Você está na página 1de 135

NEFROPATIAS NA INFÂNCIA

NEFROPATIAS NA INFÂNCIA

• INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO


• SÍNDROME NEFRÓTICA
• GLOMERULONEFRITES
• LITÍASE RENAL
• TUMOR DE WILMS
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO

CONCEITO:
• Infecção urinária compreende a fixação e a multiplicação bacteriana no trato urinário. A infecção
pode ser localizada ou acometer todo o trato urinário. Chama-se de infecção urinária baixa
quando o acometimento está localizado na bexiga, e de pielonefrite quando há fixação bacteriana
no parênquima renal.
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO
EPIDEMIOLOGIA

• Há uma maior incidência de ITU no 1º ano de vida, estimada em cerca de 1,4%, especialmente
para o sexo masculino.
• Após essa idade, ocorre queda brusca da incidência nos meninos, porém mantendo-se
relativamente alta nas meninas até os 6 anos de idade.
• A taxa de recorrência é elevada, sendo que 30% das meninas apresentam um novo episódio
dentro do 1º ano após o episódio inicial, 50% delas apresentam recidiva em 5 anos e algumas
apresentam uma série de recidivas.
• Nos meninos, as recidivas variam em torno de 15 a 20%, sendo raras após o 1º ano de vida.
PATOGÊNESE

• PERÍODO NEONATAL- VIA HEMATOGÊNICA


• APÓS- VIA ASCENDENTE- COLONIZAÇÃO DA REGIÃO PERIURETRAL POR
UROPATÓGENOS ENTÉRICOS
• ADESÃO DA BACTÉRIA ÀS CELULAS UROEPTELIAIS- PROCESSO ATIVO MEDIADO
POR ADESINAS BACTERIANAS E RECEPTORES ESPECÍFICOS;
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO

• EPIDEMIOLOGIA:
• - 10% das meninas e 3% dos meninos: pelo menos 1 episódio na infância
• - meninos : > no 1º ano (15 a 20%)
• - meninas: ao longo da infância (30% no 1º ano, 50% até os 5 anos)
• - recidiva em 1 ano após 1º episódio – 30 a 50%
• - 60 a 90% - uropatia (RVU, VUP, outras)
FATORES DE RISCO
• - IDADE: nos neonatos e até o sexto mês - meninos

• terceiro ou quarto ano de vida – pico para as meninas

• - CIRCUNCISÃO: diminui em 4 a 20 vezes a incidência

• - SEXO FEMININO: prevalência maior em 2 a 4 vezes-( comp, uetra)

- RAÇA: Crianças brancas tem 2-4 vezes maior prevalência

• -SINEQUIAS : de pequenos lábios (meninas)

• - INICIO DA ATIVIDADE SEXUAL em meninas

• - INSTRUMENTAÇÃO DAS VIAS URINÁRIAS

• FATORES GENÉTICOS

• OBSTRUÇÃO DO TRATO URINÁRIO ( VALVULA DE URETRA POSTERIOR,ESTENOSE DA JUNÇÃO URETERO PÉLVICA


E ETC)

• REFLUXO VESICO URETERAL

• DISFUNÇÃO DE ELIMINAÇÕES ( URINÁRIA E FECAL)

• -
ETIOLOGIA
ETIOLOGIA

• ALEM DOS CITADOS;


• Virus: Adenovírus, enterovirus, coxasackievirus,
echovírus
• Fungos: Cândida ssp, Aspergílus ssp,Criptococcus
neoformans;
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO
QUADRO CLINICO

Varia de acordo com o grupo etário, com a localização da infecção, com estado nutricional,
presença de alterações anatômicas do trato urinário, número de infecções anteriores e o
intervalo de tempo do último episódio infeccioso.

