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Análise Sumária da Urina

ANÁLISES CLÍNICAS GERAIS


2020
Docente: Nishad Jikar Mahomed
Análise Sumária da Urina
• Conjunto de provas não-invasivas;
• Fornecem informações sobre várias funções metabólicas no
organismo;
• Permite o diagnóstico e monitorização do tratamento da doença renal
e do trato urinário;
• Deteção de doenças não relacionadas ao rim.
O teste consiste em:
• Verificação da cor, odor e aspecto da urina;
• Determinação do pH;
• Pesquisa de proteínas, corpos cetónicos, bilirrubina, urobilinogénio,
glicose, sangue, nitritos e leucócitos.
• Sedimentoscopia
Colheita da amostra
Primeira urina da manhã (mais concentrada);
Os genitais devem ser limpos antes da colheita;
A mulher deve manter os grandes lábios afastados durante a micção;
Desprezar a primeira e última porção da micção, e recolher o jacto
médio;
A amostra deve ser colhida num recipiente descartável, limpo e seco;
O recipiente deve ser etiquetado;
A análise da urina deve ser feita até duas horas após a colheita;
Deve estar isenta de contaminações vaginais ou fecais.
Aceitação da amostra
• Critérios estabelecidos pelo laboratório:

Colhidas e rotuladas incorrectamente


Cujos rótulos não coincide com os pedidos
Contaminadas com fezes
Recipientes contaminados exteriormente
Quantidade insuficiente
Transportadas incorrectamente
Exame Macroscópico
• Cor
Varia de amarelo-citrino a amarelo-âmbar fraco.
A coloração deve-se a presença de um pigmento – o urocromo
Outros pigmentos presentes: urobilina e uroeritrina

• Em repouso a urina escurece pela oxidação do urobilinogénio.

• Factores que alteram a cor:


Substâncias ingeridas;
Actividade física;
Compostos presents em situações patológicas
Cor
• Amarelo claro ou incolor: pacientes poliúricos, diabetes, elevado
consume de líquidos, medicamentos diuréticos, ingestão de álcool;
• Amarelo escuro ou Castanho: pacientes oligúricos, anemia
perniciosa, estados febris, início de icterícia (presença anormal de
bilirrubina), exercício vigoroso.
• Alaranjada ou avermelhada: presença de hematúria,
hemoglobinúria, mioglobinúria, icterícias hemolíticas, porfirinúrias,
emprego de fenolftaleína, nitrofurantoína, beterrada e contaminação
menstrual.
Cor
• Castanho escuro ou enegrecida: carcinoma da bexiga (“borra de
café”), glomerulonefrite aguda, melanoma maligno, uso de metildopa
e levodopa, metronidazol e salicilatos.
• Azulada ou esverdeada: infecção por pseudomonas, icterícias
antigas, tifo, cólera e pela utilização de azul de metileno, amitriptilina,
cloretos e fenol.
• Esbranquiçada ou branco leitoso: quilúria (linfa), lipidúria maciça,
hiperoxalúria, doenças purulentas do Sistema urinário.
Aspecto

• Límpida (transparente)

• Opaca

• Ligeiramente turva

• Turva

• Muito turva

• Leitosa
Aspecto
• Turvação não patológica
Células epiteliais de descamação e muco;
Incorrecta conservação que resulta em proliferação bacteriana;
Amostras refrigeradas,por precipitação de:
 fosfatos amorfos
 carbonatos
 uratos
Outras causas:
 sémen
 contaminação fecal
 meios radiográficos de contraste
 pó de talco
 cremes vaginais
Aspecto
• Origem patológica da turvação
leucócitos
Glóbulos vermelhos
Células epiteliais de outra origem
Crescimento bacteriano
fungos
Cristais anormais
Quilúria (linfa)
Lipúria (lípidos)
• O aspecto de uma urina fornece dados importantes para a interpretação do
exame microscópico, pois o aumento da turvação pode corresponder aos
elementos assim observados.
Tiras reagentes – Exame Citoquímico

• Possuem substâncias químicas fixas a uma tira plástica;

• A positividade dos testes é observada pelas modificações de cor;

• Tiras simples (para a pesquisa de um único parâmetro na urina)

• Tiras múltiplas (que permitem a avaliação simultânea de vários componentes);

• Não devem ser expostas à luz directa do sol, ao calor, a meios húmidos e a substâncias voláteis;

• Devem ser armazenadas no frasco original.


