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6 B 7 A 8 A 9 C 10 B 11 A 12 B 13 C 14 B 15 B 16 B 17 B 18 A 19 B 20 A 21 A 22 A 23 B

24 A 25 B 26 B 27 B 28 A 29 A 30 B 31 A 32 B 33 B 34 A 35 A 36 A 37 B 38 A 39 B 40 D 41 C

42 D 43 A 44 D 45 A 46 B 47 B 48 C 49 B 50 D 51 C 52 E 53 D 54 E 55 C 56 C 57 B 58 D 59 D

60 A 61 C 62 C 63 A 64 E 65 C 66 A 67 D 68 C 69 B 70 B

Legenda:

! Questão Anulada * Questão Dissertativa

Comentários da equipe acadêmica


Confira os comentários da nossa equipe acadêmica

6 - 2022 HSL - SP

» Definitivamente não podemos concordar com o gabarito liberado pela banca! Imediatamente após a intubação, a confirmação do posicionamento do tubo na traqueia
precisa ser realizada. Tradicionalmente, usamos parâmetros clínicos como movimentação do tórax, ausculta pulmonar e na região epigástrica, melhora da oxigenação e
presença de condensação no próprio tubo. Acontece que o parâmetro de maior acurácia é a capnografia com avaliação da EtCO2 (End-tidal carbon dioxide). A ideia é
bastante simples: o capnógrafo é capaz de detectar o CO2 expirado através do tubo que foi inserido. Se o tubo está no esôfago, não vamos detectar gás carbônico
expirado. E a radiografia? Bem, ela realmente deve ser realizada após a confirmação do posicionamento do tubo para nos certificarmos da localização da ponta do tubo,
que deve estar posicionada a um mínimo de 1-3 centímetros acima da carina. Entretanto, tal método NÃO é capaz de diferenciar com absoluta certeza uma intubação
esofágica de uma intubação endotraqueal. Assim sendo, entendemos que a melhor resposta deveria ser a letra E, não a letra B!

Video comentário: 303229

7 - 2022 FJG

» Questão polêmica! Primeiro, vamos interpretar a questão: temos um paciente com SCA com supra de ST, que evoluiu com FV. Neste contexto, a banca pergunta qual
seria a melhor estratégia de desfibrilação e de trombólise. Portanto, temos: (1) Desfibrilação: para os cardiodesfibriladores tradicionais (monofásicos), o choque aplicado
para reverter a FV ou a TV sem pulso deve ser de 360 J, sempre dessincronizado. Para os mais modernos (bifásicos) a carga gira em torno de 120 a 200 J, ficando na
dependência do tipo de onda bifásica. Na prática, se você dispõe de um cardiodesfibrilador bifásico e não sabe o tipo de onda, dê um choque de 200 J. Um conceito muito
importante: preconiza-se apenas um choque, seguido imediatamente da continuação da RCP (compressão + ventilação). Nem o ritmo, nem o pulso devem ser checados
depois do choque, mas apenas após dois minutos de RCP!!! O detalhe é que a banca não peguntou sobre a sequência do atendimento, apenas sobre a estratégia de
desfibrilação. Ou seja, desfibrilação elétrica com 200 J. (2) Trombólise: os estudos iniciais com administração de trombolíticos durante a PCR foram promissores. No
entanto, dois estudos clínicos não revelaram melhora na sobrevida quando administrados fibrinolíticos durante a PCR, sendo que, em um deles, inclusive, houve aumento
do risco de hemorragia intracerebral. Assim, fibrinolíticos não devem ser administrados rotineiramente na PCR. Entretanto, após o retorno a circulação espontânea,
recomenda-se terapia de reperfusão (trombólise ou cateterismo coronariano de emergência) para pacientes pós-parada cardíaca com IAM com supra de ST ou bloqueio
de ramo esquerdo novo. Perceba, então, que o grande problema aqui foi a interpretação: a banca não está perguntando qual é a sequência de atendimento, e sim qual
seria a melhor forma de realizar desfibrilação e a trombólise neste contexto específico. Assim, vemos que, conceitualmente, a questão não está incorreta. Resposta: letra
A.

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8 - 2022 UFRJ

» Será que um quadro de asma explicaria o conjunto de achados do enunciado? O sopro é inocente ou se trata de uma doença valvar? Na verdade, temos um quadro
compatível com cardiomiopatia hipertrófica, uma doença primária do miocárdio, caracterizada por uma inexplicada hipertrofia ventricular concêntrica, geralmente
restrita ao ventrículo esquerdo, associada a uma função sistólica hiperdinâmica. A maioria dos pacientes é assintomática, mas sintomas podem vir a aparecer em
qualquer idade. O mais comum é a dispneia aos esforços, normalmente desencadeada ou exacerbada pelo esforço físico. O segundo sintoma mais comum é a angina
pectoris, ocorrendo em 70% dos pacientes sintomáticos por isquemia miocárdica. O terceiro sintoma é a síncope e a pré-síncope. O exame físico costuma mostrar
alterações interessantes, com sopro sistólico que aumenta com manobra de Valsalva, posição ortostática e batimento pós-extrassistólico, reduzindo com handgrip e
posição de cócoras. Por que isso acontece? É que todas as manobras que reduzem o retorno venoso e, portanto, o volume intraventricular (Valsalva, posição ortostática),
aumentam a intensidade do sopro, pois aproximam o septo interventricular alto do aparelho mitral. As manobras que aumentam o retorno venoso (posição de cócoras)
fazem o inverso. O aumento da pós-carga, como ocorre no handgrip, aumenta o volume intraventricular, reduzindo o sopro. O tratamento medicamentoso está indicado
para os pacientes sintomáticos. Os β-bloqueadores reduzem os sintomas em 2/3 dos pacientes, principalmente a angina de esforço, pelo seu efeito redutor da demanda
metabólica miocárdica (cronotropismo e inotropismo negativos). Além disso, os β-bloqueadores reduzem a obstrução dinâmica na CMH obstrutiva, pelo efeito inotrópico
negativo. Resposta: letra A.

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9 - 2022 AMRIGS

» Questão sobre RCP. O profissional de saúde (a questão menciona que você é o médico responsável) deve, em primeiro lugar, verificar a segurança do local, avaliar a
responsividade da vítima e, caso a mesma esteja irresponsiva, chamar ajuda (ex.: DEA, se disponível, ou ligar para o SAMU). A seguir, os passos (considerando que quem
presta o atendimento é um profissional de saúde) são checar o pulso carotídeo e a respiração simultaneamente, observando se há elevação do tórax da vítima e se há
pulso, em não mais que 10 segundos. Se a vítima não respirar, ou apresentar gasping e o pulso estiver ausente, iniciar RCP. Em uma situação de PCR, um mnemônico
pode ser utilizado para descrever os passos simplificados do atendimento em SBV (BLS): o “C-A-B-D”. O “C” corresponde a compressões (30 compressões), “A” é a
abertura das vias aéreas, “B” remete à boa ventilação (duas ventilações) e “D” à desfibrilação. Este mnemônico deve ser utilizado para o atendimento, após detecção da
PCR. A seguir, a sequência completa de um atendimento, por um profissional de saúde, a uma vítima que se encontra em colapso súbito. Logo, a ordem, dentre os
passos citados são: (1) Checar responsividade, (2) Checar pulso, (3) Iniciar compressões e (4) Garantir via aérea. Observem que “observar se a vítima está respirando”
não significa garantir via aérea (provavelmente foi este o erro da banca). Face ao exposto, sugerimos recurso à época do concurso e a questão foi devidamente
ANULADA (o gabarito inicial havia sido a opção C).

Video comentário: 294144

10 - 2022 AMRIGS

» O elemento chave para o sucesso da reanimação e aumento na probabilidade de sobrevivência é o início rápido das manobras de RCP, o que inclui não só “o tempo para
desfibrilação” como todas as demais medidas que comentamos na questão anterior. Logo, a opção que melhor responde à questão é a letra A. "Tempo para
desfibrilação" seria o elemento-chave para uma PCR por FV ou TV sem pulso (porém observem que a banca não cita o ritmo, impossibilitando que a opção B seja a
resposta). Infelizmente os pedidos de recurso dos alunos não foram acatados, e a banca manteve como resposta opção B.

Video comentário: 294145

11 - 2022 UFES

» Questão que gera muita discussão. Muita mesmo e deveria ter sido anulada. O acesso central pode ser puncionado na veia femoral e isso não iria atrapalhar as
compressões torácicas e o acesso. Se pensarmos somente na punção de veias jugulares e subclávias, vamos avalair. Tanto as letras B, C e D, são corretas e devem ser
consideradas. Veja, a punção em um cenário de emergência, em que você não consegue delimitar os marcos tal qual um cenário eletivo, o risco de complicaçõe como
pneumotórax e punção arterial é maior. A dificuldade técnica e este risco existem, mas não impedem a punção. Agora o fato de interromper as compressões, aí é um
evento inacenitável. Melhor resposta seria a letra A. Mas a questão deveria te sido anulada.

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12 - 2022 SES - DF

» A síndrome de Wolff-Parkinson-White é decorrente da presença de uma via acessória congênita com capacidade de condução anterógrada (do átrio para o ventrículo),
revelando-se no ECG sinusal com o padrão da “pré-excitação ventricular” (PR curto e onda delta) e manifestando-se clinicamente com taquiarritmias de repetição,
geralmente do tipo Taqui supra ou FA - exatamente o que este paciente parece estar apresentando agora. Realmente o diagnóstico de FA associado a WPW é difícil, mas
pode ser dado pelas seguintes características eletrocardiográficas, presentes no traçado deste paciente: RR irregular, QRS alargado, sem onda P e eventual onda delta.

Assertiva ERRADA, portanto. Resposta: B.

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13 - 2022 AMP

» Os fatores que indicam risco aumentado de morte súbita na CMH são: - História de ressuscitação cardiopulmonar prévia; - Síncope recorrente; - Taquicardia
ventricular assintomática, detectada no Holter ou por indução durante estudo eletrofisiológico; - HVE importante (espessura septal > 30 mm); - Ausência de aumento
da PA durante teste ergométrico; - História familiar de morte súbita; - Certas alterações genéticas específicas (ex.: mutações no gene da troponina T ou da cadeia
pesada de betamiosina) – obs.: este ainda é um assunto controverso na literatura, e não existem recomendações quanto à pesquisa de mutações genéticas na prática
clínica. Resposta: letra C.

