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Gênero Streptococcus

Prof. Adjunto Ary Fernandes Júnior


Departamento de Microbiologia e Imunologia
Instituto de Biociências - UNESP
Distrito de Rubião Júnior s/n
Botucatu/ SP /Brasil
ary@ibb.unesp.br
CLASSIFICAÇÃO

Família Streptococcaceae
Gênero Streptococcus
111 espécies e 22 subespécies
Importância: Animais de sangue quente albergam uma microbiota de
estreptococos nas mucosas dos tratos respiratório superior, genital inferior
e quase em todo o trato digestório (Enterococos)

http://www.bacterio.cict.fr/s/streptococcus.html
Família Streptococcaceae
GRUPO I GRUPO II
Facultativos Anaeróbios Estritos
Streptococcus Peptococcus
Enterococcus
Peptostreptococcus
Aerococcus, Lactococcus
Leuconostoc, Pediococcus Ruminococcus
Gemella, Alloiococcus
Coprococcus
Vagococcus,
Tetragenococcus Sarcina

Globicatella, Helcococcus
Hibridização DNA-RNAr e
Sequenciamento de RNAr 16S

Streptococcus Enterococcus Lactococcus

Diferentes espécies Antigos Estrepto do Grupo


(piogênicas), enterococos do N (estreptococos
estreptococos do grupo grupo D do ácido lático)
D não enterococos,
estreptococos viridans, (10 - 40oC) (To ótima 30oC)
pneumococo
(25 - 37oC) E. faecalis L. lactis, L. cremoris,
E. faecium L. thermophilus,
L. raffinolactis
CLASSIFICAÇÃO

Shotmuller et al. (1903): Ágar Sangue

Brow (1919): Introduziu os termos Alfa, Beta e Gama hemólise

(1895-1981) 1933 - Rebecca Lancefield


Características antigênicas: Carboidrato C

Grupos sorológicos de Lancefield


A B C D F G  Área médica
HKLMNOPQRSTUV

Obs - S. pneumoniae e estreptococcus


viridans - Não Agrupáveis
Classificação de Lancefield e principais espécies de importância na
área médica humana e veterinária

Grupo (hemólise) Polissacarídeo grupo- Espécie


específico
A (β-hemólise) ramnose-N- S. pyogenes
acetilglicosamina
B (β-hemólise) ramnose-glicosamina e S. agalactiae
galactose
C (β-hemólise) ramnose-N- S. equi, S. equisimilis,
acetilgalactosamina S. zooepidemicus,
S. dysgalactiae
D (α- hemólise, NH) ácido teicóico glicerol com S. bovis
D-alanina e glicose
F (β (α)-hemólise, NH) glicopiranosil-N- S. milleri
acetilgalactosamina
- Viridans (α-hemólise, Não possui polissacarídeo S. mutans, S. sanguis,
NH) grupo-específico S. salivarius, S. mitis
- (α-hemólise) Não possui polissacarídeo S. pneumoniae
grupo-específico
Grupos de espécies de Streptococcus de acordo com sequência do rRNA 16 S

(Koneman, 2001)
= Grupo S. milleri

Nobbs, et al. ( 2009) (Microbiology and Molecular Biology Reviews, vol. 73, n.03, 407-450, 2009)
Aspectos de estudos dos Streptococcus

 Estrutura Antigênica = Fatores de virulência: Antígenos de


Superfície (Parede, Cápsula), Enzimas e Toxinas (Exotoxinas)
(fatores de difusão da bactéria)

 Doenças: Cocos piogênicos Supurativas


( Auto-imumes em Humanos  Febre Reumática e
Glomerulonefrite)
 Diagnóstico: Material Clínico: Depende da Doença;
Isolamento: Meios Ricos (Agar Sangue)
Identificação: Testes Bioquímicos (e Sorologia)

 Sensibilidade (Antimicrobianos e condições ambientais):


-β-lactâmicos (penicilinas, cefalosporinas), estreptomicina, cloranfenicol, SUT.
Alguns resistentes a amignoglicosídeos, fluoroquinolonas e tetraciclinas.

