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NOTA FINAL

CURSO DE MEDICINA - AFYA


Aluno:
Componente Curricular: Teste de Progresso Institucional - MEDICINA

Professor (es):
Período: 202302 Turma: Data:

TESTE DE PROGRESSO INSTITUCIONAL_MEDICINA_2023.2_25


OUTUBRO2023

RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA


PROVA 09643 - CADERNO 004

1ª QUESTÃO
Resposta comentada:

A principal hipótese diagnóstica de abdome agudo obstrutivo em pacientes idosos deve ser o
tumor de cólon. Além disso, o paciente apresenta ao exame físico com massa evidenciada ao
toque retal.

REFERÊNCIA:Ï

Ricci MP. Abdome agudo. In: Sociedade Brasileira de Clínica Médica; Lopes AC, Tallo FS, Lopes
RD, Vendrame LS, organizadores. PROURGEM Programa de Atualização em Medicina de
Urgência e Emergência: Ciclo 12. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2018. p. 39–101.
(Sistema de Educação Continuada a Distância, v. 1).

2ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

Na hipoperfusão renal, o sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) é ativado, ou seja, os


rins liberam renina, o que leva à ativação e à liberação de angiotensina II e aldosterona.

O aumento da aldosterona eleva a reabsorção de sódio e a secreção de potássio e prótons nos


túbulos coletores renais. Além disso, a angiotensina II aumenta a taxa de filtração glomerular e
estimula a reabsorção de sódio no túbulo proximal. À medida que o sódio é reabsorvido, a água
segue do filtrado glomerular para o interstício renal. Esse deslocamento de fluido para os
capilares peritubulares leva ao aumento do fluido intravascular e ao aumento da pressão
sanguínea.

DISTRATORES:

Quando o RAAS é ativado, o aumento da aldosterona atuará nos túbulos coletores do néfron
para aumentar a secreção de prótons. Esse efeito aumentaria, em vez de diminuir, a excreção
de prótons.

Quando o SRAA é ativado, o aumento da aldosterona atuará nos túbulos coletores do néfron
para aumentar a secreção de potássio. Esse efeito aumentaria, em vez de diminuir, a excreção
de potássio.

A reabsorção de ureia ocorre no túbulo proximal e no ducto coletor, e espera-se que seja
aumentada na hipovolemia. A perda de volume causa aumento dos níveis de ADH, o que induz
a expressão de transportadores de ureia nos ductos coletores medulares, levando a um
aumento da reabsorção de ureia. A reabsorção de ureia nos ductos coletores é essencial para
manter o gradiente osmótico medular interno que permite a retenção máxima de água filtrada.
A ureia também é reabsorvida no túbulo proximal por difusão através do arrasto de solvente de
outros eletrólitos. Esse mecanismo também é aumentado em estados hipovolêmicos por causa
do aumento da concentração de urina e da concentração de eletrólitos intersticiais.

Sob condições fisiológicas, a creatinina é removida do sangue por filtração glomerular e


secreção tubular a uma taxa relativamente constante. Embora a creatinina possa ser absorvida
no trato gastrointestinal (suplementos dietéticos ou carne), há pouca ou nenhuma reabsorção
tubular renal de creatinina. Devido à diminuição da perfusão renal, este paciente corre o risco de
diminuição da filtração glomerular e, portanto, aumento da creatinina sérica. No entanto,
qualquer aumento na creatinina sérica é resultado da diminuição da depuração (diminuição da
TFG) e não do aumento da absorção renal.

REFERÊNCIA:

HALL, John E.; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall. Fundamentos de Fisiologia. [Cap.78]:
Grupo GEN, 2017. E-book. ISBN 9788595151550. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151550/. Acesso em: 09 mai.
2023.

3ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

I. CORRETA – Trata-se de um quadro de síndrome coronariana sem supradesnivelamento do


seguimento ST, e a investigação se dá por dosagem deste marcador, pois apenas o
eletrocardiograma sem alterações não exclui o diagnóstico.

II. INCORRETA – As medicações que reduzem a mortalidade no quadro de síndrome coronariana


aguda são AAS, clopidogrel e heparina. A morfina tem sido associada ao aumento da
mortalidade, e deve ser utilizada apenas em casos indicados, em que o benefício é superior ao
risco.

III INCORRETA – A paciente em questão tem uma dor de início recente que pode não estar
alterada na primeira dosagem de troponina ultrassensível (falso-negativo), porém é apresenta
um quadro clínico muito sugestivo de equivalente anginoso (mulher com diabetes), o que já
indica fazer uma segunda dosagem / repetir eletrocardiograma, que poderá alterar o padrão de
normalidade inicial, além de ter indicação de medicações como AAS e clopidogrel, e não
medicações para dispepsia.

REFERÊNCIA:

NICOLAU et al. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Angina Instável e Infarto
Agudo do Miocárdio sem Supradesnível do Segmento ST – 2021. Arq Bras Cardiol. P 181 –
264, 2021.

4ª QUESTÃO
Resposta comentada:

A amoxicilina é um fármaco ß-lactâmico da classe das penicilinas de espectro estendido,


amplamente utilizada para tratar uma variedade de infecções bacterianas. Seu mecanismo de
ação envolve a inibição da parede celular bacteriana, que é uma estrutura essencial para a
integridade e a sobrevivência das bactérias. A amoxicilina interfere no processo de formação
das ligações cruzadas entre os componentes da parede celular bacteriana. Ela atua inibidindo a
enzima transpeptidase, que está envolvida na última etapa da síntese do peptidoglicano.

REFERÊNCIA:

BRUNTON, L. L. (Ed.). Goodman & Gilman – as bases farmacológicas da terapêutica. 12.


ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.

5ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

O conceito de “acidente de trabalho” é definido pela Lei n.º 8.213, de 24 de julho de 1991. De
acordo com essa legislação, considera-se acidente de trabalho, dentre outros:

“O acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho.

No percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela.”

Ou seja, mesmo não ocorrendo durante a execução de suas atividades laborais, se se deu no
trajeto de sua casa para o trabalho. Esse tipo de acidente é referido como “acidente de
percurso”, sendo uma subcategoria dos acidentes de trabalho conforme previsto na legislação
brasileira.

REFERÊNCIA:

Lei n.º 8.213, de 24 de julho de 1991. Art. 21.

6ª QUESTÃO
Resposta comentada:

A depleção de K+ produzida pelos diuréticos da classe das tiazidas é dependente da dose e


varia de pessoa para pessoa, de modo que um subconjunto de pacientes pode sofrer uma
depleção considerável de K+ ao usar os diuréticos. Quando esses fármacos são administrados
de modo crônico, até mesmo pequenas doses levam a alguma depleção de K+, o que
representa um fator de risco bem conhecido para arritmias ventriculares ao reduzir a reserva
de repolarização cardíaca.

REFERÊNCIA:

BRUTON, L., L.; R. Hilal-Dandan. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman e


Gilman. 13. ed. Disponível em: Minha Biblioteca. Grupo A, 2018.

7ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Comentários:

1. Apesar de o BAAR não ser específico e exclusivo para o diagnóstico de tuberculose, o


fato de, além de ter o BAAR positivo, ter também TRM-TB positivo, associado à clínica
compatível, confirma-se o diagnóstico de tuberculose ganglionar.
2. Pacientes com tuberculose, de uma forma geral, não necessitam de isolamento de
contato.
3. Pacientes com tuberculose ganglionar não necessitam de isolamento respiratório, o
qual é amplamente indicado em casos de tuberculose pulmonar e de laringe.
4. O paciente não apresenta quadro clínico ou de imagem pulmonar que indique o
procedimento proposto.

REFERÊNCIA:

MANUAL DE RECOMENDAÇÕES PARA O CONTROLE DA TUBERCULOSE NO BRASIL 2ª edição


atualizada – Ministério da Saúde.

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8ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Em relação às assertivas, as seguintes explicações corroboram a resposta:

I. A privacidade é o direito que o adolescente possui, independentemente da idade, de ser


atendido sozinho, em um espaço privado de consulta, inclusive durante o exame fı́sico, onde
sã o reconhecidas sua autonomia e individualidade.

II. Os profissionais da saúde têm o dever legal de comunicar à autoridade competente as


situações em que há suspeita ou confirmação de maus tratos e de abuso sexual contra
crianças e adolescentes. A comunicação à autoridade competente não acarreta infração ética,
não se configurando, assim, violação do segredo profissional.

III. A confidencialidade é direito do adolescente, reconhecido no artigo 103 do Có digo de Etica
Mé dica. A quebra do sigilo, també m prevista no mesmo artigo, deverá ser realizada com o
conhecimento da adolescente, mesmo que sem sua anuê ncia.

IV. Oferecer o teste rápido e o aconselhamento também são oportunidades para facilitar o
atendimento preventivo e o início do cuidado com a saúde dos adolescentes que estejam com
IST ou infectados pelo HIV.

REFERÊNCIAS:

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações


Programáticas e Estratégicas. Proteger e cuidar da saúde de adolescentes na atenção básica
[recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de
Ações Programáticas e Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2017. 234 p. : il.

FEBRASGO. Febrasgo – Tratado de Ginecologia. [s.l.]: Grupo GEN, 2018. E-book. ISBN
9788595154841. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154841/. Acesso em: 9 out. 2023.

9ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

Hidrocortisona intravenosa deve ser administrada a pacientes com diagnóstico suspeito, mas
não confirmado, de insuficiência adrenal.

Solução salina deve ser administrada para corrigir hipotensão e desidratação. Geralmente é
necessário administrar 1 L rapidamente e mais 4 a 6 L durante as primeiras 24 horas para
corrigir a hipotensão. O monitoramento cuidadoso da pressão arterial, do estado dos fluidos e
dos níveis séricos de sódio e potássio deve ser mantido.

A glicose deve ser administrada quando necessário para corrigir a hipoglicemia, mas deve-se
tomar cuidado para evitar o agravamento da hiponatremia. O uso de solução salina normal
suplementada com dextrose 5% é útil nesse sentido.

A causa subjacente que precipitou a crise deve ser procurada e tratada e, quando o paciente
estiver estável, o regime posológico normal pode ser retomado.

A educação do paciente e dos familiares sobre os sintomas e as circunstâncias do risco de crise


adrenal e as informações sobre como administrar os ajustes de dose da terapia de reposição de
glicocorticoides podem prevenir novos episódios. Todos os pacientes são incentivados a portar
um cartão de esteroides ou uma pulseira de alerta médico para informar a equipe médica.

REFERÊNCIA:

BMJ Best Practice. Primary Adrenal insufficiency. Last updated, 3 maio 2022.

10ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Os anti-inflamatórios são usados para impedir ou diminuir um processo inflamatório causado por
uma infecção ou lesão. A inflamação é ocasionada pelo aumento da produção da
prostaglandina. Quando um anti-inflamatório é utilizado, suas moléculas competem com as
enzimas ciclo-oxigenases, preenchem seus receptores e impedem que ajam sobre o ácido
araquidônico, o que impede a formação da prostaglandina. Com menor produção de
prostaglandina pelo corpo, a inflamação diminui.

REFERÊNCIA:

BRUTON, L. L.; HILAL-DANDAN, R. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman e


Gilman. [Porto Alegre]: Grupo A, 2018. E-book. ISBN 9788580556155. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580556155/. Acesso em: 3 out. 2023.

11ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Os atributos do SUS não são mutualmente excludentes (pelo contrário: são complementares),
e a longitudinalidade é o atributo fortemente associado à situação do enunciado por indicar que
o paciente tem uma relação estável e duradoura com os profissionais de saúde da UBS,
independentemente da presença ou ausência de doença. Longitudinalidade foca no cuidado
contínuo ao longo do tempo, garantindo que as pessoas sejam acompanhadas pela mesma
equipe ou profissional de saúde ao longo de suas vidas. Equidade não é atributo da APS, e sim
princípio do SUS.

REFERÊNCIA:

GUSSO G.; LOPES, J. M. C. (Org.). Tratado de medicina de família e comunidade: princípios,


formação e prática. Porto Alegre: Artmed, 2019.

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12ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Comentários: As alternativas de I a IV estão corretas conforme a referência citada. A principal


causa de mortes em jovens e adultos jovens é causa externa.

REFERÊNCIA:

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise em


Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis. Plano de Ações Estratégicas para o
Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos não Transmissíveis no Brasil 2021-2030
[recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de
Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde,
2021.

13ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-


conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2023/boletim-epidemiologico-volume-54-
no-06/. Acesso em: 18 out. 2023.

14ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Neste caso, a presença de anticorpos IgG indica imunidade passada à rubéola, o que é benéfico
para evitar a infecção durante a gravidez. Não há evidência de infecção ativa, e a vacinação não
é necessária neste momento.

REFERÊNCIA:

ABBAS, Abul K. et al. Imunologia Celular e Molecular. 10 ed. Disponível em: Minha Biblioteca.
s.l.: Grupo GEN, 2023. Acesso em: 3 out. 2023.

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15ª QUESTÃO
Resposta comentada:

A diferenciação sexual depende da presença ou da ausência do gene SRY (região determinante


do sexo do cromossomo Y, do inglês, Sex-determining Region of the Y chromosome). Na
presença de um gene SRY funcional, a gônada bipotencial se desenvolverá, originando os
testículos. Na ausência de um gene SRY e sob o controle de múltiplos genes específicos da
mulher, as gônadas se desenvolverão em ovários. No caso de indivíduo feminino de cariótipo
46,XY, não ocorre o desenvolvimento da gônoda feminina.

REFERÊNCIA:

TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14. ed. s.l.:
Grupo GEN, 2016. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788527739368/epubcfi/6/2[%3Bvnd.vst.idref%
Acesso em: 3 out. 2023.

16ª QUESTÃO
Resposta comentada:

As afirmações I e IV estão incorretas: a I, pois o Cândido não mora na mesma residência dos
outros indivíduos citados; na IV, o esquema indica conflito entre os indivíduos, e não relação
extraconjugal.

REFERÊNCIAS:

CORRÊA, E. J. et al. Álbum de família — Genograma: um instrumento para a atenção primária à


saúde e estudos de famílias. In: GUSMÃO, C. M. G. et al. Relatos de uso de tecnologias
educacionais na educação permanente de profissionais de saúde no sistema Universidade
Aberta do SUS. 22. ed. Recife: Editora Universitária UFPE, p. 102–123, 2014.

https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/4612.pdf

17ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Os sintomas de diarreia crônica intermitente, dor abdominal, perda de peso e fadiga,


juntamente com a história de viagem para uma área rural e o consumo de água não tratada,
são consistentes com uma infecção por Giardia lamblia. Essa infecção é frequentemente
adquirida através da ingestão de água ou alimentos contaminados com cistos de Giardia. Os
sintomas resultam da fixação do parasita no epitélio do intestino delgado, causando inflamação
e interferindo na absorção de nutrientes.

Trypanosoma cruzi é responsável pela doença de Chagas e não apresenta os sintomas


descritos.

Plasmodium falciparum está associada à malária, que geralmente não causa diarreia crônica.

Entamoeba histolytica é causadora da amebíase, que pode levar a sintomas semelhantes, mas
não é a escolha mais provável com base no cenário apresentado.

Toxoplasma gondii causa toxoplasmose, mas não é tipicamente associada a sintomas


gastrointestinais nesse grau.

REFERÊNCIA:

NEVES, D.P. Parasitologia humana. 8. ed. São Paulo: Atheneu, 1991. 501p.

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18ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Conforme as diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria (2016), com atualizações em maio


de 2021, o recém-nascido a termo deve ser avaliado ao nascer: nasceu chorando/respirando e
com tônus muscular em flexão, deve ser posicionado pele a pele com a mãe, seu corpo e
segmento cefálico coberto com tecido de algodão seco e aquecido e seu cordão umbilical
clampado entre 1-3 minutos. Manter via aérea pérvia, aspirar secreções, se necessário, e
avaliar continuamente sua vitalidade. O boletim de Apgar é determinado no primeiro e quinto
minuto, mas não é utilizado para indicar procedimentos na reanimação neonatal. Os passos
iniciais de estabilização e avaliação, quando não suficientes para determinar uma respiração
espontânea regular, deve ser seguido pela ventilação por pressão positiva, que deve ser iniciada
nos primeiros 60 segundos após o nascimento.

REFERÊNCIA:

Bibliografia: Almeida MFB, Guinsburg R; Coordenadores Estaduais e Grupo Executivo PRN-SBP;


Conselho Científico Departamento Neonatologia SBP. Reanimação do recém-nascido ≥34
semanas em sala de parto: diretrizes 2022 da Sociedade Brasileira de Pediatria. Rio de Janeiro:
Sociedade Brasileira de Pediatria; 2022. https://doi.org/10.25060/PRN-SBP-2022-2.

19ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

Antígeno de câncer 19-9

Este paciente provavelmente apresenta obstrução biliar maligna, indicada por sinais de icterícia
indolor, prurido, fezes claras, hiperbilirrubinemia direta e fosfatase alcalina elevada. A massa
solitária da cabeça do pâncreas provavelmente está obstruindo os ductos biliares e pancreáticos
e causando dilatação subsequente (sinal do ducto duplo). Como sinal de insuficiência
pancreática endócrina, o paciente também apresenta níveis séricos elevados de glicose.

CA 19-9 é um marcador tumoral que está elevado em distúrbios hepatobiliares não malignos,
bem como em vários tipos de câncer, principalmente no adenocarcinoma pancreático. Outros
achados laboratoriais menos sensíveis e específicos que estão elevados no câncer de pâncreas
incluem o antígeno carcinoembrionário (CEA) e, em alguns casos, os níveis de lipase. Os
marcadores tumorais devem ser obtidos para monitoramento da doença, e não para
confirmação do diagnóstico. Níveis mais elevados de CA 19-9 na apresentação inicial estão
associados a um pior prognóstico.

Distratores:

Embora um CA 125 elevado esteja presente em cerca de metade dos casos de cancro do
pâncreas, é menos sensível e menos específico do que outro marcador tumoral que também
tem valor prognóstico no tratamento do cancro do pâncreas. Em vez disso, um CA 125 elevado
é especialmente sensível e específico para cancros do ovário.

A imunoglobulina M anti-HBc é um marcador sérico para hepatite B aguda. Embora este


paciente tenha icterícia e possa apresentar fatores de risco para infecção por hepatite B
(histórico de viagens, múltiplos parceiros sexuais, sexo desprotegido), ele não apresenta outros
sinais de hepatite viral aguda como febre ou hepatomegalia sensível. Além disso, na hepatite
viral, a icterícia não é colestática, mas resulta de uma disfunção hepática aguda. Os pacientes
apresentariam, portanto, hiperbilirrubinemia mista, em vez de apenas bilirrubina direta elevada.