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14 - 2022 SES - DF

» Organizando o atendimento a uma parada cardiorrespiratória: tudo começa pela verificação do local de atendimento, analisando se é seguro para o socorrista e a vítima.
Iniciaremos avaliando o nível de consciência do paciente, com toques na clavícula, evitando a compressão dolorosa do esterno (ele pode estar simplesmente dormindo).
Entendendo que o paciente está em PCR, vamos solicitar ajuda para alguém próximo e acionar o serviço médico de emergência por telefone celular (se apropriado),
iniciando as compressões torácicas de qualidade. É importante solicitar ajuda o quanto antes (não apenas ao fim do primeiro ciclo de dois minutos) pois o principal ritmo
de parada é a fibrilação ventricular. Como você pode perceber na imagem, precisamos verificar o ritmo e aplicar o choque (caso indicado) o quanto antes! Resposta:
letra B.

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15 - 2022 SES - DF

» Afirmativa INCORRETA. Caso seja possível, as compressões devem ser alternadas com as ventilações na relação de 30:2, ou seja, 30 compressões seguidas por duas
ventilações (ambu-máscara ou boca a boca). Esta proporção de 30:2 é utilizada para os adultos, independentemente do número de profissionais no atendimento à
parada cardíaca. Define-se, portanto, 1 ciclo de RCP como a execução de 30 compressões e duas ventilações - se cada ciclo dura cerca de 25s, não faremos as
ventilações a cada dois minutos, concorda? Geralmente, pelo menos 5 ciclos de RCP (aproximadamente 2min) devem ser realizados antes de qualquer nova medida de
reanimação (ex.: avaliação do ritmo, choque desfibrilatório, intubação traqueal). Resposta: letra B.

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16 - 2022 SES - DF

» Adrenalina somente nos casos de ritmo não chocável? Nada disso! A adrenalina é utilizada devido a seus efeitos pressores alfadrenérgicos possibilitando, por
consequência, aumento das pressões de perfusão cerebral e coronariana. Dessa forma, a adrenalina deve ser utilizada da seguinte forma durante as manobras de RCP: -
FV/TV: 1mg por via intravenosa, podendo ser repetida a cada 3 a 5 minutos, se necessário, a partir do segundo ciclo. - Assistolia e AESP: 1 mg por via intravenosa tão
logo se obtenha um acesso vascular, podendo ser repetida a cada 3 a 5 minutos, se necessário. As manobras de RCP não devem ser interrompidas para a administração
de medicações. Em relação à droga antiarrítmica, a amiodarona ou lidocaína deve ser considerada como antiarrítmico de primeira escolha para FV/TV que não responde
a RCP, desfibrilação e vasopressor. Resposta: ERRADO.

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17 - 2022 SES - DF

» Afirmativa INCORRETA. Logo após a obtenção de uma via aérea avançada, a RCP deve ser retomada por mais 2min, agora sem a relação 30:2, ou seja, um indivíduo fica
realizando as compressões “100-120 por minuto” e outro fica ventilando o paciente com ambu ligado ao oxigênio 10 L/min, numa frequência de 10 por minuto (uma
ventilação a cada 6s). Resposta: letra B.

Video comentário: 299034

18 - 2022 SES - DF

» Segundo as Diretrizes da American Heart Association (2020), em relação ao monitoramento fisiológico da qualidade das compressões torácicas durante a RCP, pode ser
aconselhável usar parâmetros fisiológicos, como pressão arterial ou ETCO2 (capnografia), quando viável, para monitorar e otimizar a qualidade da RCP. Isso porque
alguns estudos mostram probabilidade maior de retorno à circulação espontânea quando a qualidade da RCP é monitorada usando ETCO2 ou pressão arterial diastólica
invasiva. Esse monitoramento depende da presença de um tubo endotraqueal ou de acesso arterial, respectivamente. Não foi identificada uma meta ideal de pressão
arterial. Resposta: CERTO.

Video comentário: 299035

19 - 2022 SES - DF

» Paciente em PCR com ritmo não chocável, como assistolia e atividade elétrica sem pulso (AESP) não possuem indicação de desfibrilação em nenhum momento do
algoritmo de tratamento. Deve- se, então, promover RCP de alta qualidade, além de aplicar as drogas indicadas e procurar identificar e tratar as causas reversíveis. A
droga de escolha para ritmos não chocáveis é apenas a ADRENALINA, 1 mg por via intravenosa tão logo se obtenha um acesso vascular, podendo ser repetida a cada 3 a
5 minutos, se necessário. As manobras de RCP não devem ser interrompidas para a sua administração. Amiodarona ou lidocaína devem ser consideradas como
antiarrítmico de primeira escolha para ritmos CHOCÁVEIS (FV/TV sem pulso) que não respondem a RCP, desfibrilação e adrenalina. Resposta: ERRADO.

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20 - 2022 SES - DF

» Além do cardiodesfibrilador manual, utilizado nos hospitais, existe também o Desfibrilador Externo Automático (DEA ou AED, do inglês Automated External Defibrillator),
que pode ser manipulado por leigos no atendimento da parada cardíaca extra-hospitalar. O DEA é portátil e provido de eletrodos adesivos, facilmente posicionados no
paciente. Basta ser ligado que, automaticamente, o aparelho reconhece se o ritmo da parada cardíaca é “chocável” (FV ou TV) ou “não chocável” (qualquer outro ritmo).
Esta informação é dada imediatamente à equipe de resgate por meios visuais (através do visor) ou auditivos (por um gravador interno). Se o aviso for de ritmo
“chocável”, é só apertar o botão do choque – o aparelho produzirá o choque desfibrilatório previamente programado pelo fabricante. Existem DEA monofásicos ou
bifásicos. O aparelho não precisa ser ligado em tomada, pois funciona na bateria. Resposta: letra A.

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21 - 2022 SES - DF

» Afirmativa CORRETA. As medicações estão indicadas nos casos em que a FC permanece abaixo de 60 bpm apesar da ventilação por cânula traqueal com oxigênio a
100% e acompanhada de massagem cardíaca adequada. A principal via para administração de medicações na sala de parto é a endovenosa, sendo a veia umbilical
considerada de acesso rápido e fácil. Nos casos em que o cateterismo umbilical não é possível ou quando os profissionais que estão reanimando o RN não estão
habilitados a cateterizar a veia umbilical, uma alternativa para a administração de medicações é a via intraóssea.

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22 - 2022 SES - DF

» Afirmativa CORRETA. A ventilação pulmonar é o procedimento mais simples, importante e efetivo na reanimação do RN em sala de parto. O principal indicador de
efetividade da ventilação com pressão positiva (VPP) é o aumento da FC. Quando, após 30 segundos de VPP, o RN mantém FC < 100 bpm ou não retoma a respiração
espontânea rítmica e regular, consideramos que houve falha! A primeira medida nestes casos é realizar uma checagem na técnica, que consiste em: verificar o ajuste
entre face e máscara, a permeabilidade das vias aéreas (posicionando a cabeça, aspirando secreções e mantendo a boca aberta) e a pressão inspiratória, corrigindo o
que for necessário. Além disso, deve-se verificar se o balão ou o ventilador mecânico manual em T estão funcionando adequadamente. Na prática clínica, a massagem
cardíaca é iniciada se a FC estiver < 60 bpm após 30 segundos de VPP com técnica adequada por meio da cânula traqueal e uso de concentração de oxigênio de 60-
100%.

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23 - 2022 SES - DF

» Afirmativa ERRADA. A partir do momento em que se identifica que estamos diante de um paciente em parada cardiorrespiratória, iniciaremos as medidas de reanimação
IMEDIATAMENTE, o que independe da faixa etária. Em ambiente hospitalar, a monitorização multiparamétrica certamente estará indicada, mas isso não deve, de forma
alguma, atrasar as medidas de reanimação.

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24 - 2022 SES - DF

» Afirmativa CORRETA. Independentemente da faixa etária, é fundamental que as medidas de reanimação em uma parada cardiorrespiratória sejam bem coordenadas,
com definição clara de papéis e alça de feedback no que diz respeito a adminitração de medicamentos, compressões torácicas e ventilação.

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25 - 2022 SES - DF

» Afirmativa INCORRETA. Ao contrário do adulto, a PCR na faixa etária pediátrica não é um evento súbito na maioria dos casos, mas sim o resultado de um episódio de
asfixia. A asfixia pode ser secundária à insuficiência respiratória, ao choque ou ambos. A PCR decorrente de arritmias, responsáveis pelos episódios de colapso súbito,
são menos frequentes, representando 5 a 15% de todos os casos de PCR pediátrica. Isso significa que o desfibrilador não deve ser solicitado? De forma nenhuma! Frente
a um ritmo chocável, devemos realizar a desfibrilação, mesmo que correspondam pela minoria das paradas cardiorrespiratórias em pediatria.

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26 - 2022 SES - DF

» Afirmativa ERRADA. Iniciamos 30 compressões torácicas para cada duas ventilações (ou 15 compressões para cada duas ventilações, quando o segundo socorrista
chegar) em pacientes sem respiração e sem pulso. Se possível, o socorrista que realiza as compressões deve ser trocado a cada DOIS minutos para evitar fadiga, em
caso de dois socorristas.

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27 - 2022 SES - DF

» Afirmativa INCORRETA. Assim como no suporte básico, a relação entre compressões e ventilação no suporte avançado é de 15:2, pois é comum ter mais de um
profissional da saúde na emergência. No entanto, após a intubação orotraqueal, as compressões não devem ser mais sincronizadas com as ventilações, passando a ser
contínuas: 100-120 compressões/minuto e 20 a 30 ventilações/minuto – 1 ventilação a cada 2 a 3 segundos – simultaneamente.