Recém nascidos:,apresenta-se como um quadro séptico, manifestações inespecíficas


como insuficiente ganho de peso, anorexia, vômitos, dificuldade de sucção, irritabilidade,
hipoatividade, convulsões, pele acinzentada e hipotermia. Pode apresentar-se com um
quadro menos agudo, predominando a recusa alimentar, vômitos ocasionais, palidez
cutânea e icterícia
QUADRO CLINICO

• LACTENTE: a febre é a principal manifestação, muitas vezes o único sinal de ITU. Pode ocorrer hiporexia, vômitos,
dor abdominal e ganho pondero estatural insatisfatório. Raramente há sinais ou sintomas ligados ao trato urinário.
• PRÉ-ESCOLAR e ESCOLARES :a febre é também um sinal frequente associado aos sinais e sintomas relacionados
ao trato urinário.
• Os quadros com maior acometimento do estado geral, adinamia, calafrios, dor abdominal e nos flancos sugerem
pielonefrite aguda.
• Sintomas como enurese, urgência, polaciúria, disúria, incontinência e/ou retenção urinária com urina fétida e turva
podem corresponder a um quadro de cistite.
• A presença de disúria nem sempre corresponde a um quadro de ITU, podendo ser determinada por balanopostites e
vulvovaginites.
QUADRO CLINICO

• ADOLESCENTES. a sintomatologia mais comum compreende disúria, polaciúria e dor à


micção, podendo ocorrer também urgência miccional, hematúria e febre.
• Em adolescentes do sexo feminino e nas mulheres jovens, pode-se encontrar a chamada
“síndrome de disúria-frequência”, com sensação de queimação ao urinar, desconforto
suprapúbico e frequência urinária aumentada.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
MÉTODOS DE COLETA

• a urina pode ser coletada de três maneiras:


• saco coletor: deve haver os cuidados de higiene e perfeita adaptação do adesivo no contorno da
genitália e com trocas a cada 30 minutos, até que amostra de urina seja obtida; • punção suprapúbica
(PSP): método invasivo, embora seja uma prática segura especialmente quando guiada por
ultrassonografia. A PSP está indicada nos casos em que a coleta por via natural suscita dúvidas
(diarreia aguda, dermatite perineal, vulvovaginites e balanopostites);
• cateterismo vesical: método invasivo que pode provocar ITU no caso de falha técnica no
procedimento, além de ser desconfortável para o paciente. Não deve ser usado de rotina para coleta de
material que é eliminado espontaneamente, como a urina.
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO
TRATAMENTO

• Abordagem da criança com ITU confirmada A abordagem dos quadros de ITU envolve
simultaneamente dois aspectos:
• A erradicação do agente infeccioso (seguida da quimioprofilaxia)
• Estudo morfofuncional do trato urinário
• o correto diagnóstico e o pronto início do tratamento são cruciais na prevenção do dano renal.
Visando a prevenir a doença renal progressiva, procuram-se identificar alterações anatômicas
e/ou funcionais do trato urinário e fatores predisponentes de lesão do parênquima
TRATAMENTO

• TRATAMENTO:
• VIA ORAL – 7 a 14 dias:
• 1- SMZ + TMP - 40 + 8 mg/Kg/dia ,2x/dia
• 2- Nitrofurantoina - 5 – 7 mg/Kg/dia, 3 - 4x/dia
• 3- Cefadroxil 25 - 50 mg/Kg/dia, 2x/dia
• 4- Cefalexina 50 - 100 mg/Kg/dia , 4x/dia
• 5- Ác. Nalidíxico - 60 mg/Kg/dia, 4x/dia ( ausente no mercado farmacêutico)
• 6- Amoxicilina ou Amox. + Clav. Potássio - 20 - 40 mg/Kg/dia, 3x/dia
TRATAMENTO
• TRATAMENTO:
• VIA ORAL:
• Cistite não complicada em adolescentes sexualmente ativas:
• - Ciprofloxacino – 250 mg/dose x 2, 3 dias
• - Norfloxacino – 400 mg/ dose x 2 , 3 dias
• - Levofloxacino – 250 mg/ dose x 2, 3 dias
• VIA PARENTERAL:
• - Ceftriaxona – 50 – 100 mg/Kg/dia, 1 -2 x/dia, EV, IM
• - Gentamicina – 3 a 7,5 mg/Kg/dia, 1 -3 x/dia, EV, IM
• - Amicacina – 15 mg/Kg/dia, 1 – 2 x/dia, EV, IM
PROFILAXIA - INDICAÇÕES
• TRATAMENTO PROFILÁTICO:
• -INDICAÇÕES:
• -RVU grave (grau III a V) ou obstrução do trato urinário
• Lactentes com alto risco de pielonefrites de repetição
• Lactentes com hidronefrose fetal até esclarecimento e terapêutica
• Cistites ou pielonefrites recorrentes
• Meninas com ITUs de repetição
• Durante investigação morfofuncional do TU , após 1º episódio de ITU
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO

