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GLAUCE ANNE CARDOSO

Exame Clínico
 Anamnese

 Sinais e Sintomas

 Exame Físico
Exame Clínico
 Sinais e Sintomas
 Alteração da micção, do volume e do ritmo urinário
 Alterações da cor da urina
 Urina turva
 Urina com aumento de espuma
 Mau cheiro
 Dor
 Edema
 Febre e calafrios
Alterações do Volume e Ritmo Urinário
 Oligúria
 Diurese inferior a 400 ml/dia ou < 20 ml/h.
 Redução do fluxo sanguíneo ou então lesões renais.

 Anúria
 Diurese < 100 ml/24 h.
 Obstrução bilateral das artérias renais ou ureteres ou necrose cortical
bilateral.

 Poliúria
 Volume urinário > 2500 ml/24h.
 Diurese osmótica (DM descmpensada).
 Incapacidade de concentração urinária (Diabetes insípidus e
hipocalemia).
Alterações do Volume e Ritmo Urinário
 Disúria
 Micção associada a dor, queimação ou desconforto.
 ITU baixo, prostatite, uretrite, traumatismos
geniturinários, irritantes uretrais, reação alérgica.

 Urgência
 Necessidade imperiosa e súbita de urinar, podendo
haver esvaziamento involuntário da bexiga.
Alterações do Volume e Ritmo Urinário
 Polaciúria
 Necessidade de urinar repetida vezes, com intervalo entre as
micções inferior a 2 h.
 Redução da capacidade da bexiga, dor à distensão vesical ou
comprometimento da uretra posterior.
 Infecção, cálculo, obstrução alterações neurológicas, frio,
ansiedade.

 Hesitação
 Intervalo maior que para que apareça o jato urinário.
 Para conseguir urinar o paciente faz esforço maior que em condições
normais.
 Obstrução do trato de saída da bexiga.
Alterações do Volume e Ritmo Urinário
 Nictúria ou noctúria
 Ritmo urinário alterado que leva o esvaziamento da bexiga no
período noturno.
 Reflete a perda da capacidade de concentração.
 IRC (fase inicial), ICC e insuficiência hepática.

 Retenção Urinária
 Incapacidade de esvaziar a bexiga, apesar da produção de urina e o
indivíduo apresentar desejo de esvaziá-la.
 Bexiga, dolorosa e palpável em região suprapúbica (globo vesical).
 Retenção aguda ou crônica e completa ou incompleta.
 Obstrução ao nível da uretra ou colo vesical (estenose uretral,
hipertrofia e neoplasias da próstata e bexiga neurogênica).
Alterações do Volume e Ritmo Urinário
 Incontinência Urinária
 Eliminação involuntária de urina, sendo normal em
crianças < 1,5 anos.
 Bexiga neurogênica, cistites, 2ª lesões tocoginecológicas
(altera mecanismos de retenção urinária).
 Hipertrofia prostática grave ( incontinência urinária
paradoxal).
Alterações da Cor da Urina
 Hematúria
 Presença de sangue na urina.
 Macroscópica ou microscópica
 Total, inicial ou final
 Falsa hematúria
 Sintomas associados:
 Febre + hematúria + disúria + calafrios sugere ITU.
 Hematúria + cólica renal sugere litíase renal

 Hemoglobinúria
 Presença de hemoglobina livre na urina.
 Crises de hemólise intravascular (leptospirose, malária, transfusão
incompatível, icterícia hemolítica)
Alterações da Cor da Urina
 Mioglobinúria
 Destruição muscular maciça.
 Traumatismos, queimaduras, exercícios intensos e
prolongados e crises convulsivas.