Tiras Reagentes

• Procedimento:

 Mergulhar a tira de teste brevemente na amostra de urina;

 Humedecer todos os campos de teste;

 Remover a urina excedente sobre o canto da tira na borda do frasco de recolha ou com papel absorvente;

 Manter a tira de teste na horizontal durante o tempo de incubação (1min.), para evitar interferências entre
as zonas reactivas;

 No tempo apropriado, comparer a cor das áreas reactivas com a escala cromática correspondente. Fazer a
leitura em local com boa iluminação.
Tiras reagentes
Densidade
• Densidade ou gravidade específica é uma medida das substâncias
químicas dissolvidas na urina, dependente do poder de excreção e
concentração dos rins.
• É determinada com urodensímetros, refractómetros e tiras teste.
Densidade
• A concentração de solutos na urina varia com:
A ingestão de água e solutos;
O estado das células tubulares;
A influência da ADH sobre a reabsorção de água nos túbulos renais.

Indicativo de doença renal ou deficiência de ADH

• Em condições normais (dieta e ingestão de líquidos habituais):


Recém-nascido –1.012;
Lactante –1.002 a 1.006;
Adulto –1.002 a 1.035 (1.015 a 1.025)
Densidade
• Densidade urinária aumentada
Diabetes mellitus, Doença de Addison, SIADH, nefropatia obstrutiva,
nefropatia vasomotora, obesidade, oliguria functional (estados febris,
desidratação, terapia com diuréticos, hipoproteinémia),
politraumatismo, pós-operatório imediato.

• Densidade urinária diminuída


Alcoolismo agudo, hiperaldosteronismo primário, diabetes insípidus,
fase inicial e final da insuficiência renal aguda, pielonefrite crónica e
tuberculose renal.
Densidade

• Tira reagente:

A área reactiva contém um indicador (azul de bromotimol)→mede a


alteração de pH correspondente ao conteúdo de sal ou à densidade;

• As cores da área reagent variam desde o azul intense (urinas de baixa


concentração) até ao amarelo (urinas de maior concentração iónica).
pH
• A urina é naturalmente ácida, pois o rim é o principal meio de
eliminação dos ácidos do organismo;
• o pH da urina varia entre 5.5 e 7.5.
• O pH pode chegar a 4.5 no caso de uma dieta à base de carne e a pH
de 8.0 numa dieta vegetariana.
• O pH é determinado pelo emprego dos indicadores vermelho de
metilo e azul de bromotimol, que permitem a diferenciação de
valores de meia unidade entre 5 e 9 (laranja,verde,azul)
pH

• pH urinário baixo:
Acidose metabólica (acidose diabética, diarreias graves, desnutrição),
acidose respiratória, clima quente, dieta protéica, fenilcetonúria,
intoxicação pelo álcool metílico, intoxicação pela salicilato, medicações
acidificantes e urina matinal.

• pH urinário elevado:
Alcalose metabólica e/ou respiratória, aldosteronismo primário, deficiência
potássica, dieta vegetariana, infecções urinárias provocadas por bactérias
que degradam a ureia em amónia, Doença de Addison, urina pós-prandial,
demora na análise da urina não refrigerada (acção de bactérias).
Proteínas
• A maioria das proteínas não são filtradas pelo rim em situações
normais → não devem estar presents na urina;
• Normal – Ausência de proteínas.

• Tira reagente
• Fita reactiva impregnada com azul de tetrabromofenol tamponado;
• A área apresenta cor amarela que modifica para verde ou azul em
presença de proteínas;
Proteínas

• Existem duas formas de apresentar o resultado:


Em cruzes;
Estimativa em mg/dL ou g/L.

• Proteinúria minima (<0.5g/L) - febre, hipertensão, glomerulonefrite, rim poliquístico,


infecção renal.

• Proteinúria moderada (0.5-3g/L)– nefropatia, mieloma, glomerulonefrite crónica,


nefropatia diabética, infecção, cálculos.

• Proteinúria acentuada (>3g/L)– sindrome nefrótico, insuficiência cardíaca congestiva.


