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Anamnese e Exame Objectivo

Docente Zimba 5.10.23


Sinais e sintomas em
nefrologia introdução
 A nefrologia é uma especialidade médica que
se dedica no diagnostico e tratamento clinico
das doenças do sistema urinário, em especial o
rim.


A urologia se ocupa, principalmente, do
tratamento das doenças do trato urinário.

 A nefrologia se ocupa não apenas ao estudo


das afecções dos rins, mas também analisa
uma abordagem geral de todos os outros
sistemas
Sinais e sintomas em
nefrologia introdução
 Os sinais e sintomas que compõem a maioria das
síndromes nefrológicas são inespecíficos, isto é,
podem estar presentes em diversas doenças, o que
dificulta o diagnostico clinico quando eles são
analisados de forma isolada.

 Contudo, quando analisados em conjunto e


associados a outros dados complementares
(laboratoriais ou de imagem), podem estabelecer
diagnósticos sindrómicos exactos.
ANAMNES
E
BOA HISTÓRIA CLINICA É

ARINCIPAL CHAVE PARA


P
O DIAGNÓSTICO DA
DOENÇAS S
DO URINÁRIO. SISTEM
A
ANAMNES
Parte dos pacientes com lesão renal apresentam queixas
Eque

não guardam relação direta com os rins ou trato
urinário.
 Como por exemplo : astenia-náuseas-vômitos-
anemia e
irritabilidade neuromuscular.
 Por outro lado, os pacientes podem atribuir
sintomas que não aos rins decorrem
urinário. de lesõesdo
 Exemplos: sistema
🞑 Dor lombar- osteomuscular
🞑 Poliúria- por hiperglicemia
🞑 Hematúria - por distúrbio da
hemostasia
🞑 Disúria - por vaginite
ANAMNESE
Perguntas a
fazer ???????
 “Tem alguma dificuldade para urinar?”
 “Com que freqüência o senhor/a urina?”
 Precisa levantar a noite para urinar? Com
que frequencia ?
 “Qual o volume de urina eliminado durante a
noite?
 “Qual o volume de urina em cada micção?”
 “Sente alguma dor ou queimação?”
 “Tem dificuldade de controlar a urina e chegar
a tempo no banheiro?”
ANAMNESE
Perguntas a fazer ???????
 Já houve extravasamento de urina?
 Já urinou de forma involuntaria ?
 Percebe quando a bexiga esta cheia e quando a miccao
ocorre?
 Em mulheres : tosses, espirros ou o riso provocam alguma
eliminação de urina?

 Em homens idosos :
🞑 Tem dificuldade em comecar a urinar ?
🞑 Precisa ficar proximo ao vaso sanitario para urinar ?
🞑 ”Houve mudança na força do jato urinário ou no esforço que tem que
fazer para urinar ?”
🞑 Hesita ou interrompe a miccao no meio ?
🞑 Há gotejamento de urina mesmo depois de acabar de urinar ?

 “Qual a cor de sua urina?”


SINAIS E
SINTOMAS
As manifestações das doenças do sistema
urinário incluem:
1. -alterações da micção , do volume e
do ritmo urinário,
2. -alterações das características da
urina,
3. -dor,
4. -edema
5. -febre.
ALTERAÇÕES DA MICÇÃO, DO VOLUME E
DO RITMO URINÁRIO

 Volume urinario NORMAL: 800 a 2.500


ml/24h (DIURESE)

 CAPACIDADE VESICAL: 350 A 450 ml


 (TENDE A ESVAZIÁ-LA COM 200 ml)
ALTERAÇÕES DA MICÇÃO, DO VOLUME E
DO RITMO URINÁRIO

 OLIGÚRIA  HESITAÇÃO
 ANÚRIA  NICTÚRIA /
 POLIÚRIA NOCTURIA
 DISÚRIA  RETENÇÃO URINÁRIA
 URGÊNCIA  INCONTINÊNCI
A URINÁRIA
 POLACIÚR
IA
OLIGÚRIA E
ANÚRIA
 OLIGÚRIA: A EXCREÇÃO DE URINA É
INFERIOR A 400ml/24h OU DE 20 ml/h.

