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Professor (es):
Período: 202302 Turma: Data:
N1 ESPECÍFICA_HAM 3_29SET2023.2
1ª QUESTÃO
Enunciado:
Assinale a alternativa que indica achados do caso que auxiliam no diagnóstico clinico da hipótese
diagnóstica mais provável, baseado nos critérios do escore de Wells.
Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA)
História de câncer; FC de 140 bpm; sinais de trombose venosa profunda.
(alternativa B)
Idade de 40 anos; sexo masculino; história de câncer.
(alternativa C)
FC de 140 bpm; PA de 110 x 70 mmHg; SpO2 de 87%.
(alternativa D)
Idade de 40 anos; sexo masculino; sinais de trombose venosa profunda.
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Resposta comentada:
Embolia pulmonar aguda é a oclusão brusca, total ou parcial da artéria pulmonar e/ou de seus
ramos. Recebe o nome de tromboembolia pulmonar (TEP) quando a oclusão é causada por um
coágulo sanguíneo (trombo que se desprende de uma veia ou do coração). A TEP aguda
interfere tanto na hemodinâmica quanto nas trocas gasosas. A causa principal de óbito é a
insuficiência cardíaca direita aguda. Induz vasoconstrição por meio da liberação de mediadores,
que, associada a obstrução anatômica, pode levar ao aumento da resistência vascular
pulmonar e da pressão na artéria pulmonar, dependendo na extensão da oclusão.
A suspeita clínica de TEP depende da presença de um quadro clínico compatível, com fatores de
risco. A manifestação clínica relaciona-se com a carga embólica e com a condição
cardiorrespiratória prévia do paciente. Vários escores já foram propostos para avaliação da
probabilidade clínica da doença, e entre os mais usados está o escore de Wells que inclui sete
variáveis: suspeita de Tromboembolismo Venoso, Diagnóstico alternativo menos provável que
TEP; Imobilização ou cirurgia nas últimas 4 semanas; Frequência cardíaca > 100 bpm; histórico
anterior de tromboembolismo venoso ou pulmonar; Hemoptise; e história de câncer.
REFERÊNCIAS:
Porto, Celmo Celeno. Semiologia médica / Celmo Celeno Porto; coeditor Arnaldo Lemos Porto. -
8. ed. - Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2019.
Bickley, Lynn S. Bates propedêutica médica / Lynn S. Bickley, Peter G. Szilagyi, Richard M.
Hoffman ; editor convidado Rainier P. Soriano ; revisão técnica Maria de Fátima Azevedo ;
tradução Camila Meira, Eliseanne Nopper. - 13. ed. - Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2022.
2ª QUESTÃO
Enunciado:
Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA)
estenose pulmonar.
(alternativa B)
insuficiência tricúspide.
(alternativa C)
estenose tricúspide.
(alternativa D)
insuficiência pulmonar.
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Resposta comentada:
A tetralogia de Fallot é uma moléstia cardíaca congênita composta por quatro defeitos
anatômicos, sendo eles a estenose da valva pulmonar, a hipertrofia ventricular direita,
comunicação interventricular (CIV) e a dextroposição da aorta. Todos os componentes da
anomalia podem ser explicados por desvio anterior da porção infundibular do septo ventricular,
que resulta em estreitamento da via de saída do ventrículo direito. Ao mesmo tempo, esse
desvio ocasiona desalinhamento entre os componentes do septo ventricular e, portanto, CIV e
dextroposição da aorta. Hipertrofia do ventrículo direito aparece secundariamente à sobrecarga
de pressão a que essa câmara fica submetida. O grau de estenose subpulmonar é variável, e
denomina-se Fallot extremo quando há atresia do infundíbulo e da valva pulmonar.
Referências:
3ª QUESTÃO
Enunciado:
Uma boa anamnese, com as devidas peculiaridades das diferentes faixas etárias na criança, é
fundamental para realizar a correta avaliação de aspectos biopsicossociais, prevenção de
doenças, e resultar em um adulto mais saudável e com melhor qualidade de vida.
Alternativas:
(alternativa A)
A periodicidade da consulta da criança deve ser de intervalos anuais a partir dos 6 meses de
idade até o início da adolescência.
(alternativa B) (CORRETA)
Os marcos de desenvolvimento neuropsicomotor devem ser feitos no lactente seguindo uma
escala de padrão de desenvolvimento.
(alternativa C)
Devemos estabelecer um diálogo com a criança na anamnese após os 7 anos de idade, quando
teremos informações confiáveis.
(alternativa D)
A aferição da pressão arterial deve ser realizada no período neonatal, e se for normal, não se
torna mais necessária em outras faixas etárias.
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Resposta comentada:
A periodicidade das consultas varia de acordo com a faixa etária, devendo ser mensal no
primeiro ano de vida, e se tornando mais espaçada com o crescimento.
A aferição da pressão arterial deve ser realizada em todas as faixas etárias das crianças.
