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Ancilostomídeo

ETEI – Seminário de Microbiologia


Componentes
 Daniel
 Karen
 Nathália Oliveira
 Elisangela
Introdução
Ancilostomídeos são nematoides parasitos do intestino delgado de
diversas espécies de hospedeiro como humanos, canídeos e felídeos.
Inserem-se nesse grupo os gêneros Ancylostoma e Necator. Os ovos são
similares morfologicamente e por isso são normalmente nomeados por
ancilostomídeos, que são os causadores da doença chamada
ancilostomose.
O que é ancilostomose ?
Ancilostomíase, ancilostomose, amarelão ou doença do Jeca Tatu é o nome dado à doença
provocada por vermes nematódeos das espécies Necator americanus e Ancylostoma duodenale
(agente etiológico).
Esses vermes se desenvolvem no nosso intestino delgado, onde se alimentam e se reproduzem.
Para se alimentar, esses animais se fixam no intestino, o que pode desencadear feridas no órgão.
A perda de sangue causada pelas lesões e também pela alimentação do verme pode provocar
anemia, um dos sintomas dessa doença.
Morfologia
As espécies causadoras da ancilostomose possuem praticamente a mesma estrutura. São
pequenos vermes com medição entre 0,5 e 1,5 cm de diâmetro e o formato da cabeça é
semelhante a um gancho.
Ambas possuem boca bem definida, com dois pares de dentes pontiagudos (Ancylastoma
duodenale) ou duas placas afiadas (Necator americanus), que servem para agarrar as
paredes intestinais da pessoa infectada e sugar o sangue.
Hábitat
Os vermes adultos residem nas porções altas do intestino delgado, nos casos de
infecções maciças eles podem ser observados no íleo e no ceco. Os adultos
também se deslocam de vez em quando para sugar mais sangue em outro local ou
para realizarem aproximação sexual.
Na maioria das vezes eles permanecem aderidos à mucosa intestinal pela cápsula
bucal. Algumas espécies habitam o intestino humano, outras o intestino de cães
e gatos. Em alguns casos elas podem sobreviver por até 8 anos no intestino
humano.
Ciclo biológico
As formas adultas dos vermes vivem no intestino delgado da pessoa infectada,
onde machos e fêmeas copulam e dão origem aos ovos que são eliminados com as
fezes. Caso as fezes entrem em contato com o solo e encontrem condições
adequadas, como elevada umidade e temperatura, os ovos eclodem e liberam
pequenas larvas. Estas podem viver até 7 dias no ambiente, quando amadurecem
e são capazes de infectar um hospedeiro.
As larvas atravessam a pele e entram na corrente sanguínea, até chegar aos
pulmões, onde perfuram os alvéolos e sobem pela traqueia. Daí passam a
faringe, são engolidas e chegam aos intestinos. No intestino delgado se
estabelecem definitivamente e atingem a maturidade sexual.
Patogenia
 O quadro clínico pode variar desde a inexistência de sintomas até situações
de gravidade extrema.
 A causa primária (fase aguda) está relacionada com a migração das larvas
através de tecidos e a implantação dos vermes adultos no intestino delgado.
 A etiologia secundária (fase crônica) é devida à presença dos vermes presos
ao intestino delgado, levando a alterações fisiológicas, bioquímicas e
hematológicas.
Transmissão
As larvas dos vermes liberadas através das fezes humanas podem entrar em
contato com o solo. Assim, a transmissão pode ocorrer através do contato direto
das larvas com a pele humana, principalmente na região dos pés, pernas,
nádegas e mãos. Um exemplo comum de contaminação é andar descalço em um
solo contaminado.
Sintomas
Um dos primeiros sintomas da ancilostomose é a presença de uma pequena lesão
vermelha, que coça bastante, no local em que o parasita entra na pele. No
entanto, este parasita, ao entrar no organismo, segue pela corrente sanguínea e
se espalha para outros órgãos. Quando isso acontece, outros sinais e sintomas
podem aparecer, como: dor de barriga, diarreia, perda de peso e apetite, tosse,
respiração com ruído, cansaço excessivo, fraqueza, fezes escuras e mais
malcheirosas que o normal, febre, anemia e palidez.
Diagnóstico
O diagnóstico parasitológico da ancilostomose é feito pela busca dos ovos em
amostras de fezes. Os ovos são bem característicos e costumam aparecer em
grande número nas fezes dos pacientes. O exame parasitológico de fezes pode
ser feito com um simples esfregaço em uma lâmina com solução fisiológica.
Nos casos em que há infecções mais leves, o recomendado é que sejam utilizadas
técnicas de enriquecimento. Um dos métodos indicados é o de centrífugo-
flutuação no sulfato de zinco.
Prevenção e tratamento
A melhor maneira de se prevenir contra a ancilostomose é sempre andar calçado
sobre possíveis locais de contaminação, bem como evitar o consumo de alimentos
mal higienizados.
O tratamento, por sua vez, é o mesmo para a contaminação de ambas as
espécies. Se o paciente estiver com anemia é feita uma reposição de ferro com
uso de suplementos. Caso a pessoa já esteja curada da anemia, o tratamento
pode ser feito com o uso de três anti-helmínticos: o mebendazol, albendazol ou
o pirantel, usados por três dias ou até o parasita ser eliminado pelo organismo.
Epidemiologia
No que diz respeito a epidemiologia, estima-se que mais de 500 milhões de
pessoas estejam infectadas com ancilostomídeos em todo o mundo.
Observa-se uma maior freqüência dessa infecção nos países tropicais e
subtropicais, principalmente, nas regiões com baixas condições socioeconômicas,
e em 25 países da América Latina e Caribe há cerca de 46 milhões de crianças
vivendo em zonas de risco elevado para infecção ou reinfecção por geohelmintos.
Referências
 https://ibapcursos.com.br/ancilostomose-ciclo-sintomas-tratamento-prevenc
ao-transmissao/
 https://www.rededorsaoluiz.com.br/doencas/ancilostomose
 https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/ancilostomose
 https://www.google.com/amp/s/www.tuasaude.com/ancilostomiase/amp/
 https://www.todamateria.com.br/ancilostomose/amp/

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