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04/01/2017

Geohelmintos - Definição

Helmintos que não necessitam de um hospedeiro


intermediário, mas cuja maturação de ovos ou larvas
se faz no solo.

•Ascaris lumbricoides
Ancilostomíase
•Trichuris trichiura

•Strongyloides stercoralis

•Ancylostoma duodenale

•Necator americanus

Geohelmintos - Distribuição Ancilostomíase - Classificação

FILO Nemathelminthes
CLASSE Nematoda (Secernentea)
ORDEM Myosyringata
FAMÍLIA Ancylostomatidae
GÊNERO Ancylostoma / Necator
ESPÉCIES Ancylostoma duodenale / Necator americanus

Ancilostomíase – Generalidades Ancilostomíase – Generalidades

•Agentes etiológicos: Ancylostoma duodenale / Necator


americanus;

•Sinonímia popular: amarelão, opilação, doença do Jeca


Tatu;

•Cosmopolita - 22,1 milhões (2003);

•A. duodenale: Europa, costa norte da África, Índia, China,


Japão, litoral do Peru e Chile;

•N. americanus: Américas, África tropical, ilhas do Pacífico.

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Ancilostomíase – Distribuição Ancilostomíase – Ciclo de vida

Ancilostomíase – Morfologia Ancilostomíase – Morfologia

Ancilostoma duodenale Ancilostoma duodenale

Fêmea adulta – 10 – 13 mm •2 pares de dentes na cápsula bucal;


Macho adulto – 8 – 11 mm

•Adultos de cor branca;

•Corpo arqueado;

•Presença de cápsula bucal;

Ancilostomíase – Morfologia Ancilostomíase – Morfologia

Necator americanus Necator americanus

Fêmea adulta – 9 – 11 mm •Cápsula bucal com placas cortantes;


Macho adulto – 7 – 9 mm

•Adultos de cor branca;

•Corpo em “S”;

•Presença de cápsula bucal;

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Ancilostomíase – Morfologia Ancilostomíase – Transmissão

•Ovo elipsoide; •Reservatório: homem;

•Com dupla membrana fina e transparente; •No solo os ovos se tornam embrionados. As larvas se
desenvolvem até L3 (7 a 10 dias);
•Blastômeros visíveis em 4 - 8.
•Larvas penetram na pele → vasos linfáticos / sanguíneos
→ pulmões / alvéolos → traqueia e faringe → ID;

•Atingem a maturidade após 6-7 semanas, passando a


produzir milhares de ovos por dia;

•Período de incubação: 30 a 45 dias.

Ancilostomíase – Patologia Ancilostomíase – Patologia

Tegumentar Pulmonar

Reação inflamatória e alérgica → Dermatite •Pontos hemorrágicos, pneumonia, bronquite, Síndrome


de Löeffler (tosse, febre baixa, eosinofilia); tosse com
muco, catarro sanguinolento e com larvas;

•Infecções secundárias.

Ancilostomíase – Patologia Ancilostomíase – Patologia

Intestinal Intestinal

•Dilaceração da mucosa → Processos ulcerativos e •Mucosa edemaciada (perda de relevo);


enterorrágicos;
•Infiltrado de eosinófilos;
•Inflamação catarral → possibilidade de gangrena e
necrose jejunal; •Fibrose e atrofia da mucosa vão transformando o
duodeno e jejuno em um tubo quase rígido.
•Infecções secundárias.

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Ancilostomíase – Patologia Ancilostomíase – Patologia

Intestinal

Espoliação sanguínea depende:

•Carga parasitária;

•Espécie (A. duodenale= 0,15; N. americanus= 0,03 mL/dia)

•Reação do hospedeiro (DPC).

Ancilostomíase – Sinais e sintomas Ancilostomíase – Sinais e sintomas

•Assintomática – carga parasitária baixa; Fase aguda

•Infecções severas (>50 parasitas), prevalência maior em Tegumentar


crianças:
Pulmonar
- Anemia microcítica e hipocrômica
- DPC severa Intestinal
- Dermatite e urticária
- Dor abdominal
- Diarreia
- Geofagia

Ancilostomíase – Sinais e sintomas Ancilostomíase – Sinais e sintomas

Fase aguda: Fase aguda:

Tegumentar Pulmonar

-Hipersensibilidade (reinfecções); -Broncopneumonia com ou sem expectoração;

-Lesões urticariformes (prurido, pápulas e edema); -Dispneia, dor torácica, febre;

-Ocorrem minutos após a penetração da larva. -Síndrome de Loeffler;

-Acontece dias após a infecção.

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Ancilostomíase – Sinais e sintomas Ancilostomíase – Sinais e sintomas

Fase aguda: Fase crônica:

Intestinal -Dispepsia (formas leves e moderadas);

-Mal estar epigástrico; -Vômito, flatulência, constipação alternada com diarreia;

-Anorexia, náusea, vômito; -Anemia (de origem parasitária e carencial);

-Diarreia, perda de peso, cansaço, febre; -Em crianças: retardo do desenvolvimento (DPC)

-Acontece de 3-5 semanas após a infecção.

Ancilostomíase – Diagnóstico Ancilostomíase – Tratamento

Clínico: •Mebendazol: 100 mg (2 x dia / 3 dias) ou 500 mg em


dose única;

•Albendazol: 400 mg em dose única;

•Controle de cura: após 7º, 14º e 21º dia;


Laboratorial: EPF.
•Dependendo da gravidade:

Não se distingue ovos de A. duodenale e N. americanus! -Alimentação suplementar rica em proteínas e ferro;

- Sulfato ferroso: 200 mg (3 x dia / 3 meses ou mais).

Larva migrans cutânea - Classificação

Larva migrans cutânea


FILO Nemathelminthes
CLASSE Nematoda (Secernentea)
ORDEM Myosyringata
FAMÍLIA Ancylostomatidae
GÊNERO Ancylostoma
ESPÉCIES A. braziliensis e A. caninum

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Larva migrans cutânea Larva migrans cutânea

•Parasitas de cães e gatos que não completam evolução na


espécie humana;

•Podem invadir a pele e permanecer por algum tempo;

•Dermatite conhecida como larva migrans cutânea ou


dermatite linear serpiginosa;

•Conhecidos com “bicho geográfico” ou “bicho das praias”;

•A larva avança entre 2-5 cm/dia causando inflamação rica


em monócitos e eosinófilos.

Larva migrans cutânea Larva migrans cutânea

•Diagnóstico clínico não oferece dificuldades (?);

•Realizar anamnese;

•Cura espontânea em dias ou meses;

•Se necessário, tratar com ivermectina, albendazol ou


tiabendazol;

•Profilaxia: tratamento periódico de animais domésticos e


restrição de acesso à praias ou tanques de areia;

•Parasito não sobrevive à água salgada.

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