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Docente: Ms.

Ruany Cristyne de Oliveira Silva


A importância dos rins

Os rins regulam a pressão arterial, filtram o sangue,


eliminam as toxinas existentes no organismo, controlam a
água e o sal no corpo, produzem hormônios e eliminam
os excessos de medicamentos e outras substâncias
ingeridas.
NEFRITES

A nefrite é um termo utilizado para referir a presença de uma


inflamação dos rins. Essa inflamação é geralmente causada por uma
reação imunológica, quando o organismo tenta se defender de
alguma agressão.

A nefrite é responsável por 50% das doenças renais.


NEFRITES
Os principais tipos de nefrites que estão relacionados com a parte renal afetada
ou com a causa que a provoca, são:

Glomerulonefrite, em que a inflamação afeta principalmente a primeira parte


do aparelho de filtragem, o glomérulo, podendo ser aguda ou crônica;

Nefrite intersticial ou nefrite tubulointersticial, em que a inflamação ocorre


nos túbulos dos rins e nos espaços entre os túbulos e o glomérulo;

Nefrite lúpica, em que a parte afetada também é o glomérulo e é causada pelo


Lúpus Eritematoso Sistêmico, que é uma doença do sistema imunológico.
NEFRITES
Glomerulonefrite
Glomerulonefrite é uma inflamação do glomérulo, unidade funcional do rim formada por
um emaranhado de capilares, onde ocorrem a filtragem do sangue e a formação da urina.
As glomerulonefrites podem ser primárias ou secundárias, agudas ou crônicas.

 As primárias se instalam diretamente no glomérulo e, em geral, são causadas por


alteração imunológica resultante de infecções por vírus ou bactérias.

 As secundárias não se originam primariamente no glomérulo, mas estão associadas a


doenças, como hipertensão arterial, diabetes, lúpus eritematoso, hepatites B e C,
infecção pelo HIV, ou, ainda, por alguns medicamentos. As causas mais frequentes,
porém, são diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica.
NEFRITES
Principais sintomas

Os sintomas de nefrite podem ser:

•Diminuição da quantidade de urina;


•Urina avermelhada;
•Excesso de suor, especialmente no rosto, mãos e pés;
•Inchaço dos olhos ou das pernas;
•Aumento da pressão arterial;
•Presença de sangue na urina.

Com o aparecimento destes sintomas, deve-se ir imediatamente a um nefrologista para fazer


exames de diagnóstico como teste de urina, ultrassom ou tomografia computorizada de forma
a identificar o problema e iniciar o tratamento adequado. Além destes sintomas, na nefrite
crônica pode surgir perda de apetite, náuseas, vômitos, fadiga, insônia, coceira e câimbras.
NEFRITES
O tratamento depende do tipo de nefrite, uma nefrite aguda o tratamento pode ser
feito com repouso absoluto, controle da pressão arterial e redução do consumo de
sal. Se a nefrite aguda foi provocada por uma infecção, o nefrologista pode
prescrever um antibiótico.

Já nos casos de nefrite crônica, além do controle de pressão arterial, o


tratamento normalmente é feito com a prescrição de medicamentos anti-
inflamatórios como a cortisona, imunossupressores e diuréticos e uma dieta com
restrição de sal, proteínas e potássio.

O médico nefrologista deve ser consultado regularmente porque a nefrite crônica


frequentemente provoca insuficiência renal crônica.
PIELONEFRITE
Pielonefrite é uma doença inflamatória infecciosa causada por bactérias que
atingem o parênquima e a pelve renal.

 A pielonefreite pode ser uma enfermidade aguda ou crônica. Na forma


aguda, a infecção bacteriana compromete o funcionamento dos rins. Embora
na maior parte das vezes seja um episódio reversível, se não tratada, pode
evoluir para uma doença renal crônica, uma complicação potencialmente
grave.

 Na forma crônica, os rins vão perdendo a capacidade de funcionamento aos


poucos, por causa de uma doença subjacente (hipertensão
arterial e diabetes tipo 2, por exemplo) ou de infecções agudas repetidas ou
mal curadas, que podem levar à falência dos rins.
SÍNDROME NEFRÓTICA
A síndrome nefrótica caracteriza-se pela alteração na permeabilidade da
membrana glomerular, resultando em perda de proteína maciça, hipoalbuminemia
e edema generalizado (inchaço).