Anticorpos citoplasmáticos antineutrófilos perinucleares (p-ANCA) são frequentemente


encontrados em pacientes com colangite esclerosante primária (CEP). Embora a CEP possa se
manifestar com colestase, essa condição não causa o sinal do ducto duplo observado nos
exames de imagem. Em vez disso, seriam observados rebordos dos ductos biliares extra-
hepáticos e intra-hepáticos. A icterícia neste paciente é melhor explicada pela massa na cabeça
do pâncreas detectada na ultrassonografia.

Os níveis de alfafetoproteína (AFP) são mais comumente elevados no carcinoma hepatocelular


(CHC), câncer de ovário e tumores mistos de células germinativas, mas os cânceres
pancreáticos produtores de AFP são muito raros e improváveis. Embora a obstrução biliar
maligna seja uma possível complicação do CHC, geralmente é um sinal tardio que normalmente
se apresentaria com sinais de ascite e/ou cirrose, nenhum dos quais está presente neste
paciente. Também não explicaria os achados ultrassonográficos deste paciente.

REFERÊNCIA:

MedlinePlus [Internet]. Bethesda (MD): National Library of Medicine (US); [updated Jun 24;
cited 2020 Jul 1]. Disponível em: https://medlineplus.gov/. Acesso em: 3 out. 2023.

20ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

A presença de queimação crônica retroesternal (pirose) associada à dor torácica intermitente


pode indicar a necessidade de tratamento cirúrgico em um paciente com refluxo
gastroesofágico. Esses sintomas sugerem a possibilidade de complicações mais graves, como
esofagite grave, estenose esofágica ou até mesmo esôfago de Barrett, que é uma condição
pré-cancerígena. O tratamento cirúrgico, conhecido como fundoplicatura laparoscópica, é
geralmente considerado em pacientes com sintomas graves e/ou complicações de refluxo que
não respondem ao tratamento medicamentoso, como os IBPs.

Análise das Alternativas: Sintomas ocasionais de azia após refeições apimentadas são
comuns, e geralmente podem ser gerenciados com modificações no estilo de vida e
medicamentos antiácidos. Não indica necessariamente cirurgia.

Sintomas de regurgitação ácida que respondem bem aos IBPs sugerem que o tratamento
medicamentoso está sendo eficaz, portanto, a cirurgia não é necessária nesse contexto.

A presença de esofagite erosiva proveniente de endoscopia é uma indicação para tratamento


medicamentoso e modificações no estilo de vida, mas não é uma indicação direta para cirurgia.

Tosse seca noturna após deitar pode ser um sintoma de refluxo laringofaríngeo, mas não é
uma indicação clara de cirurgia. Geralmente, essa condição é gerenciada com modificações na
dieta e no estilo de vida, bem como tratamento medicamentoso.

Lembrando que a tomada de decisão em relação ao tratamento cirúrgico deve ser baseada em
uma avaliação abrangente do paciente, considerando a gravidade dos sintomas, a resposta ao
tratamento medicamentoso e a presença de complicações relacionadas ao refluxo
gastroesofágico.

REFERÊNCIA:

SABISTON. Tratado de cirurgia: A base biológica da prática cirúrgica moderna. 20. ed.
Capítulo 42. Saunders. Elsevier.

21ª QUESTÃO
Resposta comentada:

A terapia oral de reidratação (SOR) é geralmente a primeira linha de tratamento para crianças
com desidratação leve a moderada, plano B, devido à diarreia e vômitos. O SOR contém uma
mistura equilibrada de água, eletrólitos e glicose para reidratar o corpo e repor os nutrientes
perdidos. A criança pode receber o SOR em pequenas quantidades, com frequência, para evitar
a desidratação e melhorar o estado clínico. As outras opções não são as abordagens
recomendadas para tratar desidratação moderada. O uso de antidiarreicos não é indicado em
crianças com diarreia aguda, e a prescrição de antibióticos não é necessária para a maioria dos
casos de diarreia viral. A recomendação de dieta normal pode ser arriscada, pois a criança pode
não conseguir reter alimentos devido aos vômitos. Prescrever um probiótico pode ser benéfico,
mas a prioridade é a reidratação adequada com SOR. A administração do SOR em uma unidade
de atendimento é importante para garantir que a criança receba a quantidade adequada e seja
monitorada quanto à melhora do estado de hidratação.

REFERÊNCIA:

Ministério da Saúde. Manejo do Paciente com Diarreia [cartaz]. Brasília: Ministério da Saúde.
Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/cartazes/manejo_paciente_diarreia_cartaz.pdf.

22ª QUESTÃO
Resposta comentada:

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As demais alternativas não apresentam princípios do SUS e da PNAB.

Princípios do SUS (Lei 8.080/1990):

I – Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência.

II – Integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e


serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os
níveis de complexidade do sistema.

III – Preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral.

IV – Igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie;

V – Direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;

VI – Divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização


pelo usuário;

VII – Utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos


e a orientação programática;

VIII – Participação da comunidade;

IX – Descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo.

Princípios e Diretrizes do SUS e da RAS a serem operacionalizados na Atenção Básica


(Portaria 2.436/2017):

I – Princípios:

a) Universalidade;

b) Equidade;

c) Integralidade.

II – Diretrizes:

a) Regionalização e Hierarquização:

b) Territorialização;

c) População Adscrita;

d) Cuidado centrado na pessoa;

e) Resolutividade;

f) Longitudinalidade do cuidado;

g) Coordenação do cuidado;

h) Ordenação da rede;

i) Participação da comunidade

REFERÊNCIAS:

BRASIL. Lei 8080 de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção,
proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços
correspondentes e dá outras providências. 1990.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n.º 2.436 de 21 de setembro de 2017. Brasília: Diário
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Oficial da República Federativa do Brasil, 2017

23ª QUESTÃO
Resposta comentada:

A prevenção pode ser feita nos períodos de pré-patogênese e patogênese.

A prevenção primária se faz com a intercepção dos fatores pré-patogênicos e inclui promoção
da saúde e proteção específica.

A prevenção secundária é realizada no indivíduo, já sob a ação do agente patogênico, no nível


do estado de doença, inclui diagnóstico, tratamento precoce e limitação da invalidez.

A prevenção terciária consiste na prevenção da incapacidade mediante adoção de medidas


destinadas à reabilitação (ROUQUAYROL, 2017).

No caso em questão são considerados prevenção PRIMÁRIA:

1. Vacinação de 100% das crianças, na faixa etária de 0 a 5 anos de idade, com as


vacinas BCG, pentavalente e a vacina inativada poliomielite (VIP).
2. Expansão da rede de água tratada para 100% da população urbana e 50% para a
rural no ano de 2023.
3. Intensificação da inspeção dos domicílios para busca de focos do mosquito Aedes
aegypti e seus criadouros.

24ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

Paciente com história de trombose venosa atual ou pregressa, independentemente do uso de


anticoagulante, apresenta contraindicação absoluta para o uso de métodos contraceptivos
hormonais combinados. A injeção anticoncepcional de uso mensal, o adesivo anticoncepcional e
a pílula contraceptiva oral combinada são exemplos e estão contraindicados para a paciente do
caso.

Os LARC (Long-Acting Reversible Contraception), métodos contraceptivos de longa duração,


sendo eles o dispositivo intrauterino não hormonal, o sistema intrauterino liberador de
levonorgestrel e o implante de etonogestrel, são recomendados para todas as mulheres que
desejam contracepção eficaz, incluindo adolescentes, nulíparas, no pós-parto ou pós-aborto e
na presença de comorbidades, e para as contraindicações aos métodos contendo estrogênios.

Os dispositivos intrauterinos não hormonais, por aumentarem o sangramento menstrual e a


dismenorreia, apresentam uma contraindicação relativa no caso dessa paciente uterina. É
possível que esses sintomas ocorram devido ao aumento da vascularização subendometrial das
usuárias desse método.

REFERÊNCIAS:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Anticoncepção


hormonal combinada. São Paulo: FEBRASGO; 2021. (Protocolo FEBRASGO-Ginecologia, no 65/
Comissão Nacional Especializada em Anticoncepção).

Machado RB, Monteiro IM, Magalhães J, Guazzelli CA, Brito MB, Lubianca JN, et al. Aspectos
atuais dos contraceptivos reversíveis de longa ação. In: Contracepção reversível de longa ação.
São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO):
2022. [Série Orientações e Recomendações FEBRASGO, no. 1/Comissão Nacional de
Anticoncepção].

25ª QUESTÃO
Resposta comentada:

A anemia ferropriva (por deficiência de ferro) surge a partir do desequilíbrio entre ingesta e
absorção do nutriente, situações de demanda aumentada ou perda crônica. Nos adultos é em
geral associada à perda crônica de sangue, tanto por hipermenorreia ou menorragia em
mulheres em idade fértil quanto pelo trato gastrintestinal.

A paciente da questão informa estar no período de menopausa, além de possuir exame de


sangue oculto nas fezes positivo, indicando perda gastrointestinal.

Os exames também revelam microcitose e índice de anisocitose eritrocitária (RDW) elevada,


sendo dois critérios presentes na anemia ferropriva.

O seu tratamento inclui fundamentalmente encontrar a causa da deficiência de ferro e também


tratá-la adequadamente com reposição de ferro elementar via oral até de 3 a 6 meses,
devendo estender-se até a normalização dos estoques de ferro.

REFERÊNCIA:

Porto, Celmo, C. e Arnaldo Lemos Porto. Clínica Médica na Prática Diária. Disponível em: Minha
Biblioteca, (2nd edição). Grupo GEN, 2022.

26ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

Os sintomas descritos são característicos de intoxicação por organofosforados, com a


estimulação prolongada do sistema nervoso parassimpático devido à inibição da enzima
acetilcolinesterase. A medida inicial de suporte para tratar esse tipo de intoxicação é a
administração de um antídoto específico, como o sulfato de atropina, que antagoniza os efeitos
da acetilcolina nos receptores colinérgicos e ajuda a reverter os sintomas muscarínicos, como
salivação excessiva, lacrimejamento, sudorese, vômitos e diarreia. A atropina também pode
melhorar a frequência cardíaca e a respiração. As outras opções não são as abordagens iniciais
mais apropriadas para este caso.

REFERÊNCIA:

JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria. v. 1.
Barueri. Editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476

27ª QUESTÃO
Resposta comentada:

A forma cutânea da blastomicose é consequente à disseminação da forma pulmonar. A forma


cutânea primária só é considerada quando vem acompanhada de reação ganglionar (complexo
cancroide). Início – pápulas, nódulos, pústulas com ulceração posterior – Granuloma (ulceroso
ou verrucoso) apresentando bordas elevadas, talhadas a pique, microabscessos no fundo e
granuloma nas bordas. Aspergilose invasiva: uma ou várias lesões salientes, levemente
sensíveis à palpação, eritematosas, de progressão rápida, com um centro necrótico e muitas
vezes ulcerado (ectima gangrenoso), observadas principalmente em pacientes
imunocomprometidos. Podem ocorrer em caso de doença disseminada ou por invasão local
após trauma. Ocasionalmente, queimaduras ou feridas cirúrgicas podem ser infectadas por
Aspergillus.

REFERÊNCIA:

KONEMAN, Elmer W.; WINN, Washington C. Diagnóstico microbiológico: texto e atlas


colorido. Rio de Janeiro: Medsi, 2014.

MEZZARI, Adelina; FUENTEFRIA, Alexandre Meneghello. Micologia no laboratório clínico. São


Paulo: Manole, 2012.

28ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Margens bem definidas e calcificações periféricas geralmente indicam um nódulo benigno, não
sendo características típicas de malignidade. O acompanhamento é uma abordagem adequada
para nódulos benignos.

Nódulos com bordas irregulares, tamanho maior que 1 cm e áreas de baixa densidade em seu
interior são achados que aumentam a suspeita de malignidade. Uma biópsia percutânea é
indicada para avaliar a natureza do nódulo.

Nódulos com bordas suaves e homogêneos têm maior probabilidade de serem benignos. No
entanto, dada a idade, o histórico de tabagismo e o tamanho do nódulo, uma abordagem mais
ativa é necessária.

Um nódulo com centro calcificado e halo de baixa densidade ao redor é, muitas vezes,
indicativo de granuloma ou lesão inflamatória, não necessariamente maligna. A cirurgia não é a
primeira escolha sem uma avaliação mais aprofundada.

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No caso, as características tomográficas que sugerem maior suspeita de malignidade são
nódulos com bordas irregulares, tamanho maior que 1 cm e áreas de baixa densidade em seu
interior. Portanto, a conduta mais apropriada é realizar uma biópsia percutânea para determinar
a natureza do nódulo e planejar o tratamento adequado, se necessário.

Padrão de calcificação:

Um padrão denso de calcificação condroide, laminado e central (geralmente chamado de


calcificação em pipoca) ou um padrão difuso de calcificação sugere fortemente que um nódulo
seja benigno. Uma razão de probabilidade calculada para malignidade com um padrão benigno
de calcificação é próximo de zero. Mesmo assim, aproximadamente 13% dos nódulos malignos
apresentam um padrão não benigno de calcificação.

Taxa de crescimento:

Um nódulo pulmonar solitário com crescimento bastante lento (tempo de duplicação do volume
>500 dias) ou, paradoxalmente, um nódulo pulmonar solitário com crescimento muito rápido
(tempo de duplicação do volume <30 dias) sugere uma etiologia benigna, embora esta não seja
uma regra absoluta. A ideia tradicional de 2 anos de estabilidade confirmando uma doença
benigna é razoável para nódulos pulmonares solitários. No entanto, ela foi questionada e deve
ser usada com cautela em casos de opacidade em vidro fosco. Além disso, o médico deve ter
em mente que um aumento de 30% de diâmetro de uma lesão esférica na radiografia
representa uma duplicação do volume.

Características da borda:

Nódulos benignos tendem a apresentar bordas bem definidas, enquanto nódulos malignos
tendem a ser irregulares ou alongados. No entanto, muitas vezes, ocorre um grau de
sobreposição e, considerada isoladamente, essa característica não pode ser usada com
segurança como fator discriminador.

Tamanho:

Em geral, lesões benignas tendem a ser menores que lesões malignas. Por exemplo, apenas
20% dos nódulos com <2 cm de diâmetro são malignos, enquanto 80% das massas
pulmonares com >3 cm de diâmetro são malignas. No entanto, muitos nódulos pulmonares
solitários pequenos são malignos e não podem ser descartados apenas com base no tamanho.

Localização:

Nódulos pulmonares solitários nos lobos superior e médio têm uma razão de probabilidade para
malignidade de 1.2 a 1.6. A localização no lobo superior mostrou ser um preditor independente
de malignidade.

REFERÊNCIA:

BMJ Best Practice. Avaliação de nódulo pulmonar solitário. Última atualização em 30 de outubro
de 2018.

29ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

Esta questão necessita que o aluno compreenda a sequência de atendimento no


politraumatizado (A, B, C, D, E do trauma), em que alterações da via aérea causam maior
mortalidade nestes pacientes, devendo ser abordada de imediato. No caso do paciente
queimado, suspeita-se de queimadura de via aérea devido à queimadura se situar em região
cervical anterior e face e à rouquidão e ao escarro borráceo, devendo o paciente ser
prontamente submetido a intubação orotraqueal para assegurar a via aérea.

REFERÊNCIA:

AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS COMMITTEE ON TRAUMA. Advanced Trauma Life Support -


ATLS. 10. edição.

30ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Criança maior de 5 anos apresentando quadro grave de obstrução de vias aéreas superiores
por corpo estranho, sem capacidade de respirar. A conduta adequada é a realização da
manobra de Heimlich, que, para maiores de 1 ano, dá-se por compressões epigástricas.

REFERÊNCIA:

AHA, PALS, 2020 ( American Heart Association. (2020). Pediatric Advanced Life Support (PALS)
2020)

31ª QUESTÃO
Resposta comentada:

As principais medidas de associação são: risco relativo, odds ratio e razão de prevalência. As
medidas de associação refletem a força de associação entre duas variáveis de forma numérica.
Enquanto as medidas de impacto demonstram as consequências da associação e são a
diferença entre expostos e não expostos (GUSSO, 2019).

Odds ratio, ou razão de chances (OR), é uma medida de associação que se caracteriza por ser
a razão entre duas chances. A chance é a razão entre dois eventos complementares.

Número necessário para tratar (NNT) caracteriza-se por um número inteiro e representa o
número de indivíduos que devem ser tratados para evitar um evento ou desfecho, sendo esse
uma medida de impacto.

Risco relativo (RR) indica o risco da doença ou desfecho entre os expostos em relação aos não
expostos. O RR compara a probabilidade de um evento entre os expostos e não expostos.

Número necessário para causar dano (NND ou NNH) caracteriza-se por um número inteiro e
representa o número de indivíduos tratados para um indivíduo apresentar o desfecho, sendo
esse uma medida de impacto.

Razão de prevalência (RP) é uma medida de associação que indica a prevalência da doença ou
desfecho entre os expostos e os não expostos.

REFERÊNCIA:

GUSSO, Gustavo; LOPES, José M C.; DIAS, Lêda C. Tratado de medicina de família e
comunidade - 2 volumes: princípios, formação e prática. Porto Alegre: Grupo A, 2019. E-book.
ISBN 9788582715369. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715369/. Acesso em: 31 ago.
2023.

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32ª QUESTÃO
Resposta comentada:

As mulheres que apresentarem laudo citopatológico de HSIL deverão ser encaminhadas à


unidade
de referência para realização de colposcopia (A). A repetição da citologia é inaceitável como
conduta inicial.

Na presença de achados anormais maiores, JEC visível (ZT tipos 1 ou 2), lesão restrita ao colo e
ausente suspeita de invasão ou doença glandular, deverá ser realizado o “Ver e Tratar”, ou
seja, a excisão tipo 1 ou 2, de acordo com o tipo da ZT (conforme Tópicos Complementares –
Tipos de excisão) (A). Em locais em que não esteja garantida a qualidade da citologia ou quando
o colposcopista não se sentir seguro quanto à relevância dos achados, a biópsia é aceitável (B).

REFERÊNCIA:

Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero / Instituto


Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação de Prevenção e Vigilância.
Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. – 2. ed. rev. atual. – Rio de
Janeiro: INCA, 2016.

33ª QUESTÃO
Resposta comentada:

O quadro clínico apresentado trata de um caso de crescimento fetal restrito estágio 5,


portanto, com indicação de interrupção imediata da gestação.

Como não há tratamento efetivo para reverter ou interromper a progressão da insuficiência


placentária, a avaliação da vitalidade fetal e a decisão do momento do parto são as principais
estratégias no manejo desses fetos. Quanto à insuficiência placentária, enquanto se adota a
conduta obstétrica expectante, monitoram-se a maturidade e a vitalidade fetais, com
antecipação do parto, quando a primeira estiver presente ou a segunda comprometida.