 Porfirinúrias
 Eliminação de porfirinas ou seus precursores, produzindo
coloração vermelho-vinhosa da urina, algumas horas depois
da micção.
 Falsa por ingestão de beterraba e alguns medicamentos.
Alterações da Cor da Urina
 Urina Turva
 Precipitação de cristais (ácido urico, uratos amorfo, oxalato de cálcio
na urina ácida; carbonato e fosfatos de cálcio na urina alcalina).
 Predisposição a urolitíase.
 Acompanhada de odor desagradável sugere ITU, abscesso renal,
perirrenal, uretal ou prostático.
 Pirúria
 Presença anormal de leucócitos na urina.
 Presença de cilindros leucocitários no sedimento urinário sugere
pielonefrite.
 Quilúria
 Linfa drenada para a pelve renal, 2ª obstrução dos linfáticos.
 Tuberculose, filariose e neoplasias.
Alterações da Cor da Urina
 Urina com Aumento da Espuma
 Eliminação aumentada de proteínas na urina, presentes na
glomerulonefrites, nefropatia diabética, nefrites intersticiais.
 Hiperfosfatúria.
 Urina concentrada associada a um fluxo rápido do jato
urinário.

 Mau Cheiro
 Aumento dos solutos na urina pode determinar cheiro
desagradável
 Sugere processos infecciosos, por presença de pús ou
degradação de substâncias orgênicas.
DOR
 Dor lombar e no flanco
 Distensão da cápsula dá origem a dor

 Cólica Renal ou Nefrética


 Dilatação súbita da pelve renal ou do ureter 2ª a obstrução.
 Sensação de desconforto na região lombar ou flanco, irradiando
vagamente para o quadrante inferior do abdome do mesmo lado.

 Dor Hipogástrica ou Dor Vesical


 Geralmente percebida na região suprapúbica.
 2ª a irritação envolvendo a região do trígono e colo vesical.
 Irradia para uretra e meato externo, podendo ser relatada como uma
sensação de queimor.
DOR
 Estrangúria ou Tenesmo Vesical
 Inflamação vesical intensa pode provocar a emissão
lenta e dolorosa de urina, decorrente de espasmo da
musculatura do trígono e colo vesical.

 Dor Perineal
 Infecção aguda da próstata causa dor perineal intensa, sendo
referida no sacro ou no reto. Pode causar também estrangúria
EDEMA
 Glomerulonefrite
 Generalizado, mais intenso na região periorbitária pela manhã,
quando o paciente acorda, no final do dia nos membros infecriores.

 Glomerulonefrite crônica
 A presença e a intensidade do edema são muito variáveis, podendo
estar ausente ou manifestar-se apenas como edema periorbitário
pela manhã.

 Síndrome nefrótica
 Generalizado e mais intenso que o da glomerulonefrite, podendo
chegar à anasarca, especialmente crianças.
EDEMA
 Pielonefrite
 Edema é de pequena intensidade, quase sempre restrito à região
periorbitária pela manhã.

 Insuficiência Renal Crônica


 Muito variável, depende da causa determinante, da fase da doença,
do grau do distúrbio funcional ou de eventuais alterações.

 Insuficiência Renal Aguda


 Decorre geralmente da hiper-hidratação
Síndrome Nefrótica
Exame Clínico
 Exame Físico
 Exame dos Rins
 Exame dos Ureteres
 Exame da Bexiga
 Exame da Próstata
Exames Complementares
 Exame Simples de Urina
 Densidade urinária (1,001 a 1,040).
 pH (4,5 a 7,0),
 Proteínas (até 15 mg/dl), glicose (até 100 mg/ml), cetonas,
urobilinogênio, nitrito, sedimento urinário, hemácias (1 a 2/campo),
leucócitos, células epiteliais, bactérias e fungos, cristais,
 Cilindros (hialinos, céreos, granulosos, leucocitários de céls
epiteliais e hemáticos).