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28 - 2022 SES - DF

» Afirmativa CERTA. O tratamento medicamentoso da PCR tem como objetivos: aumentar as pressões de perfusão coronária e cerebral, estimular a contratilidade
miocárdica, acelerar a Frequência Cardíaca (FC), corrigir e tratar a possível causa da PCR e suprimir ou tratar as arritmias. É importante realizar a primeira dose da
medicação em até 5 minutos após o início das compressões nos casos de ritmos não chocáveis — a demora em administrar a adrenalina piora o desfecho neurológico,
reduz a chance de retorno da circulação espontânea e a taxa de sobrevivência. A dose é de 0,01 mg/kg (0,1 ml/kg 1:10.000) IV ou IO.

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29 - 2022 SES - DF

» Afirmativa CORRETA. As compressões torácicas devem ter uma frequência de 100-120/min e a profundidade deve ser 1/3 do diâmetro anteroposterior do tórax, o que
corresponde a 4 cm nos menores de um ano e 5 cm nas crianças de um a dez anos. Não utilizar mais de 6 cm de aprofundamento em adolescentes. A técnica de
compressões torácicas sem ventilação, apesar de utilizada em adultos, deve ser usada apenas em casos excepcionais na pediatria, como nos casos em que o socorrista
seja incapaz de ventilar o paciente. Para a compressão torácica dos menores de um ano, usa-se a técnica dos dois dedos ou a dos dois polegares circundando o tórax,
abaixo da linha mamilar A técnica dos polegares deve ficar restrita aos profissionais de saúde e quando estes estiverem acompanhados (pelo menos dois profissionais
realizando o atendimento). Dá-se preferência à técnica dos dois polegares porque esta proporciona maiores pressões sistólica e diastólica, com maior perfusão
coronariana. Para crianças maiores de um ano, usa-se a técnica das duas mãos ou apenas uma mão, na metade inferior do esterno.

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30 - 2022 SES - DF

» Afirmativa INCORRETA. Quando, após a extração da cavidade uterina, verifica-se que o RN com idade gestacional ≥ 34 semanas começou a respirar ou chorar e tem
tônus muscular em flexão, deve ser indicado o clampeamento tardio do cordão. Ainda que a definição exata de clampeamento tardio seja controversa, recomenda-se
que, nestes casos, o clampeamento seja feito 1-3 minutos após a extração completa. A razão para isso baseia-se no fato de que esta medida tem benefícios nos índices
hematológicos entre três e seis meses de idade, ainda que esteja associada com maior frequência de policitemia, o que implica na necessidade de cuidado quanto ao
aparecimento e acompanhamento da icterícia nos primeiros dias de vida. Enquanto se aguarda para o clampeamento, o RN pode ser posicionado no abdome ou tórax
maternos, mantendo-se a temperatura corporal. A ordenha de cordão não é recomendada nesse grupo de RN. Quando é feita a avaliação dos parâmetros iniciais e
identificamos que o RN não é a termo, não iniciou movimentos respiratórios regulares ou tem tônus muscular flácido, devemos conduzi-lo à mesa de reanimação. Atente
apenas para um detalhe: se o RN não for a termo, mas apresentar-se com boas condições de vitalidade, ainda que tenha que ser conduzido para a mesa de reanimação,
não é necessário que o clampeamento do cordão seja imediato. Quando, após o nascimento, o RN < 34 semanas começou a respirar e a chorar e está ativo, também não
é necessário o clampeamento imediato do cordão, porém, vamos aguardar mais de 30 segundos antes de fazê-lo (diferente dos 1-3 minutos que tínhamos visto antes; a
recomendação anterior era de aguardássemos entre 30 e 60 segundos, mas as diretrizes atuais indicam apenas "mais de 30 segundos" para os nascidos com menos de
34 semanas).

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31 - 2022 SES - DF

» Afirmativa certa. Quando, após o nascimento, o RN < 34 semanas começou a respirar e a chorar e está ativo, também não é necessário o clampeamento imediato do
cordão, porém, vamos aguardar mais de 30 segundos antes de fazê-lo (diferente dos 1-3 minutos que tínhamos visto antes; a recomendação anterior era de
aguardássemos entre 30 e 60 segundos, mas as diretrizes atuais indicam apenas "mais de 30 segundos" para os nascidos com menos de 34 semanas). Esta medida se
associa com maior estabilidade cardiovascular nas primeiras 24 horas e melhora dos parâmetros hematológicos na primeira semana de vida. As metanálises atuais não
mostram diferenças em relação aos risco de hemorragia peri-intraventricular, displasia broncopulmonar, enterocolite necrosante e neurodesenvolvimento. Uma
alternativa ao clampeamento tardio nos nascidos entre 28 e 33 semanas é a ordenha do cordão, sendo isso feito apenas naqueles que não necessitam do atendimento
imediato. Nos menores de 28 semanas tal procedimento é contraindicado.
32 - 2022 UNINOVE

» Questão retirada na íntegra da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Segundo o
documento “Um socorrista carrega o desfibrilador e outro reinicia as compressões torácicas até o dispositivo estar pronto para desfibrilar. Realiza-se prévio aviso para
todos se afastarem e, imediatamente após o choque, as compressões torácicas devem ser reiniciadas, mantendo-as continuamente por 2 minutos, ao fim dos quais,
todos devem se afastar do paciente para que o ritmo seja reavaliado” – letra B correta. As demais alternativas trocam pequenos conceitos que as tornam erradas. Na
letra A, sugere-se que as compressões torácicas NÃO devem ser iniciadas; na letra C, foi trocado o tempo de manutenção contínua das compressões de 2 para 5
minutos; na letra D, infere-se que a equipe NÃO deve NUNCA se afastar do paciente ao fim do ciclo de compressões para que o ritmo seja reavaliado (letras A, C e D
incorretas).Resposta: letra B.

33 - 2022 UNINOVE

» Questão retirada, integralmente, da I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Vamos, então, revisar o trecho que respondia a questão: “Um socorrista carrega o desfibrilador e outro reinicia as compressões torácicas até o dispositivo estar pronto
para desfibrilar. Realiza-se prévio aviso para todos se afastarem e, imediatamente após o choque, as compressões torácicas devem ser reiniciadas, mantendo-as
continuamente por 2 minutos, ao fim dos quais, todos devem se afastar do paciente para que o ritmo seja reavaliado. Nesse momento de pausa para análise do ritmo,
que não deve exceder 10 segundos, os socorristas responsáveis pelas compressões devem fazer rodízio visando a manter a boa qualidade da RCP..” Resposta: letra B.

Video comentário: 303419

34 - 2022 SCMSJC

» A cadeia de sobrevivência intra-hospitalar faz referências aos procedimentos que são feitos dentro do hospital durante uma PCR, conforme preconizado pelo ACLS. Estas
são: (1) Reconhecimento e prevenção precoces (2) Acionamento do serviço médico de emergência (3) RCP de alta qualidade (4) Desfibrilação (5) Cuidados pós-PCR (6)
Recuperação Em 2020, a AHA adicionou um sexto elo na conhecida cadeia de sobrevivência do atendimento à possível parada cardiorrespiratória (PCR), tanto em
ambiente pré-hospitalar quanto intra-hospitalar. O novo elo é o de RECUPERAÇÃO, com a finalidade de pontuar a necessidade de cuidado intensivo e monitoramento
constante dos parâmetros ventilatórios, circulatórios e neurológicos no pós-PCR. A resposta é a opção A.

35 - 2022 UNINOVE

» Questão retirada na íntegra da Diretriz de ressuscitação cardiopulmonar e cuidados cardiovasculares de emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Segundo o
documento “Se um desfibrilador bifásico estiver disponível, a energia do choque deve ser entre 120-200J conforme as orientações do fabricante. Se o socorrista
desconhece as orientações do fabricante o choque deve ser administrado com a energia máxima disponível no aparelho. Se um desfibrilador monofásico estiver
disponível, o choque deve ser administrado com 360J assim como os choques subsequentes”. Logo, letra A correta, letras B, C e D incorretas.Resposta: letra A.

36 - 2022 UNINOVE

» Questão retirada, integralmente, da I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Vamos, então, revisar o trecho que respondia a questão: “Estratégias de desfibrilação: Se um desfibrilador bifásico estiver disponível, a energia do choque deve ser entre
120-200J, conforme as orientações do fabricante (Classe I, Nível de Evidência B). Se o socorrista desconhece as orientações do fabricante, o choque deve ser
administrado com a energia máxima disponível no aparelho (Classe IIb, Nível de Evidência C). Choques subsequentes devem ser com energia equivalente ou superior
(Classe IIb, Nível de Evidência B). Se um desfibrilador monofásico estiver disponível, o choque deve ser administrado com 360J, assim como os choques subsequentes.”
Resposta: letra A.

Video comentário: 303420

37 - 2022 SCMSJC

» Estamos diante de um paciente que chega inconsciente à Emergência. Seu eletrocardiograma revela ritmo organizado, sinusal, com frequência de, aproximadamente,
60-70 bpm. Levando em consideração o rebaixamento do nível de consciência, é preciso se perguntar se ele não está em franca parada cardiorrespiratória (no caso, o
ritmo de parada seria a atividade elétrica sem pulso). Por isso, antes de pensarmos em solicitar exames laboratoriais ou intubá-lo, é preciso checar se há pulso.
Resposta: letra B.

38 - 2022 SCMSJC

» Como sabemos, o sulfato de magnésio é uma droga fundamental no manejo da taquicardia ventricular polimórfica, especialmente aquela com padrão de torsades de
pointes. Inclusive, essa é a única indicação da droga no contexto de uma parada cardiorrespiratória (PCR). O eletrocardiograma que detecta essa alteração é o da letra A.
As opções B e C revelam uma taquicardia ventricular monomórfica. A análise do eletrocardiograma da alternativa D fica um pouco comprometida pela qualidade da
imagem. Entretanto, parece se tratar de um BAVT (as ondas P parecem bater em um ritmo independente dos QRS). Este não é um ritmo de parada; seu manejo envolve
a utilização de marca-passo e atropina. Resposta: letra A.

