Você está na página 1de 4

ANALISES CLINICAS

Aula 4

Tema: Proteinas da fase aguda ( reactantes da fase aguda).

Os reactantes da fase aguda (RFA) constituem um grupo heterogéneo de proteínas


plasmáticas, estructural e funcionalmente heterogéneas, sintetizadas pelo fígado cuja
concentração se modifica em resposta ao estímulo de citoquinas (fundamentalmente
interleucina-1, interleucina-6, interleucina-8 e factor de necrose tumoral-α).

Se liberam em resposta ao inicio de una infecção ou dano tissular. São componentes


do complemento, proteínas da coagulação e fibrinógenio. São inespecíficas, dado que
podem elevar-se em resposta a qualquer tipo de estímulo inflamatorio: enfermedades
autoimunes, neoplasias, situacões de estresse taies como traumatismos, queimaduras,
intervencões cirúrgicas, etc.

Se clasificam em dois grandes grupos: proteínas cuja concentração plasmática é


superior ao nivel basal ou RFA positivos, e proteínas cuja concentração plasmática
diminui ou RFA negativos. (Tabela 1) Este aumento ou diminução é de ao menos 25%
durante processos inflamatorios.

RFA POSITIVOS RFA NEGATIVOS

Proteína C reactiva Albumina


(PCR)

Proteína sérica amiloide A Prealbumina

Haptoglobina Apolipoproteína

Alfa-1-Antitripsina A1
Antiquimiotripsina Transferrina

Ceruplasmina Fibronectina

Fibrinógeno

Factores del complemento

A proteína C reactiva no plasma é o parâmetro mais utilizado como reactante de fase


aguda. É um marcador muito sensivel de inflamação.

A proteína C reactiva aumenta na resposta inflamatoria aguda, incluindo infeccões


víricas e bacterianas localizadas, sendo o parâmetro mais útil nestes casos, assim como
em inflamações crónicas, como la artrite reumatoide, utilizándo-se como marcador de
actividade. A vida media da proteína C reactiva é longa, e pode manter-se elevada por
días depois de finalizado o proceso inflamatorio, apresentando limitações para a
monitorização terapéutica e pronóstica a curto prazo.

A velocidade de sedimentação globular é também un marcador utilizado com


frequencia, como uma medida indirecta das alterações na concentração do fibrinogénio
que influenciam na agregação eritrocitária. Se eleva mais lentamente que a proteína C
reactiva e pode demorar semanas em recuperar os valores de referencia.

A neopterina, é liberada por macrófagos com a activação da imunidade celular. Assim,


a concentração de neopterina está elevada em resposta a infecções por virus,
protozoários e bacterias intracelulares. Nao se eleva em resposta a infecções causadas
por bacterias extracelulares. é também um indicador de complicações inmunológicas en
pacientes transplantados.
PROCALCITONINA
A Procalcitonina é um marcador específico de infecção bacteriana sistémica. A
procalcitonina é um péptido de 116 aminoácidos, precursor da calcitonina. Assim pois,
a procalcitonina, se sintetiza, em condições normais, nas células C da glándula tiroides.
Porem, nas infecções severas é capaz de sintetizar-se en tecidos extratiroideos,
presumivelmente nas células do sistema mononuclear fagocítico.

A cinética da procalcitonina consiste en una inducção muito rápida em resposta a um


estímulo, dentro das primeiras 2-6 horas; a sua vida media no plasma é de
aproximadamente 25-30 horas.

Procedimentos de medida
A procalcitonina tem uma vida media no plasma de 25-30 horas e é muito estável in
vivo e in vitro, permitindo sua medição no soro ou plasma mediante procedimentos
simples. Actualmente existem dois ensaios quantitativos: imuno-luminométrico e
inmunofluorescente automatizado, e um semiquantitativo por inmuno-cromatografía.
Indicações e limitações
A procalcitonina resulta especialmente útil em situações em que as manifestações
clínicas são mais inespecíficas, como é o caso de idades extremas (Crianças e idosos),
inmuno-deprimidos e pacientes que já apresentam uma resposta secundaria a infeccão
ou (pos-cirúrgicos, traumatismos, queimaduras, estresse respiratorio, neoplasias, etc.).

A determinação de procalcitonina é, pois, especialmente útil nas seguintes situações:

1. Diagnóstico de infecção bacteriana com inflamação sistémica:


- infecção bacteriana sistémica versus localizada (por exemplo, pielonefrite e cistite),
- infecção bacteriana sistémica versus vírica (por exemplo, meningite bacteriana e
vírica),
- inflamação de origem bacteriana ou não bacteriana em pacientes com resposta
inflamatória alterada: crinaças e idosos, pacientes inmunodeprimidos, pacientes críticos
(por exemplo, infecção em paciente pos-operado).
2. Controlo do tratamento e seguimento das infecciones bacterianas: Uma resposta
adequada ao tratamento antibiótico produzirá um rápida descida da concentração de
procalcitonina, tendo em conta sua vida média no plasma de 25-30 horas. Se a
concentração de procalcitonina se mantem aumentada é indicativo de mau
prognóstico. Assim pois, é útil a monitorização de doentes críticos.

Interpretação dos resultados


A medição de procalcitonina tem como objectivo a rapidez na toma de decisões
diagnósticas e terapéuticas, mas nunca substituir a avaliação clínica nem aos resultados
microbiológicos.
Usando os valores discriminantes do procedimento semiquantitativo como referencia, se
podem interpretar os resultados da seguinte maneira:
< 0,5 ng/mL: Individuos sãos, processos inflamatórios crónicos, infeções víricas e
infecções bacterianas localizadas. A presença de sépse, sepse severa ou choque séptico
são improváveis.
0,5 - 2 ng/mL: Infecções víricas e infecções bacterianas localizadas. A presença de
sepse severa ou choque séptico são improváveis, mas a sepse é possível.
2 - 10 ng/mL: Infecção bacteriana sistémica (sepse) muito provável. Se aconselha
iniciar tratamento antibiótico.
> 10 ng/mL: Sepse severa ou choque séptico muito provável, existe risco de
desenvolver fal6encia de múltiplos órgãos. É necessário iniciar tratamento específico.

Você também pode gostar