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Ancilostomídeos

Ancylostoma duodenale
Necator Americanus
Ancylostomidae é uma das mais importantes
famílias de Nematoda cujos estágios parasitários
ocorrem em mamíferos, inclusive em humanos,
causando ancilostomose.
A ação dos parasitos, tanto por etiologia
primária como secundária, geralmente
desencadeia um processo patológico de curso
crônico, mas que pode resultar em consequências
até fatais.
CLASSIFICAÇÃO E MORFOLOGLA
A família Ancylostomidae (do gr. ankylos = curvo
+ gr. tomma = boca) é dividida em várias
subfamílias,

Ancylostominae: espécies que apresentam dentes


na margem da boca (ex.: A. duodenale e A.
ceylanicum);

Bunostominae: espécies que possuem lâminas


cortantes circundando a margem da boca (ex.:
N. americanus)
Ancylostoma duodenale
Machos medindo 8 a 10 mm de comprimento por
400μm de largura; extremidade posterior com bolsa
copuladora bem desenvolvida, gubernáculo (guia
testicular) bem evidente.

Fêmeas com 10 a 18 mm de comprimento abertura genital


(vulva) no terço posterior do corpo; extremidade
posterior afilada, com um pequeno processo espiniforme
terminal; ânus antes do final da cauda.

Ovos, recém-eliminados, de forma oval, sem


segmentação ou clivagem, com 60μm por 40 μ m de
diâmetro maior e menor, respectivamente.
Necator americanus
Cápsula bucal profunda, com duas lâminas cortantes,
seminulares, na margem

Macho menor do que a fêmea, medindo 5 a 9 mm de


comprimento por 300pm de largura; bolsa copuladora
bem desenvolvida, com lobo dorsal simétrico aos dois
laterais;

Fêmeas medem 9 a 10 mm de comprimento por 350p


de largura, com abertura genital próxima ao terço
anterior do corpo; extremidade posterior afilada, sem
processo espiniforme terminal; ânus antes do final da
cauda.
Larva rabditóide

Larva filarióide
Larva rabditóide:
- Larvas filarióides:
Larva rabditóide dos
Larva filarióide
Ancilostomídeos:
dos
ancilostomídeos:
Vestíbulo bucal longo
10μ de comprimento.
Esôfago filarióide

Cauda
Esôfago rabditóide
pontiaguda
não bem dividido

Primórdio genital
pouco visível
- Ovos: em média 60X40 m
Ciclo

Os ovos dos ancilostomídeos depositados pelas fêmeas


(após a cópula), no intestino delgado do hospedeiro, são
eliminados para o meio exterior através das fezes. No meio
exterior, os ovos necessitam de um ambiente propício,
principalmente boa oxigenação, alta umidade (> 90%) e
temperatura elevada.
Forma-se a larva de primeiro estágio (L1) do tipo
rabditóide, e sua eclosão. No ambiente, a L1 recém-
eclodida, transforma-se em larva de segundo estágio (L2),
que é também do tipo rabditóide.
Em seguida transforma-se em larva de terceiro estágio
(L3).
A L3 ao contatarem o hospedeiro, são estimuladas por
efeitos térmicos e químicos, iniciam o processo de
penetração, começam a produzir enzimas, semelhantes a
colagenase, que facilitam o seu acesso através dos tecidos
do hospedeiro. A penetração dura cerca de 30 minutos. Da
pele, as larvas alcançam a circulação sanguínea elou
linfática, e chegam ao coração, indo pelas artérias
pulmonares, para os pulmões passando a L4
Atingindo os alvéolos, as larvas migram para os
bronquíolos, com auxílio de seus movimentos, secreções
e cílios da árvore brônquica. Dos brônquios atingem a
traquéia, faringe e laringe quando, então, são ingeridas,
alcançando o intestino delgado, seu hábitat final onde
passa a L5 e depois a verme adulto.
Transmissão
Penetração da Larva L3,
por via oral ou transcutânea

Tropismo das Larvas


• Tigmotropismo positivo
• Termotropismo positivo
• Hidrotropismo positivo
• Geotropismo negativo
Patogenia
A ancilostomose é determinada por etiologia primária ou secundária.