 Exame Quantitativo da Urina


 Exame de Addis
 Permite avaliar de modo quantitativo os elementos figurados na
urina eliminados em um período determinado de tempo (2, 12 e 24
horas).
Exames Complementares
 Proteinúria Quantitativa
 Adulto normal excreta menos de 100 mg/dia, excreção
urinária superior a 150 mg/dia.
 Glomerular
 Tubular
 Hiperproteinemia
 Proteinúria ortostática
 Microalbuminúria
Exames Complementares
 Provas de Função Renal
 Dosagem de uréia (18 a 45 mg/ml) e creatinina (0,6 a 1,2
mg/ml)
 Clearance de Creatinina
 Urina de 24 horas
 Cockroft – Gault (estima-se o Clearence)
 Cl cr =( 140 – idade) x peso / 72 x Cr sérica

 Mulher multiplica-se por 0,85 o produto da equação

 Prova de Concentração Urinária


 Prova de Acidificação Urinária
Exames Complementares
 Exame Bacteriológico da Urina
 Exame Microscópico
 Cultura

 Ultrassonografia

 Exames Radiológicos

 Ressonância Nuclear Magnética


Exames Complementares
 Cintilografia

 Biópsia Renal

 Endoscopia

 Angiografia Renal
EXAMES DE IMAGEM
EXAMES DE IMAGEM
Síndrome Nefrítica
 Sinais Clássico: hematúria, hipertensão, edema, oligúria.
 Etiologia:
 Streptococcus β – hemolítico do grupo A de Lancefield
 Quadro clínico:
 Início súbito
 Antecedente de faringite ou piodermite, com latência em
media de 10 dias
 Edema e hematúria de início súbito (macro em 2/3 dos casos)
 Febre, mal estar, dor abdominal, anorexia, cansaço, cefaléia
 Hipertensão (50-90% casos)
 Congestão circulatória com dispnéia, ortopnéia e tosse
Síndrome Nefrítica
 URINA I :
 Hematuria, cilindros hemáticos, proteinuria proporcional à
hematuria, leucocituria

 UREIA e CREATININA :
 Normais, ou uréia pouco elevada com creatinina normal

 HIPONATREMIA DILUCIONAL

 Anemia normocromica e normocítica, plaquetopenia (raro)

 IMUNOLOGIA : C3 baixo (90-95%casos) , C4 baixo, rapidamente


volta ao normal
Síndrome Nefrótica
 Síndrome caracterizada por perda renal de proteínas.

 Etiologia:
 85% dos casos são por Lesões Mínimas
 5% nefrose por proliferação mesangial
 GESF em 5 % dos casos
 8% por glomérulopatias membranosas,
membranoproliferativas e outras mais raras
SÍNDROME NEFRÓTICA
 Principais manifestações
 Proteinúria maciça (> 3,5g/dia em adultos) e em
crianças >50mg/kg/dia
 Hipoalbuminemia
 Edema generalizado (anasarca)
 Hiperlipidemia
 Lipidúria
SÍNDROME NEFRÓTICA
 Quadro clínico e quando supeitar:
 Proteinúria:
 Urina espumosa, amarela e densa.
 Teste do ácido (sulfassalicílico) positivo

 EAS com proteínas 2+ a 3+ com cilindros hialinos

 Hematúria geralmente não é significativa

 Edema:
 Depressível

 Móvel

 Palidez cutânea
Síndrome Nefrótica
 Quadro clínico e quando supeitar:
 Hipoalbuminemia:
 Albumina <2,5g/100ml
 Hiperlipidemia:
 Colesterol e triglicérides séricos frequentemente estão
elevados.
Síndrome Nefrótica
 Investigação laboratorial:
 EAS
 Proteinúria de 24 horas
 Eletrólitos
 Bioquímica
 Proteinas totais e frações
 Complemento
 EPF
 FAN
SÍNDROME NEFRÓTICA
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA
 Diminuição abrupta da filtração glomerular, com retenção de escórias
nitrogenadas.

 Classificação:
 Pré-renal, renal (intrínseca) e pós-renal.