39 - 2022 IGESP

» Como reconhecer uma parada cardiorrespiratória?Deve-se segurar nos ombros do paciente inconsciente e sacudi-lo na tentativa de acordá-lo, avaliando AO MESMO
TEMPO a respiração. Se o paciente não responde e não respira, ou apresenta apenas gasping (respiração agônica) pode-se assumir que ele está em parada
cardiorrespiratória. Leigos não devem tentar checar o pulso! A confiabilidade da avaliação do pulso por pessoas leigas é extremamente baixa, e sua demora atrasa o
início da massagem cardíaca... Hoje sabemos que o gasping é um sinal de PCR, e não deve ser interpretado como uma evidência de respiração espontânea (mesmo sem
circulação efetiva pode haver gasping de forma “reflexa”). Se o provedor do BLS for um profissional de saúde, ele pode avaliar o pulso, desde que esta avaliação não
exceda o prazo máximo de dez segundos…Se houver dificuldades do profissional em reconhecer o pulso, o próximo passo é começar o ciclo de 30 compressões e,
depois, 2 ventilações.Resposta: letra B.
40 - 2022 PUC - SP

» A questão descreve uma cena de atendimento de parada cardiorrespiratória fora do ambiente hospitalar, ou seja, devemos aplicar os princípios do suporte básico de vida
(BLS). Após garantir a segurança da cena e pedir ajuda, a sequência correta de acordo com as diretrizes vigentes é o C – A – B: Compressões torácicas - Airway (vias
aéreas – garantir a perviedade) – Breathing (ventilar). Inicialmente, a medida mais eficaz são as compressões torácicas efetivas (LETRAS A, B e C INCORRETAS). O grande
valor das compressões se dá pelo fato de que, nos primeiros 5 min de PCR, a concentração de oxigênio do sangue ainda parece ser adequada para a homeostase
tecidual e, portanto, o principal determinante da lesão miocárdica e cerebral neste momento não é a hipoxemia, mas sim a parada do fluxo sanguíneo. Deve-se
comprimir na frequência de 100 a 120 vezes por minuto, procurando deprimir ativamente o esterno, no mínimo, com 5 cm de profundidade (1/3 do diâmetro AP do tórax)
evitando excesso na profundidade (superiores a 6 cm). Apenas após a aplicação de 30 compressões torácicas, o socorrista que atuar sozinho deverá abrir a via aérea da
vítima (manobra do Head tilt Chin lift) e aplicar duas ventilações. Isto pode ser feito sem proteção para quem realiza as manobras de RCP (boca a boca ou boca-nariz) ou
com proteção a partir de dispositivos de barreiras e válvulas (dispositivos faciais com válvula unidirecional, máscaras portáteis ou dispositivos bolsa-máscara). Isso tudo
será feito até que se chegue o desfibrilador trazido pelos socorristas, para se verificar se é o caso de ser um ritmo chocável. Resposta: letra D.

41 - 2022 UNOESTE

» Durante o atendimento de uma parada cardiorrespiratória (PCR), o ponto mais importante e definidor para diminuição da mortalidade é a COMPRESSÃO TORÁCICA
EFETIVA (LETRA C CORRETA). O grande valor das compressões se dá pelo fato de que, nos primeiros 5min de PCR, a concentração de oxigênio do sangue ainda parece
ser adequada para a homeostase tecidual e, portanto, o principal determinante da lesão miocárdica e cerebral neste momento não é a hipoxemia, mas sim a parada do
fluxo sanguíneo. A compressão, quando feita corretamente, garante 30% do fluxo cerebral e coronariano e pode manter uma PA sistólica em torno de 60 a 80 mmHg e
uma Pressão Arterial Média (PAM) em torno de 40 mmHg. Ela retarda a lesão isquêmica (por hipóxia e acidose) do miocárdio, aumentando comprovadamente o sucesso
da reversão de uma fibrilação ventricular pelo choque desfibrilatório (e não cardioversão elétrica – LETRA E INCORRETA). Em outras palavras, a compressão torácica é
mais importante do que a ventilação e há estudos demonstrando a eficácia de se massagear o paciente sem ventilá-lo (LETRS A e D INCORRETAS). A adrenalina é um
vasopressor muito potente, capaz de aumentar o fluxo coronariano e cerebral, reduzindo a hipóxia e acidose teciduais e facilitando a desfibrilação, porém não é o item
mais importante (LETRA B INCORRETA). Vamos aproveitar para relembrar a técnica correta de compressão: com o paciente em decúbito dorsal, idealmente sob
superfície rígida, o socorrista deve colocar o “calcanhar” de uma das mãos sobre o centro do peito da vítima (que é a metade inferior do esterno) e o “calcanhar” da
outra mão no topo da primeira, de modo que as mãos fiquem sobrepostas e paralelas. Estando os braços totalmente esticados, com o movimento do tronco, ele aplicará
as compressões, na frequência 100 a 120 por minuto, procurando deprimir ativamente o esterno, no mínimo, com 5 cm de profundidade (1/3 do diâmetro AP do tórax)
evitando excesso na profundidade (superiores a 6 cm). O socorrista deve evitar apoiar-se sobre o tórax entre as compressões, permitindo o completo retorno da parede
torácica. Resposta: letra C.

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42 - 2022 REVALIDA - USP SP

» É fundamental lembrar das causas reversíveis de parada cardiorrespiratória. Para isso, temos a "regrinha" dos 5H's (hipóxia, hipovolemia, acidose ou H⁺,
hipo/hipercalemia, hipotermia) e 5T's (trombose coronariana, trombose pulmonar, toxicidade medicamentosa, pneumotórax hipertensivo ou tensão no tórax e
tamponamento cardíaco). Ora, o eletrocardiograma do nosso paciente é totalmente compatível com hipotermia! A alteração mais característica — embora não seja
exatamente patognomônica — é a formação da onda J de Osborn, uma deflexão positiva no ponto J melhor perceptível nas derivações precordiais, mas com o segmento
ST retornando rapidamente à linha de base. Além disso, como a hipotermia reduz a capacidade de automatismo dos miócitos cardíacos, podem ser observadas outras
alterações, como prolongamento de PR/QRS/QT, bradicardia (sinusal, ritmo juncional, fibrilação atrial de resposta lenta), com a possibilidade de morte por fibrilação
ventricular e assistolia. Cuidado, pois o traçado pode ser confundido com síndrome coronariana aguda com "supra" de ST ou com HIPERcalcemia. Hipocalemia causa
alargamento do QT e onda P apiculada, enquanto o tamponamento cardíaco pode causar redução de amplitude elétrica e fenômeno de alternância elétrica (mudança da
amplitude do QRS a cada ciclo). Resposta: letra D.

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43 - 2022 SCMSJC

» Obter o máximo de sucesso no atendimento de um paciente que sofreu uma PCR exige organização da estrutura e de procedimentos, a partir de etapas elencadas como
a “cadeia de sobrevivência”. Como o ambiente é determinante nestas etapas, recomenda-se o uso de cadeias distintas, considerando se é uma PCR Intra-Hospitalar
(PCRIH) ou no ambiente Extra-Hospitalar (PCREH). Observe que os pacientes que têm uma PCREH dependem da assistência da comunidade, sendo a parada reconhecida
pelos socorristas leigos inicialmente para, em seguida, pedir ajuda, iniciar manobras de reanimação, desfibrilar, até que um time de Serviço Médico de Emergência (SME)
com formação profissional assuma a responsabilidade (eventualmente, até iniciando a "ressuscitação avançada" ou ACLS). Algo recente foi a possibilidade de utilização
de tecnologias como as de mídia social para convocação de socorristas que estejam nas proximidades da vítima. Na sequência, temos o transporte do paciente para um
pronto-socorro e/ou um laboratório de hemodinâmica, quando é finalmente transferido para uma unidade de cuidados intensivos, onde receberá todos os cuidados pós-
parada. Como os sobreviventes de uma parada cardíaca podem experimentar um espectro de problemas físicos, neurológicos, cognitivos, emocionais e sociais, há
recomendação de uma avaliação ainda antes da alta hospitalar com a formulação de planejamento de tratamento médico, de reabilitação e de retorno às
atividades/trabalho, que é o que entendemos como recuperação. Para os pacientes que têm uma PCRIH, é valioso dispor inicialmente de um sistema de vigilância
adequado (ex.: times de resposta rápida, sistema de alerta imediato) para fornecer intervenção àqueles com piora clínica e evitar a PCR. Obviamente serão dispensados,
ao longo da cadeia, os cuidados com o transporte. Eventualmente essa regra pode ser quebrada. Se estivermos diante de uma suposta vítima de PCR por asfixia (ex.:
afogamento e crianças), a prioridade seria iniciar medidas de RCP antes de acionar o serviço de emergência/urgência. Resposta: letra A.

44 - 2022 PUC - SP

» Identificada a PCR, a compressão torácica é considerada o principal componente nas manobras de reanimação de uma PCR. O grande valor das compressões se dá pelo
fato de que, nos primeiros 5min de PCR, a concentração de oxigênio do sangue ainda parece ser adequada para a homeostase tecidual e, portanto, o principal
determinante da lesão miocárdica e cerebral neste momento não é a hipoxemia, mas sim a parada do fluxo sanguíneo. A compressão, quando feita corretamente, numa
frequência de 100 a 120 por minuto, garante 30% do fluxo cerebral e coronariano e pode manter uma PA sistólica em torno de 60 a 80 mmHg e uma Pressão Arterial
Média (PAM) em torno de 40 mmHg. Caso seja possível, as compressões devem ser alternadas com as ventilações, na relação de 30:2, ou seja, 30 compressões seguidas
por duas ventilações (ambu-máscara ou boca a boca). Ao mesmo tempo, vamos pedir um desfibrilador, que deverá ser usado assim que disponível (o que não significa
que vamos ficar esperando a sua chegada sem realizar compressões torácicas de qualidade). O choque desfibrilatório é a única medida confiável capaz de reverter uma
fibrilação ventricular e uma taquicardia ventricular sem pulso. Para os desfibriladores tradicionais (monofásicos), o choque aplicado para reverter a FV ou a TV sem pulso
deve ser de 360 J, sempre dessincronizado. Para os mais modernos (bifásicos) a carga gira em torno de 120 a 200 J, ficando na dependência do tipo de onda bifásica.
Resposta: letra D.
45 - 2022 SCMRP

» Estamos diante de uma TV sem pulso (analisando o eletrocardiograma, polimórfica). Diante de um ritmo chocável, entendemos que a desfibrilação deve ser realizada
assim que disponível, pois o choque desfibrilatório é a única medida confiável capaz de reverter uma fibrilação ventricular ou uma taquicardia ventricular sem pulso. No
entanto, é fundamental guardar um conceito importante: preconiza-se apenas um choque que deve ser seguido imediatamente da continuação da RCP (isso é,
compressão + ventilação). Ou seja, nem o ritmo, nem o pulso devem ser checados depois do choque, mas apenas após dois minutos de RCP, assim como colocado na
letra A. A obtenção de via aérea definitiva deve ser considerada quando "entramos" no ACLS, geralmente após o segundo choque. A amiodarona é administrada mais
tardiamente, após o terceiro choque se não houver reversão. Resposta: letra A.

