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NEMATELMINTOS PARASITAS DO

INTESTINO E SISTEMA LINFÁTICO


ANCILOSTOMÍASE, ESTRONGILOIDÍASE E
FILARIOSE LINFÁTICA
ANCILOSTOMÍASE
Agentes etiológicos Ancylostoma duodenale e
Necator americanus
MORFOLOGIA (Adultos)

Fêmea Macho

Tamanho: 8 a 20 mm de comprimento
Bolsa copuladora
ANCILOSTOMÍASE
Ancylostoma duodenale x Necator americanus

MORFOLOGIA (Adultos)

Ancylostoma duodenale Necator americanus


Cápsula bucal contendo 2 pares de Cápsula bucal contendo 1 par de lâminas
dentes cortantes
ANCILOSTOMÍASE
Ancylostoma duodenale x Necator americanus

MORFOLOGIA (Adultos)

Ancylostoma duodenale Necator americanus


Cápsula bucal contendo 2 pares de Cápsula bucal contendo 1 par de lâminas
dentes cortantes
ANCILOSTOMÍASE

CICLO BIOLÓGICO
ANCILOSTOMÍASE

CICLO BIOLÓGICO
ANCILOSTOMÍASE

CICLO BIOLÓGICO
Realiza o ciclo
de Loss
ANCILOSTOMÍASE

TRANSMISSÃO

Penetração de larvas filarioides (L3) na


pele ou mucosa, presentes em ambientes
contaminados

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

• Usualmente assintomática – carga


parasitária baixa
• Larvas: Dermatite e urticária nos locais de
penetração; síndrome de Loefler
• Adultos: Desnutrição protéico-calórica
severa; anemia e icterícia. “Amarelão” é o nome popular
dado à ancilostomíase
ANCILOSTOMÍASE

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Dor abdominal
• Diarreia
• Geofagia
Prevalência maior em crianças

DIAGNÓSTICO

- Clínico
- Laboratorial: exame parasitológico
de fezes (EPF)
Pesquisa de ovos de ancilostomídeos
ANCILOSTOMÍASE

TRATAMENTO

- Pirantel, Mebendazol, Albendazol


- Novo tratamento após 20 dias

PROFILAXIA
- Saneamento
- Uso de calçados
- Educação sanitária
- Diagnóstico e tratamento dos infectados

ANCILOSTOMÍASE EM ANIMAIS

1. Ancylostoma caninum: 3 pares de dentes


2. Ancylostoma braziliense: 1 par de dentes
LARVA MIGRANS CUTÂNEA

Agentes etiológicos Ancylostoma caninum e


Ancylostoma braziliense

Conhecido como “bicho


geográfico”
• Larvas migram entre a
epiderme e a derme - 2
a 5 cm por dia
• Lesões de pele
• Dermatite linear
serpiginosa
LARVA MIGRANS CUTÂNEA

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Pápulas, prurido no local de penetração das larvas
• Infecções microbianas secundárias podem ocorrer
• Pés, pernas, mãos e antebraços
• Cura espontânea
LARVA MIGRANS CUTÂNEA

DIAGNÓSTICO
• Sinais e sintomas

TRATAMENTO

• Sistêmico / Tópico: pomada à base de Tiabendazol, 4x/dia

PROFILAXIA
- Andar calçado
- Uso de luvas e calçados em serviço de jardinagem
- Descontaminação de ambientes contendo larvas infectantes
- Detecção e tratamento de cães e gatos infectados
- Impedir o acesso de cães e gatos a parques e praias
ESTRONGILOIDÍASE

Agente etiológico: Strongyloides stercoralis

MORFOLOGIA (Adultos)

• Fêmea partenogenética: ± 2,5 mm

• Fêmea de vida livre: ±1,5 mm

• Macho de vida livre: ± 0,7 mm


ESTRONGILOIDÍASE

BIOLOGIA

Larvas rabditoides liberadas nas fezes


ESTRONGILOIDÍASE

CICLO BIOLÓGICO
ESTRONGILOIDÍASE

TRANSMISSÃO

• Penetração ativa na pele ou mucosa das larvas filarioides;

• Autoinfecção externa. Autoinfecção interna. No intestino delgado a larva


rabditoide→ larva filarioide→ penetram na mucosa do intestino→
corrente circulatória

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

• Ação mecânica, irritativa, tóxica e antigênica (larvas e adultos);

• Lesão cutânea: dermatite urticariforme (local de penetração da larva);

• Lesão pulmonar: hemorragias, petéquias, síndrome de Loefler;


ESTRONGILOIDÍASE

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

– Sintomas intestinais: vômitos, náuseas, pirose, flatulência, cólicas,


diarreia, íleo-paralítico, muco e sangue nas fezes.

