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Tuberculose (pulmonar, extra pulmonar

e latente)
TRATAMENTO DA TUBERCULOSE INFANTIL

OBJECTIVOS
• Cura da criança;
• Prevenção da morte por TB activa ou pelos seus efeitos tardios;
• Prevencão das recaídas;
• Prevencão do surgimento de resistência aos medicamentos;
• Diminuicão da transmissão da TB aos outros.
CARACTERÍSTICAS DAS NOVAS FORMULAÇÕES

• Quantidade em mg, diferentes das doses fixas combinadas anteriores:


 Rifampicina (R): os comprimidos passam de ter 60 mg a ter 75 mg;

 Isonizacida (H): os comprimidos passam de ter 30 mg a ter 50 mg;

• Estão melhor ajustadas aos kilos de peso das crianças

• Após a sua dissolução devem ser tomadas nos 10 minutos seguintes.

• A sua apresentação e similar aos actuais comprimidos, somente difera cor e não precisam de
cadeia de frio para a sua conservação;

• Aroma agradável a fruta.


TRATAMENTO DA TUBECULOSE
INFANTIL
ESQUEMA DE TRATAMENTO
DOSAGEM E MODO DE PREPARAÇÃO
DOSAGEM E MODO DE PREPARAÇÃO
(2)
Tratamento

Piridoxina - 50mg/dia – prevenir neuropatia perfiferica por INH


Avaliação e Manejo de Pacientes com TB – Protocolos
Nacionais 2019
Isoniazida
É a droga mais bactericida, e com menos custo;
Tem excelente absorção e difusão por via oral;
Actua inibindo a síntese dos ácidos micolíticos na parede bacteriana;
E activada por catálase e peroxidase do M. tuberculosis;
Inactivada por acetilação hepática;
Tem escassa toxicidade ( polineurite, hepatite);
Tem interação com outros medicamentos.
Rifampicina
Tem amplo espectro antibacteriano;
Actua inibindo a polimerase micobacteriana;
É a melhor droga esterilizante;
Tem escassa toxicidade ( hipersensibilidade, hepatites);
Metabolizada pelo fígado;
Potente inductor da citocromo p450;
Tem frequentes interações com muitos medicamentos
Pirazinamida
Actua sobre o pH ácido;
Tem uma proporção elevada de mutantes resistentes naturais;
Tem boa absorção oral e boa difusão no LCR;
Tem acção esterlizante muito importante em meio acido;
Interfere no metabolismo do acido nicotínico;
Tem toxicidade hepática, artralgias, gota.
Etambutol

E bacteriostático ;
Actua interferindo com a síntese da parede bacteriana;
Previne a aparição de resistências a outras drogas ( H, R);
Tem boa tolerância digestiva;
Tem toxicidade ocular.
EFEITOS SECUNDÁRIOS

Muito menos frequentes nas crianças do que nos


adultosHepatotoxicidade:
• Pirazinamida, Isoniazida, Rifampicina;
• Solicitas AST, ALT em caso ocorrência de dor, hepatomegália ou
icterícia;
• Se toxicidade ≥ grau 3 suspensão imediata de todos os potenciais
fármacos hepatotóxicos;
• Investigar outras causas de hepatite;
• Não reintroduzir fármacos até as provas da função hepática
normalizadas.
EFEITOS SECUNDÁRIOS

Neuropatia periférica:
• Isoniazida
 Deficiência sintomática de piridoxina;
 Particularmente nas crianças gravemente desnutridas, com HIV e em
TARV.
• Recomenda-se suplemento de piridoxina (10 mg/dia):
 Crianças desnutridas;
 Crianças infectadas com HIV;
 Bebés em aleitamento materno;
 Adolescentes grávidas.
TERAPÊUTICA COM CORTICÓIDES

Nas formas complicadas: Meningite TB, das serosas ( pericárdica;


peritonite epleural) e obstrucão das vias aéreas por gânglios linfáticos;
• Melhoram a sobrevida e diminuem a morbilidade (meníngea);
• Prednisolona, 2mg/kg/dia (até 4 nos casos mais graves – máx.
60mg/d), por 4semanas → desmame 1-2 semanas antes da
suspensão.
INTERACÇÕES MEDICAMENTOSAS
Será necessário ajuste nas doses dos medicamentos abaixo, devido ao
uso concomitante com a Rifampicina:

1.ARV (Niverapina, Efavirenz, ritonavir, zidovudina);


2. Antifúngicos (fluconazol, itraconazol, cetoconazol);
3. Anti-convulsivantes: Fenitoína;
4. Anti-arrítmicos (Digoxina).
TB sensível a todos os fármacos
• Taxa de sucesso > 95%
• Reacções adversas < 5%
• Preço < 10 USD •
• Não necessita de manejo especializado;
• Toma diária.
Esquemas especiais

MedCurso Pneumologia Vol 3 2019


Monitoria do tratamento

Avaliação e Manejo de Pacientes com TB – Protocolos


Nacionais 2019
Administração do tratamento e garantia da
adesão
As crianças, e seus cuidadores, deverão ser informados acerca da TB e da importância de se
completar o tratamento, de modo a garantir um resultado do tratamento satisfatório. Recomenda-se
a utilização da ficha de tratamento para documentar a adesão ao tratamento.

As situações que necessitam de internamento para tratamento são:

•  Meningite TB e TB miliar;

•  Síndrome de dificuldade respiratória;

•  TB osteoarticular;

•  Efeitos secundários graves, tais como sinais clínicos de hepatotoxicidade (ex: icterícia).
PREVENÇÃO
Detecção precoce e tratamento adequado dos casos de TB sensível.

Detecção precoce e tratamento adequado dos casos de TB-Resistente.

 Fortalecimento e regulação do sistema de saúde.

 Abordar os factores de risco subjacentes e os determinantes sociais:


pobreza, grupos vulneráveis (refugiados, prisioneiros), HIV, diabetes,
desnutrição.

Manual de manejo clínico e programático de TB multirresistente, Maputo, Setembro de 2019, p ág 17 e 18.

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