-Podem sobreviver no pús dessecado por semanas. Sensível a temperaturas


entre 55 e 60ºC/30 min. (Pasteurização do leite é importante)
Principais doenças causadas por bactérias
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Staphylococcus
Fluxograma para identificação dos cocos Gram positivos Positivo aureus

Espécies de Teste da
Staphylococcus coagulase
Positivo
Negativo Espécies de
Cocos Gram Staphylococcus
Teste da coagulase
positivos
catalase negativo (SCN)

Negativo
Espécies de
Streptococcus

Crescimento em
Agar Sangue

β - Hemólise α - Hemólise

Crescimento na presença de Crescimento na presença


Bacitracina da optoquina

Não Sim Não Sim


Sensível Resistente Sensível Resistente

S. pyogenes (estreptococos Outro Streptococcus S. pneumoniae Streptococcus


do grupo A) β - Hemolítico α - Hemolítico
CARACTERÍSTICAS GERAIS

 Cocos Gram positivos (0,5 – 2,0 m), aos pares,


cadeias curtas (espécimes clínicos) ou longas (cultivos
líquidos)

Ary Fernandes Júnior


CARACTERÍSTICAS GERAIS

 Cápsula (Ácido Hialurônico ou Polissacarídica)


Cápsula de ácido
Parede hialurônico
Septo bacteriana

 Imóveis

 Não esporulados
Gênero Streptococcus

 Facultativos (Alguns Anaeróbios; Capnófilos)

 Homo-fermentativos  Ácido lático


(cuidado no cultivo)
 Nutricionalmente exigentes
(Meio de cultura ideal Agar Sangue)

 Colônias pequenas (puntiformes) (±1,0mm)

 Hemólise variável
(aspecto muito importante para taxonomia)
Padrões de Hemólise

-hemólise (completa)
Padrões de Hemólise

- hemólise (parcial)
Padrões de Hemólise

- hemólise (não hemolítico)


Diagnóstico Laboratorial
•Cultura: Isolamento e Identificação

Material Clínico

Ágar sangue Gram: CGP

Colônias (hemólise)

Catalase negativa

Identificação
Streptococcus pyogenes
Grupo A de Lancefield
N-acetilglicosamina e ramnose

β-hemolítico
Aspectos Gerais

 Considerado um dos patógenos mais frequente em humanos

 Presença entre 10 e 20% da população


(Homem é o reservatório natural desta espécie)
Aspectos Gerais

 Pode acometer qualquer faixa etária, porém mais


comum em crianças (5 e 15 anos)
(Faringite estreptocócica e Piodermites)

 Apresenta quantidade significativa de enzimas e


toxinas  Fatores de disseminação da bactéria

 Expressão dos genes de virulência depende da


localização da bactéria no hospedeiro
(superficial ou profunda)
CARACTERÍSTICAS GERAIS

 Cocos Gram positivos de 1 a 2 m de diâmetro - cadeias

 Colônias brancas com -hemólise

 Cápsula de ácido hialurônico


Cápsula de ácido
hialurônico
Septo Parede bacteriana
FATORES DE VIRULÊNCIA

Carboidrato Grupo
específico (Ramnose-
N-acetilglicosamina)
FATORES DE VIRULÊNCIA
 Proteína M (120 tipos de gene emm: 100 sorotipos)
M-like (20 genes)
(Streptococcus pyogenes e S. equi)

 Fator antifagocítico

 Impede opsonização
pelo complemento

 Aderência
FATORES DE VIRULÊNCIA

Membrana da célula
do hospedeiro

Receptor na célula
da mucosa do
hospedeiro
(Fibronectina)

Acido lipoteicóico (LTA)


(Proteina M)