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46 - 2022 ABC

» Temos uma mulher com queixa de falta de ar e tontura que duram bastante tempo e um histórico de episódio de taquiarritmia supraventricular. Vamos então analisar o
eletrocardiograma da nossa paciente: temos nele o achado de um PR curto, com conformação de uma onda delta, caracterizada pela onda P já se "emendando" no
complexo QRS, uma característica das síndromes de pré-excitação ventricular (a representante mais famosa é a síndrome de Wolff Parkinson White). Nas síndromes de
pré-excitação ventricular temos um feixe anatômico que conduz o estímulo do átrio pro ventrículo de forma mais rápida do que o nó sinusal, logo, o estímulo ao invés de
passar de forma fisiológica, passa pelo caminho mais rápido (feixe anômalo), levando à excitação precoce do ventrículo. Clinicamente, temos a capacidade de ter todas
as repercussões que a paciente apresentou. Mas, e agora? O que iremos fazer em seguida? Letra A: incorreta. A amiodarona é um antiarritmico utilizado de forma
ampla no controle de ritmo em pacientes com arritmias como a fibrilação atrial ou até tratamento de extrassístoles, por exemplo. O ritmo dessa paciente é SINUSAL,
temos P precedendo o QRS, ou seja, não precisamos controlar o ritmo cardíaco. Letra B: correto. Perfeita opção! Uma vez que identificamos a síndrome de pré-excitação
devemos levar a paciente para o estudo eletrofisiológico a fim de mapearmos o coração, identificarmos o feixe anômalo (se esquerdo ou direito) e procedermos com a
ablação (onde se queima a via acessória)! Letra C: incorreto. Como vimos, a paciente tem uma arritmia por provável via acessória; o ECO nos ajudaria com mensurações
mecânicas do coração, e não tanto da parte elétrica, o que precisamos no momento. Além disso, se fossemos pedir, primeiro de tudo precisaríamos pedir um
transtorácico. Geralmente, a indicação do transesofágico se lança pra visualizarmos estruturas mais difíceis de serem vistas, posteriores e, relembrando: a via acessória
da paciente é feita por mapeamento eletrofisiológico e não com esse exame. Letra D: incorreta. O mesmo raciocínio da letra C vale pra letra D. A ressonância cardíaca é
um exame pedido quando queremos analisar estruturalmente o coração, desconfiando de alguma alteração estrutural/visualização de derrames, por exemplo ou fibrose.
No estudo de arritmias, a priori, não fica indicado. Letra E: incorreta. De forma alguma! O verapamil é um bloqueador do canal de cálcio que pode aumentar ainda mais
a frequência ventricular e deflagrar, nesses pacientes com pré-excitação, fibrilação ventricular. Resposta: letra B.

47 - 2022 HMMG

» Vamos avaliar as alternativas referentes aos cuidados após reanimação cardiopulmonar (PCR): A) ERRADA! O suporte ventilatório deve ser o suficiente para manter a
PaO2 em faixas normais (100 - 150 mmH2O). A hiperoxia pós-RCP está associada a pior prognóstico, sobretudo porque a hiperventilação leva ao aumento da pressão
intratorácica, com piora do débito cardíaco e perfusão cerebral. B) CORRETA! Segundo as novas recomendações do PALS, depois da RCP, os pacientes devem ser
avaliados com relação a convulsões e o estado epiléptico e qualquer crise convulsiva deve ser tratada. Se tiver disponibilidade, a eletroencefalografia contínua deverá
ser instituída. C) ERRADA! Deve-se evitar hipertensão intracraniana, mas a recomendação é de manter em valores dentro da normalidade. Vale lembrar que na fase pós-
RCP ocorre disfunção cardíaca biventricular associada à instabilidade vascular. Dessa forma, é comum a necessidade de drogas vasoativas para melhorar a função
miocárdica e a perfusão orgânica, que levam a manutenção da pressão arterial. D) ERRADA! A ocorrência de febre persistente pós-RCP está associada com pior
prognóstico neurológico e risco de morte, assim a temperatura deve ser continuadamente monitorada, sendo recomendado manter a temperatura entre 32°C e 36°C por
pelo meNos 24 horas após a RCP. Temperaturas maiores que 37,5°C devem ser tratadas agressivamente com antipiréticos e medidas físicas de resfriamento. Resposta:
letra B.

48 - 2022 CEPOA

» A questão descreve paciente que, enquanto monitorizado, evolui para o ritmo demonstrado no eletrocardiograma, a fibrilação ventricular (FV) – um ritmo de parada
cardíaca! Como a situação toda se deu durante o transporte médico do paciente, que se encontra monitorizado e a FV necessariamente evolui sem pulso, não é
necessário checá-lo (LETRA B INCORRETA). O recomendado é, mesmo antes de começar a massagem, aplicar o choque desfibrilatório prontamente disponível, que é
capaz de reverter a situação na maioria das vezes (LETRAS A e D INCORRETAS).Resposta: letra C.

49 - 2022 UHG

» Vamos analisar as alternativas sobre a cardiomiopatia hipertrófica (CMH): Letra A: incorreta. É uma doença muscular cardíaca genética, determinada por fatores de
mutação gênica. Letra B: correta. De fato, a forma septal assimétrica é a mais comum! Letra C: incorreta. O colapso hemodinâmico da CMH precipitado por eventos
que aumentam agudamente a obstrução da saída, incluindo: diminuição da pré-carga devido à desidratação, diuréticos ou redução aguda do volume sanguíneo,
diminuição da pós-carga devido à administração de um vasodilatador, taquicardia supraventricular, FA ou taquicardia sinusal ou também por regurgitação mitral aguda.
Letra D: incorreta. O ecocardiograma é o exame fundamental que determina o diagnóstico da CMH, mostrando hipertrofia ventricular e obstrução da via de saída do
ventrículo esquerdo. Resposta: letra B.

50 - 2022 UEPA - BELÉM

» A questão nos aborda os conceitos de um tema extremamente importante na prática e que vem despencando nas provas de residência: os cuidados paliativos! Vamos
analisar cada uma das alternativas. Assertiva I: correta. Esse conceito é algo que precisamos ter em mente: os cuidados paliativos devem ser iniciados na abordagem do
tratamento das doenças, principalmente em pacientes crônicos. Os pacientes com doenças de curso agudo/subagudo se beneficiam, mas ainda mais, quando
diagnosticamos uma doença que se perpetuará por muito tempo ou toda a vida do doente. Assertiva II: incorreta. Precisamos ter claro na nossa mente que cuidados
paliativos não deve ser sinonimo de terminalidade!! Muito pelo contrário, ele deve ser abordado desde cedo, lá quando identificamos o diagnóstico, para que possamos
garantir qualidade de vida, conforto e dignidade ao paciente, durante todo o seu processo saúde-doença. E, além disso, saber que o cuidado médico, assim como
proposto pelo SUS, é universal! Todos os pacientes, independente do âmbito - se na unidade básica ou no hospital terciário - deve ter acesso a esse recurso, uma vez
que ele prioriza a qualidade assistencial e o olhar biopsicossocial do paciente. Assertiva III: incorreta. Assim como devemos saber que os cuidados paliativos não são
sinônimo de terminalidade, devemos entender também que essa prática permeia todos os cenários do cuidado médico: da porta de entrada até o último dia do paciente.
Muitas vezes, no contexto emergencial, o médico se depara com pacientes com doenças crônicas de curso avançado e precisamos ter noção da proporcionalidade do
cuidado, para termos uma relação mais clara e confiante com o paciente e seus familiares e, sobretudo, evitarmos iatrogenia! Lembre-se sempre da prevenção
quaternária, lá da medicina preventiva! Resposta: letra D.
51 - 2022 SCMGO

» A cardiomiopatia hipertrófica é uma doença de hipertrofia das paredes do VE, sem conduto haver distensão das cavidades ventriculares. Os riscos de morte súbita são:
antecedentes familiares de morte súbita inexplicada; síncope inexplicada; taquicardia ventricular não sustentada em eletrocardiografia monitorizado por Holter de
24horas; resposta anormal da tensão arterial ao exercício-físico e hipertrofia do ventrículo esquerdo com espessura máxima da parede ventricular> 30mm. Resposta:
letra C.