REFERÊNCIAS
Porto, Celmo Celeno. Exame clínico / Celmo Celeno Porto, Arnaldo Lemos Porto. - 8. ed. - Rio de
Janeiro : Guanabara Koogan, 2021.
4ª QUESTÃO
Enunciado:
Você está no estágio de Atenção Primária à Saúde e vai acompanhar uma visita domiciliar.
IV – Planejar a entrevista.
Alternativas:
(alternativa A)
IV – III – V – II – VI – I
(alternativa B) (CORRETA)
IV – V – II – VI – III – I
(alternativa C)
IV – VI – II – III – V – I
(alternativa D)
IV – II – VI – V – III – I
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Resposta comentada:
O ensaio mental é uma maneira útil. O médico planeja como contar a má notícia ao paciente e
como responder às reações emocionais dele. O local da entrevista também precisa ser
planejado. Deve-se buscar privacidade e evitar interrupções, como ligações telefônicas. Muitos
pacientes preferem ter a conversa na presença de algum familiar.
Através de perguntas, o médico tenta perceber o quanto o paciente compreende seu estado
atual. A partir das respostas dadas, pode-se corrigir desinformações e moldar a má notícia para
o entendimento do paciente, além notar a possível existência de negação da doença ou
expectativas não realistas do tratamento.
Enquanto muitos pacientes mostram desejo de obter informações detalhadas sobre sua
doença, seu tratamento e sua evolução, alguns preferem esquivar-se, um mecanismo
psicológico válido e mais comum em indivíduos com doença progressivamente mais grave. Se o
paciente, num primeiro momento, optar por não saber detalhes, o médico deve se colocar à
disposição para esclarecer dúvidas futuras ou para conversar com um familiar, se for a vontade
do paciente.
Os pacientes podem reagir de diferentes formas, como silêncio, choro e raiva, e saber lidar com
tais reações é uma das etapas mais difíceis na transmissão da má notícia. O médico deve
oferecer apoio e solidariedade através de um gesto ou uma frase de afetividade. Até que a
emoção passe e o paciente se recomponha, é complicado prosseguir para a discussão de
outras questões. É fundamental dar ao indivíduo o tempo necessário para ele se acalmar. Isso
reduz o isolamento do paciente, expressa solidariedade e valida os sentimentos ou
pensamentos do paciente como normais e esperados.
Referência: Cruz, CO; Riera, R. Comunicando más notícias: o protocolo SPIKES. Diagn
Tratamento. 2016;21(3):106-8.
5ª QUESTÃO
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Enunciado:
Criança do sexo masculino, 2 anos de idade, é levada pela mãe à Estratégia de Saúde da
Família do seu bairro para consulta de Puericultura. A mãe está preocupada, pois seu filho tem
histórico de prematuridade e desde os 6 meses de idade não passa por consulta médica. Na
consulta, são recebidos pelo médico da Unidade acompanhado de um acadêmico de Medicina.
Em determinado momento da consulta o médico questiona ao aluno se o mesmo conhece as
recomendações para adequada aferição da pressão arterial (PA) de crianças. O aluno diz que
sim e faz as seguintes afirmações:
II. Crianças de até 3 anos de idade devem ter sua PA mensurada na posição deitada.
IV. A escolha do manguito não faz parte das recomendações para mensuração da PA em
crianças.
Alternativas:
(alternativa A)
III e IV, apenas.
(alternativa B) (CORRETA)
I e II, apenas.
(alternativa C)
II e III, apenas.
(alternativa D)
I e IV, apenas.
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Resposta comentada:
REFERÊNCIA
Barroso WKS, Rodrigues CIS, Bortolotto LA, Mota-Gomes MA, Brandão AA, Feitosa ADM, et al.
Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq Bras Cardiol. 2021; 116(3):516-658
6ª QUESTÃO
Enunciado:
Lactente de 3 meses de idade, sexo feminino, levada pela mãe ao Pronto Socorro por quadro
de tosse e dificuldade para respirar há 3 dias. Mãe referiu quadro gripal há uma semana, com
queixa de obstrução nasal, tosse produtiva e hiporexia, evoluindo com dispneia e gemência. Ao
exame físico a criança apresentava-se ativa, reativa, palidez cutânea, com taquidispneia
importante (tiragem subcostal, retração intercostal e batimento de asa de nariz), febril (37,8 -
38 o C), com ausculta pulmonar com estertores creptantes e roncos difusos. Ausculta cardíaca
evidenciando um sopro holossistólico 3+/6+. Pulsos palpáveis e simétricos. Fígado palpável a 3
cm do rebordo costal direito. Peso: 3,750g (peso ao nascimento 3,200g). A mãe referiu
gestação sem intercorrências, pré-natal irregular, com somente 3 consultas. Nascida de parto
vaginal a termo, 39 semanas. História de taquipneia ao nascer e dificuldade de ganho de peso,
ficando internada por 10 dias.
Diante desse quadro e da ausculta cardíaca, qual hipótese diagnóstica mais provável?
Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA)
Insuficiência de valva mitral.
