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NEFROPATIAS NA INFÂNCIA
CONCEITO:
• Infecção urinária compreende a fixação e a multiplicação bacteriana no trato urinário. A infecção
pode ser localizada ou acometer todo o trato urinário. Chama-se de infecção urinária baixa
quando o acometimento está localizado na bexiga, e de pielonefrite quando há fixação bacteriana
no parênquima renal.
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO
EPIDEMIOLOGIA
• Há uma maior incidência de ITU no 1º ano de vida, estimada em cerca de 1,4%, especialmente
para o sexo masculino.
• Após essa idade, ocorre queda brusca da incidência nos meninos, porém mantendo-se
relativamente alta nas meninas até os 6 anos de idade.
• A taxa de recorrência é elevada, sendo que 30% das meninas apresentam um novo episódio
dentro do 1º ano após o episódio inicial, 50% delas apresentam recidiva em 5 anos e algumas
apresentam uma série de recidivas.
• Nos meninos, as recidivas variam em torno de 15 a 20%, sendo raras após o 1º ano de vida.
PATOGÊNESE
• EPIDEMIOLOGIA:
• - 10% das meninas e 3% dos meninos: pelo menos 1 episódio na infância
• - meninos : > no 1º ano (15 a 20%)
• - meninas: ao longo da infância (30% no 1º ano, 50% até os 5 anos)
• - recidiva em 1 ano após 1º episódio – 30 a 50%
• - 60 a 90% - uropatia (RVU, VUP, outras)
FATORES DE RISCO
• - IDADE: nos neonatos e até o sexto mês - meninos
• FATORES GENÉTICOS
• -
ETIOLOGIA
ETIOLOGIA
Varia de acordo com o grupo etário, com a localização da infecção, com estado nutricional,
presença de alterações anatômicas do trato urinário, número de infecções anteriores e o
intervalo de tempo do último episódio infeccioso.
• LACTENTE: a febre é a principal manifestação, muitas vezes o único sinal de ITU. Pode ocorrer hiporexia, vômitos,
dor abdominal e ganho pondero estatural insatisfatório. Raramente há sinais ou sintomas ligados ao trato urinário.
• PRÉ-ESCOLAR e ESCOLARES :a febre é também um sinal frequente associado aos sinais e sintomas relacionados
ao trato urinário.
• Os quadros com maior acometimento do estado geral, adinamia, calafrios, dor abdominal e nos flancos sugerem
pielonefrite aguda.
• Sintomas como enurese, urgência, polaciúria, disúria, incontinência e/ou retenção urinária com urina fétida e turva
podem corresponder a um quadro de cistite.
• A presença de disúria nem sempre corresponde a um quadro de ITU, podendo ser determinada por balanopostites e
vulvovaginites.
QUADRO CLINICO
• Abordagem da criança com ITU confirmada A abordagem dos quadros de ITU envolve
simultaneamente dois aspectos:
• A erradicação do agente infeccioso (seguida da quimioprofilaxia)
• Estudo morfofuncional do trato urinário
• o correto diagnóstico e o pronto início do tratamento são cruciais na prevenção do dano renal.
Visando a prevenir a doença renal progressiva, procuram-se identificar alterações anatômicas
e/ou funcionais do trato urinário e fatores predisponentes de lesão do parênquima
TRATAMENTO
• TRATAMENTO:
• VIA ORAL – 7 a 14 dias:
• 1- SMZ + TMP - 40 + 8 mg/Kg/dia ,2x/dia
• 2- Nitrofurantoina - 5 – 7 mg/Kg/dia, 3 - 4x/dia
• 3- Cefadroxil 25 - 50 mg/Kg/dia, 2x/dia
• 4- Cefalexina 50 - 100 mg/Kg/dia , 4x/dia
• 5- Ác. Nalidíxico - 60 mg/Kg/dia, 4x/dia ( ausente no mercado farmacêutico)
• 6- Amoxicilina ou Amox. + Clav. Potássio - 20 - 40 mg/Kg/dia, 3x/dia
TRATAMENTO
• TRATAMENTO:
• VIA ORAL:
• Cistite não complicada em adolescentes sexualmente ativas:
• - Ciprofloxacino – 250 mg/dose x 2, 3 dias
• - Norfloxacino – 400 mg/ dose x 2 , 3 dias
• - Levofloxacino – 250 mg/ dose x 2, 3 dias
• VIA PARENTERAL:
• - Ceftriaxona – 50 – 100 mg/Kg/dia, 1 -2 x/dia, EV, IM
• - Gentamicina – 3 a 7,5 mg/Kg/dia, 1 -3 x/dia, EV, IM
• - Amicacina – 15 mg/Kg/dia, 1 – 2 x/dia, EV, IM
PROFILAXIA - INDICAÇÕES
• TRATAMENTO PROFILÁTICO:
• -INDICAÇÕES:
• -RVU grave (grau III a V) ou obstrução do trato urinário
• Lactentes com alto risco de pielonefrites de repetição
• Lactentes com hidronefrose fetal até esclarecimento e terapêutica
• Cistites ou pielonefrites recorrentes
• Meninas com ITUs de repetição
• Durante investigação morfofuncional do TU , após 1º episódio de ITU
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO
• TRATAMENTO PROFILÁTICO:
• DURAÇÃO:
• - RVU grave: até 5 anos de idade
• - uropatias obstrutivas: até resolução do caso
• - ITUs de repetição, sem alterações urológicas à investigação por imagem: 6 meses a 1
ano
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO
DISFUNÇÃO VESICO URETERAL
• CONCEITO
• RELAÇÃO COM ITU
• ETIOLOGIA
• FISIOPATOLOGIA
• SINAIS E SINTOMAS
• INVESTIGAÇÃO
• TRATAMENTO
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO
REFLUXO VESICO URETERAL
• O RVU primário, alteração mediada por expressão genética, é causado por uma anormalidade
estrutural da junção ureterovesical (curto segmento submucoso do ureter), permitindo ascensão
da urina da bexiga até os ureteres e os rins.
• Classifica- -se o RVU em 5 graus: leve (I e II), moderado (III) e grave (IV e V)
GLOMERULONEFRITES
CONCEITO:
- Doenças renais de base imunoinflamatória
hematúria e/ou cilindros hemáticos
hipertensão arterial
edema
oligúria
graus variáveis de proteinúria e IR
GLOMERULONEFRITES
• CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA:
• -PÓS ESTREPTOCÓCCICA:
• - causa mais frequente de hematúria macroscópica em nosso meio
QUANDO SUSPEITAR?
hematúria (urina escura) – 70 90% dos casos
Hipertensão arterial
edema(inicialmente face, posteriormente progressivo, duro, pouco depressível)
pode haver ou não oligúria
sintomas congestivos (10 a 15% dos casos): hepatomegalia, engurgitamento
jugular,taquidispnéia, B3
GLOMERULONEFRITE DIFUSA
AGUDA
• COMO CONFIRMAR?
• 1- História clínica: ocorrência de estreptococcia anterior (impetigos)
• 2- Exame de urina: hematúria, cilindros hemáticos e granulosos, grealmente proteinúria, leucocitúria
• 3-ASLO– se normal, não afasta a doença; Antihialuronidase e antidesoxirribonuclease B ;
• 4- PFR: uréia e creatinina se oligúria
• 5- Hemograma (anemia dilucional), ionograma: K elevado (IR), Na baixo (hemodiluição)
• 6- RX tórax: cardiomegalia e congestão pulmonar
• 7- C3 baixo – diagnóstico presuntivo
GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA
• DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
outras GN pós infecciosas: estafilo, pneumo, gram negativos
síndrome hemolítico-urêmica
Nefrite por LES
Glomerulopatias crônicas
Sind. Nefrótica
outras causas de hematúria:ITU, traumas de vias urinárias, nefrolitíase
GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA
• COMPLICAÇÕES:
• TRATAMENTO:
- Antibióticos: Penicilina (benzatina – DU) ou Amoxicilina, VO, 10 dias
- Diuréticos: casos com hipervolemia + congestão + ICC
Furosemida: 1 – 2 mg/Kg/dose , 2 a 4x/dia, VO ou EV
- Anti-hipertensivos: níveis pressóricos > 20mmHg do PC 95 para idade e peso:
Nifedipina retard, 1 a 2mg/Kg/dose
Nas emergências hipertensivas mais graves: Nitropussiato de Sódio EV
GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA
• PROGNÓSTICO:
• Como a GNDA é nefropatia de evolução favorável, a biópsia renal só está indicada quando
houver suspeita clínica de que o padrão anatomopatológico não seja de proliferação endotelial e
mesangial.