No crescimento fetal restrito estágio 5 há grande probabilidade de acidose fetal, e alto risco de
óbito fetal. É definido com doppler do ducto venoso com onda A reversa, cardiotocografia
computadorizada < 3 ms ou desacelerações da frequência cardíaca fetal. A conduta deve ser
parto por cesárea eletiva no momento do diagnóstico, a depender da viabilidade da UTI
Neonatal. Nas idades gestacionais mais precoces, os pais devem ser aconselhados sobre os
riscos de sequelas.

REFERÊNCIAS:

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações


Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco: manual técnico / Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde.

GABBE, Steven G. Obstetrícia. [s.l]: Grupo GEN, 2015. E-book. ISBN 9788595153882.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595153882/. Acesso
em: 9 out. 2023.

34ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

Com base nas características descritas (tamanho moderado, conteúdo líquido claro e septações
finas), este cisto ovariano é mais provável de ser um cisto funcional benigno, como um cisto
folicular ou cisto lúteo. A conduta inicial adequada é monitorar o cisto por meio de
ultrassonografias seriadas para verificar se há aumento significativo ou alterações nas
características do cisto ao longo do tempo. Se o cisto permanecer estável ou diminuir de
tamanho, a abordagem conservadora é geralmente apropriada. No entanto, se houver
mudanças preocupantes, como crescimento significativo ou características suspeitas, o
encaminhamento para um especialista em ginecologia é indicado para avaliação adicional e
possível intervenção.

REFERÊNCIA:

HOFFMAN, Barbara L.; SCHORGE, John O.; HALVORSON, Lisa M. et al. Ginecologia de
Williams. Rio de Janeiro: Grupo A, 2014. E-book. ISBN 9788580553116. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580553116/. Acesso em: 02 out.
2023.

35ª QUESTÃO
Resposta comentada:

O paciente apresentou, inicialmente, um quadro de dor abdominal em flanco direito, febre baixa
e piúria, sugestivo de apendicite aguda, mas foi equivocadamente tratado com
antibioticoterapia oral. Isso o levou a evoluir, após 10 dias, com um abscesso retrocecal
volumoso e febre alta. Nesses casos em que o diagnóstico da apendicite é feito tardiamente e
já com complicações, a melhor conduta é realizar a drenagem do abscesso guiada por
tomografia e antibioticoterapia. Após 6 semanas, quando o processo inflamatório for menor,
isto é, estiver esfriado, pode-se realizar a apendicectomia de intervalo, com baixa
morbimortalidade.

REFERÊNCIA:

SABISTON. Tratado de Cirurgia. 19 ed. s.l., 2019.

36ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Dentre os fatores comumente relacionados ao refluxo gastroesofágico estão:

– Ingestão de alimentos que reduzam o PH estomacal, provocando aumento da acidez;


– O enfraquecimento do esfíncter exofágico inferior (cárdia), o qual pode permanecer parcial ou
totalmente aberto, permitindo o refluxo;
– Hérnia de hiato, formando-se um alargamento no tubo digestório anteriormente ao
diafragma, permitindo acúmulo de alimento e refluxo, geralmente pela passagem de parte do
estômago em direção ao tórax.

REFERÊNCIA:

SILVERTHORN. Fisiologia humana. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.

37ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

O processo observado no local de ferimento do paciente indica que os padrões moleculares


associados ao patógenos e ao dano ativam células sentinelas (macrófagos, células dendríticas,
mastócitos) para secretar citocinas e outros mediadores. Alguns desses mediadores
(interleucina-1, fator de necrose tumoral) aumentam a expressão de moléculas de adesão
endotelial e quimiocinas que irão induzir o movimento de leucócitos das vênulas pós-capilares
para os tecidos (local do ferimento). Esses leucócitos destroem os micro-organismos e
removem células danificadas.

O processo observado no local de ferimento do paciente indica os padrões moleculares


associados ao patógenos e ao dano.

Quanto aos padrões moleculares associados ao patógenos e ao dano, eles não produzem
proteínas do tipo NK, uma vez que as NK são células, e não proteínas, ao passo que as
plaquetas estão presentes no sangue, e não nos micro-organismos.

Quanto aos padrões moleculares associados ao patógenos e ao dano, eles não expressam
receptores de membrana, principalmente dos eritrócitos, que são células sanguíneas.

Quanto aos padrões moleculares associados ao patógenos e ao dano, eles não estimulam a
produção de clones celulares nem de células de memória; essa é uma característica dos
linfócitos B, responsáveis pela imunidade, ao passo que o combate a infecções é realizada pelos
leucócitos.

Quanto aos padrões moleculares associados ao patógenos, eles não aceleram a produção de
polipeptídios glicanos nem se ligam as proteínas killer; sua função é na ativação das células
sentinelas.

REFERÊNCIA:

ABBAS, Abul K. et al. Imunologia Celular e Molecular. 10. ed. Disponível em: Minha
Biblioteca. s.l.: Grupo GEN, 2023. Acesso em: 3 out. 2023.

38ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

Os exames fundamentais antes de se iniciar TRH são:

– Perfil lipídico: Para afastar hipercolesterolemia


– Perfil glicêmico: Para afastar diabetes
– Mamografia: Para afastar neoplasias mamárias

USG Transvaginal: A indicação da investigação endometrial na rotina está relacionada a


sintomas
genitais, como sangramentos irregulares na pré, durante ou após a instalação da menopausa.
Não tem recomendação de rastreio, apenas indicação no controle das mulheres em uso de
reposição hormonal.

Dosagens hormonais e tireoidianas não são estritamente necessárias para iniciar TRH, visto que
os sintomas já são suficientes para o diagnóstico da síndrome climatérica.

REFERÊNCIAS:

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações


Programáticas Estratégicas. Manual de Atenção à Mulher no Climatério/Menopausa / Ministério
da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.
– Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2008. 192 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos)
(Série Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos – Caderno, n.9)

FEBRASGO. Febrasgo – Tratado de Ginecologia. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2018. E-book.
ISBN 9788595154841. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154841/. Acesso em: 24 ago.
2023.

39ª QUESTÃO
Resposta comentada:

A gestão administrativa e financeira do SUS tem em vista garantir a equidade e a eficiência na


alocação de recursos para os diferentes níveis de atenção à saúde em todo o país. O princípio
da capitação ponderada é fundamental nesse contexto. A adoção de um modelo de
financiamento que considera as diferenças regionais, socioeconômicas e as complexidades dos
serviços prestados permite que regiões com maior necessidade recebam recursos fornecidos
para atender às suas demandas específicas. Isso evita desigualdades e garante que áreas com
maior vulnerabilidade possam oferecer serviços adequados.

O aumento dos valores da tabela de procedimentos do SUS, a fim de estimular a prestação de


serviços de assistência à saúde, diminuindo gargalos do sistema, não é uma boa estratégia de
financiamento, por estimular a realização de procedimentos em detrimento das ações de
prevenção e promoção. A remuneração deve ser feita multidimensionalmente, considerando
indicadores de população, características regionais e prestação de cuidados e resultados de
cuidados por indicadores.

REFERÊNCIA:

Souza, Marina Celly Martins Ribeiro de. Enfermagem em saúde coletiva: teoria e prática / Marina
Celly Martins Ribeiro de Souza, Natália de Cássia Horta. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2022.

40ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

Antes da implementação do SUS, o Brasil tinha um sistema fragmentado de saúde. Durante o


período da ditadura militar, a política de saúde era mais orientada para hospitais, com foco em
curas e não em prevenção. Muitos cidadãos não tinham acesso aos serviços de saúde, a
menos que estivessem contribuindo para a previdência social. Em resumo, o acesso era restrito
a determinados grupos, principalmente trabalhadores formais. A criação do SUS, em 1988,
com a nova Constituição Federal, foi resultado de intensas mobilizações sociais que buscavam
reformas no sistema de saúde. O SUS foi concebido como um sistema de saúde universal, que
deveria garantir atendimento integral e gratuito a todos os brasileiros, independentemente de
sua condição socioeconômica. Seus princípios incluem universalidade, integralidade e equidade.
A criação do Sistema Único de Saúde (SUS) representou uma grande mudança na política de
saúde brasileira, visando à universalização do acesso e à integralidade da atenção à saúde,
destacando acertadamente a evolução da política de saúde no Brasil, sublinhando a
transformação de um sistema fragmentado e exclusivo para um sistema de saúde, buscando
universalidade e integralidade.

REFERÊNCIA:

SOLHA, Raphaela Karla Toledo. Sistema Único de Saúde — Componentes, Diretrizes e


Políticas Públicas. Érica Saraiva, 2014. [Minha Biblioteca]. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788536513232/pageid/3. Acesso em: 18 out.
2023.

41ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Segundo o protocolo, a anticoagulação deve ser feita profilaticamente na gestante internada ou


na puérpera se o seu escore de risco atingir 3 pontos ou mais. Fatores de risco pontuam 3 para
alto risco, 2 para moderado e 1 para baixo risco.

Essa paciente apresenta 1 fator de médio risco (idade igual ou maior que 40 anos) e dois
fatores de baixo risco (multiparidade e tabagismo acima de 10 cigarros/dia), total de 4 pontos.
Portanto, tem indicação de usar enoxaparina em dose profilática por 6 semanas após o parto.
Anticoagulantes orais são contraindicados durante a amamentação.

REFERÊNCIAS:

FERNANDES, Cesar E. Febrasgo – Tratado de Obstetrícia. s.l.: Grupo GEN, 2018. E-book.
ISBN 9788595154858. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154858/. Acesso em: 9 out. 2023.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. MANUAL DE GESTAÇÃO DE


ALTO RISCO [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Primária à Saúde.
Departamento de Ações Programáticas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2022.

42ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

Dermatite atópica (DA) é uma doença cutânea inflamatória, crônica, comum, complexa e de
etiologia multifatorial, que se manifesta clinicamente com prurido muitas vezes incapacitante,
lesões recorrentes do tipo eczema e xerose, podendo evoluir para liquenificação. A distribuição
e morfologia das lesões na pele são variáveis, com início em geral antes dos dois anos, e os
pacientes apresentam antecedentes familiares e pessoais de atopia.

O diagnóstico da DA é baseado na presença e no padrão de distribuição das lesões associadas


aos achados clínicos e à história pessoal e familiar de atopia.

Na dermatite do lactente, as lesões se iniciam cerca de dois meses após nascimento e


acometem face (bochechas), couro cabeludo, tronco e superfície extensora dos membros,
enquanto a dermatite da criança (fase pré-puberal 2 a 12 anos) a superfície flexora passa a ser
mais acometida, com destaque às fossas poplítea e cubital.

O tratamento consiste me cuidados com a pele (banho morno e hidratação pelo menos 2 vezes
ao dia) e os corticoides tópicos são a primeira linha de tratamento para as crises agudas.

REFERÊNCIA:

Dermatite atópica grave: guia prático de tratamento da ASBAI e SBP — Prado E, et al. Page 10.
Arq Asma Alerg Imunol — Vol. 6, n.° 4, 2022.

43ª QUESTÃO
Resposta comentada:

O caso relata um quadro clássico de evolução da fístula e abscesso perianal associado. O


tratamento para o caso, no primeiro momento, é realizar a drenagem do abscesso, e somente
após melhora do quadro realizar a cirurgia de correção da fístula perianal de forma eletiva.

As demais alternativas estão incorretas:

A técnica de Milligan Morgan é utilizada para tratamento da doença hemorroidária, e os achados


relatados sugerem fístula perianal.

A fissura perianal crônica apresenta o plicoma sentinela como uma prega de pele excedente
próximo à margem anal, e não um orifício.

O toque retal deve ser realizado como rotina na avaliação das doenças anorretais, e a dor não
contraindica a realização.

A regra de Goodsall-Salmon dita o trajeto da fístula, e não da fissura perianal.

REFERÊNCIA:

SABISTON, David C. et al. Sabiston tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica
moderna. 20. ed. Rio de Janeiro: GEN Guanabara Koogan, 2019. 2 v.

44ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

Não se pode inferir a incidência ou prevalência dos dados disponibilizados, pois não se tem o
quantitativo da população exposta. Por assim, a única alternativa correta é aquela que se refere
ao número de óbitos.

REFERÊNCIA:

Medronho R; Carvalho DM; Bloch KV; Luiz RR; Werneck GL (eds.); Epidemiologia. Atheneu, São
Paulo, 2018.

45ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Paciente apresenta quadro de Transtorno Depressivo Maior: Humor irritável


(criança/adolescente), diminuição do interesse ou prazer nas atividades, insônia com sonolência
diurna, capacidade reduzida de concentração e queda do rendimento escolar. Os sintomas
estão presentes há mais de duas semanas. Experiências adversas na infância constitui fator de
risco para desenvolvimento da depressão, como o bullying. Assim, é preciso haver uma atenção
quanto à ocorrência de bullying, inclusive com envolvimento de escola, equipe de saúde e pais.

A fluoxetina e o escitalopram são aprovados pelo FDA para o tratamento de depressão maior
na infância e adolescência. O risco do aumento de pensamentos e ideação suicidas é pequeno,
se comparado ao benefício do tratamento com os antidepressivos ou com as complicações que
podem decorrer do quadro não tratado.

O risco de suicídio é real para o caso e não deve ser menosprezado.

Esse paciente não apresenta indicação para tratamento com psicoestimulante, pois sua
desatenção é um sintoma do quadro depressivo e não encaixa nos critérios diagnósticos de
TDAH.

REFERÊNCIA:

American Psychiatric Association. (2016). Diagnostic and statistical manual of mental disorders
(5th ed.). Arlington, VA: American Psychiatric Publishing.

46ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

Todos as afirmativas estão corretas.

As orientações para o caso são:

A mordedura por cão pode causar lesões leves ou mais complicadas, ou profundas, podendo
ser fatal quando acomete cabeça e pescoço.

A sutura deve ocorrer em lesões de couro cabeludo, face, tronco, braços e pernas se não
infectadas clinicamente, com menos de 12 horas do trauma.

Deve-se evitar fechamento de feridas profundas, preferindo evolução por segunda intenção,
assim como evitar suturar feridas na mão ou pé.

Deve-se manter o animal sob observação durante dez dias e somente iniciar o esquema
profilático indicado (soro + vacina) se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso.

REFERÊNCIA:

Whitebook. Prescrição, mordedura. Atualizado em 14 outubro 2020. Suporte, profilaxias e


Profilaxia de raiva. Atualizado em 3 fevereiro 2021. Acesso em: 14 ago. 2022.

47ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Trata-se de uma crise de asma grave, devido à taquipneia, taquicardia, sibilos inspiratórios e
expiratórios e SatO2 menor que 91%. O. tratamento adequado corresponde ao uso de
corticoide oral ou endovenoso, beta 2 agonista inalatório a cada 20 minutos, brometo de
ipatrópio inalatório e oxigenioterapia, na primeira hora. Se não houver melhora, após uma hora,
adiciona-se o sulfato de magnésio endovenoso.

Os demais distratores que classificam como leve ou moderado estão incorretos.

O distrator que considera uso de sulfato de magnésio endovenoso na primeira hora também
não está correto.

REFERÊNCIA:

2023 GINA Main Report. Disponível em: https://ginasthma.org/2023-gina-main-report/. Acesso


em: 18 out. 2023.

48ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

A asserção I está correta, pois a anemia pode ser causada por deficiência de ferro, que é um
componente crucial da hemoglobina, a proteína responsável pelo transporte de oxigênio nos
glóbulos vermelhos.

A asserção II está incorreta. A eritropoietina é uma citocina que estimula a produção de


eritrócitos (glóbulos vermelhos) na medula óssea, não de plaquetas.

A asserção III está correta. As leucemias são um grupo de doenças caracterizadas pelo
crescimento e desenvolvimento anormal de leucócitos, ou seja, é o câncer dos glóbulos
brancos, que são as células de defesa do organismo.

REFERÊNCIA:

SILVERTHORN, Dee U. Fisiologia humana. Grupo A. E-book. ISBN 9788582714041. Disponível


em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714041/. Acesso em: 25 ago.
2023.

49ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Paciente com diagnóstico de fibromialgia.

No tratamento multidisciplinar da fibromialgia a atividade física e o acompanhamento psicológico


são as modalidades de tratamento com maior nível de evidência que mostram melhora no
quadro sindrômico da fibromialgia. Portanto, as suas indicações são imprescindíveis.

Em relação ao tratamento farmacológico, devemos seguir uma abordagem que avalie quais
aspectos estão mais alterados no paciente com a condição: avaliação global da dor, da
qualidade do sono, aspectos cognitivos, sintomas ansiosos ou depressivos. Além disso, qualquer
que seja o medicamento modulador de dor que será prescrito, um fundamento é uma
abordagem gradual, ou seja, iniciar com baixas doses e aumentar gradativamente.

Portanto, a opção que mostra uma abordagem mais correta a esta paciente é e indicação de
atividade física, psicoterapia e iniciar duloxetina 30 mg ao dia (posologia mínima, apresenta
baixos índices de efeitos colaterais e melhor sintomas de dor, qualidade de sono e fadiga).

CARVALHO, Marco Antonio P. et al. Reumatologia: diagnóstico e tratamento. 5. ed. Rio de


Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. 814. p.

50ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

A primeira afirmação diz menção a quadro de colecistite, com presença de sinal de Murphy,
associada a elevação de Brb direta. A segunda afirmação descreve o quadro de leptospirose, na
qual se observa elevação de bilirrubina indireta. A terceira afirmação descreve quadro de
colangite esclerosante, na qual se observa elevação de Brb direta, e não indireta, tornando tal
afirmação falsa. A quarta afirmação descreve situação de hemólise induzida por fármacos em
indivíduo deficiente de G6PD, o que ocasiona elevação de Brb indireta. A quinta afirmação, com
relação à icterícia associada ao LES, sugere ocorrência de hemólise, com consequente elevação
de Brb indireta, tornando tal afirmação falsa. Com isso, estão corretas as afirmativas I, II e IV.

REFERÊNCIA:

GOLDMAN, Lee; SCHAFER, Andrew I. Goldman-Cecil Medicina. [SL]: Grupo GEN, 2022. E-
book. ISBN 9788595159297. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595159297/. Acesso em: 20 fev. 2023.

51ª QUESTÃO
Resposta comentada:

A questão trata de um caso de fibrose cística, doença genética e hereditária de caráter


autossômico recessivo, sendo necessárias, portanto, duas cópias do alelo alterado para
expressão e desenvolvimento da doença.