• TRATAMENTO PROFILÁTICO:
• DURAÇÃO:
• - RVU grave: até 5 anos de idade
• - uropatias obstrutivas: até resolução do caso
• - ITUs de repetição, sem alterações urológicas à investigação por imagem: 6 meses a 1
ano
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO
DISFUNÇÃO VESICO URETERAL

• CONCEITO
• RELAÇÃO COM ITU
• ETIOLOGIA
• FISIOPATOLOGIA
• SINAIS E SINTOMAS
• INVESTIGAÇÃO
• TRATAMENTO
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO
REFLUXO VESICO URETERAL

• O RVU primário, alteração mediada por expressão genética, é causado por uma anormalidade
estrutural da junção ureterovesical (curto segmento submucoso do ureter), permitindo ascensão
da urina da bexiga até os ureteres e os rins.
• Classifica- -se o RVU em 5 graus: leve (I e II), moderado (III) e grave (IV e V)
GLOMERULONEFRITES
CONCEITO:
- Doenças renais de base imunoinflamatória
 hematúria e/ou cilindros hemáticos
 hipertensão arterial
 edema
 oligúria
 graus variáveis de proteinúria e IR
GLOMERULONEFRITES
• CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA:

PRIMÁRIAS: etiologia desconhecida ( autoimunidade)


SECUNDÁRIAS: doenças autoimunes, infecciosas, malignas, metabólicas
GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA

• -PÓS ESTREPTOCÓCCICA:
• - causa mais frequente de hematúria macroscópica em nosso meio

- ocorre geralmente 1 a 3 semanas após quadro de faringite ou 3 a 5 semanas após


quadro de impetigo
• - agente: estrepto B hemolítico do grupo A (nefritogênica)
• - Masculino: 2:1
• + em pré escolar e escolar, raro < 2 anos
GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA
GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA

QUANDO SUSPEITAR?
 hematúria (urina escura) – 70 90% dos casos
 Hipertensão arterial
 edema(inicialmente face, posteriormente progressivo, duro, pouco depressível)
 pode haver ou não oligúria
 sintomas congestivos (10 a 15% dos casos): hepatomegalia, engurgitamento
jugular,taquidispnéia, B3
GLOMERULONEFRITE DIFUSA
AGUDA
• COMO CONFIRMAR?
• 1- História clínica: ocorrência de estreptococcia anterior (impetigos)
• 2- Exame de urina: hematúria, cilindros hemáticos e granulosos, grealmente proteinúria, leucocitúria
• 3-ASLO– se normal, não afasta a doença; Antihialuronidase e antidesoxirribonuclease B ;
• 4- PFR: uréia e creatinina se oligúria
• 5- Hemograma (anemia dilucional), ionograma: K elevado (IR), Na baixo (hemodiluição)
• 6- RX tórax: cardiomegalia e congestão pulmonar
• 7- C3 baixo – diagnóstico presuntivo
GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA
• DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
 outras GN pós infecciosas: estafilo, pneumo, gram negativos
 síndrome hemolítico-urêmica
 Nefrite por LES
 Glomerulopatias crônicas
 Sind. Nefrótica
 outras causas de hematúria:ITU, traumas de vias urinárias, nefrolitíase
GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA

• COMPLICAÇÕES:

 - IRA: hiperpotassemia, hiperfosfatemia, acidose, hipocalcemia,uremia IRC


 - ICC: dispneia, EAP
 - HAS: crise hipertensiva, encefalopatia hipertensiva, convulsões
GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA
TRATAMENTO:
 A maioria dos casos: acompanhamento ambulatorial
 Internação: HAS grave ou de difícil controle, encefalopatia hipertensiva ou ICC :
• 1- Medidas gerais: peso diário, balanço hídrico, monitorização da PA
• 2- Repouso relativo ao leito
• 3- dieta hipossódica - < 1g sal/dia
• 4- restrição hídrica: se oligúria com vol. urinário < 300 ml/m²/dia
GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA

• TRATAMENTO:
 - Antibióticos: Penicilina (benzatina – DU) ou Amoxicilina, VO, 10 dias
 - Diuréticos: casos com hipervolemia + congestão + ICC
 Furosemida: 1 – 2 mg/Kg/dose , 2 a 4x/dia, VO ou EV
 - Anti-hipertensivos: níveis pressóricos > 20mmHg do PC 95 para idade e peso:
Nifedipina retard, 1 a 2mg/Kg/dose
 Nas emergências hipertensivas mais graves: Nitropussiato de Sódio EV
GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA
• PROGNÓSTICO:

 - 95% dos casos: FAVORÁVEL – resolução em 2 sem a 1 mês; Hematúria pode


persistir por até 1 ano
 - 5%: disfunção renal progressiva ou crônica (adolescentes e adultos)
 - Recorrência é rara: não indicada profilaxia
BIÓPSIA RENAL

• Como a GNDA é nefropatia de evolução favorável, a biópsia renal só está indicada quando
houver suspeita clínica de que o padrão anatomopatológico não seja de proliferação endotelial e
mesangial.
• São indicadores de biópsia renal: hematúria macroscópica com duração superior a 4 semanas
e/ou função renal persistentemente alterada por período maior de 4 semanas e/ou hipertensão
arterial prolongada por mais de 4 semanas e/ou complemento sérico persistentemente baixo por
mais de 8 semanas e/ou associação com síndrome nefrótica de duração superior a 4 semanas
SÍNDROME NEFRÓTICA

- CONCEITO:
• Síndrome causada pela perda renal de proteínas edema por hipoalbuminemia
• 2 a 6 casos/ 100.000 crianças/ ano
• 85% dos casos: 1ª ou idiopática (lesões mínimas), bom prognóstico
• 2ª: LES, púrpuras, hepatite B e C, AIDS, drogas e toxinas, atopias, linfomas e
leucemias, sífilis, malária, toxoplasmose
SÍNDROME NEFRÓTICA
FISIOPATOLOGIA
SÍNDROME NEFRÓTICA
• QUANDO SUSPEITAR?

 Edema
 Proteinúria
 Hipoalbuminemia
 Idade:1 a 6 anos (2/3 dos casos)
 Frequente: virose respiratória ou outro quadro infeccioso prévios
SÍNDROME NEFRÓTICA
• COMO SUSPEITAR?

 Edema inicialmente bipalpebral tendendo a anasarca, depressível, mole, frio,


gravitacional
Geralmente oligúria: urina amarela, escura, espumosa
Caráter recorrente
Sintomas gerais: anorexia, irritabilidade, diarreia, dor abdominal
SÍNDROME NEFRÓTICA
SÍNDROME NEFRÓTICA
• COMO CONFRIMAR?
 Proteinúria > 40 mg/m²/hora ou 50 mg/Kg/dia
> 2g/dia = proteinúria maciça
 Urina rotina: proteinúria ++ a ++++
hematúria e cilindrúria
 relação proteína/creatinina na urina: >2 = proteinúria nefrótica

 Hipoalbuminemia: albumina sérica < 2,5 g/dl


SÍNDROME NEFRÓTICA

• COMO CONFIRMAR?
Outros:
 Hemograma
 ionograma(hiponatremia e hiperlipidemia)
 Proteínas total e fracionadas
 colesterol T e triglicérides
 complemento sérico (C3 eC4), US renal, biópsia renal
SÍNDROME NEFRÓTICA

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
 - GNDA
 - ICC
 - Hipoproteinemia grave – DPC
 - outras glomerulopatias (LES, púrpuras, trombose de veia renal)
SÍNDROME NEFRÓTICA