 ANÚRIA: DIURESE NAS 24h É INFERIOR A 100


ml.

 Causas: Insuficiência renal / causas obstrutivas.


POLIÚRI
A
 VOLUME URINÁRIO NAS 24h SUPERIOR A
2500ml.

 Causas: diurese osmótica ou incapacidade


de concentração urinária
Disúria, urgência ou
polaciúria.
 A infecção ou irritação da bexiga ou da
uretra costumam provocar, geralmente,
vários sintomas.

 disúria é a micção associada a sensação de


dor, queimação ou desconforto
 Se houver disúria, considere também
cálculos vesicais, corpos estranhos,
tumores; e prostatite aguda.
 a dor prostática é percebida no períneo
e, ocasionalmente, no reto
Disúria en Mulheres
 Vaginite por cândida

Vulvite ou dermatite por


contato

 Cistite, uretrite

 Retenção urinária
Disúria en Homens

 Uretrite causada por


gonorréia ou clamidias.

 Prostatite

 Infecção Urinária
URGÊNCIA E
POLACIÚRIA
Urgência: necessidade súbita e imperiosa de urinar,podendo

mesmo haver esvaziamento involuntário da bexiga.
 As principais causas são:
🞑 Hiperatividade neurogênica
🞑 Hiperatividade idiopática
🞑 Obstrução infra-vesical(50% dos pacientes)
🞑 Processos inflamatórios vesicais

 Polaciúria: consiste no aumento da necessidade de urinar e, com isso,


da frequência urinaria diurna, com o intervalo entre as micções inferior
a 2 horas, sem que haja concomitante aumento de diurese nas 24h.
 As principais causas de polaciúria são:
🞑 Processos infeciosos
🞑 presença de corpo estranho
🞑 Urina residual (obstrução infravesical por HPB
🞑 Fibrose vesical Queda da complacência vesical
HESITAÇÃ
O
 Intervalo maior que o habitual para que ocorra
o jato urinário.

 Indica geralmente obstrução do trato de saída


da bexiga.
NICTÚRIA /
NOCTÚRIA
 Noctúria: é a necessidade de acordar
durante a noite para urinar ( não estabelece
um numero especifico de vezes)
 Nictúria: emissao de urina durante a noite e que
é mais acentuada do que de dia
Outras
Causas…
Consumo excessivo de líquidos
 Hiperplasia prostática benigna
 Diabetes não controlada
 Infecção crônica ou recorrente do
trato urinario.
 Medicamentos como diuréticos,
digitálicos, lítio, fenitoína.
ENURES
E
 Micção involuntária e

inconsciente durante o
sono.
RETENÇÃO
URINÁRIA
 É A INCAPACIDADE DE ESVAZIAR A
BEXIGA, APESAR DE OS RINS ESTAREM
PRODUZINDO URINA NORMALMENTE E O
INDIVIDUO APRESENTAR DESEJO DE
ESVAZIÁ-LA.
INCONTINÊNCIA
URINÁRIA
 Eliminação involuntária de urina
 Normal :em crianças até 1 ano e meio de
idade.
 Ocorre em 30% dos idosos
ALTERAÇÕES DAS CARACTERISTICAS DA
URINA
 HEMATÚRIA
 É a existência de sangue na urina
 Quando visível a olho nu, é denominada hematúria macroscópica.
 A urina pode ter um aspecto francamente sanguinolento.

Por outro lado, o sangue só pode ser detectado durante o
exame microscópico da urina, sendo denominado hematúria
microscópica.

 Um volume menor de sangue pode tingir a urina e torná-la


rosada ou acastanhada.
 Nas mulheres, certifique-se de fazer o diagnóstico diferencial
entre
sangue menstrual e hematúria
Hematúri

a
Se a urina estiver avermelhada, pergunte a respeito da ingestão
de
beterraba ou de medicamentos capazes de alterar a cor da urina.