A causa primária está relacionada com a migração das larvas e a


implantação dos parasitos adultos no intestino delgado do hospedeiro.

A etiologia secundária, em razão da permanência dos parasitos no intestino


delgado, vários fenômenos fisiológicos, bioquímicas e hematológicos estão
associados. Estes fenômenos modulam a tendência da enfermidade em
seguir, geralmente, um curso crônico
Larvas

Tão logo penetrem na pele do hospedeiro, as larvas de ancilostomídeos podem


provocar, no local de penetração, lesões traumáticas, seguidas por fenômenos
vasculares.
Após alguns minutos, aparecem os primeiros sinais e sintomas: uma sensação
de "picada", hiperemia, prurido e edema resultante do processo inflamatório
ou dermatite urticariforme.

Metabólitos produzidos pelas larvas também participam do processo


inflamatório. A intensidade das lesões está ligada ao número de larvas
invasoras e da sensibilidade do hospedeiro.

Dermatites sem complicações tendem a cessar após 10 dias de instalação.


Sintomatologia intestinal

Sinais e sintomas abdominais podem ser videntes após a chegada dos


parasitos ao intestino. Há registro de dor epigástrica, diminuição de
apetite, indigesão, cólica, indisposição, náuseas, vômitos, flatulências, às
fezes, podendo ocorrer diarréia sanguinolenta ou não e, menos
freqüente, constipação.

A patogenia da enfermidade é diretamente proporcional o número de


parasitos presentes no intestino delgado. A nemia causada pelo intenso
hematofagismo exercido pelos vermes adultos, é o principal sinal de
ancilostomose. O A. uodenale se destaca por exercer maior
hematofagismo, podendo cada parasito adulto sugar 0,05 a 0,3
ml/sangue/dia, enquanto o N. americanus suga 0,01 a
0,04ml/sangue/dia.
DIAGNÓSTICO
Clínico

Laboratorial
HPJ
Willis
Blagg
EPIDEMIOLOGIA:

• Ocorre em crianças acima de 6 anos, adolescentes e adultos


• Solo arenoso, umidade e temperatura favorecem desenvolvimento
estágio de vida livre
• Distribuição geográfica preferencial: locais temperados e tropicais
PROFILAXIA:
- Saneamento, educação sanitária, suplementação alimentar, uso de
anti-helmínticos, andar calçado
TRATAMENTO:
Pamoato de pirantel, Mebendazole, Albendazole

Alimentação suplementar,

Sulfato ferroso
Teoria carencial-espoliativa
O DISCURSO EDUCACIONAL E O ALMANAQUE DO BIOTÔNICO
FONTOURA: POR ENTRE PRÁTICAS DE LEITURA E A PRODUÇÃO DE UMA
REPRESENTAÇÃO DO SERTANEJO (1920-1950)
Marcelo Oliano Machado
Ednéia Regina Rossi
Fátima Maria Neves
Universidade Estadual de Maringá – UEM
RESUMO
Neste artigo, tecemos relações entre as representações do homem do
campo, veiculadas pelo Almanaque do Biotônico Fontoura, e a produção de
uma memória coletiva acerca do sertanejo. O Almanaque foi usado nas
escolas como material de leitura e circulou em diferentes espaços públicos
e privados. Sua leitura contribuiu para consolidar uma imagem de atraso e
indolência do sertanejo.
SOUZA, Ariani Impieri de et al . Enteroparasitoses, Anemia e Estado
Nutricional em Grávidas Atendidas em Serviço Público de Saúde. Rev.
Bras. Ginecol. Obstet., Rio de Janeiro , v. 24, n. 4, p. 253-259,

Objetivos: estimar a freqüência de enteroparasitoses em gestantes de


pré-natal de baixo risco e sua associação com anemia, estado
nutricional, escolaridade e saneamento (fossa sanitária) no domicílio.
Conclusões: constataram-se freqüência elevada de enteroparasitoses e
anemia, sem, entretanto, haver associação entre estas ocorrências. A
escolaridade esteve estatisticamente relacionada com a presença de
parasitos intestinais.

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