Parede Celular Proteina M + LTA = Fibrila

Membrana plasmática
do Streptococcus

Modificado de Ofek et al (1982)


FATORES DE VIRULÊNCIA
FATORES DE VIRULÊNCIA

Estreptolisina S
 Não imunogênica
 Lisa eritrócitos, neutrófilos e plaquetas

Estreptolisina O

 Diagnóstico de Febre reumática


 Lisa eritrócitos, neutrófilos e plaquetas
FATORES DE VIRULÊNCIA

 Estreptoquinase (= Fibrinolisina)
Plasminogênio Plasmina

Dissolve

Fibrina
FATORES DE VIRULÊNCIA

DNAase (A a D)
 Anticorpos DNAase

 Hialuronidase

 C5a peptidase
 Inativa C5a  fator quimiotático para neutrófilos e fagócitos
FATORES DE VIRULÊNCIA

TOXINAS (originalmente chamada de toxina eritrogênica)


Exotoxinas pirogênicas estreptocócicas – Spe
(cepas lisogenizadas)

 SpeA
 SpeB
 SpeC
SUPERANTÍGENOS
 SpeF
 etc
SUPERANTÍGENOS

Antígenos : 0,01 a 0,1 % células T


Superantígenos: 5 a 20% células T
Produção
excessiva de
citocinas

 Escarlatina
 Fasciíte necrosante
 Síndrome do choque tóxico
estreptocócico
PATOGENICIDADE

Faringoamigdalites
Escolares (5 a 15 anos)
Mais comum no inverno (locais fechados)

 Evolução da doença  Sinusite, Otite,


Meningite, Septicemia, Pneumonia.

Dor de garganta, Febre,


Aumento dos linfonôdos cervicais,
Exsudato purulento, Astenia,
Cefaléia
PATOGENICIDADE
Escarlatina
 Faringoamigdalite  Exotoxina pirogênica estreptocócica - Spe

Faringite,
acompanhada de
“rash”
eritematoso e língua
em framboesa
PATOGENICIDADE

PIODERMITES

 Impetigo

- Mais comum no verão

- Crianças de 2 a 5 anos
PATOGENICIDADE
PIODERMITES
 Erisipela  não bem conhecido mecanismo de transmissão
(vias aéreas superiores)

Sinais Sistêmicos – febre, calafrios, bacteremia


PATOGENICIDADE

PIODERMITES
 Celulite

Inflamação local e sinais sistêmicos


PATOGENICIDADE
PIODERMITES
 Fasciíte Necrosante (= Gangrena Estreptocócica)
PATOGENICIDADE

PIODERMITES

 Fasciíte Necrosante (designação “bactéria devoradora de carne”)


PATOGENICIDADE

PIODERMITES

Síndrome do Choque Tóxico Estreptocócico (M1 ou M3)


Infecção de tecidos moles
Toxicidade sistêmica (SpeA ou SpeC)  Superantígenos
Choque e falência de múltiplos orgãos
Bacteremia e Fasciíte necrosante
SEQUELAS PÓS-ESTREPTOCÓCICAS
Doenças auto-imunes

 FEBRE REUMÁTICA linhagens reumatogênicas


Consequência de faringoamigdalites (Sorotipos M1, M3, M5, M6, M18)

Lesões inflamatórias
Coração, articulações, tecido celular subcutâneo e sistema nervoso
central
SEQUELAS PÓS-ESTREPTOCÓCICAS
 FEBRE REUMÁTICA

Consequências: Lesão
progressiva de válvulas
cardíacas e artrite
progressiva

Reação cruzada com tropomiosina


cardíaca e sarcolema do músculo
cardíaco
SEQUELAS PÓS ESTREPTOCÓCICA

GLOMERULONEFRITE AGUDA  linhagens nefritogênicas

Faringoamigdalites (M1, M4, M12, M15)


Piodermites (M49, M52, M55, M59-M61)

Excesso de complexos Ag-Ac nas


membranas dos glomérulos renais,
ativa o complemento e gera uma
reação inflamatória.

