durante o programa;

6- Prescrição e utilização correta dos medicamentos.


Freqüência

Exercício
Intensidade Duração
Físico

Natureza
 Indicações
1- IAM com boa evolução;

2- Revascularização do miocárdio;

3- Angina estável;

4- Angioplastia coronária;

5- Miocardiopatias;

6- Transplante cardíaco;

7- HAS controlada.
 Conta-indicações Absolutas
1- Paciente acamado;
2- Angina instável ou prolongada;
3- IAM instável;
4- Arritmia atrial ou ventricular
severa;
5- Bloqueio de ramo cardíaco de
2o ou 3o grau;
6- Alteração significativa e
recente do ECG de repouso;
7- ICC descompensada;
8- Miocardite ativa ou suspeita;
9- Pericardite aguda;
 Conta-indicações Absolutas
10- Infecção aguda;
11- Tromboflebite ou trombose
intracardíaca;
12- TEP pulmonar ou sistêmica
grave;
13- Angústia emocional (psicose);
14- Aneurisma dissecante da Aa
diagnosticado ou suspeita;
15- Febre acima de 38o C;
16- EA severa;
17- Resposta inapropriada da PA:
principalmente no exercício.
 Conta-indicações Relativas
1- Doença valvular cardíaca moderada;
2- Aneurisma ventricular;
3- PAD ou PAS de repouso > 120 mmHg ou > 220 mmHg;
4- Resposta hipotensiva da PAS (queda > 10 a 15 mmHg);
5- Queda do gradiente pressórico < 20 mmHg entre PAS e
PAD;
6- Anormalidades eletrolíticas;
7- Marcapasso artificial de freqüência fixa;
8- Irritabilidade ventricular freqüente ou complexa;
9- Cardiopatia incluindo cardiomiopatia hipertrófica;
10- Doença metabólica não-controlada (DM);
 Conta-indicações Relativas
11- Qualquer doença sistêmica grave (mononucleose,
hepatite, etc.);
12- Doenças neuromusculares, musculoesqueléticas ou
reumatóides que dificultem o exercício;
13- IC compensada;
14- Depressão do segmento ST em repouso;
15- Taquicardia com freqüência maior que 129 bpm em
repouso;
16- Anemia sintomática (hematócrito < 30%);
17- Contrações ventriculares prematuras (taquicardia
ventricular);
18- Contrações ventriculares prematuras durante o exercício.
 Requisitos para admissão

1- Encaminhamento médico munido de história clínica completa.


Isso identificar possíveis problemas cardíacos ou extracardíacos
que poderão limitar a capacidade de executar exercício físico.

Traçar perfil do paciente quanto à estratificação de risco.


MET
Equivalente Metabólico

Unidade de energia que se aproxima da quantidade de oxigênio


necessária em condições basais, em repouso, ou seja, 3,5 ml
O2.Kg.min.
 Duração e Frequência
Etapas do tratamento

Em todas as etapas deve-se fazer um registro DIÁRIO da FC, PA e


dos sinais e sintomas apresentados durante a sessão de
tratamento.

1- Aquecimento: Duração de 5 a 10 minutos.


São realizados exercícios de alongamentos, dinâmicos aeróbicos
e de coordenação, associados com exercícios respiratórios.
Objetivo: Preparar o sistema musculoesquelético e
cardiorrespiratório para a fase de condicionamento.
 Duração e Frequência
Etapas do tratamento

2- Condicionamento: Dura cerca de 40 minutos.


É composta por trotes, caminhadas ou outras modalidades de
exercícios físicos como bicicleta, esteira ergométrica (aferição de
FC e PAS durante a realização).
Pode-se dividir em Parte 1 e Parte 2.
 Duração e Frequência
Etapas do tratamento

3- Desaquecimento: Dura aproximadamente 10 minutos.


Realiza-se exercícios dinâmicos enfocando a musculatura não
trabalhada durante o aquecimento e associa-se exercícios
respiratórios a alongamentos específicos.
Objetivo: Retornar o organismo às condições de repouso, com
valores de PA e FC próximos aos basais.
Interrupção abrupta dos exercícios pode causar vasodilatação
periférica.
Até a Próxima Aula!!!
ATÉ A PRÓXIMA AULA!

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