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Fd PACIENTES SISTEMICAMENTE COMPROMETIDOS

Gravidez
- Não é considerada um comprometimento Alterações do paladar e aumento da ânsia de
sistêmico; vômito;
- Apresenta um conjunto único de considerações DESENVOLVIMENTO FETAL
para o tratamento odontológico;
- 1° Trimestre:
- O tratamento odontológico deve ser realizado na
mãe, sem afetar o feto em desenvolvimento e nem Os órgãos e sistemas estão em formação ->
a mãe; aumento de chances de malformação -> fissura
lábio-palatina (5° e 7° semana); Manchamento por
- Balancear os benefícios do tratamento e tentar tetraciclina (3° e 4° Mês).
minimizar ou evitar expor o paciente a
tratamentos potencialmente perigosos; Tratamentos eletivos devem ser evitados ->
desconforto; alta vulnerabilidade do feto a
- 1° trimestre: fadiga, hipotensão postural, malformação e abortos espontâneos;
síncope;
- 2° Trimestre:
- 2° trimestre: sensação de bem-estar e poucos
sintomas; Tecidos e órgãos formados e em maturação;

- 3° trimestre: Aumento da fadiga e do Melhor período para atendimento;


desconforto e depressão leve; Risco de hipotensão postural;
-Alterações CDV: Aumento do volume - 3° Trimestre:
sanguíneo, débito cardíaco e volume de
eritrócitos; PA diminui: 100/70 mm/Hg ou menos; Final da maturação dos sistemas;

-Síndrome da hipotensão supina: Não é período ideal, mas pode fazer em último
caso no início do trimestre;
Pode ocorrer no 3° trimestre. Na posição supina
irá haver uma compressão da veia cava inferior -> Desconforto: frequência urinária aumentada,
queda abrupta na pressão sanguínea -> hipotensão postural e inchaço nas pernas;
braquicardia, sudorese, náuseas, fraqueza e falta PLACENTA
de ar -> VIRAR O PACIENTE PARA O LADO
ESQUERDO QUE LIBERA A VEIA CAVA. - “Peneira seletiva”;
- Alterações sanguíneas: Anemia e valor - A grande maioria dos medicamentos e outras
reduzido de hematrócito, deficiência de ferro, e subs. Atravessam facilmente a placenta afetando a
fatores de coagulação aumentado (risco de circulação do feto;
trombose); Leucócitos podem estar aumentados ->
- Substâncias de uso odontológico passam
pode sugerir infecção mas não é!;
facilmente por terem baixo peso molecular e
- Alterações respiratórias: Diminuição do lipossolúveis;
volume respiratório devido o aumento do útero e
aumento da demanda por O2 dos pulmões;
Taquipneia; Dispneia -> é agravada na posição TRATAMENTO ODONTOLÓGICO
supina;
Controle de biofilme -> reduzir o risco de cárie do
- Alterações de alimentação: Dieta bebê;
desbalanceada -> pode aumentar as chances de
cárie. Educação de dieta e higiene oral;

Hormônios -> aumento da chance doença


periodontal;
Controle da doença periodontal (induz parto 8. Medicamentos: escolha deve se basear no
prematuro, nascimento com baixo peso, e pré- perfil de segurança da FDA e no risco para a
eclâmpsia; mãe e para o feto;
9. Evitar consultar longas, principalmente na
-Radiografias: posição supina;
Radiação deve ser evitada, principalmente no 1° 10. atendimento deve ser feito no 3° trimestre.
trimestre. Se for necessário usar técnicas de
exposição rápida e avental de chumbo; -Alterações:
Somente as medicamentosas e a posição na
Radiação de uma série completa (18 radiografias, cadeira;
filme digital e avental): 0,00001 cGy (exposição Adiar o máximo possível as radiografias,
absorvida); procedimentos reabilitadores e cirurgias para
-Anestesia local: depois da gravidez.

São lipossolúveis e atravessam a placenta; -Manifestações:


Gengivite gravídica: resposta inflamatória
Prilocaína: atravessa mais rápido e em altas doses
exagerada a fatores irritantes locais durante os
pode causar a metahemoglobinemia;
períodos de maior produção de progesterona e
- Fármacos: fibrinólise alterada; Começa na gengiva marginal
Analgésico de escolha: Paracetamol; e interdental e na 2° mês.
Não prescrever: dipirona e opioides;
Evitar AINES; Granuloma piogênico: Resposta hiperplásica
Corticosteróides: preferir dose única (prednisona, exacerbada e localizada, aparece na papila
beta ou dexametasona); interdental vestibular.

-Infecções: A GRAVIDEZ NÃO SAUDA DOENÇA


Descontaminação; PERIODONTAL NEM CÁRIE, SÓ MODIFICA
Em casos de sinais locais de disseminação E PIORA O QUE JÁ ESTÁ PRESENTE.
(celulite, linfadenite ou trismo) associados a
manifestações sistêmicas (febre, mal-estar geral) - DIABETES GESTACIONAL AUMENTA AS
> Descontaminação + antibióticos; CHANCES DE DOENÇA PERIODONTAL.
Antibióticos de 1° escolha: Penicilinas (V ou
amoxicilina);
Outras opções: Clindamicina, metronidazol e MEDICAMENTOS NA LACTAÇÃO
Estearato de eritromicina (evitar o Estolato pois -A quantidade de droga excretada no leite materno
tem potencial hepatotóxico); geralmente não é maior que 1 a 2% da dose
materna;
-Sedação: -Em geral, drogas seguras na gestação também são
Não usar benzodiazepínicos; na lactação (mas sempre conferir a bula);
Óxido nitroso por no máximo 30 min e dose máx -Recomendação: tomar o fármaco logo depois de
de 50% amamentar e aguardar 4 horas ou mais para a
próxima amamentação.
-Protocolo: -Dipirona e paracetamol: dor leve;
1. Avaliar a paciente: trimestre e o estado de -Ibuprofeno, diclofenaco e cetorolaco: dor
saúde;
moderada e inflamação;
2. Confirmar que o pré-natal está sendo feito, se
não, devemos facilitar o início; -Betametasona e Dexametasona (bula restringe
3. Aferir os sinais vitais; mas a literatura permite)
4. Realizar terapia periodontal e instruções de DEXAMETASONA APARECE NO LEITE
higiene oral; MATERNO!
5. Educar a paciente: higiene oral e uso do flúor; -Penicilinas, eritromicina e clindamicina:
6. Minimizar exposição radiográfica; excretado em baixas concentrações no leite;
7. Minimizar o uso de medicamentos;
-Metronidazol: Passa para o leite em maiores
concentrações.

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