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Fisioterapia

na cardiomiopatia

Professora: Tamires Kelli


INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
❖ Constitui atualmente um importante problema de saúde pública
❖ Estima-se que 23 milhões de pessoas no mundo tenham IC
❖ Anualmente 2 milhões de novo casos
❖ Brasil: 240 mil por ano
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
❖ Síndrome clínica sistêmica
❖ Progressiva
❖ Decorrente da incapacidade do coração
manter suficiente volume de ejeção
❖ Pela perda de parte da musculatura cardíaca
funcionante
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
❖ CAUSAS
- Infarto
- HAS
- Doença valvar
- Exposição a infecções e toxinas
- Coronariopatias
- Arritmias cardíacas
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
❖ Mecanismos compensatórios
1. Dilatação e hipertrofia do miocárdio
2. Aumento do débito de catecolaminas (ativação neuroendócrina):
Dopamina, norepinefrina, adrenalina
3. Aumento do volume sanguíneo por ativação do sistema renina-angiotensina-
aldosterona
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
1. IC sistólica: incapacidade de lançar no sistema arterial o conteúdo
sanguíneo das câmaras ventriculares

2. IC diastólica: anormalidades mecânicas e bioquímicas que alteram a função


diastólica das câmaras ventriculares, causando mudanças no seu
enchimento
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
ETIOPATOGENIA
❖ Perda da contratilidade do músculo cardíaco
❖ Sobrecarga ao esvaziamento de suas câmaras
❖ Distúrbios de enchimento de suas cavidades
❖ Alterações do débito cardíaco
FISIOPATOLOGIA
❖ Coração reduz sua capacidade de bombear sangue
❖ Contratilidade diminuída do miocárdio
❖ Fluxo sanguíneo coronário diminuído
❖ Lesões das válvulas cardíacas
❖ Pressão externa em torno do coração
❖ Doença muscular cardíaca
❖ Excesso extremos de retenção de líquido
❖ Filtração de líquido para os pulmões
❖ Edema pulmonar
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
ALTERAÇÕES HEMODINÂMICAS
❖ FC elevada
❖ Taquicardia excessivas
❖ Bloqueio AV total
❖ Mecanismos de compensação:
QUADRO CLÍNICO
❖ Fadiga e fraqueza
❖ Dispneia progressiva
❖ Retenção hídrica
❖ Oliguria
❖ Sincope, cefaleia, insônia, tonteiras e perda de memória
❖ Presença de sopros sistólicos (valvas mitral e tricúspide)
❖ Tosse seca + rouquidão = asma cardíaca
❖ Tosse produtiva + creptos = congestão
MEDIDAS PARA CONTROLE
❖ Redução da carga:
- Diminuir atividade física
- Repouso após as refeições
- Manter o peso dentro do nível teórico
- Evitar hábitos que aumentam a atividade cardíaca: fumo / álcool

❖ Aumento do desempenho:
- Digitálicos
- Substâncias com ações inotrópicas positivas
MEDIDAS PARA CONTROLE
❖ Controle da retenção hidrossalina:
- Dieta hipossódica
- Diuréticos
- Paracentese e dialise
FISIOTERAPIA NA IC
❖ Fase aguda (hospitalar – fase I)
❖ Programa de condicionamento físico (Fase II e III)

FASE I

▪ Paciente descompensado
▪ Somente fisioterapia
respiratória
▪ Posicionamento de Flowler

▪ Fisioterapia respiratória
▪ Sessões curtas
▪ Exercícios leves
FISIOTERAPIA NA IC

FASE I – paciente compensado

▪ Marcha estática
▪ Deambulação progressiva
▪ Descer e subir escadas
▪ 2x ao dia
▪ Duração de 20min.
▪ Monitorização
Fase Hospitalar
Alongamentos no leito
Estágio 0 Exercícios passivos/ativos assistidos ou ativos – 1x10

Alongamentos
Alongamentos sentado
Estágio 1 Exercícios ativos/ ativo assistidos – 1x10
Deambulação
Desaquecimento

Alongamentos sentado/pé Alongamentos


Estágio 2 Exercícios ativos livres – 1x10 Deambulação
Desaquecimento

Alongamentos em pé Alongamentos
Estágio 3 Exercícios ativos livres – 1x 10 Deambulação
Desaquecimento

Alongamentos em pé Alongamentos
Estágio 4 Exercícios resistidos – 1x 10 com Deambulação
30% da 1RM Desaquecimento
Orientações Pós alta Hospitalar
❖ Prescrever atividade física
❖ Caminhadas de até 900m
❖ Exercícios diários
❖ Duração de 20-25min
FASE II e III
❖ Critérios para inclusão:
- Classe funcional II e III
- Fração de ejeção > 25%
❖ Critérios para exclusão:
- Cardiomiopatia obstrutiva hipertrófica
PROGRAMA DE CONDICIONAMENTO
FÍSICO PARA CARDIOPATAS
❖ FASE DE AQUECIMENTO: 10 MINUTOS

Alongamentos Exercícios respiratórios

❖ FASE DE CONDICIONAMENTO: 25 MINUTOS

Exercícios Exercícios Exercícios dinâmicos e


aeróbicos resistidos de grandes grupos
musculares

❖ FASE DE DESAQUECIMENTO / RELAXAMENTO: 10 MINUTOS

Eletrotermofototerapia Alongamentos
PROGRAMA DE CONDICIONAMENTO
FÍSICO PARA CARDIOPATAS
❖ OBJETIVOS:

▪ Causar hipertrofia miocárdica benigna


▪ Aumentar a oferta de oxigênio ao miocárdio
▪ Diminuir PAS e FC no repouso
▪ Prevenir formação de trombos
▪ Aumentar amplitude de movimento geral
▪ Ampliar a capacidade ventilatória
IMPACTO DA ATIVIDADE FÍSICA NA
PRESSÃO ARTERIAL
PROGRAMA DE CONDICIONAMENTO
FÍSICO PARA CARDIOPATAS
❖ CONSIDERAÇÕES:

▪ INTENSIDADE: 60% - 70% da FCmáxima

▪ DURAÇÃO: intensidade duração

▪ FREQUÊNCIA: 3 a 4 vezes por semana


ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO PARA
ATIVIDADE FÍSICA
ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO PARA
ATIVIDADE FÍSICA
GRUPO A: Não cardiopatas isentos de risco para exercícios de média
intensidade
> 7,5 MET

GRUPO B: cardiopatas estáveis com baixo risco para exercícios de


média intensidade
FE > 50% > 6 MET

GRUPO C: cardiopatas graves estáveis com risco moderado a alto para


exercícios de média intensidade
FE 31% - 49% < 6 MET

GRUPO D: cardiopatas instáveis, risco inaceitável


FE < 30%
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