 Fisiopatologia da IRA pré-renal:


 Depleção de volume, baixo débito cardíaco, diminuição do fluxo renal
efetivo

 Causas de IRA pré-renal:


 Depleção de volume: hemorragia; desidratação,
 Baixo débito cardíaco: ICC, choque cardiogênico.
 Diminuição do fluxo renal efetivo: cirrose, sínd nefrótica, sepse,
anafilaxia
Diagnóstico da IRA pré-renal:
 História clínica
 Exame físico
 Laboratório:
 Relação uréia/creatinina >40
 Sódio urinário baixo (< 10)
 Densidade (>1020) e osmolaridade (>500 mOsm)
urinárias altas
 Sedimento urinário inexpressivo
 Imagem: ultrassom: normal
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA
 Fisiopatologia da IRA pós-renal:
 Determinada por circunstâncias que impedem a eliminação da
urina.
 Suspensão da filtração glomerular por pressão retrógrada

 Causas de IRA pós renal:


 Calculose, necrose papilar, prostatismo, iatrogênica (ligadura
ureteral), compressão ureteral (massas), fibrose
retroperitoneal.
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA
 Causas de IRA renal:
 Vasculites, glomerulites, nefrite intersticial e necrose tubular aguda
(NTA)
 Fisiopatologia
 Isquemia
 choque hipovolêmico

 choque séptico

 Nefrotoxina
 Antibióticos (aminoglcosídeos, anfotericina, vancomicina)

 Quimioterápicos (cisplatina, mitramicina, 5-fluoracil)

 Contrastes iodados

 Peçonhas

 Pigmentos (mioglobina, hemoglobina)


Diagnóstico da IRA pré-renal:
 História clínica
 Exame físico
 Laboratório:
 Hipercalemia
 Acidose metabólica
 Relação uréia/creatinina p < 40
 Sódio urinário baixo (> 40)
 Densidade (< 1,010) e osmolaridade (< 350 mOsm)
urinárias baixas.
 Sedimento urinário inexpressivo
 Imagem: ultrassom: rins diminuídos ou aumentados
Infecção Urinária
 É de ocorrência muito comum na prática diária, com
elevada incidência em mulheres de todas as idades e, no
homem após os 50 anos.

 Pielonefrite aguda: infecção bacteriana do trato urinário


alto (rins e pelve renal), caracterizada por febre alta de
aparecimento súbito, calafrios e dor em flanco.

 Pielonefrite crônica caracteriza pielonefrites recorrentes,


geralmente com comprometimento da função renal.
Infecção Urinária
 Cistite e uretrite: infecção urinária restrita à bexiga e/ou
uretra, caracterizada por polaciúria, disúria, urgência e
piúria. Cursa com desconforto e sensação dolorosa na
região suprapúbica.

 Síndrome uretral aguda: polaciúria, disúria e leucocitúria


em mulheres com urocultura < 100.000 col/ml.

 Prostatite: dor na região sacra e perineal acompanhada de


desconforto retal e testicular, associada à piúria e
hematúria
Bacteriúria Assintomática
 Observação da bactérias na urina de pacientes sem
sintomatologia de infecção urinária.

 É mais frequente em crianças com refluxo vesicoureteral ou


mal formações do trato urinário, grávidas e idosos de
ambos os sexos.

 Deve ser comprovada em duas culturas consecutivas com


crescimento do mesmo microorganismo > 100.000
UFC/ml, para confirmação dessa condição.
Litíase Urinária
 Formação de concreções calculosas nos rins e vias
urinárias.

 90% dos casos são formadas por sais de cálcio (oxalato e


fosfato) e 10% por ácido úrico e cistina.

 Urolitíase associada à obstrução urinária

 Dor lombar que irradia para face anterior do abdome,


podendo irradia para períneo anterior (bolsa escrotal e
grandes lábios) do lado acometido.
DÚVIDAS ?
Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando
julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se
afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!
Fernando Pessoa

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