Inflamação aguda do glomérulo renal, com edema, hipertensão,


hemáturia, oligúria e proteinúria
DIAGNÓSTICO

 Bacterioscopia: Método de Gram

 Importante - PIODERMITES
DIAGNÓSTICO
 Isolamento: Agar Sangue
DIAGNÓSTICO

 Identificação

Prova de sensibilidade
à bacitracina (0,004 U/disco),
em Streptococcus dos grupos
A, B, C e D de Lancefield.

Composto cromogênico

PYR – Enzima L-Pirrolidonil-arilamidase

(Mais sensível) L-Pirrilidonil-β-naftilamida


PYR:L- Pirrolidonil arilamidase

LAP: Leucina aminopeptidase


DIAGNÓSTICO

 Identificação Sorológica
DIAGNÓSTICO

 Febre reumática/Glomerulonefrite

 Detecção de Anticorpos Estreptolisina O- ASO

 Detecção de Anticorpos DNAase B  Infecções cutâneas


TRATAMENTO

 Penicilina G
 Eritromicina

Febre reumática
Penicilina Benzatina (mensal)  medida profilática
Streptococcus agalactiae
Grupo B de Lancefield

ramnose-glicosamina e galactose

Beta hemolítico
Streptococcus agalactiae
“Streptococcus da mastite (1887)
Aspectos Gerais

 Indivíduos sadios colonizados (± 40%) (trato intestinal


inferior e geniturinário feminino)

 Principal causador de sepsis, pneumonia e meningite em


recém nascidos
Características Gerais

 Cocos gram positivos (0,6 a 1,2 µm de Ø) - cadeias

 Cápsula de polissacarídeo – Nove tipos sorológicos


(Ia , Ia/c, Ib/c, II, IIc, *III, IV, V, VIII)
* mais frequente em mulheres e mais isolado

 Fator Camp  Camp teste positivo Identificação


FATORES DE VIRULÊNCIA
 Cápsula de polissacarídeo: Resíduos de ácido siálico -
inibe ligação C3 – bloqueando ativação do complemento

 β-Hemolisina: Citotóxica para células (epiteliais e


endoteliais inclusive dos pulmões)

 C5a peptidase: Inativa o C5a quimiotático para neutrófilos


e fagócitos

 Neuraminidase, Hialuronidase, Protease, DNAase: (???)


PATOGENICIDADE

 Doença neonatal de início


precoce
(até 7 dias após nascimento)
 Adquiridas no útero ou
no momento nascimento
 Pneumonia, Bacteremia,
Meningite
Ia (35 a 40%), II (30%) e V
(15%)
PATOGENICIDADE

Doença neonatal de início


tardio
(do 7o dia ao 3º mês vida)
 Fonte exógena
 Bacteremia e Meningite
Maioria sorotipo III
PATOGENICIDADE

 Infecções em adultos  Incidência menor

 Maior em gestantes, trato urinário,


endometrite, amnionites, infecções de feridas,

 Homens e mulheres - infecções de pele,


tecidos moles, bacteremias, infecções
urinárias, pneumonia.
DIAGNÓSTICO

Bacterioscopia: Método de Gram


 líquor – meningite

 Secreções do trato respiratório inferior


 Exsudatos de feridas
DIAGNÓSTICO

Isolamento : Enriquecimento

Gestantes de alto risco


Rastreamento da colonização em
mulheres entre a 35a e 37a
semana gestacional

Penicilina G ou
cefazolina 4 horas antes
Meio Líquido Todd-Hewitt do parto ou cefazolina
(gentamicina e ácido nalidíxico) mulheres alérgicas
(Aumenta em até 50% o
isolamento)
DIAGNÓSTICO
 Isolamento - Ágar Sangue
DIAGNÓSTICO
Identificação: CAMP teste = Christie, Atkins e Munch-Petersen
(1944)