A fibrose cística é provocada por uma mutação no gene CFTR (Cystic Fibrosis Transmembrane
Regulator), que gera um desequilíbrio na concentração de cloro e de sódio nas células que
produzem as secreções do corpo, como muco e suor (glândulas exócrinas), acarretando sérios
agravos ao sistema respiratório e digestório, tornando os pacientes suscetíveis a infecções das
vias aéreas superiores como pneumonias e bronquites.

REFERÊNCIAS:

SILVA, E.A.; DUARTE, C.; ROSSANTO, D. et al. Variação da função pulmonar e aspectos clínicos
em adultos com fibrose cística. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 48, n. 4, 2022.
Disponível em: https://dx.doi.org/10.36416/1806-3756/e20220155. Acesso em: 3 out. 2023.

STEFANO, M.A.; PODEROSO, R.E.; MAINZ, J.G. et al. Prevalence of constipation in cystic fibrosis
patients: a systematic review of observational studies. Jornal de Pediatria, v. 96, n. 6, p. 686-
692, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.jped.2020.03.004. Acesso em: 3 out.
2023.

SCHAFER, G.B.; THOMPSON, J.N. Genética Médica: uma abordagem integrada. 1 ed. ArtMed:
Porto Alegre, 2015.

52ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

Nesse cenário clínico, os sintomas apresentados pela paciente (ganho de peso inexplicável, pele
ressecada, constipação, fadiga e sensação de frio constante) são característicos de uma função
tireoidiana reduzida, ou seja, hipotireoidismo. A hiposecreção de TRH pelo hipotálamo resulta
em uma diminuição da estimulação da glândula tireoide para produzir hormônios tireoidianos
(T3 e T4), o que leva aos sintomas observados. A falta de estimulação adequada do hipotálamo
afeta negativamente o eixo hipotálamo-hipófise-tireoide, que é responsável pela regulação dos
níveis de hormônios tireoidianos no organismo.

REFERÊNCIA:

KUMAR, Vinay et al. Robbins & Cotran Patologia – Bases Patológicas das Doenças. 9. ed.
Disponível em: Minha Biblioteca. Grupo GEN, 2016. Acesso em: 3 out. 2023.

53ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

A observação seguida de um retorno gradual ao esporte é a recomendação atual para


traumatismo cranioencefálico (TCE) leve. A observação no departamento de emergência (DE)
por pelo menos 4 a 6 horas deve incluir exame neurológico seriado e avaliação da GCS.
Alterações no estado mental ou sinais neurológicos focais podem indicar patologia subjacente
mais grave, como sangramento intracraniano. Após a alta, esse paciente deve ser monitorado
por um responsável por pelo menos 24 horas após a lesão e retornar ao pronto-socorro se
houver alguma alteração neurológica. Os pacientes também devem passar por seis estágios de
retorno gradual aos esportes. Como cada estágio requer pelo menos 24 horas, esse paciente
precisará se abster de esportes de contato por pelo menos uma semana.

A neuroimagem não é recomendada rotineiramente para TCE leve. Se a qualquer momento


durante o período de observação o GCS se deteriorar para <13, os pacientes devem ser
reclassificados como tendo TCE moderado ou TCE grave e tratados de acordo.

DISTRATORES:

A admissão na unidade de terapia intensiva para monitoramento da pressão intracraniana seria


apropriada em pacientes com TCE grave, para os quais a pressão intracraniana elevada é uma
preocupação séria devido a edema cerebral e/ou sangramento. O TCE grave é caracterizado
por um GCS ≤8. No entanto, esse paciente tem um GCS de 14 no campo e um GCS de 15 no
departamento de emergência, indicando TCE leve.

A alta imediata após TCE leve é inapropriada porque os pacientes podem desenvolver
complicações de início tardio, como sangramento intracraniano. Exames clínicos seriados são
importantes para detectar tais complicações (evidenciadas por estado mental alterado ou
achados neurológicos focais). Além disso, abster-se de toda atividade física é mais rigoroso do
que o atualmente recomendado. Acredita-se que um retorno gradual ao jogo seja importante
na recuperação da concussão.

A fenitoína é um agente de primeira linha para profilaxia de convulsões após TCE grave, que se
manifesta com um GCS ≤ 8. Este paciente tem um GCS de 14 no campo e um GCS de 15 no
departamento de emergência, indicando TCE leve. A profilaxia de convulsões não é, portanto,
apropriada neste momento.

A imagem não é um elemento essencial no diagnóstico de concussão; é em grande parte um


diagnóstico clínico. A imagem seria importante, no entanto, na avaliação de sangramento
intracraniano ou fratura craniana/facial. Este paciente tem uma baixa probabilidade de patologia
estrutural, como hematoma (epidural ou subdural), hemorragia ou fratura devido aos exames
físicos e mentais normais. A imagem traria poucos benefícios e não é o melhor próximo passo.

REFERÊNCIA:

ATLS – Advanced Trauma Life Support For Doctors. 10. ed. Chicago: Committee on Trauma,
2018.

54ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

A assistência ao parto pélvico tem por objetivo um parto eutócico, devendo-se indicar resolução
por via alta diante da ocorrência de distocias, em razão da possibilidade de desproporção
fetopélvica e do maior risco de desfechos perinatais desfavoráveis. Assim, a progressão do
trabalho de parto deve ser monitorada e registrada na forma de partograma.

Neste partograma, pode-se identificar a curva de dilatação nos limites de normalidade (1


cm/hora) e após 7 horas de trabalho de parto na fase ativa, a dilatação cervical atingiu 10 cm.
A normalidade dessa curva demonstra que as contrações uterinas estão sendo eficientes para
atingir esse objetivo.

Entretanto, a descida da apresentação não ocorre normalmente. Há parada de progressão da


descida, e a apresentação não atinge o plano 0 de DeLee, portanto não consegue insinuar.

O diagnóstico, nessa situação, é a desproporção céfalo-pélvica, na qual a única forma de


conduta segura é a operação cesariana.

REFERÊNCIA:

FERNANDES, Cesar E. Febrasgo – Tratado de Obstetrícia. s.l: Grupo GEN, 2018. E-book.
ISBN 9788595154858. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154858/. Acesso em: 4 out. 2023.

55ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Iniciar terapia antibacteriana empírica imediatamente após coleta de hemoculturas: Correta. O


cenário clínico apresenta um caso de neutropenia febril, caracterizado pela febre e contagem de
neutrófilos < 500 células/mm³ após quimioterapia. Neste contexto, a terapia antibacteriana
empírica deve ser iniciada imediatamente após a coleta de hemoculturas, conforme as
diretrizes para o manejo de neutropenia febril em pacientes com câncer.

Aguardar resultados de hemoculturas antes de iniciar a terapia antibacteriana: Incorreta.


Aguardar os resultados das hemoculturas pode atrasar o tratamento necessário em um caso
de neutropenia febril, uma condição que pode progredir rapidamente e requer tratamento
imediato com antibióticos de amplo espectro.

Iniciar tratamento com antivirais e antifúngicos imediatamente: Incorreta. A abordagem inicial


para neutropenia febril não inclui o uso imediato de antivirais e antifúngicos. A terapia
antibacteriana empírica é a conduta padrão, e outras terapias podem ser consideradas com
base em avaliações adicionais e resultados laboratoriais.

Administrar corticosteroides para reduzir a inflamação: Incorreta. O uso de corticosteroides ou


outros agentes imunossupressores não é recomendado neste contexto de neutropenia febril.
Esses agentes podem mascarar a resposta inflamatória e não são parte do tratamento padrão
para esta condição.

Iniciar quimioterapia adicional imediatamente: Incorreta. A quimioterapia é a causa mais comum


de neutropenia, e não há indicação para iniciar quimioterapia adicional imediatamente neste
cenário. A prioridade é o tratamento da neutropenia febril, e a decisão sobre a continuação da
quimioterapia deve ser baseada em uma avaliação cuidadosa do paciente e da doença
subjacente.

REFERÊNCIA:

FERREIRA, J. N. et al. Manejo da neutropenia febril em pacientes adultos oncológicos: revisão


integrativa da literatura. Rev Bras Enferm [Internet], v. 70, n. 6, p. 1371-8, nov-dez 2017.

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56ª QUESTÃO
Resposta comentada:

A hemoglobina glicada é um dos exames utilizados para o diagnóstico de diabetes mellitus e


também é um bom parâmetro para controle do tratamento. Seu valor normal é igual ou inferior
a 5,6%; valores entre 5,7 e 6,4%, indicam pré-diabetes; valores iguais ou superiores a 6,5%
indicam diabetes mellitus, porém há necessidade de se repetir o exame para confirmação
diagnóstica.

REFERÊNCIA:

Disponível em: https://diretriz.diabetes.org.br/diagnostico-e-rastreamento-do-diabetes-tipo-2/.

57ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

A paciente apresenta ascite e história prévia de etilismo. Além disso, tem hipoalbuminemia.

A hipoalbuminemia provocada pela deficiente síntese de albumina reduz a pressão oncótica


do plasma e concorre para a formação do edema.

REFERÊNCIAS:

COELHO, Eduardo Barbosa. Mecanismos de formação de edemas. Medicina (Ribeirão Preto), v.


37, n. 3/4, p. 189-198, 2004.

DA SILVA, LEONARDO SOARES. MANEJO PRÁTICO DA ASCITE.

BRITO, Ana Paula Santos Oliveira et al. Manejo da Ascite: revisão sistemática da
literatura. Brazilian Journal of Health Review, v. 5, n. 1, p. 3022-3031, 2022.

58ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Com base nos sintomas e no exame físico, o diagnóstico mais provável é de epistaxe anterior,
que é o tipo mais comum de sangramento nasal. O tratamento inicial deve incluir a aplicação de
pressão digital nas narinas, com o paciente apertando firmemente as narinas contra o septo
nasal por cerca de 10 minutos. Isso ajuda a comprimir os vasos sanguíneos e reduzir o
sangramento. Além disso, o uso de agentes hemostáticos tópicos, como o ácido tranexâmico
ou a gelatina, pode ser eficaz na interrupção do sangramento e na prevenção de recidivas. O
tamponamento nasal anterior é indicado apenas em casos de epistaxe refratária ou em
situações em que a causa do sangramento é posterior, enquanto a cauterização química ou da
artéria esfenopalatina é geralmente reservada para casos mais graves de epistaxe anterior que
não respondem ao tratamento conservador.

REFERÊNCIA:

American Academy of Otolaryngology-Head and Neck Surgery. Clinical Practice Guideline:


Epistaxis (Nosebleed). Otolaryngology-Head and Neck Surgery, 2019.

59ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

Este paciente preenche os critérios para transtorno depressivo maior, conforme evidenciado por
seu humor deprimido, anedonia, fadiga, falta de concentração, distúrbios do sono, diminuição
do apetite e perda de peso. A sertralina pertence à classe dos inibidores seletivos da recaptação
da serotonina (ISRS), o tratamento de primeira linha para transtorno depressivo maior.

Até metade dos pacientes que tomam ISRS apresentam disfunção sexual, incluindo ejaculação
retardada e outras condições, como anorgasmia e diminuição da libido. A disfunção sexual
induzida por ISRS pode ter remissão espontânea em 2 a 8 semanas. No entanto, se a
disfunção sexual persistir, diminuir a dose de ISRS (em pacientes que estão em altas doses e
em remissão), aumentar com sildenafil ou mudar para um antidepressivo não ISRS que não
cause disfunção sexual (por exemplo, bupropiona, mirtazapina) pode ser indicado.

DISTRATORES:

A hipotensão postural é um efeito colateral potencial dos antidepressivos tricíclicos (TCA), mas
não é um efeito colateral comum dos ISRSs. Os ADTs bloqueiam os receptores alfa-1 nos vasos
sanguíneos, o que pode causar vasodilatação, hipotensão e barorreflexos prejudicados.

A síndrome da serotonina é um efeito colateral muito raro da monoterapia com ISRSs, como é
o caso deste paciente. Em vez disso, é mais provável que essa síndrome ocorra com o uso
simultâneo de dois ou mais medicamentos serotoninérgicos (por exemplo, inibidor da MAO e
ISRS). A síndrome serotoninérgica também pode ocorrer ao mudar o regime de medicação de
uma classe de drogas serotoninérgicas para outra classe de drogas serotoninérgicas (por
exemplo, de inibidor da MAO para ISRS). Por esse motivo, a primeira droga deve ser reduzida
ou mesmo interrompida por alguns dias antes da introdução do novo agente.

Os antidepressivos tricíclicos têm efeitos anticolinérgicos, que podem induzir taquicardia,


arritmia, íleo intestinal e diminuição da contração do músculo detrusor da bexiga, que pode
levar à retenção urinária. No entanto, os efeitos anticolinérgicos não são um efeito colateral
comum dos ISRSs.

Embora alguns estudos tenham demonstrado que os antidepressivos podem aumentar o risco
de suicídio em pacientes com menos de 24 anos de idade com ideação suicida pré-existente
nas primeiras semanas de tratamento, não há evidências de que ISRSs ou antidepressivos
tricíclicos aumentem a tendência suicida em indivíduos não suicidas da faixa etária deste
paciente. Presume-se que esse efeito colateral bastante raro seja causado pelo início sequencial
dos efeitos dessas drogas: enquanto os ISRSs podem aumentar a motivação do paciente para
iniciar e realizar atividades autodirigidas (incluindo comportamento autodestrutivo) logo após o
início do tratamento, o início dos efeitos de elevação do humor podem ser retardados por 2 a 4
semanas. Como esse paciente tem 58 anos e não é suicida, outro efeito colateral deve ser
considerado.

REFERÊNCIA:

BRUTON, L L.; HILAL-DANDAN, R. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman e


Gilman. Grupo A, 2018. E-book. ISBN 9788580556155. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580556155/. Acesso em: 09 mai.
2023.

60ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

Paciente com perda de urina apenas aos esforços, sem sintomas irritativos (urgência miccional,
polaciúria etc.) tem diagnóstico clínico de incontinência urinária de esforço.

O melhor tratamento para a incontinência urinária de esforço grave, como no caso


apresentado, é a cirurgia, cujo objetivo é restaurar o suporte do colo vesical.

A incontinência urinária de urgência está relacionada ao desejo imperioso e súbito de urinar,


além do aumento da frequência urinária diurna e noturna.

As fístulas podem ser causadas por cirurgia ginecológica, como a histerectomia, porém a perda
urinária é contínua e sem um evento desencadeante.

REFERÊNCIA:

HOFFMAN, Barbara L.; SCHORGE, John O.; HALVORSON, Lisa M.; et al. Ginecologia de
Williams. Rio de Janeiro: Grupo A, 2014. E-book. ISBN 9788580553116. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580553116/. Acesso em: 2 out. 2023.

61ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Em uma lesão leve, como a do caso em questão, não há necrose celular significativa. O que irá
ocorrer é uma inflamação imediata, a inflamação aguda, para organizar e retirar qualquer
detrito celular e, assim, iniciar o processo de reparo. Em seguida, se dará o processo de reparo
tecidual.

REFERÊNCIA:

MITCHELL, Richard N. et al. Robbins & Cotran Fundamentos de Patologia. s.l.: Grupo GEN,
2017. E-book. ISBN 9788595151796. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151796/. Acesso em: 3 out. 2023.

62ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A análise da série temporal das semanas epidemiológicas avaliadas pela vigilância
epidemiológica do município de Palmas (300 mil habitantes), mostrou que, inicialmente, a
incidência da dengue se mantém relativamente estável nas primeiras semanas (1 a 9), com
valores variando entre 34,0 e 43,7. No entanto, a partir da semana 16, há um aumento
significativo na incidência, atingindo valores mais elevados a cada semana subsequente. O
ponto crítico ocorre nas semanas 18 a 20, onde a incidência atinge patamares muito altos,
com valores de 101,3, 116,7 e 67,7, respectivamente. Esse pico indica uma fase de explosão
da epidemia. Após a semana 20, há uma queda gradual na incidência.

63ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

Temos um paciente com HAS e DM com DRC grave com distúrbio de potássio (hipercalemia
grave), assim devemos suspender espironolactona, que é poupador de potássio e suspender
metformina, por esta ter contraindicação em TFG menor que 30 mL. Deve-se realizar solução
polarizante a fim de estabilizar membrana e furosemida para retirar K do paciente, caso não
tenha efeito indicar diálise. A alteração esperada inicial no ECG é a onda T apiculada e simétrica,
que pode deflagar arritmias instáveis e denotar gravidade do caso.

REFERÊNCIAS:

CECIL. Tratado de Medicina Interna. 22. ed. Rio de Janeiro: ELSEVIER, 2005.

PORTO & PORTO. Exame clínico. 7. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. Capítulo 5.

BICKLEY, L.S. BATES – Propedêutica Médica. 13. ed. Guanabara Koogan, 2022. ACLS – .
American Heart Association, Suporte Avançado de Vida Cardiovascular – Manual para
profissionais de saúde. 4. ed. 2015.

64ª QUESTÃO
Resposta comentada:

A saúde das pessoas LGBTQIAPN+ engloba uma série de particularidades que vão além da
prevenção de ISTs. Essas particularidades podem envolver, por exemplo, questões relacionadas
à hormonioterapia para pessoas trans, cuidados com a saúde mental diante de discriminações
ou rejeições sociais, e a necessidade de atendimento humanizado sem julgamentos baseados
em orientação sexual ou identidade de gênero. Além disso, o atendimento a essa população
exige uma abordagem integrada, pois muitos dos desafios de saúde enfrentados pela
população LGBTQIAPN+ são interligados. Por exemplo, estresse relacionado à discriminação
pode levar a problemas de saúde mental e física.

REFERÊNCIA:

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de


Apoio à Gestão Participativa. Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais,
Travestis e Transexuais / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa,
Departamento de Apoio à Gestão Participativa.

65ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

Uma vacina contra SARS-CoV-2 usa esse mecanismo de ação.

Esse mecanismo de ação é característico das vacinas de mRNA. Essas vacinas contêm mRNA
que codifica um antígeno específico (por exemplo, proteína spike nas vacinas COVID-19), que as
células usam para produzir a proteína antigênica desejada. As cadeias de mRNA são
encapsuladas em nanopartículas lipídicas (LNPs), que protegem as cadeias da digestão
enzimática extracelular e facilitam a absorção nas células. As vacinas de mRNA são altamente
eficazes e induzem respostas imunes humorais e celulares. Não há risco de infecção porque o
mRNA não é patogênico. Essas vacinas também são seguras para uso durante a gravidez
porque o mRNA não interage com o DNA, portanto não há risco de mutagênese insercional.