– Forma disseminada: extremamente grave. Pacientes submetidos a


imunossupressão, leucemia, AIDS, neoplasias avançadas, desnutrição.

– Disseminação errática: autoinfecção interna: miocárdio, pericárdio,


vesícula biliar, sistema nervoso, olho.

S. stercoralis têm caráter oportunista


ESTRONGILOIDÍASE

DIAGNÓSTICO
• Clínico: sinais e sintomas (50% assintomáticos)

• Laboratorial: pesquisa de larvas nas fezes ou


coprocultura; pesquisa de larvas no escarro.

TRATAMENTO

- Tiabendazol, Cambendazol, Albendazol, Ivermectina (exceto mebendazol)

PROFILAXIA
- Saneamento
- Uso de calçados
- Educação em saúde
- Diagnóstico e tratamento dos infectados
FILARIOSE LINFÁTICA
WUCHERERIOSE/ BANCROFTOSE/ ELEFANTÍASE

Agente etiológico: Wuchereria bancrofti

MORFOLOGIA (Adultos)

• Macho: 3,5 – 4,0 cm


• Fêmea: 7,0 – 10,0 cm;

BIOLOGIA
• Habitat: vasos e gânglios linfáticos (04 – 08 anos);
– Pélvica (pernas e escroto);
– Mamas e braços (raros).
FILARIOSE LINFÁTICA

CICLO BIOLÓGICO

Microfilária (ou Embrião):


- 250 – 300 mm;
- bainha flexível;
- periodicidade noturna no
Vetor e hospedeiro intermediário: Culex quinquefasciatus sangue periférico.
FILARIOSE LINFÁTICA

TRANSMISSÃO

• Picada da fêmea de Culex quinquefasciatus;

• Penetração ativa na pele das larvas filarioides (L3).

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Verme adulto:
• Ação mecânica obstrutiva.
– Adenite (linfadenopatia);
– Linfangite: dilatação de vasos linfáticos.
FILARIOSE LINFÁTICA

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

• Verme adulto:
• Ação mecânica obstrutiva.
– Linfedema agudo: derramamento
linfático (edema, linfocele)

Hidrocele
FILARIOSE LINFÁTICA

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

• Verme adulto:
• Ação mecânica obstrutiva.
– Linfedema crônico (>10 anos):
o Inflamação + Fibrose crônica;
o Hipertrofia do tecido
conjuntivo + dilatação dos
vasos linfáticos + edema;
o ELEFANTÍASE
– Infecções bacterianas ou
fúngicas secundárias agravam o
quadro.
– Streptococcus pyogenes do
grupo A → Erisipela
FILARIOSE LINFÁTICA

DIAGNÓSTICO
• Clínico: sinais e sintomas

• Laboratorial:

– pesquisa de microfilárias no sangue


periférico (das 22 horas às 4 horas).

– Imunológicos: pesquisa de antígeno


circulante;

– Exames de imagem;

– Biópsia do linfonodo.
FILARIOSE LINFÁTICA

TRATAMENTO
• Dietilcarbamazina – DEC (1ª escolha)
• Ivermectina
• Albendazol
• Antimoniais
• Arsenicais

• Outras intervenções terapêuticas:


– Linfedema:
• Higiene local + antibiótico terapia para evitar infecções
oportunistas;
• Drenagem linfática e/ou cirurgia reparadora.
FILARIOSE LINFÁTICA

PROFILAXIA E CONTROLE

• Tratamento das pessoas parasitadas;


• Combate ao inseto vetor;
• Melhoria sanitária.

• OMS: Programa de eliminação da filariose linfática.

Importante: Atualmente, a Filariose Linfática está em fase de


eliminação no Brasil. A área endêmica está restrita a quatro
municípios situados na Região Metropolitana do Recife-PE:
Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Paulista (Ministério
da Saúde, 2023).

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