 A Hematuria pode ser total, inicial ou terminal


 Total-lesões renais e uretrais
 Inicial- lesões uretra distal e colo vesical
 Terminal- lesões do trigono vesical

 As causas mais importantes são:


🞑 ITU ,
🞑 Cálculo
🞑 Hematúria silenciosa (até que se prove o contrário, é câncer)
🞑 Doenças hemolíticas ,
🞑 HPB
🞑 Pós-esforço
DO
R
 DOR
LOMBAR
 CÓLICA
RENAL
 DOR VESICAL
 ESTRANGÚRIA
 DOR
PERINEAL
CÓLICA
 RENAL
ÂNGULO COSTOVERTEBRAL

 REGIÃO LOMBAR E FLANCO

 FOSSA ILIACA E
REGIÃO INGUINAL

 TESTICULO/PENIS-
GRANDE LÁBIO
Edem
a
 Edema: o relato de edema constitui uma
manifestação marcante nas doenças renais agudas
e crônicas.
 O edema que surge nas doenças renais resulta
de diferentes mecanismos patogênicos e tem
características semiológicas próprias.

 O edema da glomerulonefrite é generalizado, sendo


mais intenso na região periorbitária pela manhã. No
final do dia, acomete os membros inferiores. Em
crianças, o aparecimento de edema costuma ser
súbito, podendo ser acompanhado de manifestações
de ICC.
Edem
a
 Na glomerulonefrite crônica, a presença e a
intensidade do edema são muito variáveis,
podendo estar ausente ou manifestar-se
apenas como edema periorbitário pela
manha.

 O edema da síndrome nefrótica é


generalizado, mais intenso que na
glomerulonefrite, podendo chegar à anasarca,
com intenso edema facial
EXAME
FISICO
1)Inspeção do abdome, flancos e das costas.
 2)Ausculta do ângulo costovertebral
 3)Palpação dos rins
 4)Palpação dos pontos ureterais
 5)Exame da bexiga:bexiga vazia não é
palpável
 6)Exame da próstata
EXAME FÍSICO
GERAL
 Facies renal: edematosa
especialmente em pálpebras
 Pode haver edema generalizado
 Febre em casos de ITU
 Pressão arterial
Palpação do
Rim
 Localização
 Os rins são órgãos de localização posterior,
cujos polos posteriores são protegidos pelas
costelas.
 O ângulo costovertebral – constituído pela borda
inferior da 12a costela e pelos processos
transversos das vértebras lombares superiores
– define a região onde é realizada a
manobra de Giordano.
Vista posterior dos
rins
Palpação dos
rins
 Palpação
 Embora os rins sejam órgãos retroperitoneais e
habitualmente não sejam palpáveis, o
aprendizado das técnicas de exame ajuda a
diferenciar rins aumentados de tamanho de outros
órgãos e de massas abdominais.
 Palpação do rim esquerdo.
 Passe para o lado esquerdo do paciente.
Coloque sua mão direita nas costas do
paciente, logo abaixo e paralelamente à 12a
costela, e com as pontas de seus dedos
apenas tocando o ângulo costovertebral.
 Eleve a mão, tentando deslocar o rim para
frente. Coloque a mão esquerda, com cuidado,
no quadrante superior esquerdo, lateral e
paralelamente ao músculo reto do abdome
 Solicite ao paciente que respire fundo. No pico da
inspiração, aperte sua mão esquerda firme e
profundamente no quadrante superior esquerdo,
logo abaixo do rebordo costal, e tente “capturar” o
rim entre as suas duas mãos.
 Solicite ao paciente que expire e, depois, prenda a
respiração por um breve período. Libere
lentamente a pressão, procurando ao mesmo
tempo sentir o rim voltando para a sua posição
expiratória.
 Se o rim for palpável, descreva o seu
tamanho, contorno e se há
hipersensibilidade.
 Uma alternativa consistiria em tentar palpar o rim
esquerdo com um método semelhante ao usado
na palpação do baço.
 Pé à direita do paciente, com a mão
esquerda, segure o paciente de modo a
elevar o flanco esquerdo dele, e, com a
mão direita, palpe profundamente o
quadrante superior esquerdo.
 Solicite ao paciente que respire fundo e
pesquise a existência de massas.
 O rim esquerdo normal raramente é palpável
 Massa no flanco esquerdo pode ser uma
esplenomegalia acentuada ou um rim
esquerdo aumentado.
 Suspeita-se de esplenomegalia quando há
uma chanfradura palpável na borda medial, a
borda ultrapassa a linha média, a percussão é
maciça e os dedos conseguem palpar
profundamente as bordas medial e lateral, mas
não penetram entre a massa e o rebordo
costal
 Os atributos sugestivos de aumento renal,
em vez de esplenomegalia, são
 A preservação do timpanismo normal no
quadrante superior esquerdo do abdome e a
capacidade de os dedos do examinador
penetrarem na região entre a massa e o
rebordo costal, mas não atingirem
profundamente as bordas medial e inferior da
massa.
Rim
•Palpação pelo método de Israel
Palpação do rim
direito
 Para capturar o rim
direito, retorne para o
lado direito do
paciente. Tente
elevar o rim com a
mão esquerda por trás
das costas do
paciente e com a
mão direita palpe
profundamente o
quadrante superior
esquerdo do abdome.