DISTRATORES:

Em vacinas vivas atenuadas (por exemplo, VZV, rotavírus), um vírus funcional modificado (isto
é, atenuado) é inoculado no paciente. Normalmente, o vírus modificado não causa doença. Em
células infectadas por vírus, as proteínas antigênicas citosólicas são quebradas em peptídeos
pelo proteassoma e apresentadas via MHC classe I ou são exocitadas, captadas por fagócitos e
apresentadas via MHC classe II. Embora o processamento e a apresentação da proteína
antigênica sejam semelhantes ao descrito neste caso, o mecanismo de formação da proteína
antigênica é diferente; em pacientes inoculados com vacinas vivas atenuadas, as células são
infectadas pelo vírus e não com material pronto para tradução dentro da célula hospedeira para
formar a proteína antigênica.

Vacinas toxoides (por exemplo, difteria, tétano) usam toxinas bacterianas nas quais a
toxicidade foi inativada, enquanto a imunogenicidade é mantida por meio de sítios de ligação ao
receptor intactos. As toxinas bacterianas são captadas por células com atividade endocítica
(por exemplo, células dendríticas) e são processadas no endossomo, após o que os antígenos
virais se ligam às moléculas do MHC de classe II e são então apresentados na superfície celular,
desencadeando uma resposta principalmente humoral. Não há apresentação de antígeno via
MHC classe I ao usar vacinas toxoides.

As vacinas de subunidades (por exemplo, hepatite B, HPV) usam subunidades antigênicas


inativas de patógenos para desencadear uma resposta imune. As subunidades antigênicas são
captadas por células com atividade endocítica (por exemplo, células dendríticas) e processadas
pelo endossomo, após o que os antígenos virais se ligam às moléculas do MHC de classe II e
são apresentados na superfície celular, desencadeando uma resposta principalmente humoral.
Não há apresentação de antígeno via MHC classe I ao usar vacinas de subunidades.

As vacinas de vetor viral (por exemplo, ebola, vacina Janssen COVID-19) usam um vírus não
relacionado modificado (por exemplo, adenovírus) como um vetor não patogênico, que fornece
código genético às células que contém instruções para a produção do antígeno desejado. Nas
vacinas de vetor viral, um vírus, não uma nanopartícula lipídica, é englobado pelas células.

REFERÊNCIA:

Doença do Coronavírus 2019 (COVID19). BMJ Best Practice. Última atualização em 08 dez
2022.

66ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

Paciente possui critérios de Framingham para diagnóstico clínico de IC, sendo eles: dispneia
paroxística noturna, turgência jugular, cardiomegalia ao Rx, sinais de edema agudo de pulmão,
ritmo de galope na ausculta cardíaca. Todos esses são critérios maiores, sendo necessários
apenas dois deles para diagnóstico. Ainda como critério menor, temos edema de membros
inferiores, dispneia e derrame pleural.

Com base no diagnóstico, é necessário classificar o perfil hemodinâmico para tratamento, e


esse caso apresentado nos revela uma paciente em perfil hemodinâmico B “quente e úmido”,
sendo os vasodilatadores venosos (nitratos) e diuréticos de alça as medicações indicadas para
tratamento nesse momento. A classificação de Stevenson propõe avaliação do perfil
hemodinâmico para tratamento da IC: pacientes que apresentam congestão são denominados
“úmidos”, enquanto os sem congestão, “secos”. Os que apresentam sinais de perfusão
periférica inadequada são denominados “frios”, e os sem sinais de baixa perfusão, “quentes”.

Portanto, temos que as demais alternativas estão incorretas por classificação inadequada. A
alternativa “perfil hemodinâmico B, devendo iniciar furosemida e espironolactona, ambos por via
oral para ação diurética rápida” está incorreta porque o tratamento nesse momento é com
vasodilatadores e diuréticos de alça (e não mineralocorticoide), e as medicações devem ser
venosas devido à emergência em questão. Durante a internação, já com a paciente
estabilizada, as medicações que fazem parte dos pilares do tratamento da insuficiência cardíaca
vão sendo adicionadas: IECA/BRA ou Sacubitril Valsartana, bloqueador mineralocorticoide,
iSGLT2, betabloqueadores.

REFERÊNCIA:

CASTRO, Iran. Livro-texto da sociedade brasileira de cardiologia. 3. ed. s.l.: Editora


Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555761009. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555761009/. Acesso em: 10 ago.
2023.

67ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Trata-se de um caso clássico de convulsão febril simples benigna da infância. Para esse
diagnóstico, não há indicação de dosagem de eletrólitos, punção liquórica, tomografia de crânio
nem eletroencefalograma. Caso a criança apresentasse febre sem sinais localizatórios poder-se-
ia aplicar o protocolo, e, em alguns casos, solicitar sumário de urina e/ou hemograma. Porém,
essa criança tem um foco para a febre que é uma infecção de via aérea superior, portanto ela
não se beneficia de nenhum exame complementar.

REFERÊNCIA:

Tratado de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria. 5ª Edição, 2022.

68ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

São cinco os estágios de mudança comportamental considerando o modelo transteórico de


Prochaska e DiClemente (1992): Pré-contemplação, contemplação, preparação, ação e
manutenção. No caso do paciente, é possível notar que, na primeira consulta, ele estava no
estágio da pré-contemplação, pois apresentava uma grande resistência para mudar seus
hábitos relacionados ao cigarro. Já na segunda consulta, percebe-se um desejo de mudança e
uma vontade de começar, ou seja, essa é a fase da preparação.

REFERÊNCIA:

SILVA, Luiz C C. Tabagismo. Artmed: Grupo A, 2012. E-book. ISBN 9788536327839.


Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536327839/. Acesso
em: 4 set. 2023.

69ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Na febre reumática, a complicação mais grave que pode ocorrer é a cardite reumática. A
cardite reumática envolve inflamação das válvulas cardíacas, o que pode levar a danos
permanentes nas válvulas e causar doença cardíaca reumática crônica. Essa é uma
complicação séria da febre reumática e pode resultar em disfunção cardíaca a longo prazo.

As outras opções de resposta estão associadas a diferentes manifestações da febre reumática:

Artrite reumática refere-se à inflamação das articulações, sendo uma característica comum da
febre reumática, mas geralmente não é considerada tão grave quanto a cardite.

Coreia reumática é um distúrbio neurológico que pode ocorrer como uma manifestação da
febre reumática, e, embora seja preocupante, não é tão grave quanto a cardite.

Nódulos subcutâneos são pequenos nódulos debaixo da pele que podem se formar como
resultado da febre reumática. Embora sejam uma manifestação da doença, não representam a
mesma ameaça à saúde cardíaca que a cardite.

Erupção cutânea é outra manifestação possível da febre reumática, mas, novamente, não é tão
grave quanto a cardite.

É importante que ela seja adequadamente tratada e acompanhada por um cardiologista para
evitar danos cardíacos permanentes.

REFERÊNCIA:

JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria. v. 1.
Barueri. Editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476.

70ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

Deve-se indicar imediata resolução da gestação diante de sangramento materno incontrolável


(alteração hemodinâmica), vitalidade fetal alterada, maturidade fetal comprovada ou idade
gestacional acima de 37 semanas. Com o avanço da idade gestacional, há risco aumentado de
sangramento vaginal significativo que leve ao parto. Por isso, especialmente nas gestantes com
placenta prévia, está indicada a interrupção da gestação com 37 semanas, por cesárea.

Em casos selecionados de placentas de inserção baixa, sem complicações, pode-se permitir o


parto por via vaginal.

Alguns estudos sugerem que a ultrassonografia transvaginal pode auxiliar na decisão do tipo de
parto. Quando a distância entre a placenta e o orifício interno do colo estiver entre 11 e 20
mm, há pequeno risco de sangramento (29% a 31%) e menor necessidade de cesárea. Já nas
placentas localizadas entre 0 e 10 mm do orifício interno, as incidências de operação cesariana
estão entre 75% e 90%. Esses casos são fortemente associados a sangramento vaginal e, na
maioria das vezes, exigem cesárea realizada com segurança.

Nos casos de óbito fetal, a cesárea está indicada quando a placenta estiver em contato com o
orifício interno do colo. Devem-se avaliar outros fatores, como idade gestacional, número de
cesáreas prévias, tempo de óbito, hemorragia, sistema de coagulação e condições do colo
uterino para a decisão pela via vaginal.

REFERÊNCIA:

FERNANDES, Cesar E. Febrasgo – Tratado de Obstetrícia. s.l.: Grupo GEN, 2018. E-book.
ISBN 9788595154858. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154858/. Acesso em: 9 out. 2023.

71ª QUESTÃO
Resposta comentada:

A Síndrome do Pânico é um transtorno de ansiedade caracterizado por episódios recorrentes de


ataques de pânico, que são períodos de medo intenso acompanhados por sintomas físicos e
cognitivos intensos. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é o tratamento de escolha para
a Síndrome do Pânico. A exposição gradual a situações que causam ansiedade é uma técnica
eficaz para reduzir o medo associado e prevenir a evitação dessas situações. Não se
recomenda o uso de benzodiazepínico como tratamento a médio e longo prazo devido ao risco
de dependência e de efeitos colaterais. A psicoterapia de apoio não é suficiente para tratar os
sintomas agudos da Síndrome do Pânico. O médico generalista deve conseguir conduzir um
quadro inicial de síndrome de pânico utilizando tratamentos de primeira linha, como os ISRS, e
encaminhar ao especialista apenas os casos de difícil manejo.

REFERÊNCIAS:

Kaplan, H.I; Sadock, B.J. Compêndio de Psiquiatria. Ciências do Comportamento e Psiquiatria


Clínica. 11. ed. Editora ArtMed, Porto Alegre, 2017.

MIGUEL, E.C.; Elkis, H; Forlenza, RV; LAFER, B. Clínica psiquiátrica. 2. ed. Editora Manole,
Barueri, 2020.

72ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

A alteração encontrada pela médica da UBS trata-se de criptorquidia, situação quando o


testículo não se encontra no escroto. É mais comum em crianças prematuras, com baixo peso
ao nascimento, associando-se com aumento da incidência de tumores testiculares, defeitos de
parede do tipo hérnias e hidroceles comunicantes.

O tratamento é expectante até os 6 meses, visto que pode haver a migração espontânea até
o escroto. Caso isso não ocorra, deve ser indicado tratamento cirúrgico de fixação do testículo
na bolsa testicular no período entre o 6.º e 18.º mês de idade.

REFERÊNCIA:

Disponível em: https://portaldaurologia.org.br/publico/doencas/criptorquidia-o-que-e-causas- e-


tratamentos/. Acesso em: 3 out. 2023.

73ª QUESTÃO
Resposta comentada:

O critério MELD é uma ferramenta utilizada para avaliar a gravidade da doença hepática em
pacientes adultos com cirrose e outras doenças hepáticas crônicas. Ele considera os níveis
séricos de creatinina, bilirrubina total e INR (tempo de protrombina internacional normalizado). O
MELD é utilizado para prever a gravidade da doença hepática e a necessidade de
encaminhamento para especialistas, como hepatologistas, quando necessário.

Critérios e pontuações:

O escore MELD é composto de 5 critérios clínicos e fisiológicos. A seguir serão descritos cada
um deles. É usada uma fórmula baseada nesses dados para calcular o escore.

Primeiro, avalie os seguintes critérios:

1. Diálise mais de 2 vezes na última semana? Ou hemodiálise venovenosa contínua por ≥


24 horas na última semana?

1. Sim: 1 ponto
2. Não: 2 pontos

2. INR (International Normalized Ratio): acrescentar o valor na fórmula.


3. Creatinina (mg/dL): acrescentar o valor na fórmula
4. Bilirrubina (mg/dL):** acrescentar o valor na fórmula
5. Sódio (mEq/L): acrescentar o valor na fórmula

Atenção!

Se a bilirrubina, creatinina ou INR for <1,0, use 1,0. Se alguma das seguintes condições for
verdadeira, use Cr 4.0:

– Cr > 4,0.

– Maior ou igual a 2 tratamentos de diálise nos 7 dias anteriores.

– 24 horas de hemodiálise venovenosa contínua nos 7 dias anteriores.

Se sódio < 125 mmol/L: usar 125. Se sódio > 137 mmol/L: usar 137.

Em seguida, aplique a fórmula:

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MELD(i) = 0,957 × ln(Cr) + 0,378 × ln(bilirrubina) + 1,120 × ln(INR) + 0,643

Em seguida, multiplicar por 10 e arredondar para o próximo número inteiro.


Se MELD(i) > 11, fazer o cálculo adicional:

MELD = MELD(i) + 1,32 × (137 – Na) – [ 0,033 × MELD(i) × (137 – Na) ]

O valor de MELD máximo é de 40.

E como interpretar?

Após o preenchimento dos critérios e realização do cálculo, é obtido um resultado. A


interpretação dependerá do valor atingido no paciente avaliado. O risco estimado pode ser
avaliado em uma estratificação de 5 categorias. Assim, temos:

1. Pontuação total ≤ 9 – Taxa de mortalidade 1,9% em 90 dias.


2. Pontuação total 10-19 – Taxa de mortalidade 6% em 90 dias.
3. Pontuação total 20-29 – Taxa de mortalidade 19,6% em 90 dias.
4. Pontuação total 30-39 – Taxa de mortalidade 52,6% em 90 dias.
5. Pontuação total ≥ 40 – Taxa de mortalidade 71,3% em 90 dias.

É importante ressaltar que quanto maior o MELD do paciente, maior o risco de morte e maior a
prioridade na lista de transplante hepático (caso o paciente apresente condições clínicas).

Atenção: em caso de hiperoxalúria primária, o paciente pontua automaticamente


MELD 28. Além disso, algumas condições colocam o paciente automaticamente com o
MELD de 22!

MELD 22:

– Carcinoma hepatocelular com uma lesão entre 2-5 cm ou três lesões < 3 cm e ausência de
invasão vascular ou acometimento extra-hepático.

– Síndrome hepatopulmonar com PaO2 < 60 mmHg em ar ambiente.

– Hipertensão portopulmonar com PSAP > 25 mmHg em repouso, mas mantida < 35 mmHg
com tratamento.

– Trombose de artéria hepática 7-14 dias pós-transplante.

– Amiloidose transtirretina familiar.

– Fibrose cística com VEF1 < 40% e colangiocarcinoma hilar.

REFERÊNCIA:

Wiesner R, United Network for Organ Sharing Liver Disease Severity Score Committee, et al.
Model for end-stage liver disease (MELD) and allocation of donor livers.Gastroenterology. 2003
Jan;124(1):91-6. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/12512033/

74ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

A incidência de infecção associada ao abortamento é muito variável. No abortamento


espontâneo ou na interrupção médica da gravidez, a infecção não é frequente (menos de
0,4%). No entanto, procedimentos inseguros de interrupção da gravidez continuam a ocorrer
em todo o mundo e têm uma taxa muito maior de morbidade e mortalidade. Mulheres com
risco particular de infecção incluem aquelas com história de abortamento inseguro,
instrumentação uterina ou sangramento vaginal prolongado. O abortamento infectado é um
diagnóstico clínico feito em pacientes que apresentam sinais e sintomas de infecção uterina. Os
sinais e sintomas mais comuns incluem: Dor pélvica e/ou abdominal, sensibilidade uterina,
secreção vaginal purulenta, sangramento vaginal, febre e colo uterino entreaberto.

REFERÊNCIAS:

FERNANDES, Cesar E. Febrasgo - Tratado de Obstetrícia. [Digite o Local da Editora]: Grupo


GEN, 2018. E-book. ISBN 9788595154858. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154858/. Acesso em: 09 out.
2023.

MINISTÉRIO, D.; SAÚDE. MANUAL DE GESTAÇÃO DE ALTO RISCO BRASÍLIA -DF 2022 VERSÃO
PRELIMINAR. [s.l: s.n.]. Disponível em: <https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-
content/uploads/2022/03/manual_gestacao_alto_risco.pdf>. Acesso em 01 set. 2023.

75ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Os sintomas e sinais apresentados pela paciente sugerem o diagnóstico de endometriose, que


nem sempre é identificada ao exame comum de ultrassonografia. A ultrassonografia com
preparo intestinal poderia acrescentar informações e até esclarecer o diagnóstico. Nas opções
apresentadas, a RNM é um exame com elevada acurácia no diagnóstico da endometriose. A
tomografia computadorizada não tem boa capacidade para distinguir entre os diversos tecidos
moles, apresentando dificuldades em diferenciar e delimitar os órgãos pélvicos em relação às
lesões. Como o tecido é fora da cavidade uterina, a histeroscopia e a retossigmoidoscopia não
trariam informações para confirmação do diagnóstico.

REFERÊNCIA:

FERNANDES, Cesar E. Febrasgo – Tratado de Obstetrícia. s.l.: Grupo GEN, 2018. E-book.
ISBN 9788595154858. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154858/. Acesso em: 9 out. 2023.

76ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

Lesões bolhosas em palmas e plantas e ulcerações periorais, bem como choro à manipulação
de membros superiores (pseudoparalisia de Parrot), indicando dor, são manifestações
presentes na sífilis. O diagnóstico é feito por VDRL em sangue periférico, já que os testes não
treponêmicos não são indicados, e o tratamento é realizado com penicilina.

REFERÊNCIA:

Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de


Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes
Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis – IST
[recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de
Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. – Brasília: Ministério
da Saúde, 2022. Disponível em: <https://www.gov.br/aids/pt-br/centrais-de-
conteudo/pcdts/2022/ist/pcdt-ist-2022_isbn-1.pdf/@@download/file>. Acesso em: 24 ago.
2023.

DOMINGUES, C. S. B. et al. Protocolo Brasileiro para Infecções Sexualmente Transmissíveis


2020: sífilis congênita e criança exposta à sífilis. Epidemiologia e serviços de saúde: revista do
Sistema Único de Saúde do Brasil, v. 30, n. spe1, 2021.

77ª QUESTÃO
Resposta comentada:

A paciente apresenta anemia, dor e fratura óssea, bem como alteração da função renal.
Importante pensar em mieloma múltiplo. Para confirmação necessitamos de um mielograma
(para evidenciar mais de 10% de plasmócitos) e imunofixação ou imunoeletroforese de
proteínas, no soro e na urina (para confirmar proteína monoclonal).

REFERÊNCIAS:

FALCÃO, P; ZAGO, M. A.; PASQUINI, A. Tratado de hematologia. São Paulo: Atheneu, 2013.

VERRASTRO, T. F; NETO, S. W. Hematologia e hemoterapia – Fundamentos de


Morfologia, Fisiologia, Patologia e Clínica. 8. ed. São Paulo: Atheneu, 2002.

78ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

Paciente com evolução aguda, menos de 6 horas, não apresenta sinais clínicos de sofrimento
de alça, como náuseas e vômitos, sem alteração dos sinais vitais, que consideramos. Uma
hérnia inguinal encarcerada, não redutível. A protrusão do conteúdo herniário medial aos vasos
epigástricos é designada como hérnia inguinal direta (Quando lateral aos vasos = hérnia inguinal
indireta).