Glicose

• A urina contém quantidades muito pequenas de glicose;


• A glicose que é filtrada nos rins, é reabsorvida de volta para o sangue pelo
túbulos renais;
• Concentração de glicose plasmática > 180 mg/dL –a capacidade de reabsorção do
túbulo renal é ultrapassada (perda de glicose na urina);

• Principal causa de hiperglicemia:


• Diabetes mellitus→ glicosúria

• Presença de glicose na urina sem que haja diabetes→sinal de doença nos


túbulos renais.
Cetonas
• Normalmente não há cetonúria.

• Razões para o aumento no metabolismo das gorduras (anormal):


Incapacidade de metabolizar os hidratos de carbonos (ex: diabetes
descompensado);
Perda de hidratos de carbon por vómitos, diarreia;
Jejum prolongado.

• Tira reagente:
• Tira reactiva impregnada com nitroprussiato de sódio(tamponado).
• Na presença de cetonas adquire a cor purpura.
Bilirrubinas
• Não existe na urina normal
• No sangue existe em 2 formas: conjugada (solúvel em H2O) e não conjugada

Bilirrubinúria:
• Presença de bilirrubina conjugada na urina;
• A bilirrubina aparece na urina quando os seus níveis sanguíneos ultrapassam 1,5mg/dL.

Causas de hiperbilirrubinémia:
• Anemias Hemolíticas→ icterícia hemolítica → não causa bilirubinúria.
• Pancreatites, cálculos, cálcio→ Icterícia obstrutiva
• Hepatites virais, tóxicos→ icterícia hepática
Urobilinogénio
• Produto de degradação de hemoglobina.
• Formado no intestino.
• Está presente em urinas normais.

• Causas de altos níveis de urobilinogénio na urina:


Hepatopatias e Distúrbios Hemolíticos

• A demora da pesquisa em urinas não refrigeradas leva a diminuição


do urobilinogénio devido à sua oxidação e conversão em urobilina.
Urobilinogénio

• As tiras reactivas podem revelar urobilinogénio a baixas


concentrações (aprox.3μmol/L);
• Um resultado de 33μmol/L corresponde ao limite entre uma amostra
positiva ou negativa – avaliação do paciente e da amostra;
• Um resultado negative não implica a ausência de urobilinogénio na
amostra
Hematúria e Hemoglobinúria
• Hematúria – sangramento ao longo do trato genitourinário.
• Urina com coloração rosa, vermelha ou castanha.
• Maioria dos casos são microscópicos.
• A presença de cilindros eritrocitários é a evidência definitiva de
sangramento parênquimal renal.
Hematúria e Hemoglobinúria
• Hemoglobinúria – presença de hemoglobina na urina, reflete hemólise
intravascular.

• Causas: hemólise por toxinas bacterianas (septicémia), veneno de cobra ou


aranha, malária, queimaduras severas, exercícios físicos extenuantes.

• Diagnóstico diferencial entre hemoglobinúria e hematúria (análise do


sediment urinário):
Hematúria – a presença de hemácias intactas;
Hemoglobinúria – não são encontradas hemácias ou, se existirem, são em
número reduzido.
Hematúria e Hemoglobinúria
• Tira reagente:
A reacção é positive em presença de eritrócitos intactos, bem como
hemoglobina livre e mioglobina;
A presença de pontos verdes dispersos indica a presença de
eritrócitos intactos;
A presença de coloração verde uniforme indica presença de
hemoglobina.
Nitritos

• Detecção de nitritos na urina:


Prova indirecta para o diagnóstico precoce de bacteriúria;
Os microorganismos comumente encontrados nas infecções urinárias (ex:
Escherichia coli, Enterobacter, etc) contêm enzimas que reduzem o nitrato da
urina a nitrito.

