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Métodos de coleta:

Urinálise

Não é prova de função renal, avalia afecções renais. Apenas a densidade tem essa opção.

Mais recomendado:

Cistocentese: técnica mais adequada para animais de pequeno porte, sendo a amostra obtida
ideal para cultura e antibiograma, pois não há contaminação bacteriana. A contaminação
iatrogênica com hemácias é mínima.

Cateterismo: amostras, destinadas, a cultura e antibiograma, devem ser acondicionadas em


recipientes estéreis. Evitar contaminação iatrogênica da amostra com substância lubrificantes,
hemácias (danos À uretra) e /ou bactérias (manter a antissepsia)

Micção natural/compressão vesical: a amostra é frequentemente contaminada com células,


bactérias e outros debris localizados no trato genital, pele e pelos. Coletar o jato intermediário
da micção em frasco próprio. Esta amostra serve para urinálise, mas não para avaliação de
bacteriúria. Não é indicada para cultura e antibiograma. GRANDES ANIMAIS.

Urina recolhida do chão: amostra não indicada para urinálise.

Enviar o mais rápido para o laboratório. Muito tempo na geladeira, acontece crepitação de
cristais que se formaram na geladeira- altera o resultado.

Exame físico da urina

 Observar: oligúria, poliúria


 Cor
 Aspecto
 Odor
 Densidade
 Presença de formigas- diabetes

Exame de urina

Cor: amarelo ao âmbar, podendo ser castanha no cavalo.

Coloração anormal

Azul: presença de azul de metileno, infecção por Pseudomonas

Esverdeada: produtos da degradação da hemoglobina (bilirrubina), azul de metileno

Alaranjada: alta concentração da urina, aumento da bilirrubina

Vermelha: hematúria

Castanha: hemoglobinúria, intoxicação por Warfarin, fenotiazinas, mioglobinúria

Marrom: metahemoglobina, melanina, sulfonamidas, mercúrio

Amarelo escuro: pigmentos biliares

Branco: cristais de fosfato, fosfatúria

Aspecto: deve ser límpido.


Muco não tem significado clínico.

Odor: suis generis. Pútrido, adocicado (diabetes), medicamentoso (complexo b)

Densidade: soluto/solventes-> avalia o soluto dissolvido. Antes ou depois de centrifuga, não


importa, pois não considera o soluto que não foi dissolvido.

É feita no refratômetro.

Isostenúria: não perdeu a capacidade de absorção

Cão: 1.008- 1.012

Gato: 1.025- 1035- número a baixo, preocupante

Nos estados de poliúria, com exceção da Diabetes mellitus, a densidade urinária está
diminuída.

A elevação da densidade urinária está geralmente associada À oligúria:

 Fase oligúria da IRA


 Desidratação
 Febre
 Edema
 Choque

SEMPRE PRESTAR ATENÇÃO NO MANEJO ALIMENTAR!

Exame de Urina

pH

Herbívoros: pH alcalino- lactante tem o pH ácido.

Carnívoros: pH ácido

pH muito ácido pode indicar infecções. Em cistites o pH poderá ser alcalino devido ao
desdobramento do nitrogênio.

EXAMES QUÍMICOS- NA TIRINHA

Proteínas: normalmente, não ultrapassa o limite da cápsula de Bormann. Precisa ter uma lesão
para ter passagem de urina. Aumento da temperatura corporal do animal, aumenta os poros
da capsula, pode gerar proteinúria (pequenas proteínas).

Pré- renal: aumento temperatura corpotal

Renal: por lesão no glomérulo, ou nos túbulos- infecções.

Pós- renal: cálculo, cistite, infecção grave.

Proteinúria pode estar associada a síndromes nefrótica e nefrítica, glomerulonefrite,


amiloidose, diabetes mellitus. É o primeiro sinal de transtorno renal, entretanto, ela pode
aparecer em causas não renais como no estresse, na febre, no exercício muscular intenso.