Quadro clínico
•Edema (inchaço). Principal manifestação clínica da síndrome nefrótica
•Hipovolemia. Pode apresentar sintomas inespecíficos em crianças pequenas, com dor
abdominal e náuseas por vasoconstrição, taquicardia e extremidades frias. A pressão
arterial geralmente é normal ou um pouco elevada pela vasoconstrição sistêmica.
•Infecção. Pode ser viral, acometendo principalmente as vias aéreas superiores. O
Streptococcus pneumoniae é o agente mais frequente das infecções em nefróticos.
•Fenômenos tromboembólicos. A síndrome nefrótica aumenta o risco de trombose, por
perda urinária de proteínas reguladoras da coagulação.
•Oligúria e insuficiência renal aguda (urinar muito pouco). É secundária à hipovolemia.
Insuficiência Renal Aguda (IRA)
Insuficiência renal aguda é a perda súbita da capacidade dos rins
filtrarem resíduos, sais e líquidos do sangue. Quando isso acontece,
os resíduos podem chegar a níveis perigosos e afetar a composição
química do sangue, que pode ficar fora de equilíbrio.

Insuficiência renal aguda pode ser fatal e requer tratamento


intensivo. No entanto, pode ser reversível. Tudo depende do
estado de saúde do paciente.
Insuficiência Renal Aguda (IRA)
Classificação da IRA

• Pré-renal

• Renal

• Pós-renal
Insuficiência Renal Aguda (IRA)
IRA pré-renal

• ↓Volume intravascular: hemorragias, perdas gastrointestinais, perdas renais, perdas


insensíveis superiores à ingestão de líquidos (idosos, hipertermia, queimados).

• ↓Débito cardíaco: IAM, arritmias, hipertensão arterial maligna, tamponamento cardíaco,


miocardiopatias, disfunções valvares, hipertensão pulmonar.

• ↓Volume arterial efetivo: ICC, hipoalbuminemia, vasodilatação sistêmica, secundária a


agentes externos.
Insuficiência Renal Aguda (IRA)
IRA pós-renal

• Ureteral e pélvica: obstrução intrínseca (coágulo, cálculo, infeções),


obstrução extrínseca (hiperplasia prostática benigna, CA próstata, tumores
ginecológicos ou metastáticos)

• Bexiga: obstrutivas (cálculos, coágulos, hipertrofia ou neoplasia prostática,


CA bexiga, bexiga neurogênica, anticolinérgicos)

• Uretra: estreitamento, cicatrizes, fimose


Insuficiência Renal Aguda (IRA)
IRA Renal

• Necrose tubular aguda (NTA): Isquemia secundária a hipoperfusão renal,


toxinas e medicamentos (aminoglicosídeos, antifúngicos, imunossupressores,
quimioterápicos, antivirais, AINH, contrastes radiológicos, endotoxinas
bacterianas, solventes orgânicos), toxinas endógenas (rabdomiólise, hemólise,
hiperuricemia, mieloma)

• Nefrites intersticiais: Medicamentos (penicilina, cefalosporinas, rifampicina,


sulfonamindas diuréticos, AINH), auto-imunes (LES, Sjogren, doença mista do
tecido conjuntivo, infecções (pielonefrites), infiltrações (linfomas, leucemias e
sarcoidose),rejeição celular aguda pós-transplante
Insuficiência Renal Aguda (IRA)
IRA Renal
• Doenças vasculares: inflamatórias (vasculites), microangiopáticas (síndrome
hemolíticourêmica, púrpura trombocitopênica trombótica, síndrome HELLP,
hipertensão arterial maligna), doença arterotrombótica (embolização de
colesterol), macrovasculares (estenose de artérias renais, aneurisma,
displasias).

• Glomerulopatias: pós-infecciosa (GNDA pós infecciosa, endocardite,


abscessos sistêmicos, shunts), membranoproliferativas, rapidamente
progressivas (idiopática, LES, Wegener), síndrome hemolíticourêmica,
esclerodermia
Insuficiência Renal Aguda (IRA)
Sintomas de Insuficiência renal aguda

Sinais e sintomas de insuficiência renal aguda podem incluir:

•Diminuição da produção de urina, embora, ocasionalmente, a urina permaneça normal


•Retenção de líquidos, causando inchaço nas pernas, tornozelos ou pés
•Sonolência
•Falta de fome
•Falta de ar
•Fadiga
•Confusão
•Náusea e vômitos
•Convulsões ou coma, em casos graves
•Dor ou pressão no peito.