TRATAMENTO:
- Casos não complicados: ambulatorial
- Casos + complicados: Internação
 Medidas gerais:Peso diário, balanço hídrico, cuidados com a pele para evitar
lesões, evitar quadros infecciosos
 Antibióticos: Penicilina ou Amoxicilina se infecções respiratórias ou celulites
 Nutrição: dieta hipossódica, se edema (0,5 a 1 g de sal/dia), evitar excesso de
líquido, restringir gordura
SÍNDROME NEFRÓTICA
• TRATAMENTO:
 -Diuréticos; Uso restrito e cauteloso
 - albumina: edema grave e refratário + hipoalbuminemia grave (< 1,6g/dl) – 0,5 a 1
g/dia
 Corticoterapia: Prednisona ou Prednisolona 2 mg/Kg/dia ou 60 mg/m²/ dia, 1x/dia,
durante 6 semanas dias alternados por 4 semanas retirada progressiva
semanal, 30% a 50% da dose
 Alquilantes: Ciclofosfamida, Clorambucil: 3 mg/Kg/dia, 8 semanas – EC: leucopenia,
varicela disseminada, cistite hemorrágica, esterilidade
SÍNDROME NEFRÓTICA

MAU PROGNÓSTICO:
 Início: < 1 e > 7 anos
 Hematúria e hipertensão persistentes
 Uremia
 Resposta insastifatória à corticoterapia
 Recidivas durante tratamento
 maioria estabiliza de 1-15a (média 4-a) de doença
NEFROLITÍASE

DEFINIÇÃO:
Cálculos renais são massas de cristais que se
formam no interior do trato urinário e atingem
tamanho suficiente para causar sintomas ou serem
visíveis em estudos por imagem. 
NEFROLITÍASE

EPIDEMIOLOGIA
• 3 a 5% crianças são afetadas
• EUA: em 1 caso para cada 1000-7600 admissões hospitalares
 No entanto, porque muitas crianças não necessitam de internação
hospitalar, esta é uma subestimação da prevalência da doença
• Sexo: os meninos têm um risco ligeiramente aumentado
NEFROLITÍASE
• FISIOPATOLOGIA:
• 6 tipos componentes cristalinos

• Oxalato de Ca : 45 – 80% *
• Fosfato de Ca: 5 – 29 % *
• Estruvita: 5 – 13 %
• Purinas/ ácido úrico: 4 – 10%
• Cistina : 1- 5%
• Mistos: 2 – 4%
* mais comuns
NEFROLITÍASE

• FISIOPATOLOGIA
Litogênese está relacionada
• Clima
• Sedentarismo

• Dieta: ingesta de proteína e sal


ingesta hídrica
• pH urinário
• pH alcalino: precipitação dos cristais de fosfato Ca e estruvita
• pH ácido: cristalização de ácido úrico e de cistina
NEFROLITÍASE
• Apresentação Clínica

• Dor abdominal aguda ( 10 – 14%)


 Tipo cólica , irradiando região lombar e região inguinal - associado
náusea ou vômito
 Dor leve a moderada - difusa
• Dor abdominal crônica
• Hematúria macroscópica
• Infecção urinária
• Disúria, polaciúria
• Alteração do aspecto urina: turva
• Eliminação cálculo
NEFROLITÍASE

• Anamnese:
• Características semiológicas da dor (duração, localização, etc)
• História Alimentar
• Ingesta Hídrica
• História familiar de urolitíase
• Antecedente de urolitíase ou infecções recorrentes do trato urinário
NEFROLITÍASE

• Exame Físico

• dor à palpação profunda do flanco no lado acometido, porém sem sinais de


irritação peritoneal.
• A punho-percussão lombar = casos de urolitíase alta sintomática (Sinal de
Giordano positivo), ainda que a localização da área de maior desconforto nem
sempre se correlacione com a posição do cálculo.
NEFROLITÍASE

• Exames complementares:
• Urina: sedimento / gram de gota /urocultura
• Ultrassom renal e de vias urinárias ou abdominal
• Rx simples de abdomen
• TC Abdomen: padrão ouro
NEFROLITÍASE