O reparo cirúrgico urgente é indicado para as hérnias agudas encarceradas. A abordagem


cirúrgica ideal não é conhecida, mas uma abordagem laparoscópica pode ser considerada na
ausência de estrangulamento. Às vezes, é possível reduzir uma hérnia encarcerada com o
paciente sedado, mas é preciso tomar cuidado para se evitar empurrar uma porção morta do
intestino com o saco herniário para dentro da cavidade peritoneal (hérnia em massa). O reparo
com tela é indicado se o intestino for viável, mas o reparo sem tela é indicado se o intestino for
inviável ou se a sua viabilidade for duvidosa.

Na ausência de necrose ou contaminação, o intestino pode ser reduzido e a hérnia reparada


com uma tela. Se o intestino não for viável (gangrenoso) ou for constatada contaminação
durante a cirurgia, geralmente a ressecção do intestino é necessária, sendo feito um reparo da
hérnia com tecido primário sem tela. Deve-se evitar o reparo com tela nesta situação por causa
do risco de infecção da tela.

REFERÊNCIAS:

SABISTON, D. C. Jr. et al. Tratado de cirurgia: A Base Biológica da Prática Cirúrgica Moderna.
19. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.

BMJ Best Practice. Hérnias inguinais em adultos. Última atualização em 29 jul 2022.

79ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Caso clínico abordando bioética, onde encontramos paciente com idade avançada, doença
crônica em estágio terminal (síndrome demencial), internada em ambiente de UTI com medidas
invasivas já estabelecidas (IOT / DVA), sendo sugerido nova medida invasiva. Familiares foram
convocados para conversar sobre terminalidade. Seguir com medidas invasivas, neste caso,
caracteriza distanásia, e estaria contraindicada. Ortotanásia configura a "morte com menor
sofrimento", e, neste caso, seria não iniciar novas medidas invasivas (como hemodiálise, por
exemplo). Eutanásia é "abreviar a vida", como desligar aparelhos, prática proibida no Brasil.

REFERÊNCIA:

FELIX, Zirleide Carlos et al. Eutanásia, distanásia e ortotanásia: revisão integrativa da literatura.
Ciência & Saúde Coletiva, 18(9):2733-2746, 2013.

80ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

A conduta adequada é encaminhar o paciente para USG de aorta abdominal e nova consulta
em 6 meses devido ao tamanho do aneurisma.

1. Monitoramento:

As diretrizes do American College of Cardiology Foundation/American Heart Association


recomendam que AAAs infra/justarrenais medindo 4,0 a 5,4 cm de diâmetro por
ultrassonografia/TC devem ser monitorados a cada 6 a 12 meses. Aneurismas da
aorta abdominal <4,0 cm requerem ultrassonografia a cada 2 a 3 anos.

O National Health Service do Reino Unido recomenda que intervalos anuais de


rastreamento sejam empregados para AAAs de 3,0 a 4,4 cm e intervalos de 3 meses
para AAA de 4,5 a 5,4 cm.

Uma revisão sistemática e metanálise de dados individuais de pacientes concluiu que


intervalos de vigilância de 2 anos para AAA de 3,0 a 4,4 cm e 6 meses para AAA de
4,5 a 5,4 cm são seguros e custo-efetivos.

A análise das taxas de crescimento e ruptura do aneurisma da aorta abdominal


indicou que, para manter o risco de ruptura do aneurisma da aorta abdominal <1%, é
necessário um intervalo de 8,5 anos de vigilância para homens com aneurisma da
aorta abdominal com diâmetro inicial de 3,0 cm. O respectivo intervalo de vigilância
estimado para homens com aneurismas, cujo diâmetro inicial é de 5,0 cm, foi de 17
meses. Apesar de apresentar taxas de crescimento semelhantes para aneurismas
pequenos, as taxas de ruptura foram quatro vezes maiores nas mulheres em
comparação com os homens. Os programas e critérios de vigilância para considerar a
cirurgia precisam ser adaptados para mulheres com aneurisma da aorta abdominal
detectada de forma oportunista.

REFERÊNCIAS:

BMJ Best Practice. Aneurisma de Aorta abdominal. Última atualização em 07 de agosto de


2020.

Espinosa G, Filippo M, Steffan R. Tratamento endovascular do aneurisma de aorta. In: Colégio


Brasileiro de Cirurgiões; Manso JEF, Silva FCD, organizadores. PROACI Programa de Atualização
em Cirurgia: Ciclo 10. Porto Alegre: Artmed/Panamericana; 2014. p. 39‑67. (Sistema de
Educação Médica Continuada a Distância, v. 2).

81ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

A leucemia linfoblástica aguda (LLA) é um tipo de câncer que afeta as células precursoras dos
linfócitos B ou T. É o tipo mais comum de câncer em crianças e adolescentes. O tratamento da
LLA envolve uma combinação de quimioterapia, radioterapia e, às vezes, terapia-alvo.

A quimioterapia é o tratamento principal para a LLA em crianças. Consiste em medicamentos


que destroem as células cancerígenas e impedem sua disseminação. A quimioterapia pode ser
administrada por via oral ou por via intravenosa. O tratamento é geralmente dividido em várias
fases, que podem durar de meses a anos, dependendo do risco e da resposta ao tratamento.

A radioterapia pode ser usada em combinação com a quimioterapia em alguns casos, como
quando a leucemia se espalha para o sistema nervoso central. No entanto, a radioterapia é
menos comum em crianças com LLA, devido aos riscos de efeitos colaterais a longo prazo.

A imunoterapia e a terapia-alvo são tratamentos mais recentes que estão sendo investigados
para o tratamento da LLA em crianças. A imunoterapia usa o sistema imunológico do próprio
paciente para combater o câncer, enquanto a terapia-alvo usa medicamentos que atacam
especificamente as células cancerígenas, deixando as células saudáveis intactas.

No entanto, atualmente, a quimioterapia continua sendo o tratamento padrão para a LLA em


crianças. A escolha do tratamento depende do tipo e estágio da leucemia, bem como do perfil
de risco do paciente.

REFERÊNCIA:

Tsuchida Y, Shimada H. Pediatric Oncology: A Comprehensive Guide. Springer; 2019.

82ª QUESTÃO
Resposta comentada:

O paciente deve ter diagnóstico histopatológico para iniciar o tratamento mais adequado.

Após o diagnóstico devemos realizar o rastreio para estadiamento do caso e, assim, decidir a
melhor terapêutica ou paliar o paciente.

A pele não é um local comum para metástase em geral.

O tabagismo é o principal fator de risco para CA pulmonar.

REFERÊNCIAS:

CECIL. Tratado de Medicina Interna. 22. ed. Rio de Janeiro: ELSEVIER, 2005.

PORTO & PORTO. Exame clínico. 7. ed. Rio de Janeiro: Edição Guanabara Koogan 2011.
Capítulo 5.

BICKLEY, L.S. BATES – Propedêutica Médica. 13. ed. s.l.: Guanabara Koogan, 2022.

83ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

O TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento no qual a criança tem uma tríade clássica,


caracterizada por desatenção, hiperatividade e impulsividade. Para o diagnóstico, deve-se
obedecer aos critérios do DSM-V da Academia Americana de Psiquiatria. As dificuldades se
manifestam precocemente e influenciam o funcionamento pessoal, social, acadêmico ou
pessoal. São cinco os critérios diagnósticos (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2013). Vale
ressaltar que, não raro, crianças com TDAH podem apresentar atraso na linguagem e
alterações sensoriais, como a criança citada, que não preenche critérios para TEA ou TOD,
requeridos também no DSV. O tratamento do TDAH é feito com psicoestimulantes como
primeira escolha. O metilfenidato, sendo droga da referida classe, está bem indicado para o
paciente. Pelo exposto, a alternativa correta seria: Transtorno de Deficit de Atenção e
Hiperatividade (TDAH) e Metilfenidato.

REFERÊNCIAS:

Mechler, K., Banaschewski, T., Hohmann, S., & Häge, A. (2022). Evidence-based
pharmacological treatment options for ADHD in children and adolescents. Pharmacology &
therapeutics, 230, 107940. https://doi.org/10.1016/j.pharmthera.2021.107940;

Drechsler, R., Brem, S., Brandeis, D., Grünblatt, E., Berger, G., & Walitza, S. (2020). ADHD:
Current Concepts and Treatments in Children and Adolescents. Neuropediatrics, 51(5), 315–
335. https://doi.org/10.1055/s-0040-1701658

Posner, J., Polanczyk, G. V., & Sonuga-Barke, E. (2020). Attention-deficit hyperactivity


disorder. Lancet (London, England), 395(10222), 450–462. https://doi.org/10.1016/S0140-
6736(19)33004-1

84ª QUESTÃO
Resposta comentada:

A criança com constipação funcional apresenta muitas vezes defecação dolorosa e/ou
infrequente, incontinência fecal e dor abdominal, sendo causa de sofrimento significativo para a
criança e sua família. A definição atual de constipação infantil foi estabelecida pelos critérios de
ROMA IV, que apresenta para crianças de 4 anos até adolescentes (uma vez por semana por
pelo menos um mês). Pelo menos 2 destes critérios: – duas ou menos evacuações no banheiro
por semana; – pelo menos um episódio de incontinência fecal por semana; – história de
comportamento de retenção ou retenção voluntária excessiva de fezes; – história de
evacuações dolorosas ou duras; – história de fezes de grande diâmetro, que podem obstruir o
vaso sanitário; – grande massa fecal no reto. Sendo assim, compatível com o caso descrito.
Faltam dados significantes para as demais alternativas.

REFERÊNCIAS:

JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria. v.1.
Barueri - SP. Editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476.

https://www.sprs.com.br/sprs2013/bancoimg/190521112509Artigo_Constipacao_cronica_funcional.pd

RAMOS, Ana Regina Lima; PINTO, Raquel Borges; SANFELICE, Francieli Spiazzi. Constipação
crônica funcional: como o pediatra deve manejar. 2013

85ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

O risco de malignidade do nódulo BI-RADS 5 é considerado alto, sendo um achado classificado


como altamente sugestivo de câncer de mama. Não é necessário ultrassonografia para
confirmar se o achado é nodular ou cístico porque a imagem é espiculada. O passo a seguir é
realizar a biópsia da lesão, preferencialmente por core biopsy. A PAAF está indicada para
investigação de linfonodos ou nódulos palpáveis.

REFERÊNCIAS:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Biópsias


mamárias. São Paulo: FEBRASGO; 2021 (Protocolo FEBRASGO-Ginecologia, n. 88/Comissão
Nacional Especializada em Imaginologia Mamária).

FERNANDES, Cesar E. Febrasgo – Tratado de Obstetrícia. s.l: Grupo GEN, 2018. E-book.
ISBN 9788595154858. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154858/. Acesso em: 9 out. 2023.

86ª QUESTÃO
Resposta comentada:

O quadro de cetoacidose diabetes é mais prevalente em crianças menores de cinco anos, filhas
de mãe de baixa escolaridade.

Os critérios bioquímicos para diagnóstico da cetoacidose diabetes são: hiperglicemia (glicose


sanguínea > 200 mg/dL); pH venoso < 7,3 ou bicarbonato sérico < 15 mEq/L; e cetonemia ou
cetonúria.

O quadro de gravidade é determinado pelo PH e bicarbonato sanguíneo.

A infusão de bicarbonato não é recomendada rotineiramente no tratamento de cetoacidose


diabética, uma vez que aumenta o risco de hipocalemia e de edema cerebral.

A fluidoterapia inicial promove redução da concentração de glicose sérica, além de melhorar a


perfusão tecidual e restabelecer a função renal. Entretanto, a insulinoterapia é essencial para
reverter a hiperglicemia e o estado catabólico e para interromper a lipólise e a cetogênese,
corrigindo a acidose.

REFERÊNCIAS:

JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria. v. 1.
Barueri. Editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476.

Brasil. Ministério da Saúde. Grupo Hospitalar Conceição. Manual de emergência pediátrica do


Hospital Criança Conceição / organização de Fábio Luís Sechi, Ilóite M. Scheibel. – Porto Alegre:
Hospital Nossa Senhora da Conceição, dez. 2020

87ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

O sangramento vaginal na pós-menopausa deve ser excluído, principalmente, o câncer do


endométrio da histeroscopia. É necessário também realizar o rastreio do câncer do colo uterino
pela colpocitologia tríplice. Apesar da ultrassonografia poder ser utilizada como parte do acervo
diagnóstico, a biópsia do endométrio através da histeroscopia é o padrão ouro para afastar com
segurança o câncer endometrial.

O uso de hormônios deve ser evitado até que seja excluído o diagnóstico de câncer
endometrial.

REFERÊNCIA:

FERNANDES, Cesar E. Febrasgo – Tratado de Obstetrícia. s.l.: Grupo GEN, 2018. E-book.
ISBN 9788595154858. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154858/. Acesso em: 9 out. 2023.

88ª QUESTÃO
Resposta comentada:

A Manobra de Ritgen modificada é realizada utilizando-se uma das mãos com o auxílio de uma
compressa para abaixar o corpo perineal durante o período expulsivo, visando reduzir a
necessidade de realização de episiotomia, além da redução de lesões perineais. Com a outra
mão, ampara-se o occipital fetal para reduzir a velocidade no desprendimento e na extensão do
polo cefálico quando da expulsão fetal.

REFERÊNCIAS:

Obstetrícia de Williams. 25a Ed. McGraw Hill Brasil, 2021. Assistência ao trabalho de parto.

Obstetrícia do Zugaib. Ed. Manole, 2012. Assistência ao parto.

89ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Menor de 9 meses tem como marcos do desenvolvimento:

– Transfere objetos de uma mão para outra.


– Pinça polegar-dedo.
– Balbucia.
– Senta sem apoio.
– Estranhamento (tem preferência por pessoas do seu convívio).
– Brinca de "esconde-achou".
– Tem crianças que engatinham, tem outras que já andam sem engatinhar. Engatinhar
não é um marco obrigatório.

Deve-se seguir calendário de puericultura, já que o lactente se encontra com desenvolvimento


neuropsicomotor adequado, não sendo necessário encaminhamento para o especialista.

REFERÊNCIA:

JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria. v.1.
Barueri, SP: Editora Manole, 2021.

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90ª QUESTÃO
Resposta comentada:

O caso clínico descrito sugere fortemente a presença de uma hérnia de disco lombar que está
comprimindo a raiz nervosa, causando sintomas neurológicos graves, incluindo fraqueza
muscular e perda de reflexos. Quando um paciente apresenta sinais de compressão nervosa
significativa e deficits neurológicos, a cirurgia de descompressão é geralmente a conduta mais
apropriada e urgente.

Analgésicos e fisioterapia e injeção epidural de corticosteroides podem ser parte do tratamento


de hérnia de disco em algumas situações, mas não são adequadas quando há deficits
neurológicos graves e sinais de compressão nervosa.

A ressonância magnética lombar de rotina permite confirmar o diagnóstico, mas não é uma
medida de tratamento urgente neste cenário.

Encaminhar o paciente para avaliação neurológica adicional não é apropriado, pois o paciente já
apresenta deficits neurológicos evidentes que requerem intervenção cirúrgica imediata.

O principal objetivo do tratamento é evitar a deterioração clínica de alterações degenerativas


progressivas da lesão na medula espinhal (LME), aliviar a dor e os sintomas e restaurar a
habilidade funcional. Os seguintes grupos de pacientes podem ser considerados na abordagem
de tratamento: pacientes com LME traumática aguda; pacientes com compressão de disco
intervertebral (síndrome da cauda equina); pacientes com compressão da medula espinhal
maligna; e pacientes com abscesso epidural (infecção).

REFERÊNCIA:

BMJ Best Practice. Compressão da medula espinhal. Última atualização em 26 de junho de


2023.

91ª QUESTÃO
Resposta comentada:

A questão evidencia uma hemorragia subconjuntival ou hiposfagma em olho direito, fenômeno


muito comum e frequentemente idiopático. A resolução espontânea ocorre, normalmente, em
1 a 2 semanas. Caso o paciente apresentasse algum outro sintoma associado (como baixa de
acuidade visual, por exemplo), seria aconselhado encaminhá-lo ao oftalmologista, mas não há
nenhuma outra queixa nem alteração ao exame. Orientar o paciente que a resolução
normalmente é espontânea.

REFERÊNCIA:

KANSKI, B. B. Oftalmologia Clínica: uma abordagem sistemática. 8. Edição. Rio de Janeiro:


Elsevier, 2016.

92ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

A ocorrência de nefrite intersticial aguda está frequentemente associada a medicações, dentre


elas os antibióticos, como as cefalosporinas (ceftriaxona). O diagnóstico é sugerido pela
presença de IRA não oligúrica, especialmente em associação a sinais de hipersensibilidade
sistêmica, tais como febre, rash cutâneo e eosinofilia. A piúria estéril e a hematúria
microscópica são achados comuns, e a proteinúria não nefrótica pode estar presente. A terapia
envolve a interrupção do agente causal, podendo, em alguns casos, ser necessário o uso de
glicocorticoides.

REFERÊNCIAS:

JOHNSON, Richard et al. Nefrologia clínica. Abordagem abrangente. 5. ed., 2016.

RIELLA, M.C. Príncipios de nefrologia e distúrbios hidroeletrolíticos. 6. ed., 2018.

93ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

A bronquiolite faz parte de um amplo espectro de doenças respiratórias das vias aéreas
inferiores e é a maior causa de doença e hospitalização em lactentes e crianças até os dois
anos. Ocorre tipicamente no período do outono e inverno por infecção primária ou reinfecção
por vírus patogênicos, sendo o Vírus Sincicial Respiratório o causador mais comum, seguido por
Rinovírus.

Apresenta-se inicialmente com sintomas respiratórios das vias aéreas superiores (VAS), como
rinorreia e obstrução nasal, seguido por sintomas das vias aéreas inferiores (VAI), com tosse,
taquipneia, sibilos, crepitações e uso de musculatura acessória. O comprometimento das VAI
pode ser leve, moderado ou grave, podendo evoluir com apneias e insuficiência respiratória
aguda. O diagnóstico é clinico, baseado na história e exame físico.

O tratamento da bronquiolite é de suporte, como hidratação, limpeza nasal, oxigenioterapia e


suporte ventilatório, se necessário, não sendo recomendado:

• Salbutamol
• Ipratrópio
• Antibióticos
• Adrenalina inalatória
• Corticoide inalatório ou sistêmico
• Micronebulização com salina hipertônica

Há necessidade de tratamento intra-hospitalar em caso de:

− Cianose observada ou relatada;

− Apneia observada ou relatada;

− Bradicardia ou taquicardia persistente (FC > 180 bpm)

− Letargia ou agitação excessiva;

− Desidratação;

− Indisponibilidade de via oral;

− Hipoxemia (Saturação de O₂ < 90%, persistente, em ar ambiente);

− Esforço respiratório moderado a grave, persistente, ou FR > 70 irpm.