52 - 2022 ENARE

» Em relação ao protocolo de reanimação cardiopulmonar, preconizado pela American Heart Association (AHA) através dos algoritmos BLS (“Basic Life Support” ou Suporte
Básico de Vida) e ACLS (“Advanced Cardiac Life Support” ou Suporte Avançado de Vida), vamos analisar cada uma das alternativas: Letra A: incorreta. Considera-se
como “bem-feita” (ou "de alta qualidade") as compressões torácicas que obedecem a quatro princípios: (1) as compressões “afundam” a metade inferior do esterno
(local de realização das compressões) em pelo menos 5 cm (mas sem ultrapassar 6 cm); (2) a frequência das compressões fica entre 100-120/minuto; (3) permite-se o
retorno completo do esterno entre cada compressão (o socorrista não deve se apoiar sobre o tórax do paciente entre as compressões); (4) as interrupções nas
compressões se reduzem ao mínimo inevitável, o chamado “no hands-off” (as compressões só devem ser interrompidas se estritamente necessário; idealmente, o
paciente não deve ficar mais do que dez segundos sem massagem). Logo, as compressões não devem ter uma frequência maior do que 120/minuto (compressões mais
rápidas do que 120/minuto podem não permitir o retorno completo do esterno, o que impossibilita que o coração se encha completamente antes da próxima compressão
e, consequentemente, reduz a a perfusão). Letra B: incorreta. Assunto interessante e que ainda é fonte de debate. Em relação à ventilação do paciente, apesar de ser a
mais utilizada, a intubação endotraqueal não é definida pelas diretrizes como a "via de escolha". Na verdade, essa opção dependerá da experiência do socorrista, do
suporte local e das condições do paciente. Assim, além da intubação, também é absolutamente aceitável a utilização de outros métodos, como dispositivos supraglóticos
(máscara laríngea, combitubo) e até mesmo bolsa-máscara (BMV). Quando desenvolvidas pela primeira vez, as diretrizes do ACLS defendiam o fornecimento de uma via
aérea protegida com IOT o mais cedo possível. Isso parecia lógico, dado o desafio de realizar a ventilação com bolsa-máscara, a necessidade percebida de ventilação
próxima ao normal e a preocupação com a aspiração de conteúdo gástrico. No entanto, durante os primeiros minutos após a PCR em adultos, o fornecimento de oxigênio
ao cérebro é limitado principalmente pela redução do fluxo sanguíneo, levando à recomendação de que as compressões torácicas excelentes tenham prioridade sobre a
ventilação. Ventilação com excesso de zelo ("volume e/ou frequência em excesso") pode ser prejudicial à manutenção da circulação devido à geração de pressões
intratorácicas elevadas, resultando em diminuição do retorno venoso, redução do enchimento do VE e menor volume sistólico, o que resulta em perfusão cerebral
inadequada. Sendo assim, curiosamente, já existem estudos que sugerem que durante a IOT a ventilação excessiva é mais provável de ocorrer meramente devido à
facilidade de ventilação através do tubo. Outros dispositivos como a própria BMV, por questões de impedimento mecânico e compressões obrigatórias de 30:2 (o que
limita a ventilação por minuto), entregariam menores volumes correntes apresentando uma melhor sobrevida neurológica. De toda forma, sem dúvidas, a intubação
orotraqueal continua sendo uma importante estratégia para controlar a via aérea do paciente, possibilitando uma ventilação adequada e protegendo contra a
broncoaspiração. Logo, não podemos dizer que ela não deve ser realizada durante a reanimação cardiopulmonar. Letra C: incorreta. A desfibrilação deve ser utilizada
somente em ritmos “chocáveis” (fibrilação ventricular e taquicardia ventricular), não devendo ser realizada em ritmos “não chocáveis” (assistolia e atividade elétrica
sem pulso). Letra D: incorreta. É importante frisar que a atropina foi retirada do ACLS por não existirem evidências de benefício terapêutico (não aumenta a chance de
retorno da circulação espontânea em nenhum ritmo de parada). Letra E: correta. De fato, no caso de um ritmo chocável (FV/TV), a carga do choque em desfibriladores
monofásicos é de 360J. Já no caso dos desfibriladores bifásicos devemos nos atentar para a carga preconizada pelo fabricante do aparelho (em geral ela fica entre 120-
200 J). Resposta: letra E.

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53 - 2022 UEL

» Questão copiada e colada do documento "Posicionamento para Ressuscitação Cardiopulmonar de Pacientes com Diagnóstico ou Suspeita de COVID-19 – 2020", da
Sociedade Brasileira de Cardiologia. Vamos às alternativas: Letra A: INCORRETA - De acordo com a fonte citada, recomenda-se que a eficácia da RCP seja avaliada
usando dióxido de carbono expirado (pressão parcial de dióxido de carbono > 10 mmHg) e pressão arterial invasiva (considerando valores da pressão diastólica > 20
mmHg). Letra B: INCORRETA - As manobras de reanimação podem ser feitas sim em posição prona. O ponto de referência para posicionamento das mãos segue a
projeção do mesmo lugar das compressões torácicas (T7-T10), na região interescapular. Letra C: INCORRETA - Se o paciente estiver em posição pronada, sem via aérea
invasiva instalada, recomenda-se reposicioná-lo rapidamente em posição supina, estabelecer as manobras de RCP e, o mais breve possível, instalar a via aérea invasiva,
preferencialmente por intubação orotraqueal. Caso o paciente já esteja sob intubação orotraqueal e ventilação mecânica, recomenda-se iniciar as manobras de RCP com
o paciente ainda em posição prona. Recomenda-se que tentativas de retorno do paciente para posição supina sejam executadas com o máximo de segurança ao
despronar, evitando a desconexão do ventilador e o risco de aerossolização. Letra D: CORRETA - Frase copiada e colada da diretriz sobre a desfibrilação nos pacientes
em posição prona: "Caso não existam pás adesivas, a desfibrilação deve ser tentada colocando-se a pá esternal na região dorsal e a pá apical na lateral do paciente".
Letra E: INCORRETA - Pontos mais centrais do cuidado aos pacientes em parada cardiorrespiratória não mudaram com a publicação da normatização, mas o próprio
documento reconhece peculiaridades no atendimento de pacientes com COVID-19: "Considerando esse cenário, em que evidências sólidas estão pouco documentadas
ou acessíveis, a Associação Brasileira de Medicina de Emergência (ABRAMEDE), a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a Associação de Medicina Intensiva Brasileira
(AMIB) e a Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), representantes oficiais de especialidades afiliadas à Associação Médica Brasileira (AMB), apresentam, a seguir,
as práticas destinadas ESPECIFICAMENTE ao atendimento de pacientes com diagnóstico ou suspeita de COVID-19. Em todos os outros casos, mantêm-se as diretrizes de
2015 da International Alliance of Resuscitation Committees (ILCOR), as diretrizes de 2019 da American Heart Association (AHA)1 e a Atualização da Diretriz de
Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia de 2019". Além da paramentação, limitar o número de pessoas no
atendimento, priorização da intubação com videlaringoscopia (se disponível), uso de filtro HEPA e recomendações para pacientes pronados estão entre as
particularidades contempladas no fluxograma do documento. Resposta: letra D.

54 - 2022 ENARE

» a) Incorreta. As compressões torácicas devem ser feitas a uma frequência de 100-120 por minuto e profundidade de 5-6 cm. Deve-se deixar o tórax retornar a sua
conformação inicial após cada compressão e minimizar a frequência e duração das interrupções. b) Incorreta. A atual diretriz da AHA apenas menciona que em um
cenário de PCR o suporte circulatório com massagem cardíaca deve ser prioritário ao suporte ventilatório, seguindo-se a ordem C-A-B: massagem cardíaca (circulation),
obtenção de via aérea segura (airway) e ventilação (breathing). A ventilação deve ser feita com duas ventilações a cada 30 compressões torácicas, descontinuando as
compressões durante a ventilação em pacientes sem via aérea avançada. A intubação orotraqueal não é proscrita. Caso via aérea avançada (dispositivo supraglótico,
tubo endotraqueal) seja obtida, ventilação assincrônica à massagem deve ser ofertada a cada 8-10 segundos. c) Incorreta. Assistolia e atividade elétrica sem pulso são
ritmos não chocáveis. Fibrilação ventricular e taquicardia ventricular sem pulso são ritmos chocáveis. d) Incorreta. A conduta a ser tomada na constatação de uma
fibrilação ventricular é a desfibrilação elétrica o mais rápido possível. e) Correta. A carga recomendada para desfibriladores bifásicos varia conforme a recomendação do
fabricante (ex.: dose inicial de 120-220 J) - caso essa seja desconhecida, usar a maior carga disponível. Choques subsequentes devem ter carga equivalente, cargas
maiores podem ser consideradas. Já a carga recomendada para desfibriladores monofásicos é de 360 J. Resposta: letra E.

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55 - 2022 SESAP

» O elemento chave para o sucesso da reanimação e aumento na probabilidade de sobrevivência é o início rápido das manobras de RCP, o que inclui não só “o tempo para
desfibrilação” (mesmo porque pode se tratar de um ritmo não chocável). Logo, a opção que melhor responde à questão é a letra B. Só temos um problema: a banca
divulgou como resposta a opção C e anulou a questão após pedidos de recurso.

56 - 2022 IO

» Questão sem graça pois retira na íntegra um trecho do documento "Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de
Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 " e coloca em uma das assertivas. Nas outras assertivas muda uma ou outra palavra tornando-a inválida.
Vamos aproveitar para rever sobre o tema: "Estudo observacional com uso de betabloqueadores via oral ou intravenosa após a PCR por FV/TVSP mostrou reduzir
mortalidade 72 horas após e em 6 meses. No entanto, podem levar à piora hemodinâmica, exacerbar sinais de Insuficiência Cardíaca (IC) e causar arritmias." Resposta:
letra C.

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57 - 2022 HECI

» Vamos avaliar as alternativas: A letra A está errada; de maneira nenhuma o socorrista pode abandonar o local em que a criança está necessitando de ajuda. No entanto,
quando um socorrista identifica uma provável parada, este deve chamar ajuda e pedir um desfibrilador automático antes da RCP. . A letra B está correta; além de ser
causa de hipertermia maligna e hipercalemia em crianças com doenças neuromusculares, a succinilcolina (bloqueador neuromuscular despolarizante) também deve ser
evitada na presença de fraturas múltiplas de ossos longos, traumas com lesão por esmagamento e na presença de TCE, pois eleva a pressão intracraniana. A letra C está
errada; Quando há bradipneia (FC < 60 bpm) e comprometimento respirató​rio, a primeira medida é a realização das ventilações, 20 a 30 vezes por minuto. Se apesar
disso a frequência permanecer abaixo deste ponto de corte, devem ser iniciadas as compressões torácicas. A letra D está errada; as manobras vagais deve ser o
primeiro passo na tentativa de reversão das taquicardias supraventriculares estáveis. Resposta: letra B.