Drogas antiespasmódicas e/ou analgésicas


1. Diclofenaco sódico: utilizado por vias oral, retal e intramuscular. Dose: 1 a 3 mg/kg a cada
8 horas. Apresentação: comprimidos de 50 e 75 mg; supositório de 50 mg e ampolas de
75 mg/3 mL.
2. N-butilbrometo de escopolamina: utilizado por vias oral, intramuscular e endovenosa,
diretamente na veia ou diluído em soro para gotejamento lento: • dose via oral – lactente:
10 gotas/dose a cada 8 horas; pré- -escolar: 10 a 20 gotas/dose a cada 8 horas; escolar: 20 a 30
gotas/dose a cada 8 horas; • dose via intramuscular ou endovenosa – lactente: 1/4 de ampola a
cada 8 horas; pré-escolar: 1/2 ampola a cada 8 horas; escolar: 1 ampola a cada 8 horas.
Apresentação: drágeas de 10 mg, solução oral de 10 mg/mL, ampolas de 20 mg/mL.
3. Morfina e análogos: • morfina: utilizada por vias subcutânea e oral. Dose: 0,1 a 0,2 mg/kg, dose
máxima 15 mg. Apresentação: ampolas de 2 mg/2 mL, 10 mg/mL e 10 mg/10 mL;
4. Meperidina: utilizada por vias intramuscular ou subcutânea. Dose: 1 a 1,5 mg/kg, dose máxima de 100 mg.
Apresentação: ampolas de 100 mg/2 mL.
Essas são drogas utilizadas em situações muito especiais e com critérios bem
definidos, em razão de riscos inerentes.
NEFROLITÍASE

CONDUTA DIANTE DO PACIENTE COM QUADRO AGUDO:

Tamanho Cálculos:

• Microcálculo: < 3mm


• Pequeno: > ou igual 3 e < 5 mm
• Médio: > ou igual 5 e < 7 mm
• Grande: > ou igual 7mm
• Alto risco obstrução: > ou igual 10mm
NEFROLITÍASE

CONDUTA DIANTE DO PACIENTE COM QUADRO AGUDO:


Não eliminação do cálculo:
Monitorização
localização do cálculo
repercussões sobre o rim
consultoria da urologia:
•Ureteronefrolitotomia
•Retirada endoscópica cálculo
• Litotripsia extracorpórea
NEFROLITÍASE

CONDUTA DIANTE DO PACIENTE COM QUADRO AGUDO:

Situações que complicam a litíase urinária e requerem remoção do cálculo:


•Tamanho cálculo: > 10mm ou cálculo coraliforme
•Risco Infecção - Urosepse - acompanhar com EAS/UC
•Obstrução total
•Deterioração da função renal
•Rim único
•Não progressão do cálculo durante o período de 6 semanas : dependendo
USG
( acompanhamento seriado)
NEFROLITÍASE

• O que pode acontecer com o paciente agudo?


1. Eliminação do cálculo sem maiores consequências

 repercussões sobre o rim (Hidronefrose?)


• Cuidados com a hidratação
 acompanhamento (USG semanal)
• 6 semanas: lesão renal
• tamanho do cálculo (>7mm ou <7mm)
TUMOR DE WILMS
TUMOR DE WILMS
TUMOR DE WILMS
TUMOR DE WILMS
TUMOR DE WILMS
TUMOR DE WILMS
TUMOR DE WILMS
TUMOR DE WILMS
TUMOR DE WILMS
NEFROPATIAS NA INFÂNCIA

OBRIGADA!!
BIBLIOGRAFIA

• Pediatria ambulatorial, Leão Ennio et al., 5ª ed., Coopmed, 2013


• http://pt.slideshare.net/lapedufrn/infeco-do-trato-urinrio-na-infancia-itu-
• http://www.slideshare.net/urovideo/refluxo-vesicoureteral
• Nefrolitíase e hematúrias metabólicas - Silva , A. C.S., Departamento de Pediatria , UNP - Maio 2010 
• http://pt.slideshare.net/lausuft/tumores-renais
• Tratado de Pediatria 4ª ed SBP
• PROPED
• Curso de Pediatria da SBP 3ª Ed, módulo de Nefrologia-Aulas ITU de repetição ( profª Dra Kathia Liliane da
Cunha Ribeiro Zuntini) e Aula de Sindrome Nefrótica em pPediatria- Porf Dr Olberes Vitor Braga de Andrade.
( Módulo 12)

Você também pode gostar