• Utilidade:
Diagnóstico precoce de infecções do trato urinário;
Avaliação da terapia com antibióticos;
Monitorização de pacientes com alto risco de infecção do trato urinário;
Selecção de amostras para a cultura de urina.
Nitrito

• Precauções para a realização do teste:

Os microrganismos nitratoredutores necessitam de quantidade suficiente


de substrato → ingestão de alimentos contendo nitrato na véspera do
teste (ex:cenoura, couve, espinafre, carne, saladas,etc.);
Utilizar a primeira urina da manhã que tenha permanecido no mínimo
quarto horas na bexiga;
A prova deve ser realizada o mais depressa possível após a emissão da
urina;
A urina não deve conter antibióticos (suspender a terapia por três dias
antes da prova).
Nitrito
• Falsos-positivo:
• Ingestão de fármacos que coram a urina de vermelho;
• Urinas não recentes.
• Falsos-negativo:
• Concentrações elevadas de ácido ascórbico;
• Urobilinogénio;
• pH baixo;
• Terapia antibiótica;
• Grande quantidade de bactérias (transformação do nitrito em nitrogénio).
• Nota:
• Pontos ou extremidades rosa na área da fita são interpretados como negativo
• Resultado negativo não exclui a possibilidade de existir uma bacteriuria significativa.
Leucócito
• O teste positivo para leucócitos deve ser confirmado pela sedimentoscopia.
• A intensidade de cor é proporcional ao número de leucócitos presentes na
amostra.

• Falsos-positivo:
• Presença de agentes oxidantes;
• Contaminação com líquido vaginal.

• Falsos-negativo:
• Inibição na cor promovida por grandes quantidades de ácido ascórbico;
• A interpretação da cor é afecta da pela nitrofurantoína.
Sedimentoscopia
Sedimentoscopia

• É a parte do exame qualitative da urina que mais dados fornece;


• Proporciona uma visão do que ocorre nos nefrónios que a formaram.

• Para se obter um bom sediment são necessárias três condições:


• 1.Que a urina seja recente;
• 2.Que a urina seja concentrada;
• 3.Que a urina seja ácida.

• Urina de baixa concentração e pH alcalino origina dissolução de alguns dos elementos formados;
• Urina conservada por um longo período pode alcanizar e ocorrer uma consequente
desintegração celular.
Sedimentoscopia
Células Epiteliais:

• Células escamosas ou células do epitélio pavimentoso - provêm do


revestimento da vagina, vulva, da uretra feminine e das porções
inferiores da uretra masculina.
Células uroteliais ou células do epitélio de transição – provém do
cálice renal, pelve renal e bexiga. Aumento – processos
inflamatórios e irritativos
Células do epitélio tubular renal. – sua presença é patológica, indica
lesão ou necrose tubular.
Leucócitos
Leucócitos (Leucocitúria):
• Leucócitos – 0 a 3/ campo no H
Valor de referência
• 3 a 5/ campo na M e criança
• Quando acompanhados de cilindros são de origem renal
• +20 leucócitos-anormal
• +30 leucócitos–infecção aguda
• Causas: pielonefrite,prostatite,uretrite,litíaserenal,acidose
tubular,neoplasias, intoxicações com metais pesados, desidratação
grave.
Leucócitos
Hemácias
• Um aumento do número de hemácias na urina representa uma
alteração da integridade da barreira vascular na membrana
glomerular ou no trato genitourinário;
• Hemácias bem conservadas (com morfologia normal) são
encontradas na urina de pacientes com patologias extra-
glomerulares;
• Hemácias morfologicamente alteradas reflectem alterações de
origem glomerular ou elevada permanência nas vias urinárias.
Hemácias
Cilindros

Cilindros (Cilindrúria):
 Moldes mais ou menos cilíndricos do tubo
contornado distal e do tubo colector;
 O principal componente dos cilindros é a
proteína de Tamm-Horsfall (precipita no
lumen tubular);
 Células inteiras, detritus celulares,
pigmentos, cristais e lípidos podem ser
encontrados na composição dos cilindros.
Cilindros
• Cilindros hialinos
Constituídos por uma matriz homogénea de
Tamm-Horsfall;
A presença de 0 a 2 por campo de pequeno
aumento é considerada normal;
Quantidades elevadas em situações fisiológicas
como exercício físico intenso, febre,
desidratação estresse emocional
sãoconsideradas normais;
Estão presentes nas glomerulonefrites,
pielonefrites, doença renal crónica.
Cilindros