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58 - 2022 UEL

» Motivada pela pandemia pelo Covid-19, em 2020 a Sociedade Brasileira de Cardiologia publicou um protocolo voltado para o manejo de pacientes infectados com Covid-
19 e em situação de parada cardiorrespiratória (PCR). Segundo esse documento:Letra A: incorreta. O dispositivo bolsa válvula máscara deve ser mantido apenas
enquanto o paciente ainda não estiver com uma via aérea invasiva/avançada instalada (tubo orotraqueal ou dispositivo extraglótico). Nesse caso, deve-se manter a
máscara de oxigênio, com baixo fluxo ou uma toalha sobre a boca e nariz do mesmo, já que movimentos de compressão torácica podem desencadear eliminação de
aerossóis.Letra B: incorreta. Assim como no protocolo para manejo de PCR em pacientes não infectados por Covid-19, atropina e vasopressina não são
recomendados.Letra C: incorreta. Os “5Hs e 5Ts” corresponde a um mnemônico que auxilia a lembrar das causas reversíveis de PCR em Aesp ou assistolia. Porém como
este se trata de um protocolo voltado para pacientes infectados por Covid-19, o documento destaca especial consideração para hipóxia, acidemia e trombose coronária,
causas citadas como frequentes nas publicações sobre Covid-19.Letra D: correta. Quando a PCR ocorrer em pacientes sob ventilação mecânica, deve-se manter o
paciente conectado ao ventilador em circuito de ventilação fechado e ajustar os parâmetros da seguinte forma: modo a volume, assistido-controlado, ajustado a 6 mL/kg
do peso predito do paciente; FiO2 a 100%; FR em torno de 10 vpm e Ti de 1 segundo; disparo (trigger) a fluxo: desligar a sensibilidade e, caso impossível, mudar o modo
a pressão da sensibilidade e ajustá-la para a forma menos sensível possível; PEEP de zero; liberar alarmes (o documento cita especificamente como ajustar cada
alarme).Letra E: incorreta. O documento cita quanto a pronação que caso o paciente esteja em posição pronada, sem via aérea invasiva instalada, recomenda-se
reposicioná-lo rapidamente em posição supina, estabelecer as manobras de RCP e, o mais breve possível, instalar a via aérea invasiva, preferencialmente por intubação
orotraqueal; já caso o paciente já esteja sob intubação orotraqueal e ventilação mecânica, recomenda-se iniciar as manobras de RCP com o paciente ainda em posição
prona. O choque, quando indicado, é recomendado com desfibrilador bifásico 120 a 200J ou monofásico a 360J.Resposta: letra D.

59 - 2022 IO

» Questão sem graça pois retira na íntegra um trecho do documento "Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de
Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 " e coloca em uma das assertivas. Nas outras assertivas muda uma ou outra palavra tornando-a inválida.
Vamos aproveitar para rever sobre o tema: Em um ensaio clínico em adultos com FV/TVSP, observou se que a administração de amiodarona 300 mg ou 5 mg/ kg
melhorou a sobrevida à admissão hospitalar, quando comparada com placebo ou administração de lidocaína. No entanto, não houve melhora do prognóstico neurológico.
Agora vem o trecho usado na questão: " A amiodarona pode ser considerada para FV/TVSP que não responde à RCP, desfibrilação e terapêutica vasopressora (Classe de
Recomendação IIb; Nível de Evidência B). A dose inicial deve ser de 300 mg por via intravenosa ou intraóssea e pode ser administrada uma dose adicional de 150 mg,
intercalada com vasopressor." Ou seja, exatamente como a letra D, nosso gabarito.

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60 - 2022 PUC - PR

» Paciente em parada cardiorespiratória! Quando chega o desfibrilador, é realizada a análise do ritmo e identificada uma Atividade Elétrica sem Pulso (AESP). Portanto, não
está indicada a desfibrilação desse paciente (letras B, C, D e E incorretas). Nesse momento, deve-se retornar imediatamente as manobras de reanimação
cardiopulmonar, fazer administração de adrenalina (epinefrina) na dose de 1 mg venoso e avaliar as condições reversíveis (5 H’s e 5 T’s). Resposta: letra A.

61 - 2022 HEVV

» Letra A: incorreta. O flutter atrial pode ocorrer após o início de um medicamento antiarrítmico para a supressão da fibrilação atrial, como propafenona e amiodarona.
Também favorecem seu aparecimento distúrbios como tireotoxicose, obesidade, apnéia obstrutiva do sono, disfunção do nó sinusal, pericardite, doença pulmonar e
embolia pulmonar. Em relação ao eletrocardiograma (ECG), as ondas P típicas estão ausentes e a atividade atrial é vista como um padrão dente de serra, também
chamado de ondas F, nas derivações II, III e aVF. Letra B: incorreta. A fibrilação atrial (FA) é favorecida por fatores como idade avançada, doença coronariana, doença
das valvas cardíacas, insuficiência cardíaca, obesidade, apneia do sono, diabetes, doença renal crônica, entre outros. No ECG, não há ondas P discretas, mas são
observadas ondas fibrilatórias (f) rápidas, de baixa amplitude e continuamente variáveis. O ritmo ventricular é geralmente irregularmente irregular. Letra C: correta. A
síndrome do QT longo está associada a um risco aumentado de desenvolver uma arritmia cardíaca que ameaça a vida chamada taquicardia ventricular polimórfica,
também conhecida como torsades de pointes. Letra D: incorreta. O termo taquicardia paroxístico supraventricular é aplicado a um subconjunto de taquicardias de
complexo QRS estreito, aquelas taquicardias supraventriculares intermitentes com início e deslocamento abruptos e resposta ventricular regular, diferentemente da em
contraste com FA e do flutter que têm uma resposta ventricular irregular. Resposta: letra C.
62 - 2022 UEVA

» Vamos aproveitar essa questão para rever alguns conceitos sobre o BLS/ACLS: 1- Sobre a técnica de compressão torácica: a técnica correta é feita com o paciente em
decúbito dorsal, idealmente sob superfície rígida. Nesta posição, o socorrista deve colocar o “calcanhar” de uma das mãos sobre o centro do peito da vítima (que é a
metade inferior do esterno) e o “calcanhar” da outra mão no topo da primeira, de modo que as mãos fiquem sobrepostas e paralelas. Estando os braços totalmente
esticados, com o movimento do tronco, ele aplicará as compressões, na frequência 100 a 120 por minuto, procurando deprimir ativamente o esterno, no mínimo, com 5
cm de profundidade (1/3 do diâmetro AP do tórax) evitando excesso na profundidade (superiores a 6 cm). 2- Sobre o início do ACLS: o ACLS começa, normalmente, pela
obtenção de uma via aérea avançada (embora não seja exclusivo deste protocolo), que está indicada quando o paciente não se recupera após o primeiro choque
desfibrilatório do BLS, caso tenha sido realizado. A obtenção de acesso venoso periférico para administração de drogas e medidas específicas para algumas causas de
parada cardíaca (ex.: toracocentese e pneumotórax hipertensivo) também estão incluídas. Logo após a obtenção de uma via aérea avançada, a RCP deve ser retomada
por mais 2min, agora sem a relação 30:2, ou seja, um indivíduo fica realizando as compressões “100-120 por minuto” e outro fica ventilando o paciente com ambu ligado
ao oxigênio 10 L/min, numa frequência de 10 por minuto (uma ventilação a cada 6s). 3- Sobre o uso da adrenalina: durante a RCP, logo após o segundo choque e a
obtenção de acesso venoso periférico, faz-se adrenalina 1 mg (uma ampola) pela veia periférica, infundindo em seguida cerca de 20 ml de soro fisiológico ou água
destilada e elevando o braço do paciente. A adrenalina deve ser repetida a cada três a cinco minutos durante todo o ACLS. Trata-se de um vasopressor muito potente,
capaz de aumentar o fluxo coronariano e cerebral, reduzindo a hipóxia e acidose teciduais e facilitando a desfibrilação. Resposta: letra C.

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63 - 2022 HSJ - PR

» Vamos analisar as alternativas: Letra A correta e D incorreta. A conduta na atividade elétrica sem pulso (AESP) e na assistolia consiste em manter as manobras de
ressuscitação e aplicar adrenalina na dose de 1 mg a cada 3-5 minutos. Paralelamente a isso, é importante avaliar a presença de possíveis condições reversíveis de PCR
- os 5 H’s (hipovolemia, hipóxia, hidrogênio/acidose, hipo/hipercalemia, hipotermia) e os 5 T’s (tenso pneumotórax, tamponamento cardíaco, trombose coronariana,
toxicidade, trombose pulmonar). Com relação ao tempo de RCP, nos casos de PCR intra-hospitalar, não existem parâmetros muito bem definidos para cessar as
manobras de ressuscitação - ou seja, essa deve ser uma decisão da equipe, levando em consideração as limitações físicas da equipe e o prognóstico do paciente. Letra
B: incorreta. Assistolia e AESP são ritmos não chocáveis!! Letras C e E: incorretas. A cardioversão deve ser reservada para os casos de taquiarritmia com QRS facilmente
identificável no monitor - isso permite que o choque seja sincronizado e o ritmo prontamente revertido. Por outro lado, a FV, a TV sem pulso e a TV polimórfica exigem
um choque dessincronizado de alta energia (desfibrilação), pois o monitor do aparelho não pode identificar o QRS. Se o “botão da sincronia” estiver ativado, o choque
simplesmente não ocorrerá. Resposta: letra A.