Diante do exposto, pode se observar que se trata de bronquiolite viral aguda, com critérios de
tratamento hospitalar e utilização de medidas de suporte ao paciente como: sintomáticos,
oxigenioterapia e suporte ventilatório, se necessário.

REFERÊNCIA:

JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria. v.1.
Barueri: SP. Editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476

94ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

I – A principal hipótese diagnóstica é infecção de ferida operatória, e o principal exame de


imagem para o diagnóstico é o raio X simples de abdome. Incorreta, pois o exame para
diagnóstico é a ultrassonografia de abdome.

II – O principal exame de imagem para o diagnóstico é a ultrassonografia, e o tratamento


indicado seria a cirurgia de laparotomia exploradora. Incorreta, pois o tratamento indicado
seria utilizar compressas mornas e possível drenagem.

III – O diagnóstico da infecção da ferida operatória é clínico, que pode ser confirmado com
exames de hemograma, PCR e ultrassonografia (principal exame de imagem). Correta

IV – O tratamento indicado seria utilizar compressas mornas, antibioticoterapia e possível


drenagem da ferida operatória assim que apresentar sinais de abscesso localizado. Correta

REFERÊNCIA:

Whitebook. Infecção do sítio cirúrgico, atualizado em 29/06/2022, acessado em 17/08/2023.

95ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

A fotografia mostra úlcera com bordas enroladas e depressão central. Uma biópsia da lesão
provavelmente mostraria núcleos em paliçada.

O carcinoma basocelular (CBC), que é o tipo mais comum de tumor maligno da pele,
geralmente se manifesta como uma úlcera de crescimento lento e que não cicatriza, com
depressão central e bordas enroladas (úlcera de roedor), um nódulo branco perolado com
telangiectasia superficial ou uma placa descamativa (CBC superficial). O histórico deste paciente
de não usar filtro solar regularmente aumenta sua exposição aos raios UV, o que é um fator de
risco para o desenvolvimento de CBC. O CBC facial normalmente ocorre acima da linha que une
o lóbulo da orelha e o canto da boca (por exemplo, na testa, pálpebras, nariz, sulco nasolabial,
lábio superior). O CBC é localmente invasivo, mas raramente metastatiza.

DISTRATORES:

O carcinoma espinocelular cutâneo (cSCC) é o segundo tipo mais comum de câncer de pele.
Pode ocorrer na face, tem crescimento lento, é indolor e ocasionalmente ulcera, como visto
aqui. Além disso, a idade avançada e a exposição crônica à luz UV são fatores de risco para
CEC. No entanto, o CEC da face envolve normalmente as bochechas e o lábio inferior, em vez
do nariz, e a forma ulcerada do CEC normalmente apresenta bordas evertidas, em vez das
bordas enroladas vistas nesta fotografia.

O hemangioma cereja é um tumor vascular da pele que normalmente se manifesta em adultos


de meia-idade e idosos. No entanto, um hemangioma cereja aparece como uma pápula
vermelha em forma de cúpula, não uma úlcera, e está geralmente localizado no tronco ou nas
extremidades superiores, e não na face.

O ceratoacantoma, que é um tipo de câncer de pele, ocorre mais comumente em indivíduos


mais velhos e geralmente surge na pele danificada pela luz ultravioleta. No entanto, o
ceratoacantoma se manifesta como um nódulo redondo e eritematoso com um tampão central
contendo queratina. Além disso, os ceratoacantomas crescem rapidamente, dentro de 2 a 3
meses, ao contrário da lesão de crescimento lento neste paciente.

A ceratose seborreica é um tipo de tumor benigno da pele comumente observado em indivíduos


mais velhos. Pode surgir na face, mas aparece como uma mácula ou pápula verrucosa,
gordurosa, semelhante à cera e de pigmentação escura, e não como uma úlcera.

REFERÊNCIA:

BMJ Best Practice. Carcinoma basocelular. Última atualização em 26 de maio de 2022.

96ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Segundo o IV Consenso Brasileiro sobre Infecção por H. pylori, o uso de AINE, mesmo em doses
baixas, aumenta o risco de úlcera e suas complicações. Suas principais complicações no trato
gastrointestinal envolvem dispepsia, pirose, desconforto abdominal e sangramento por úlcera
duodenal. A infecção por H. pylori também está relacionada ao risco aumentado de câncer
gástrico, e seu tratamento está relacionado com a diminuição da taxa de câncer gástrico. A
duração das terapias de erradicação do H. pylori deve ser de 14 dias, especialmente para a
terapia tripla padrão (Amoxicilina + Claritromicina + IBP), por atingir altas taxas de erradicação,
podendo ser complementado por mais tempo com IBP nos pacientes ainda sintomáticos.

REFERÊNCIA:

CONSENSUS. Arq. Gastroenterol. 55 (2). Apr-Jun 2018. Disponível em:


https://doi.org/10.1590/S0004-2803.201800000-20. Acesso em: 17 out. 2023.

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97ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Em um contexto de qualquer hemorragia, incluindo a hemorragia digestiva, seja ela alta ou


baixa, a conduta inicial é a estabilização do paciente. A conduta que pode ser bem sucedida
para a estabilização inicial é a verificação das vias aéreas e o acesso venoso periférico e
hidratação com cristaloides.

REFERÊNCIA:

Sabiston Tratado de Cirurgia. A Base Biológica da Prática Cirúrgica Moderna. Courtney M.


Townsend, B. Mark Evers, R. Daniel Beauchamp, Kenneth L. Mattox. Elsevier, 19 ª edição.
2015.ISBN 978-85-352-5767-0. Capítulo 47 – Abdome agudo.

98ª QUESTÃO
Resposta comentada:

No caso do paciente em questão, os sintomas apresentados são sugestivos de esclerose


múltipla. O exame mais indicado para auxiliar no diagnóstico da esclerose múltipla é a
ressonância magnética (RM) do cérebro e da medula espinhal. Esse exame permitirá visualizar
possíveis lesões desmielinizantes características da doença.

REFERÊNCIA:

National Multiple Sclerosis Society. (2019). Diagnosing MS. Disponível em:


https://www.nationalmssociety.org/Symptoms-Diagnosis/Diagnosing-MS. Acesso em: 17 out.
2023.

99ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Este caso se trata de uma gestação ectópica confirmada por BhCG sérico positivo associado à
dor pélvica e imagem anexial sugestiva. A paciente se apresenta estável hemodinamicamente e
tem desejo reprodutivo, o que nos faz pensar em conduta conservadora. Para que isso seja
possível, alguns critérios devem ser considerados, como saco gestacional menor que 3,5 cm,
feto sem atividade cardíaca, BhCG menor que 5.000 mUi/mL e estabilidade hemodinâmica.
Após a administração do metrotexato, deve-se monitorizar a queda do BhCG sérico, que
sinaliza sucesso do tratamento.

A salpingectomia, ooforectomia e laparotomia não devem ser realizadas, visto que a paciente
tem critérios para tratamento conservador, aumentando as chances de preservação da
fertilidade, já que ela apresentou desejo de novas gestações.

O BhCG considerado para tratamento conservador é o inicial, sendo assim não há indicação de
repetir o BhCG.

O ultrassom transvaginal foi realizado no dia do atendimento, não tendo benefício em se repetir
em 2 dias.

REFERÊNCIA:

ZUGAIB, Marcelo. Zugaib obstetrícia. s.l.: Editora Manole, 2023. E-book. ISBN 9786555769340.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555769340/. Acesso
em: 9 out. 2023.

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100ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Área: Ginecologia e Obstetrícia

Subárea: Obstetrícia. Assistência Pré-Natal

Tema: Diabetes Gestacional

A dosagem da glicose de jejum é o método utilizado atualmente para o diagnóstico do diabetes


gestacional. Dosagem acima de 92 mg/dL e inferior a 126 mg/dL, na primeira consulta, permite
fazer o diagnóstico de diabetes gestacional. Essa definição inclui o diagnóstico realizado pela
primeira vez na gravidez. Basta dosar uma única vez no início da gravidez. Quando o resultado
é inferior a 92 mg/dL, é necessário realizar o Teste de Tolerância à Glicose com 75 g, entre 24-
28 semanas de gestação. A hemoglobina glicada não serve para o diagnóstico do diabetes
gestacional.

REFERÊNCIA:

Cunningham, F.G., Leveno, K.J., Bloom, S.; JL. Williams. Obstetrics. 26th Ed. Mc Graw Hill. New
York, 2022.

101ª QUESTÃO
Resposta comentada:

O ultrassom é frequentemente utilizado como parte da avaliação inicial de um nódulo tireoidiano


quando o TSH está normal ou aumentado, a fim de determinar suas características como
tamanho, forma, presença de calcificações e vascularização. A PAAF é realizada se o ultrassom
indicar características suspeitas e se há necessidade de análise citológica. As outras alternativas
não são os passos iniciais recomendados na investigação de um nódulo tireoidiano.

REFERÊNCIA:

JAMESON, J., L. et al. Medicina interna de Harrison. 20. ed. s.l.: Grupo A, 2019. Cap. 378.
Doença nodular e câncer da tireoide. Disponível em: Minha Biblioteca. Acesso em: 17 out. 2023.

102ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

Manejo de cálculos <10 mm e sem complicações:

O tratamento clínico agudo para cólica renal ou ureteral inclui terapia conservadora, como
hidratação, analgesia (um AINE e/ou opioide) e antieméticos. Os AINEs devem ser oferecidos
como primeira linha, a menos que haja contraindicação (por exemplo, pacientes com risco de
comprometimento renal, insuficiência cardíaca, ulceração gástrica). Os AINEs parentais
fornecem alívio para a dor mais sustentado, com menos efeitos adversos, comparados aos
opioides. Pacientes com cálculos ureterais recém-diagnosticados <10 mm e que não
apresentam fatores complicadores (urosepse, dor intratável, insuficiência renal aguda iminente,
obstrução de um rim solitário ou transplantado ou obstrução bilateral) podem ser tratados de
forma expectante. Muitos cálculos ureterais <10 mm são expelidos espontaneamente,
estando a taxa de expulsão exata relacionada com o tamanho e a localização. A TCE com base
em um alfabloqueador, como a tansulosina, a alfuzosina ou a silodosina, pode ser benéfica para
promover a expulsão de cálculos ureterais distais maiores (mas ainda <10 mm); no entanto,
as taxas de eficácia têm sido questionadas. Se houver passagem espontânea dos cálculos, a
maioria ocorrerá dentro de 4 a 6 semanas. Intervenção cirúrgica é indicada na presença de
obstrução persistente, ausência de movimentação do cálculo, sepse ou cólica persistente ou
progressiva. Tais pacientes, em geral, são acompanhados com exames de imagem periódicos,
com uma radiografia de rins, ureteres e bexiga (RUB) e ultrassonografia renal ou uma
tomografia computadorizada (TC) sem contraste do abdome e pelve para monitorar a posição
do cálculo e o grau de hidronefrose.

REFERÊNCIA:

BMJ Best Practice. Nefrolitíase. Última atualização: 12 set. 2018.

103ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Os conselhos federal, estadual e municipal de saúde têm um papel central na gestão do SUS,
focando na participação social e na fiscalização das ações de saúde. Sua principal atribuição é
monitorar e fiscalizar as atividades relacionadas à saúde, garantindo que os serviços prestados
atendam às necessidades da população e estejam de acordo com os princípios do SUS. Além
disso, esses conselhos permitem a participação da comunidade na formulação e no
acompanhamento das políticas de saúde, assegurando que as decisões sejam tomadas de
forma democrática e transparente.

REFERÊNCIA:

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria 2979 de 12 de novembro de 2019. PROGRAMA PREVINE


BRASIL.

104ª QUESTÃO
Resposta comentada:

O caso clínico é compatível com a criança parasitada por Enterobius vermicularis. Os sinais
clínicos são: prurido na região anal, principalmente noturno, em decorrência da migração das
fêmeas à região anal para postura dos ovos.

REFERÊNCIA:

JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria. v. 1.
Barueri. Editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476.

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105ª QUESTÃO
Resposta comentada:

As medidas de oximetria devem ser realizadas em dois sítios: na mão direita (medida pré-
ductal) e em um dos membros inferiores (medida pós-ductal). Os valores obtidos devem ser
analisados da seguinte forma:

• Teste negativo: SpO2 maior ou igual a 95%, e a diferença entre as medidas no membro
superior direito e o membro inferior deve ser menor ou igual a 3%. Nesta situação, a
probabilidade de cardiopatia congênita crítica é pequena e o RN deve seguir os cuidados
habituais da maternidade. Vale ressaltar que um teste do coraçãozinho negativo não exclui
completamente a presença de cardiopatia congênita. Caso o RN apresente diagnóstico fetal ou
sinais clínicos sugestivos de cardiopatia congênita, a avaliação cardiológica deverá ser realizada.

• Teste positivo: SpO2 menor ou igual a 89% no membro superior direito, ou no membro
inferior. Nesta situação, o RN deverá ser reavaliado minuciosamente pelo médico
pediatra/neonatologista, e a avaliação cardiológica e ecocardiográfica deverá também ser
realizada para confirmação diagnóstica. É importante ressaltar que este RN não deveria receber
alta hospitalar antes que seja realizada esta avaliação cardiológica.

• Teste duvidoso: SpO2 entre 90% e 94% ou uma diferença entre as medidas do membro
superior direito e o membro inferior maior ou igual a 4%. Nesta situação, o teste deve ser
realizado novamente após uma hora por até duas vezes. Caso as medidas de oximetria se
mantenham nestes valores mesmo após a terceira avaliação, o teste será considerado positivo
e o RN deverá ser submetido à avaliação cardiológica/ecocardiográfica. A realização do reteste
nesta situação mostrou-se importante por reduzir consideravelmente o número de falsos
positivo com o teste.

REFERÊNCIA:

SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA (RJ). Departamento Científico de Cardiologia e


Neonatologia. Sistematização do atendimento ao recém-nascido com suspeita ou diagnóstico
de cardiopatia congênita. Manual de Orientação, Rio de Janeiro, ed. 4, p. 1-14, 11 ago. 2022.

106ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

A doxiciclina é um tratamento recomendado para a sífilis em indivíduos não grávidas com


alergia confirmada à penicilina. No entanto, a administração de doxiciclina oral em mulheres
grávidas é contraindicada porque a ingestão de tetraciclina pode causar danos ósseos e
depósitos nos dentes (amarelecimento dos dentes decíduos) na prole.

O resultado positivo de um teste treponêmico (FTA Abs) e de um não treponêmico (RPR) já


confirma o diagnóstico nesta gestante e deve-se iniciar o tratamento, sem a necessidade de
realizar outro teste treponêmico para confirmação. A paciente não tem história de tratamento
anterior documentado com queda da titulação em pelo menos duas diluições e, portanto, não é
um caso de cicatriz sorológica.

A penicilina G é o único agente comprovadamente seguro e eficaz no tratamento da sífilis em


gestantes. Contudo, a paciente relata ter tido reação alérgica à penicilina no passado. Portanto,
antes de iniciar a terapia, deve-se primeiro determinar se a paciente pode tolerar o tratamento
com penicilina. Não existem alternativas comprovadas à penicilina para o tratamento seguro e
eficaz da sífilis em mulheres grávidas. Portanto, a dessensibilização à penicilina deve ser
realizada em todos os pacientes com alergia à penicilina que sejam diagnosticados com sífilis
durante a gravidez. O processo de dessensibilização pode ser realizado com segurança
durante a gravidez e não afeta negativamente o resultado da gravidez. Em condições para as
quais não existem medicamentos alternativos aceitáveis ​(como sífilis na gravidez), a
dessensibilização permite utilizar o medicamento de escolha e evitar complicações associadas à
infecção não tratada (neste caso, infecção transplacentária do feto).

A azitromicina pode ser usada como medicamento de segunda linha no tratamento da sífilis em
indivíduos não grávidas com alergia confirmada à penicilina. Contudo, o antibiótico não atravessa
livremente a barreira placentária, por isso o feto não será tratado eficazmente. Portanto, não é
recomendado para o tratamento da sífilis durante a gravidez.

Apenas observação é inadequado neste paciente com sífilis confirmada (ou seja, teste de
triagem positivo e teste confirmatório). A infecção por sífilis não tratada coloca tanto a mãe
como a criança em risco de complicações graves, incluindo sífilis congênita, sífilis cardiovascular
e neurossífilis.

REFERÊNCIA:

Protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas para Prevenção de transmissão Vertical de HIV, Sífilis
e Hepatites virais – Ministério da Saúde 2022.

FERNANDES, Cesar E. Febrasgo – Tratado de Obstetrícia. [s.l.]: Grupo GEN, 2018. E-book.
ISBN 9788595154858. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154858/. Acesso em: 9 out. 2023.

107ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

A paciente apresenta desconforto respiratório (dispneia aguda, hipoxemia) e estertores em


base pulmonar na ausculta pulmonar. Em conjunto com sua história de hipertensão de longa
data e mal controlada, ausculta com B4 e presença de peptídeo natriurético elevado, esses
achados indicam edema pulmonar devido à insuficiência cardíaca aguda descompensada. O
manejo inclui suplementação de oxigênio, posicionamento adequado (elevação da cabeceira do
leito) e diuréticos de alça intravenosos, como a furosemida. A diurese resulta em diminuição da
pré-carga cardíaca, a pressão venosa central e a pressão de oclusão capilar pulmonar, o que,
por sua vez, reduz o edema pulmonar. Além disso, em pacientes com edema pulmonar, a
furosemida provoca venodilatação transitória, reduzindo ainda mais a congestão pulmonar,
mesmo antes do início da diurese. Se o desconforto respiratório persistir, o tratamento com
vasodilatadores (por exemplo, nitroglicerina) pode ser iniciado para reduzir ainda mais a pré-
carga.

O betabloqueador pode ser utilizado no tratamento da hipertensão, especialmente em


pacientes com insuficiência cardíaca congestiva concomitante. Contudo, o metoprolol deve ser
evitado em pacientes com insuficiência cardíaca aguda descompensada, que essa paciente
muito provavelmente apresenta, pois esse medicamento diminui a contratilidade miocárdica,
resultando em disfunção ventricular esquerda e agravamento adicional do edema pulmonar.

A colocação de dreno torácico é indicada em pacientes com pneumotórax, hemotórax ou


derrame pleural. Embora essa paciente apresente sintomas associados a essas condições
(dispneia, hipoxemia), a ausculta normalmente revelaria diminuição dos sons respiratórios, em
vez dos estertores nas bases pulmonares ouvidos na paciente.