Repita as
manobras
anteriores.
 Indivíduos magros – pode-se palpar normalmente o pólo
inferior do rim direito;

 Os rins podem tornar-se palpáveis nas seguintes


circunstâncias: distopia renal (ptose do rim), rins policísticos,
hidronefrose e tumor renal.

 Os tumores renais e hidronefroses volumosos do lado


esquerdo podem ser confundidos com esplenomegalia. Na
esplenomegalia, o som da percussão do espaço de Traube é
maciço, enquanto que no tumor renal, o traube é timpânico.
Pesquisa de punhopercussão
dolorosa
| ASinal
 de Giordano ( Murphy Renal)
dor pode ser detectada durante a palpação
abdominal, mas deve também ser pesquisada
nos dois ângulos costovertebais.
 A simples compressão da região com as pontas
de seus dedos pode ser suficiente para
desencadear dor, mas, se isso não ocorrer,
recorra à punhopercussão
PESQUISA DE PUNHOPERCUSSÃO DOLOROSA DO
ÂNGULO
COSTOVERTEBRAL (SINAL DE GIORDANO)
 Coloque a mão
espalmada sobre o
ângulo costovertebral
e, a seguir, desfeche
um golpe com a
superfície ulnar de seu
punho.
 Use apenas força
suficiente para produzir
abalo/vibração
perceptível, porém
indolor
 Dor à compressão ou à punhopercussão
sugere pielonefrite, mas também pode ter
uma causa musculoesquelética
BEXIG
A
 A bexiga normalmente não pode ser
examinada, a menos que esteja distendida e
ultrapasse a sínfise pubiana.
 A cúpula da bexiga distendida tem um aspecto
liso e arredondado na palpação.
 Pesquise a existência de dor à palpação e utilize a
percussão para identificar macicez e determinar
a altura da bexiga em relação à sínfise
pubiana.
 O volume vesical tem de ser de 400 a 600 ml
para ser detectada macicez à percussão
 Distensão da bexiga por
🞑 obstrução do trato de saída secundária a
estenose uretral ou hiperplasia prostática;
🞑 também por medicações e

🞑 por transtornos neurológicos como AVC e


esclerose múltipla.

 Dor à palpação da região suprapúbica


na infecção vesical.
 Pontos ureterais: situam-se na borda lateral dos
músculos reto-abdominais em 2 alturas: na
intersecção com uma linha horizontal que passa pelo
umbigo e no cruzamento da linha que passa pela
espinha ilíaca ântero-superior. Considerar o trajeto
do ureter e executar a palpação destes pontos
com as mãos superpostas comprimindo-se a
parede com as polpas digitais dos dedos
indicador, médio anular e mínimo.
 Obrigad
o

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