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64 - 2022 ENARE

» Segundo as recomendações mais recentes do suporte básico de vida (BLS) é fundamental reconhecer a parada cardiorrespiratória (PCR) o mais rápido possível! Porém, é
importante que a avaliação da respiração e a verificação do pulso não atrasem as medidas de ressuscitação cardiopulmonar (RCP). Para isso, recomenda-se que, em
pacientes desacordados, os profissionais de saúde gastem NO MÁXIMO dez segundos para checar pulso carotídeo antes de iniciar a RCP. Se o socorrista for leigo, a
verificação do pulso não deve ser realizada e a RCP deve ser iniciada assim que houver suspeita de que o paciente esteja em PCR! A realização de RCP em um paciente
que não responde e que não está em PCR tem poucas consequências adversas, ao passo que não realizar a RCP em um paciente que está em PCR pode contribuir para
um desfecho desfavorável. Ou seja, a nossa primeira medida, após verificar responsividade, deve ser checar o pulso carotídeo e a respiração (para confirmar que se trata
de uma PCR). Em seguida, devemos começar o o BLS, na sequência: - C (compressão): executar imediatamente 30 compressões torácicas, na frequência de 100-120 por
minuto. Letra A incorreta. - A (via aérea): consiste em abrir e manter a via aérea do paciente pérvia. - B (respiração): após as compressões iniciais e abertas as vias
aéreas, realizar duas ventilações (manter sempre a relação compressão/ventilação de 30:2). Leigos podem fazer apenas as compressões sem ventilação (hands-only).
Letra B incorreta. - D (desfibrilação): assim que o desfibrilador automático externo (DEA) ou o cardiodesfibrilador manual estiverem disponíveis, monitorar o ritmo e, em
caso de FV ou TV sem pulso, proceder a um choque dessincronizado de 360 J (monofásico) ou 120-200 J (bifásico), voltando imediatamente depois às manobras de RCP.
Repare que é só nessa etapa que nos preocupamos com o ritmo do paciente e, ainda assim, o mesmo deve ser checado com o próprio DEA (letra D incorreta). Caso o
paciente não tenha se recuperado após o primeiro choque desfibrilatório, devemos começar o ACLS. Em geral, é neste momento que iremos obter uma via aérea
avançada e acesso venoso periférico para administração de drogas. Letra C incorreta. Resposta: letra E.

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65 - 2022 UNIRV

» Questão direta. Temos uma paciente de 24 anos, sem fatores de risco para doença coronariana, que se apresenta na emergência com um relato de dor torácica de
característica pleurítica há 3 dias e supradesnivelamento de ST em diversas derivações. A troponina é positiva. A opção B está excluída justamente pela presença do
supra de ST. A opção A é improvável por alguns motivos:Paciente jovem, sem comorbidades;Dor de evolução há 3 dias, ventilatório-dependente, o que sem dúvida não é
o padrão do IAM;Supra de ST em múltiplas derivações, que não correspondem a uma "parede" específica.A cardiomiopatia de estresse ou síndrome de Takotsubo
corresponde a uma disfunção sistólica de VE (podendo também se estender para VD) sem obstrução coronariana que a justifique, podendo ser precipitada por estresse -
postula-se que sua patogênese envolva liberação de catecolaminas e vasoespasmo coronariano. É mais comum em mulheres > 50 anos, de início súbito, após estresse
emocional ou físico, com desconforto precordial e supra de ST/inversão de T nas precordiais. Troponina pode estar discretamente elevada. Até seria uma possibilidade,
mas sem dúvida a nossa principal hipótese diagnóstica neste caso é miopericardite, pois:A paciente apresentou quadro recente de COVID (fator de risco);A dor é
ventilatório-dependente;O supra de ST em múltiplas derivações poupando V1 e acompanhado pelo infra de PR é típico da pericardite;A troponina positiva indica
acometimento miocárdico (tratando-se, no caso em tela, de miopericardite).A melhor resposta é a opção C.

66 - 2022 UMC - MG

» Questão copiada, integralmente, da Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019.Vamos, então, revisar o trecho
que respondia a questão: “A cardiomiopatia diabética caracteriza-se por fibrose miocárdica e hipertrofia com disfunção diastólica do ventrículo esquerdo (VE),
inicialmente assintomática e que progride lentamente para disfunção diastólica ou sistólica, seguida de IC com repercussão clínica.”Resposta: letra A.No entanto, a
banca não liberou gabarito oficial.

67 - 2022 SCMCG

» Questão retirada na íntegra da Diretriz de ressuscitação cardiopulmonar e cuidados cardiovasculares de emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Segundo o
documento, durante a tentativa de ressuscitação, “o socorrista deve tentar identificar a causa da parada cardiorrespiratória - diagnóstico diferencial. Deve-se tentar
obter dados, para tanto, examinando o paciente ou conversando com os familiares, que permitam definir a possível causa e a estratégia terapêutica particularmente
para as causas reversíveis”. Logo, letra D correta, letras A, B e C incorretas.Resposta: letra D.
68 - 2022 ENARE

» O torsades de pointes é uma taquiarritmia ventricular caracterizada por complexos QRS de morfologia aberrante e alargados (≥ 120 ms) com morfologia variada na
mesma derivação - essas variações assumem a forma de uma alteração progressiva, sinusoidal e cíclica do eixo QRS. Os picos dos complexos QRS parecem “torcer” em
torno da linha isoelétrica da gravação, dando origem à denominação “torsades de pointes”. Normalmente, essa taquiarritmia ocorre num contexto de prolongamento do
QT em ritmo sinusal. Disturbios eletrolíticos como hipocalemia e hipomagnesemia podem predispor esta arritmia. Esses distúrbios podem ocorrer juntos, uma vez que a
hipomagnesemia causa diretamente a hipocalemia. A hipocalcemia, isolada ou induzida por hipomagnesemia, é uma causa menos comum. O tratamento de primeira
linha do torsades de pointes é a reposição de magnésio, que deve ser realizada através da infusão de sulfato de magnésio IV. Essa medida é altamente eficaz tanto para
o tratamento quanto para a prevenção de batimentos ectópicos ventriculares, que servem de gatilho para causar torsades de pointes. Seu benefício é observado
inclusive em pacientes com concentração normal de magnésio sérico. Resposta: letra C.

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69 - 2022 HMDI

» Paciente é encontrado desacordado e SEM PULSO, o que caracteriza uma parada cardiorrespiratória (PCR)! Identificada a PCR, a compressão torácica é considerada o
principal componente nas manobras de reanimação de uma PCR. O grande valor das compressões se dá pelo fato de que, nos primeiros 5 min de PCR, a concentração de
oxigênio do sangue ainda parece ser adequada para a homeostase tecidual e, portanto, o principal determinante da lesão miocárdica e cerebral neste momento não é a
hipoxemia, mas sim a parada do fluxo sanguíneo. A compressão, quando feita corretamente, garante 30% do fluxo cerebral e coronariano e pode manter uma PA
sistólica em torno de 60 a 80 mmHg e uma Pressão Arterial Média (PAM) em torno de 40 mmHg!! Ela retarda a lesão isquêmica (por hipóxia e acidose) do miocárdio,
aumentando comprovadamente o sucesso da reversão de uma fibrilação ventricular pelo choque desfibrilatório. Caso seja possível, as compressões devem ser
alternadas com as ventilações, na relação de 30:2, ou seja, 30 compressões seguidas por duas ventilações (ambu-máscara ou boca a boca). Define-se, portanto, 1 ciclo
de RCP como a execução de 30 compressões e duas ventilações. Geralmente, pelo menos 5 ciclos de RCP (aproximadamente 2 min) devem ser realizados antes de
qualquer nova medida de reanimação (ex: avaliação do ritmo, choque desfibrilatório, intubação traqueal, uso de drogas antiarritmicas). Cabe lembrar que a cardioversão
não é feita no contexto da PCR, e sim a DESFIBRILAÇÃO. Resposta: letra B.

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70 - 2022 PMFI

» A miocardiopatia hipertrófica é uma doença primária do miocárdio determinada por mutações nos diversos genes que codificam proteínas contráteis dos sarcômeros,
caracterizando uma inapropriada hipertrofia ventricular concêntrica, geralmente restrita ao VE, associada a uma função sistólica hiperdinâmica. Em geral, a hipertrofia
predomina no septo interventricular, fazendo com que o folheto da valva mitral seja “puxado” de encontro ao septo, produzindo uma obstrução transitória ao trato de
saída do VE no meio da sístole. Com o objetivo de manter o volume de ejeção sistólico pelo trato de saída obstruído, o ventrículo gera maior pressão, levando ao
aumento da tensão na parede e da demanda de oxigênio pelo miocárdio. O menor tamanho da câmara e o aumento da contratilidade agravam a obstrução, gerando
uma estenose subaórtica dinâmica. Para completar, esse movimento anterior do folheto valvar pode causar regurgitação mitral. Agora, guarde o conceito: o sopro
sistólico da cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva é o único sopro que aumenta a sua intensidade com a manobra de Valsalva e diminui a sua intensidade com a posição
de cócoras. Entenda: manobras que reduzem o volume cavitário (Valsalva, posição ortostática, vasodilatador) aproximam o septo hipertrofiado da valva mitral,
aumentando o grau de obstrução subaórtica. Por outro lado, as manobras que aumentam o volume cavitário (posição de cócoras, handgrip e decúbito dorsal) reduzem o
sopro, pois afastam o septo da valva mitral. O restante do exame físico nós já podemos imaginar: ictus de VE propulsivo, com presença de B4 e desdobramento
paradoxal de B2 (devido ao prolongamento da sístole ventricular esquerda em relação à direita). Certo, mas e as outras alternativas? Letra A: incorreta. A coarctação da
aorta é a cardiopatia congênita mais frequente, sendo definida como uma obstrução congênita da porção da aorta adjacente ao ligamento arterial, geralmente após a
subclávia esquerda. Estes pacientes são detectados pelo exame físico que mostra, além do sopro sistólico ejetivo no precórdio e dorso, uma grande diferença de pulso e
pressão arterial entre os membros superiores e inferiores (maior nos primeiros). Letra C: incorreta. O sopro da insuficiência mitral é holossistólico no foco mitral, com
irradiação para a axila e região infraescapular esquerda. O comprometimento do folheto posterior pode dar uma irradiação para os focos da base ou para a região
interescapular. Ao contrário do sopro da estenose aórtica, o sopro da IM aumenta com o esforço isométrico (handgrip) e não altera a sua intensidade no batimento pós-
extrassistólico. Letra D: incorreta. O sopro da estenose aórtica é caracteristicamente mesossistólico (“em diamante”), com maior intensidade no foco aórtico. Sua
intensidade aumenta com manobras que aumentam o retorno venoso e/ou a contratilidade do VE (posição de cócoras, exercício físico, batimento pós-extrassistólico)
e diminui com manobras que reduzem o retorno venoso (Valsalva, posição ortostática) ou que aumentam a resistência vascular periférica (handgrip). Resposta: letra B.

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