• São indicadores de biópsia renal: hematúria macroscópica com duração superior a 4 semanas
e/ou função renal persistentemente alterada por período maior de 4 semanas e/ou hipertensão
arterial prolongada por mais de 4 semanas e/ou complemento sérico persistentemente baixo por
mais de 8 semanas e/ou associação com síndrome nefrótica de duração superior a 4 semanas
SÍNDROME NEFRÓTICA
- CONCEITO:
• Síndrome causada pela perda renal de proteínas edema por hipoalbuminemia
• 2 a 6 casos/ 100.000 crianças/ ano
• 85% dos casos: 1ª ou idiopática (lesões mínimas), bom prognóstico
• 2ª: LES, púrpuras, hepatite B e C, AIDS, drogas e toxinas, atopias, linfomas e
leucemias, sífilis, malária, toxoplasmose
SÍNDROME NEFRÓTICA
FISIOPATOLOGIA
SÍNDROME NEFRÓTICA
• QUANDO SUSPEITAR?
Edema
Proteinúria
Hipoalbuminemia
Idade:1 a 6 anos (2/3 dos casos)
Frequente: virose respiratória ou outro quadro infeccioso prévios
SÍNDROME NEFRÓTICA
• COMO SUSPEITAR?
• COMO CONFIRMAR?
Outros:
Hemograma
ionograma(hiponatremia e hiperlipidemia)
Proteínas total e fracionadas
colesterol T e triglicérides
complemento sérico (C3 eC4), US renal, biópsia renal
SÍNDROME NEFRÓTICA
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
- GNDA
- ICC
- Hipoproteinemia grave – DPC
- outras glomerulopatias (LES, púrpuras, trombose de veia renal)
SÍNDROME NEFRÓTICA
TRATAMENTO:
- Casos não complicados: ambulatorial
- Casos + complicados: Internação
Medidas gerais:Peso diário, balanço hídrico, cuidados com a pele para evitar
lesões, evitar quadros infecciosos
Antibióticos: Penicilina ou Amoxicilina se infecções respiratórias ou celulites
Nutrição: dieta hipossódica, se edema (0,5 a 1 g de sal/dia), evitar excesso de
líquido, restringir gordura
SÍNDROME NEFRÓTICA
• TRATAMENTO:
-Diuréticos; Uso restrito e cauteloso
- albumina: edema grave e refratário + hipoalbuminemia grave (< 1,6g/dl) – 0,5 a 1
g/dia
Corticoterapia: Prednisona ou Prednisolona 2 mg/Kg/dia ou 60 mg/m²/ dia, 1x/dia,
durante 6 semanas dias alternados por 4 semanas retirada progressiva
semanal, 30% a 50% da dose
Alquilantes: Ciclofosfamida, Clorambucil: 3 mg/Kg/dia, 8 semanas – EC: leucopenia,
varicela disseminada, cistite hemorrágica, esterilidade
SÍNDROME NEFRÓTICA
MAU PROGNÓSTICO:
Início: < 1 e > 7 anos
Hematúria e hipertensão persistentes
Uremia
Resposta insastifatória à corticoterapia
Recidivas durante tratamento
maioria estabiliza de 1-15a (média 4-a) de doença
NEFROLITÍASE
DEFINIÇÃO:
Cálculos renais são massas de cristais que se
formam no interior do trato urinário e atingem
tamanho suficiente para causar sintomas ou serem
visíveis em estudos por imagem.
NEFROLITÍASE
EPIDEMIOLOGIA
• 3 a 5% crianças são afetadas
• EUA: em 1 caso para cada 1000-7600 admissões hospitalares
No entanto, porque muitas crianças não necessitam de internação
hospitalar, esta é uma subestimação da prevalência da doença
• Sexo: os meninos têm um risco ligeiramente aumentado
NEFROLITÍASE
• FISIOPATOLOGIA:
• 6 tipos componentes cristalinos
• Oxalato de Ca : 45 – 80% *
• Fosfato de Ca: 5 – 29 % *
• Estruvita: 5 – 13 %
• Purinas/ ácido úrico: 4 – 10%
• Cistina : 1- 5%
• Mistos: 2 – 4%
* mais comuns
NEFROLITÍASE
• FISIOPATOLOGIA
Litogênese está relacionada
• Clima
• Sedentarismo
• Anamnese:
• Características semiológicas da dor (duração, localização, etc)
• História Alimentar
• Ingesta Hídrica
• História familiar de urolitíase
• Antecedente de urolitíase ou infecções recorrentes do trato urinário
NEFROLITÍASE
• Exame Físico
• Exames complementares:
• Urina: sedimento / gram de gota /urocultura
• Ultrassom renal e de vias urinárias ou abdominal
• Rx simples de abdomen
• TC Abdomen: padrão ouro
NEFROLITÍASE
Tamanho Cálculos:
OBRIGADA!!
BIBLIOGRAFIA