Corticosteroides intravenosos são administrados em pacientes com dificuldade respiratória


devido à exacerbação aguda da doença pulmonar obstrutiva crônica. Embora a paciente tenha
uma história de tabagismo de longa data, o que a coloca em risco aumentado de DPOC, a
ausculta revelaria sibilos ou roncos, e não os estertores pulmonares em base pulmonar ouvidos
aqui e não teria aumento do peptídeo natriurético sérico.

Inotrópicos como a dobutamina são usados ​principalmente como medida de curto prazo em
pacientes com insuficiência cardíaca congestiva (ICC) e fração de ejeção reduzida com evidência
de choque cardiogênico, hipoperfusão sistêmica e danos a órgãos-alvo. Os inotrópicos não são
recomendados para pacientes com ICC com fração de ejeção preservada, como visto nessa
paciente.

REFERÊNCIA:

CASTRO, IRAN. Livro-texto da Sociedade Brasileira de Cardiologia. 3. ed. Editora Manole:


s.l., 25 janeiro 2021. 976p.

108ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

O planejamento e o desenvolvimento de algumas atividades estratégicas que incluíam ações


voltadas para:

(1) a busca ativa e diagnóstico da hanseníase: resultará em um aumento na detecção de novos


casos da doença.

(2) a busca ativa de sintomáticos respiratórios: resultará em um aumento da incidência de


tuberculose.

(3) a condução de grupo de orientação alimentar para pessoas com diabetes mellitus e
hipertensão arterial sistêmica: resultará no aumento do controle glicêmico e pressórico destes
pacientes, o que levará à diminuição da taxa de internação por infarto do miocárdio e acidente
vascular encefálico.

(4) a implementação de campanha de incentivo à realização de testes rápidos para a detecção


de hepatites virais B e C: resultará no aumento da prevalência destas doeças, já que estas são
incuráveis.

REFERÊNCIA:

Rouquayrol, Epidemiologia.

109ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

Os cardiomiócitos atriais são estimulados pelo aumento do estiramento atrial para produzir o
peptídeo natriurético atrial (ANP).

A diminuição da reabsorção de sódio do túbulo contorcido distal e do ducto coletor cortical é


um dos efeitos do ANP, que responde ao aumento do estiramento atrial (por exemplo, na
hipertensão ou sobrecarga de volume), aumentando a natriurese e a diurese no corpo. Além de
diminuir a reabsorção de sódio, o ANP aumenta a excreção de sódio e água por meio do
aumento da TFG via dilatação da arteríola aferente e constrição da arteríola eferente. Por fim, o
ANP inibe a secreção de renina e, portanto, o RAAS. Juntas, essas mudanças trabalham para
reduzir o volume sanguíneo, a pressão arterial e o débito cardíaco.

DISTRATORES:

O aumento da excreção de íons potássio e hidrogênio nos túbulos distais e ductos coletores do
rim, bem como a reabsorção de sódio, são efeitos da aldosterona, e não do ANP. A aldosterona
é estimulada pelo SRAA, aumento do potássio sérico, ACTH, sistema nervoso simpático e
diminuição da pressão arterial média.

O óxido nítrico (NO) resulta em vasodilatação e diminuição da agregação plaquetária. O NO é


produzido por células endoteliais vasculares em resposta a uma variedade de gatilhos, incluindo
lesão vascular e hipóxia. Embora o ANP cause vasodilatação, não tem efeito sobre a agregação
plaquetária.

O aumento da reabsorção de água livre de soluto é um efeito da vasopressina (ADH), e não do


ANP. O ADH atua aumentando a transcrição e inserção de aquaporinas nos ductos coletores
renais. O ADH é secretado se o corpo detectar aumento da osmolalidade plasmática ou
diminuição do volume sanguíneo arterial.

A vasoconstrição sistêmica e a estimulação da sede, assim como a retenção de sódio e o


aumento da reabsorção de água, são estimulados pelo SRAA, e não pelo ANP. O SRAA é
ativado em resposta à diminuição da perfusão glomerular e pelo sistema nervoso simpático
renal e, na verdade, é inibido pelo ANP.

REFERÊNCIA:

HALL, John E.; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall Fundamentos de Fisiologia.Pag.194: Grupo
GEN, 2017. 9788595151550. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151550/. Acesso em: 08 ago.
2022.

110ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

Segundo o Código de Ética Médica de 2018 Art. 83:

"É vedado ao médico:

Art. 83. Atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente, ou quando não tenha
prestado assistência ao paciente, salvo, no último caso, se o fizer como plantonista, médico
substituto ou em caso de necropsia e verificação médico-legal."

Ademais, segundo Resolução CFM nº 1.779/2005:

"Art. 2º Os médicos, quando do preenchimento da Declaração de Óbito, obedecerão as


seguintes normas:

1) Morte natural:

1. Morte sem assistência médica:

a) Nas localidades com Serviço de Verificação de Óbitos (SVO):

A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos médicos do SVO;

b) Nas localidades sem SVO:

A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos médicos do serviço público de saúde mais
próximo do local onde ocorreu o evento; na sua ausência, por qualquer médico da localidade.

2) Morte com assistência médica:

a) A Declaração de Óbito deverá ser fornecida, sempre que possível, pelo médico que vinha
prestando assistência ao paciente.

b) A Declaração de Óbito do paciente internado sob regime hospitalar deverá ser fornecida pelo
médico assistente e, na sua falta, por médico substituto pertencente à instituição.

c) A Declaração de Óbito do paciente em tratamento sob regime ambulatorial deverá ser


fornecida por médico designado pela instituição que prestava assistência, ou pelo SVO.

d) A Declaração de Óbito do paciente em tratamento sob regime domiciliar (Programa Saúde


da Família, internação domiciliar e outros) deverá ser fornecida pelo médico pertencente ao
programa ao qual o paciente estava cadastrado, ou pelo SVO, caso o médico não consiga
correlacionar o óbito com o quadro clínico concernente ao acompanhamento do paciente.”

Não é correto "explicar à filha do paciente que a declaração deve ser preenchida pelo Serviço de
Verificação de Óbito", pois o médico da Atenção Primária deve fazer a visita domiciliar para
constatar o óbito. Apenas quando não é possível correlacionar o óbito com o quadro clínico
prévio do paciente é que o SVO deve ser acionado.

REFERÊNCIAS:

Código de ética médica. Resolução nº 2,217/2018. Brasília: Tablóide, 2018. CONSELHO


FEDERAL DE MEDICINA (CFM - Brasil).

RESOLUÇÃO CFM Nº 1.779/2005 RESOLUÇÃO CFM Nº 1.779, 11 de novembro de 2005


Publicada no DOU, 5 dez. 2005, Seção 1, p

111ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

O caso clínico descrito sugere a possibilidade de uma síndrome genética conhecida como
Síndrome de Turner. As características físicas, como baixa estatura, pescoço curto e coração
com sopro, juntamente com os problemas de aprendizado e dificuldades de socialização, são
características comuns dessa síndrome. Além disso, a menção de um defeito na válvula
cardíaca desde o nascimento é bastante sugestiva. Neste caso, a conduta mais adequada para
comprovar o diagnóstico é o cariótipo.

REFERÊNCIA:

JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria. v.1.
Barueri. Editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476.

112ª QUESTÃO
Resposta comentada:

A questão destaca a necessidade de uma abordagem integral do paciente, indo além dos
sintomas físicos e considerando o contexto psicossocial. Neste cenário apresentado, enfatiza-se
a importância da observação clínica de hematomas em diferentes estágios de cicatrização em
idosos, podendo ser um sinal de trauma repetido, o que pode sugerir abuso. Assim, é vital criar
um ambiente seguro para o idoso poder expressar preocupações ou medos sem o risco de
represálias, além do diagnóstico clínico, e considerar as complexidades sociais e emocionais que
afetam a saúde do idoso. Por fim, destaca-se a importância da atenção primária e do papel
crucial que os médicos de família desempenham no reconhecimento e na abordagem do abuso
a idosos.

REFERÊNCIA:

BRAGA, Cristina; GALLEGUILLOS, Tatiana Gabriela B. Saúde do Adulto e do Idoso. Editora


Saraiva, 2014. E-book. ISBN 9788536513195. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536513195/.

113ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

A Síndrome Nefrítica ou Glomerulonefrite é, classicamente, uma afecção renal de 10 a 20 dias


em média após uma infecção estreptocócica (amigdalite, piodermite). Inicia com edema leve
(raramente generalizado), e, em seguida, evolui com hematúria macroscópica, acompanhada
de hipertensão. São raros os casos de encefalopatia hipertensiva. A proteinuria ocorre, mas em
baixos níveis, diferentemente do que ocorre na Síndrome Nefrótica. O tratamento inicial se
baseia em dieta hipossódica, restrição hídrica, restrição proteica e repouso. Quanto aos
medicamentos, se necessário, usam-se os diuréticos de alça, com tratamento das infecções
para erradicação do Streptococcus. Complicações como cardiopatia congestiva, encefalopatia
hipertensiva e insuficiência renal são raras, mas o paciente deve ser acompanhado para ser
tratado quanto antes o caso aconteça. O prognóstico geralmente é favorável.

REFERÊNCIAS:

C. JÚNIOR, Dioclécio; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria. v. 1.
Barueri: SP. Editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476

Documento da Sociedade Paulista de Pediatria

https://www.spsp.org.br/site/asp/recomendacoes/Rec88_Nefro.pdf

Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP). Departamento Científico. (2019-2022).


Recomendações - Atualização de Condutas em Pediatria.

114ª QUESTÃO
Resposta comentada:

O Projeto Terapêutico Singular (PTS) é um conjunto de propostas de condutas terapêuticas


articuladas com um indivíduo, uma família ou um grupo, resultante da discussão coletiva de
uma equipe interdisciplinar. Geralmente, o PTS é dedicado a situações mais complexas,
buscando a singularidade como elemento central. Será importante, para isso, reconhecer as
prioridades que o sujeito elenca (o que para ele é mais importante e/ou viável) e o que do ponto
de vista da equipe é mais urgente e/ou viável. Importante considerar outros atores, como
familiares e cuidadores. É indicado que essa pactuação seja realizada pelo profissional que
possua maior vínculo com o sujeito, por ser um momento de planejamento conjunto e também
de negociação. A equipe pode construir com o usuário uma forma de registro para que ele,
familiares e cuidadores possam acompanhar o planejamento e desenvolvimento do PTS, como
quadro com atividades, atendimentos, pessoas de referência, ações de autocuidado a lembrar
em seu cotidiano (por exemplo, cuidados com alimentação, cuidados com ambiente doméstico
para prevenção de quedas, horários e dias das medicações, se houver).

REFERÊNCIA:

RIO GRANDE DO SUL. Secretaria Estadual de Saúde. Projeto Terapêutico Singular na Atenção
Primária à Saúde. Divisão de Atenção Primária à Saúde — Porto Alegre: Secretaria da Saúde do
Rio Grande do Sul, 2022. Tiragem: 1ª edição — 2022 — versão eletrônica. Disponível em:
<https://admin.atencaobasica.rs.gov.br/upload/arquivos/202207/05102205-07101125-pts-
1.pdf> Acesso em: 24 de agosto 2023

115ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

Nesse cenário, a análise descritiva envolve a identificação de fatores associados à doença


(presença de lixo e água parada) e a analítica investiga a relação entre o uso de repelente e a
probabilidade de contrair a doença. O estudo de caso-controle é apropriado quando se deseja
comparar grupos de indivíduos com e sem a doença para determinar associações. As outras
alternativas não se encaixam totalmente nas características descritas no cenário.

REFERÊNCIAS:

Gusso, Gustavo, et al. Tratado de medicina de família e comunidade - 2 volumes: princípios,


formação e prática. Disponível em: Minha Biblioteca, (2nd edição). Grupo A, 2019. Cap. 67
Pesquisa quantitativa.

Rouquayrol, Maria, Z. e Marcelo Gurgel. Rouquayrol - Epidemiologia e saúde. Disponível em:


Minha Biblioteca, (8th edição). MedBook Editora, 2017. Cap. 6 Desenhos de pesquisa em
epidemiologia.

116ª QUESTÃO
Resposta comentada:

A paciente inicialmente apresentava um quadro de iminência de eclampsia, evoluindo para


eclampsia no ambiente hospitalar, por apresentar crise convulsiva.

A medicação preconizada para eclampsia é o sulfato de magnésio, e em se tratando de uma


emergência obstétrica, a interrupção da gestação torna-se preponderante.

Importante ressaltar os cuidados vitais com a paciente, acesso venoso, coleta de sangue para
realizar exames laboratoriais (principalmente função hepática, renal e avaliar HELLP síndrome).

REFERÊNCIA:

FERNANDES, Cesar E. Febrasgo – Tratado de Obstetrícia. s.l: Grupo GEN, 2018. E-book.
ISBN 9788595154858. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154858/. Acesso em: 9 out. 2023.

117ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Considerando que, no momento da realização do procedimento, a lidocaína disponível é sem


vasoconstritor, fazemos o seguinte cálculo: 76 k x 5 mg = 380 mg. Dividindo por 20 pela
apresentação de 20 mg/mL da ampola, temos 19 mL de anestésico para utilização. Vale
ressaltar que, na possibilidade de utilização de anestésico com vasoconstritor, a epinefrina
propicia redução da toxicidade e maior utilização de volume (7 mg/kg). Os eventos adversos
vão desde uma taquiarritmia sinusal até parada cardiorrespiratória. Dividem-se em dois grandes
grupos (neurológicos e cardiovasculares), sendo a crise convulsiva situação esperada nos
eventos tóxicos; no entanto, a necrose só poderia ser vista em uma situação de uso do
anestésico com vasoconstritor e em extremidades minimamente vascularizadas, o que não
retrata o caso descrito.

REFERÊNCIAS:

Tratado de Cirurgia, Sabiston. 19 ed. 2019.

SAVASSI-ROCHA, Paulo Roberto. Cirurgia de Ambulatório. Rio de Janeiro: Ed. MedBook, 2013.

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118ª QUESTÃO
Resposta comentada:

REFERÊNCIA

HERRING, Guilherme. Radiologia Básica - Aspectos Fundamentais . [Digite o Local da Editora]:


Grupo GEN, 2021. E-book. ISBN 9788595158719. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595158719/. Acesso em: 03 mar.
2023.

Página 2: no RX o ar é o tom mais escuro possível (menos denso). Líquidos (p. ex., sangue) e
tecidos moles (p. ex., músculo) têm a mesma densidade nas radiografias convencionais,
aparecem mais brancas, pois tem densidade maior.

Página 3: Substâncias menos densas, que absorvem menos raios X, têm números de TC
baixos. Diz-se que elas apresentam atenuação diminuída e são exibidas como densidades mais
escuras nas imagens de TC. Nas radiografias convencionais, essas substâncias (como ar e
gordura) também parecem mais pretas e têm densidade diminuída (ou maior radiolucência).

Página 61: À medida que o derrame subpulmonar aumenta em volume, ele primeiro preenche
e, assim, vela o seio costofrênico posterior, visível na incidência em perfil do tórax. Isso ocorre
com aproximadamente 75 mℓ de líquido. Quando o derrame alcança um volume de cerca de
300 mℓ, vela o seio costofrênico lateral, visível na radiografia de tórax em PA.

Página 65: derrame pleural se acumula na região dorsal.

Página 280: a identificação da linha pleural visceral no RX do tórax faz o diagnóstico definitivo de
um pneumotórax.

Página 281: na TC do tórax o paciente encontra-se em decúbito dorsal, no pneumotórax o ar


acumula anteriormente.

119ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

O tratamento da doença inflamatória pélvica (DIP) deve ter como objetivos a prevenção do dano
tubário e a preservação da vida. A DIP leve e moderada sem formação de abscesso (graus I e II)
pode ser mantida ambulatorialmente. Doença moderada a grave com pelviperitonite e
formação de abscesso tubo-ovariano ou pélvico, sinais de choque, falta de resposta ao
tratamento oral e condições socioeconômicas precárias são considerados critérios para
hospitalização das pacientes. O esquema terapêutico de primeira linha em pacientes com
critérios de internação consiste no uso de antimicrobianos de administração parenteral e na
transição para a via oral em 24 a 48 horas após melhora clínica, devendo ser mantida por 14
dias. A videolaparoscopia é reservada para os casos de dúvida diagnóstica e de ausência de
resposta à terapia parenteral por 72 horas.

Segundo o Manual de Doenças infecciosas da FEBRASGO, não existem evidências que indiquem
a necessidade de remoção do DIU nas portadoras de DIP. O Protocolo Brasileiro para Infecções
Sexualmente Transmissíveis 2020: Doença inflamatória pélvica afirma que a remoção do DIU
não deve ser, necessariamente, realizada nos casos leves e moderados da doença inflamatória
pélvica, mas deve ser considerada caso a usuária deseje fazê-lo ou se não houver melhora
clínica após 72 horas da antibioticoterapia, ou, ainda, em casos de doença inflamatória pélvica
severa. Porém, quando indicada, a remoção só deve ocorrer após duas doses do esquema
terapêutico. Nesses casos, deve-se orientar o uso de métodos de barreira ou hormonais.

REFERÊNCIA:

FERNANDES, Cesar E. Febrasgo – Tratado de Obstetrícia. s.l.: Grupo GEN, 2018. E-book.
ISBN 9788595154858. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154858/. Acesso em: 9 out. 2023.

120ª QUESTÃO
Resposta comentada:

O uso de cremes antifúngicos com corticoides é muito utilizado pelos pacientes quando realizam
automedicação. O problema desse costume popular é que, mesmo em se tratando de uma
micose superficial, geralmente responsiva ao cetoconazol tópico, a melhora rápida,
proporcionada pela betametasona, induz os pacientes à interrupção precoce do tratamento. As
micoses superficiais devem ser tratadas com antifúngicos tópicos por períodos mais longos (2 a
6 semanas). Além disso, o uso prolongado de corticoide na região inguinal, nos cremes que
fazem essa associação, pode ser danoso à pele dos pacientes, pois seu efeito é potencializado
pelo calor e umidade das dobras cutâneas e seus efeitos adversos tornam-se mais comuns e
precoces. O tratamento sistêmico pode ser associado, mas não é imperativo.

REFERÊNCIAS:

RIVITTI, Evandro A. Dermatologia de Sampaio e Rivitti. Grupo A, 2018. E-book. ISBN


9788536702766. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536702766/ Acesso em: 23 agosto
2023.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica.


Dermatologia na Atenção Básica / Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde.- 1ª
edição. Brasília: Ministério da Saúde, 2002.

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