Às vezes, insuficiência renal aguda não causa sinais ou sintomas e é detectada através de
testes de laboratório realizados por outra razão.
Insuficiência Renal Aguda (IRA)
O tratamento provavelmente será focado naquilo que está causando a insuficiência renal, e por isso poderá
variar. Por exemplo, o paciente pode precisar restaurar o fluxo de sangue para os rins, parar todos os
medicamentos que estão causando o problema ou remover uma obstrução no trato urinário.

Mudanças na dieta
Deverá ser feita uma restrição alimentar e de líquidos. O objetivo é reduzir a acumulação de toxinas que são
normalmente eliminados pelos rins. Uma dieta rica em carboidratos e pobre em proteínas, sal e potássio é
geralmente recomendada.

Medicamentos
Antibióticos podem ser prescritos para tratar ou prevenir todas as infecções que podem estar causando ou
agravando a insuficiência renal. Diuréticos podem ser usados para ajudar os rins a eliminar líquidos. Cálcio e
insulina podem ser receitados para ajudar a evitar uma acumulação perigosa de potássio no sangue.

Diálise
A diálise também pode ser necessária em casos de pericardite, uma inflamação do coração. A diálise também
pode ajudar a eliminar resíduos de produtos de nitrogênio do corpo.
Insuficiência Renal Crônica (IRC)
• Caracteriza-se por um estado de disfunção renal persistente e irreversível,
devido a um processo patológico.

• Podendo ser lentamente progressivo ou acometido rapidamente após uma


agressão renal aguda, capaz de deteriorar os rins

• Por ser lenta e progressiva, esta perda resulta em processos adaptativos


que, até um certo ponto, mantêm o paciente sem sintomas da doença.

• Até que tenha perdido cerca de 50% de sua função renal, os pacientes
permanecem quase que sem sintomas.
Insuficiência Renal Crônica (IRC)
• A partir daí começam a aparecer os primeiros sintomas e sinais que nem sempre
incomodam muito o paciente.

• Como anemia leve, pressão alta, edema (inchaço) dos olhos e pés, mudança nos hábitos
de urinar (levantar diversas vezes à noite para urinar) e do aceito da urina (urina muito
clara, sangue na urina, etc.).

• Até que os rins estejam funcionando somente entre 10- 12% de sua função renal normal,
pode-se tentar tratar os pacientes com medicamentos e dieta.

• Quando a função renal se reduz abaixo destes valores (10-12%), torna-se necessário o
uso de outros métodos de tratamento da insuficiência renal como a Diálise ou o
Transplante Renal.
Insuficiência Renal Crônica (IRC)
Sinais e Sintomas mais frequentes da IRC

• Alteração na cor da urina (fica parecida com coca-cola ou


sanguinolenta)
• Dor ou ardor quando estiver urinando
• Passar a urinar toda hora
• Levantar mais de uma vez à noite para urinar
• Inchaço dos tornozelos ou ao redor dos olhos
• Dor lombar Pressão sanguínea elevada
• Anemia (palidez anormal)
• Fraqueza e desânimo constante
• Náuseas e vômitos frequentes pela manhã.
Insuficiência Renal Crônica (IRC)
Causas e Fatores de Risco da (IRC)

Diversas são as doenças que levam à insuficiência renal


crônica. As três mais comuns são a:

• Hipertensão arterial
• Diabetes
• Glomerulonefrite “nefrite crônica”.
Insuficiência Renal Crônica (IRC)
Causas e fatores de risco da (IRC)

As outras causas são os:

•RINS POLICÍTICOS (grandes e numerosos cistos que crescem nos rins,


destruindo-os)
•PIELONEFRITE (infecções urinárias repetidas devido à presença de alterações
no trato urinário, PEDRAS, obstruções, etc.)
•DOENÇAS CONGÊNITAS /HEREDITÁRIAS
•Doença Renal Policística •Nefrite Intersticial
•Doenças Vasculares do Colágeno
•Neoplasias
•Doenças Metabólicas
•Anemia de Células Falciformes
•AIDS
Insuficiência Renal Crônica (IRC)
TRATAMENTO

Geralmente, inibidores da enzima conversora de angiotensina


são prescritos para todo os pacientes com insuficiência renal
crônica. No período geralmente necessário para encontrar rim
para transplante, a diálise é única forma de limpar os resíduos do
sangue que seriam eliminados pela urina (ureia, potássio).

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