(alternativa B)
Insuficiência de valva pulmonar.
(alternativa C)
Estenose de valva tricúspide.
(alternativa D)
Estenose de valva aórtica.
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Resposta comentada:
Referências:
GUYTON, A.C. e Hall J.E.Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed., 2017.
7ª QUESTÃO
Enunciado:
Menina, 16 anos de idade, comparece para consulta, pois se encontra acima do peso. Relata
estar muito ansiosa, com dificuldades de relacionamento e tristeza. Quando questionada,
menciona não ter horário para as refeições, que se baseiam em carboidrato, gordura e
açúcares. Histórico familiar de obesidade, hipertensão e infarto. Ao exame físico, o índice de
massa corporal (IMC) foi de 30,4 e obesidade central. Glicemia de jejum e colesterol acima da
normalidade. Médico diagnostica a obesidade e percebe o seu impacto na autoestima da
paciente, deixando interrogado possível depressão. Solicita outros exames complementares,
além de propor dieta, com apoio nutricional, caminhada e retorno para acompanhamento. Ao
final da consulta, afirma que juntos conseguirão alcançar a meta estipulada e se despede da
paciente, que sorri pela primeira vez.
Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA)
Avaliação (A) inclui os fatores de risco detectados, o diagnóstico da obesidade e o impacto na
autoestima da paciente, incluindo a possível depressão.
(alternativa B)
Plano (P) inclui análise da glicemia e colesterol e as propostas realizadas pelo médico, desde
solicitar novos exames laboratoriais até agendar o retorno.
(alternativa C)
Objetivo (O) inclui o resultado da glicemia e colesterol trazidos pela paciente e a solicitação de
novos exames pelo médico.
(alternativa D)
Subjetivo (S) inclui todo o relato da paciente, além da medida do IMC e da circunferência
abdominal.
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Resposta comentada:
O S apresenta os dados relatados pela paciente e sua mãe acerca do problema apresentado e
seu histórico familiar, sendo os dados do exame físico, como a avaliação abdominal e do IMC
incluídos no O, que também considera os exames trazidos pela paciente (glicemia e colesterol).
A Avaliação inclui o levantamento e análise dos problemas que afetam a paciente, por exemplo,
presença de dislipidemia, possibilidade de diabetes, fator de risco familiar para problema
cardíaco, diagnóstico de obesidade e impacto na autoestima com possível depressão. O Plano
inclui todas as propostas realizadas à paciente, bem como as metas estabelecidas entre eles e
o retorno e acompanhamento.
Na letra O (Objetivo), anotamos informações aferidas do ponto de vista médico, como dados do
exame físico e/ou resultados dos exames complementares.
Referência:
PORTO, C.C. Semiologia Médica. 8a ed. Rio de Janeiro. Guanabara, 2019. SWARTZ, M.H.
Tratado de Semiologia Médica. História e Exame Clínico. 7a ed.
8ª QUESTÃO
Enunciado:
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Alternativas:
(alternativa A)
o diagnóstico definitivo de síndrome coronariana aguda só será confirmado após realização do
eletrocardiograma.
(alternativa B)
a ausência de supradesnivelamento do segmento ST no eletrocardiograma afastará em
definitivo a hipótese de síndrome coronariana aguda.
(alternativa C)
a hipótese de síndrome coronariana aguda é pouco provável, tendo em vista as características
da dor torácica do paciente.
(alternativa D) (CORRETA)
os fatores de risco do paciente acima para doenças cardiovasculares contribuem para a
formulação da hipótese de síndrome coronariana aguda.
Resposta comentada:
REFERÊNCIAS:
1- Arq. Bras. Cardiol. 2021; 117(1): 181-264. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia
sobre Angina Instável e Infarto Agudo do Miocárdio sem Supradesnível do Segmento ST.
9ª QUESTÃO
Enunciado:
Adolescente do sexo masculino, 12 anos de idade, foi levado pela mãe ao Pronto Atendimento.
A mesma relata que o filho teve diagnóstico recente de síndrome gripal por SARS-CoV-2,
confirmado pelo TR-Ag-SARS-CoV-2 (Teste rápido de Antígeno SARS-CoV-2). Houve melhora da
maioria dos sintomas, mas persiste com tosse. Entretanto, há um dia iniciou com dor torácica
na região precordial “em pontada”, com piora na posição deitada e nos episódios de tosse, mas
melhora na posição sentada e com o corpo inclinado para a frente. Houve retorno de febre. No
eletrocardiograma realizado no consultório do médico foram observados alguns achados
inespecíficos: taquicardia sinusal, baixa voltagem do QRS, e distúrbios de repolarização
(anormalidades do segmento ST e onda T).
Alternativas:
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Resposta comentada:
Referências:
I Diretriz Brasileira de Miocardites e Pericardites. Arq Bras Cardiol: 100 (4 Supl. 1): 1-36, 2013.
10ª QUESTÃO
Enunciado:
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Fonte: MedicinaNET
Alternativas:
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