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Existe uma tabela que compara os sinais do RN e dá a pontuação para ver se a criança é grave
ou não.
● Taquipneia transitória do RN :
Em geral, quando o bebê nasce ,ele tem o pulmão cheio de liquido amniótico ( produzido pelo
xixi dele). O ar então, empurra para fora o liquido e os vasinhos ajudam a absorver. Mas nessa
doença, três fatores estão associados: deficiência leve de surfactante, pequeno grau de
imaturidade pulmonar e falha na absorção de líquido pulmonar fetal.
Principais fatores de risco : Cesárea ( eletiva / ausência de trabalho de parto), sexo masculino,
diabetes materna ( atua no surfactante), RN PIG ou GIG, mãe com asma, obesidade materna.
Diagnóstico : O diagnóstico aqui é clinico, de exclusão. Se faz também uma radiografia ( que
também é pra exclusão), mas os achados são inespecíficos, com o quadro radiológico
característico mostra hiperinsuflação pulmonar.
Tratamento : É o suporte clínico ( o suporte geral- não tem um especifico, é suporte e esperar).
Que inclui, oxigenoterapia através de capacete ou CPAP nasal. O bebê taquipneico não
consegue mamar direito, então se faz uma sonda orogastrica
Sufactante : 90% lipídios, 10% proteínas; Principal fosfolipideo – lectina; pneumócitos tipo II
Evolução : RNs com peso ao nascimento <1250g e/ou sem suporte adequado, tem o maior
risco de evolução para processo inflamatório crônico com enfisema e fibrose -> displasia
broncopulmonar
Corticoide antenatal ( quando a mãe usa corticoide, isso induz uma maturação ( inclusive
pulmonar e cardiovascular) no bebê, entre 32-34 semanas) : reduz mortalidade, SDR, NEC,HPIV
sem maleficio à mãe ou RN – primeira dose já com efeito em poucas horas. Indicado em
gestações com risco de PPT com menos de 34 semanas. Betametasona- idealmente mais de
24hrs do parto ( 2 doses com 24 hrs de distância), repete semanal se necessário.Sem evidencia
de risco materno
Evitar prematuridade e CPAP precoce ( é a mascara nasal. diminui a atelectasia, porque meio
que da ar e evita o colabamento )
● Hipoglicemia Neonatal :
Fator de risco : Prematuros/ RCIU > Baixa reserva de glicogênio e gordura ( no terceiro
trimestre, o bebê engorda, e os prematuros não tem esse tempo de engordar, assim como o
RCIU não tem espaço pra engordar)
Condições maternas : diabetes, mãe que recebe glicose, que usa alguma
medicação,pre-eclampsia/ hipertensão. Condições neonatais : prematura, PIG, GIG, hipoxia,
sepse, hipotermina,Policitemia, síndromes, RCIU
Diagnóstico: NÃO há consenso quanto ao corte para hipoglicemia. Contudo, para muitos
autores, valores de glicemia < 47 mg/dl impõem a necessidade de maior atenção ao neonato.
Mas realmente depende da situação clinica :
45 para RNs sintomáticos; 63 para RNs com diagnostico de hiperinsulinismo; 36 para RNs de
risco assintomáticos em boa evolução. É comum que desapareça logo
● Ictericia neonatal:
No RN, a maioria dos casos de icterícia decorre de um aumento da fração indireta, ou livre, da
bilirrubina (BI) e apresenta uma evolução benigna. Na prática, 85% dos RN a termo, e também
a maior parte dos prematuros, desenvolvem icterícia clínica. Uma pequena parcela de
pacientes, no entanto, que apresenta níveis “críticos” elevados de BI, pode desenvolver a
encefalopatia bilirrubínica, complicação grave denominada kernicterus (A bilirrubina pode
impregnar no tálamo e fazer lesões neurológicas permanente , sendo uma forma crônica da
lesão cerebral)
Quase todas as icterícias não fisiológicas acontecem devido à exacerbação dos mesmos
mecanismos causadores da icterícia fisiológica, podendo ser divididas em 5 grupos principais:
distúrbios da produção, distúrbios da captação, distúrbios da conjugação, distúrbios da
excreção e alteração da circulação entero-hepática. O principal é quando ocorre a baixa
ingesta, e o intestino fica cheio de bilirrubina indireta e mecônico, e o RN reabsorve uma parte
dessa bilirrubina ( recirculação hepática) .
Quando ocorre nas primeiras 24 horas de vida ( ou menos- é o fator de MAIOR risco ) e por
tempo prolongado (mais de 1 semana em RN a termo e 2 semanas no prematuro); Quando a
bilirrubina direta é maior do que 2 mg/dL e a bilirrubina total exceda 15mg/dL; Quando o RN
apresenta sinais clínicos de infecção; quando dura mais de 12 dias – INVESTIGAR !
A fototerapia com proteção ocular é o método mais utiliza- do nas últimas décadas. Visa a
reduzir os níveis de bilirrubinas que poderiam indicar EST. A eficácia desse tratamento depen-
de do comprimento de onda da luz, da irradiância espectral e da superfície corpórea exposta à
luz. Quando a bilirrubinemia é superior ao percentil 95, é preferível indicar fototerapia de alta
intensidade, de preferência com lâmpadas azuis especiais, para aumentar a irradiância e a
superfície corpórea exposta à luz. Nesses casos, não deve haver interrupção de exposição do
RN ao aparelho sequer para mamar. A doença hemolítica grave por incompatibilidade Rh tem
sido a principal indicação de EST. A EST é quando tira o sangue do bb e bota o do doador ((
Hemacias O negativas e plasma AB rh negativo) .A realização desse procedimento invasivo
pode produzir elevada morbidade, que inclui complicações metabólicas, hemodinâmicas,
infecciosas, vasculares, hematológicas, além das reações pós-transfusional e
enxerto-hospedeiro, ou seja é uma medida extrema.
● Sepse neonatal :
A sepse neonatal é uma síndrome clínica em uma criança de 28 dias de vida ou mais jovem,
que se manifesta por sinais sistêmicos de infecção e/ou isolamento no sangue de um agente
patogênico. Recém-nascidos são mais vulneráveis a desenvolverem sepse do que crianças mais
velhas e adultos, pois apresentam sistema imunológico imaturo, sendo os prematuros de maior
risco para a patologia. A sepse é uma das principais causas de morte no período neonatal. Mas
ainda assim, no RN, é uma doença rara e difícil diagnóstico ( sendo o risco, por vezes, suficiente
pra iniciar o tratamento). A sepse neonatal é caracterizada por precoce e tardia. Cerca de 85%
dos recém-nascidos com sepse precoce apresentam manifestações nas primeiras 24 horas de
vida e o restante até 72 horas de vida. No recém-nascido prematuro, as manifesta- ções clínicas
são ainda mais precoces. A sepse precoce está as- sociada com organismos adquiridos da mãe,
via placentária, via ascendente do colo uterino, adquirida, de uma infecção urinária materna
ou, ainda, durante a passagem no trajeto do canal de parto. Os organismos mais associados
com infecção precoce são o estreptococo do grupo B (EGB, S. agalactie) e a Escherichia coli.
ITU materna : • Mãe internada em UTI; • febre materna; • ruptura prematura de membranas.
Fatores neonatais: • Sexo masculino; • índice de Apgar baixo; • prematuridade, principalmente
muito baixo peso e extremo muito baixo peso; • líquido amniótico tinto de mecônio; • mão
colonizada com EGB não tratada no intraparto; • recém-nascido que teve necessidade de
ressuscitação
Manifestações clinicas :