• Cilindros hemáticos
Matriz protéica com eritrócitos;
Estão associados a doença renal
intrínseca;
As suas hemácias são frequentemente
de origem glomerular, como na
glomerulonefrite, mas podem também
resultar de dano tubular, como na
nefrite intersticial aguda.
Cilindros
Cilindros leucocitários
• Matriz protéica com
leucócitos;
• Indicam infecção ou
inflamação renal
(ex:glomerulonefrite;
pielonefrite).
Cilindros
Cilindros de células epiteliais
• Matriz protéica com células tubulares
renais;
• Resultam da descamação das células que
revestem os túbulos renais;
• São encontrados após agressões
nefrotóxicas ou isquémicas sobre o epitélio
tubular e podem estar associados a
infecções virais como citomegalovírus;
Cilindros
Cilindros granulosos
• São compostos primariamente de proteína de
Tamm-Horsfall e contêm grânulos provenientes
de restos leucocitários, bactérias, etc;
• Os grânulos são resultado da desintegração de
cilindros celulares ou agregados de proteínas
plasmáticas, imunocomplexos e globulinas;
• Quando aumentados representam doença renal
glomerular ou tubular;
• Encontram-se em situações de stresse, exercício
físico e infecção do trato urinário
Cilindros
Cilindros céreos
• Contêm proteínas séricas na sua
composição;
• Representam um estadio avançado do
cilindro hialino;
• Ocorrem quando há estase prolongada por
obstrução tubular;
• São comuns em pacientes com insuficiência
renal crónica e também em rejeição de
transplantes, hipertensão e outras doenças
renais agudas (ex: sindrome nefrótica e
glomerulonefrite aguda).
Filamentos de Muco

• Proteína fibrilar produzida pelo


epitélio tubular renal e pelo
epitélio vaginal;
• Não é considerado clinicamente
significativo;
• O aumento da quantidade de
filamentos de muco na urina está
associado à contaminação vaginal.
Sedimentoscopia

• Cristais:
• A formação de cristais na urina pode ser devida:

• A uma diminuição da diurese;

• Ao aumento da excreção de alguns solutos (cálcio,oxalatos);

• À diminuição de inibidores da cristalização (citrato, magnésio, zinco,


glicosaminoglicanos.)
Cristais

• A maior parte dos cristais não está presente no momento da emissão da


amostra;
• O arrefecimento da urina e as variações de pH são as principais causas de
precipitação dos solutos;
• A presença de cristais em urinas frescas, conduz a pesquisas do foro
metabólico (determinação das concentrações plasmáticas e urinárias de
cálcio, fosfatos, uratos, magnésio, oxalatos, citratos) –pode ser indicativo
de litíase;
• É útil avaliar a cristalúria, não só o número e a dimensão dos cristais, mas
também a sua tendência para a agregação;
• Podem auxiliar no diagnóstico da natureza dos cálculos renais.
Cristais
Cristais de Oxalato de Cálcio
• Predominam em urinas ácidas, mas também aparecem
em urinas neutras e alcalinas;
• Podem reflector uma nefropatia crónica, um aumento da
absorção de oxalates (ex:doença de Crohn), hiperoxalúria
após elevada absorção do ácido ascórbico;
• Em indivíduos saudáveis podem aparecer após ingestão
de alimentos ricos em ácido oxálico
(ex:espinafres,tomates,maçãs).
Cristais

Cristais de Fosfato Amorfo


• Ocorrem em urinas alcalinas;
• Podem ser uma consequência de
hiperparatiroidismo ou acidose
tubular renal, infecção por
bactérias que degradam a ureia
(ex:Proteus).
Cristais

Cristais de Ácido Úrico


• Estão associados à hiperuricosúria (hiperuricémia, gota, dieta rica
em purinas), desidratação e hiperacidez urinária.
Cristais
Cristais de Cistina
• São encontrados na hipercistinúria e formam-se em pacientes com
deficiência inata de transporte de cistina pelas células dos túbulos
renais e intestinos.
Cristais
Cristais da lesão hepática:
• Cristais de Leucina:
• Extremamente raros;
• Indício de um processo degenerativo grave
no fígado.
• Cristais de Tirosina:
• Extremamente raros;
• Aparecem em hepatopatias graves e
envenenamento com fósforo
Cristais
Cristais de Colesterol
• Extremamente raros;
• Aparecem em situações de Síndrome nefrótica, nefrite, ruptura de
vaso linfático e em casos de obstrução ao normal fluxo da linfa
(ex:tumor).

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