Proteinúrias Pré renais: estresse, febre, exercício muscular intenso e gestação

Renais: tumores da bexiga, tumores da bexiga e da pelve renal, infecções urinárias.


Glicosúria, totalmente filtrada e 100% reabsorvida, até o limiar renal de reabsorção. 180 mg
em cães no sangue, gatos 300 mg/Dl no sangue.

Sugestivo para diabetes mellitus.

Corpos cetônicos: derivados do metabolismo lipídico. Estoca lipídios, e mobiliza no jejum,


quando não comem. Pode significar jejum prolongado, o mais comum, baixo insulina, não usa
glicose como fonte de energia, no fígado biotransforma, em corpos cetônicos entra nas células
e as alimenta. No jejum, não descompensa, mais comum, no diabetes mellitos junto com
glicosúria, gerando cetose. Detecta ácido acético na tirinha.

Hemoglobina: Hematúria? Hemoglobinúria? As tirinhas já separam. Na lâmina é interessante


observar, qual é a diferença.

Anemia hemolítica- hemoglobinúria. Tem lesão glomerular.

Hematúria: em algum parte das vias uretrais.

Sangue, células de bexiga, pH alcalino -> deve ser bexiga.

Nitritos

Sem significado no gato.

Bilirrubina: anemia hemolítica ou colestase secundária, doença hepática. Remete para fígado.
No gato, tem mais significado, baixo ácido glucoronato, produz menos bilirrubina.

FORMAÇÃO DA BILIRRUBINA

Heme e globina: hemocaterese.

O heme saí o ferro, bilirrubina junto com albumina, no fígado com ácido glucurônico é
direcionado para as fezes (acolicas), 10% saí pelos rins de urobilinogênio- dando cor a urina.

Doença hepática, colestase.

Urobilinogênio

Sais biliares: é um sabão feito do fígado a partir do colesterol, faz emulsão das gorduras para
absorver. Na urina, pode significar colestase.

Tiras de urina: química seca.

Aula 4-

Sedimentoscopia

Tubo de Fundo cônico (5ml de urina), centrifugar (7-10min). Retira 4ml, o restante homogenia,
coloca em uma lâmina com lamínula e leva no microscópio (objetiva de 40- aumento de 400x).

Observar:

Elementos inorgânicos: cristais

Orgânicos: células descamativas, eritrócitos, leucócitos, cilindros, espermatozoides e parasitas.

Células descamativas

 Epiteliais: escamosas: uretra, vagina e prepúcio.


 Transicional: bexiga e ureter
 Pelve renal
 Renal: rins

Sangue

Eritrócitos: >4-5, hemorragia (2-4)

Piócitos: >5-7= inflamação (3-5)

Cilindros hialinos

Cilindros celulares

Cilindros gordurosos: processo degenerativo, significativo em cães

Cilindros granulosos:

Cilindros céreos

 São cilindros muito largos


 Refletem a fase final da dissolução dos grânulos
 Significam obstrução prolongada do néfron e oligúria
 Ocorrem em estágios finais de doença renal crônica

PIOR PROGNÓSTICO

Cristais

AULA 5

Cristais

Presentes em animais clinicamente sadios. Podem indicar anormalidades (Urolitíases,


desordens metabólicas).

Urina muito concentrada favorece a concentração de íons- cristais.

Podem aparecer porque urina demorou para ser examina, muito tempo na geladeira.

Fatores que afetam a cristalúria:

Concentração da urina, período pós prandial, pH urinário, excreção de agentes terapêuticos.

Não há associação direta entre cristalúria e calculose. Errado saber o tipo de cálculo através
dos cálculos.

Cristais de aparecimento normal:

Acido úrico: comum em dálmatas

Fosfato amorfo, fosfato de cálcio, estruvita, carbonato de cálcio (cavalo e bovino), urato
amorfo.

ANORMAL: Cistiúria (dificuldade de reabsorção de túbulos), colesterol, bilirrubina, leucina,


tirosina, cisteina, sulfa, ácido úrico.

AULA 06

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