S. agalactiae
(N-acetil-esfingosina)

Hemólise
+ sinérgica

S. aureus
(Beta toxina)
DIAGNÓSTICO
Identificação:

Prova do hipurato de sódio pela enzima hipuricase

NIHIDRINA - GLICINA
DIAGNÓSTICO
Identificação:
TRATAMENTO

 Penicilina
 Cefalosporina
 Eritromicina
 Cloranfenicol

Infecções Graves: Penicilina + Aminoglicosídeo


Streptococcus pneumoniae

Não agrupável pela classificação de


Lancefield
Alfa Hemolítico
Streptococcus pneumoniae
(Pneumococo)
Aspectos Gerais

Primeiros relatos pneumonia – 1881- Diplococcus


pneumoniae, 1974 – S. pneumoniae

 Notório microrganismo
em âmbito mundial
Aspectos Gerais

De 5 a 10% dos adultos são portadores no trato respiratório


superior

Atualmente: considerado reemergente (plasticidade


genética e resistência a antimicrobianos)

Gravidade das infecções pneumocócicas: Crianças com


até dois anos e nos adultos em idosos ou no final da meia
idade
Características Gerais

 Cocos de 0,5 a 1,2 µm, formato oval agrupado ao pares

doi:10.1038/nrg820
Algumas cepas são capnófilas
Reação de Quellung

Permite diferenciar os 90 sorotipos distintos do polissacarídeo


capsular de pneumococo  epidemiológica e diagnóstica

(1, 3, 4, 5, 6A, 6B, 9V, 14, 18C, 19A, 19F e 23F)


FATORES DE VIRULÊNCIA
Citotóxica (alvéolos e
endoteliais), inflamação
pulmões, diminui
atividade de neutrófilos,
antifagocitário, inibe
atividade de células
Autolisina ciliadas.

Pneumolisina

Cápsula

Proteína A ligadora de
CbpA colina

IgA1Protease
Proteína A da
Hialuronidase superfície do
pneumococo
Neuraminidase
NanA e NanB
PATOGENICIDADE

 Pneumonia

Fatores de risco

Idade (extremos),
Inverno (ambientes fechados),
Infecções prévias do trato
respiratório (gripe),
Etilismo,
Tabagismo,
Imunossupressão.
PATOGENICIDADE

 Sinusite  Otite Média


PATOGENICIDADE

 Meningite

15% dos casos de


meningite em crianças

30 a 50% dos casos de


meningite em adultos
DIAGNÓSTICO

 Bacterioscopia: Método de Gram


DIAGNÓSTICO

 Isolamento
DIAGNÓSTICO

 Identificação
Teste da Bile solubilidade

*Optoquina

(*Cloridrato de etil hidrocupreina) (Desoxicolato de sódio)


DIAGNÓSTICO

 Identificação sorológica

Pesquisa AC na urina
TRATAMENTO

 Penicilina G – se sensível

 Cloranfenicol

 Eritromicina

 Sulfametoxazol-trimetropim

 Tetraciclina
CONTROLE
 Vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente: Inclui antígenos
de 23 sorotipos de pneumococos
(1, 2, 3, 4, 5, 6B, 7F, 8, 9N, 9V, 10A, 11A, 12F, 14, 15B, 17F, 18C, 19A, 19F, 20, 22F, 23F e 33F)
Não é administrada em crianças menores de 2 anos

 Vacina Pneumocócica Conjugada 7-Valente (VPC-7- Prevenar®) (Sete


sorotipos conjugados com uma mutante da toxina diftérica, a proteína
CRM197) (EUA);

 Vacina Pneumocócica Conjugada 13–valente (VPC-13): VPC 7 + seis outros


antígenos (EUA)

 Vacina Pneumocócica Conjugada 10-valente (Synflorix®): (VPC 7 + 3


sorotipos conjugada com proteína D, de H. influenzae e toxinas tetânicas e
diftéricas) (Europa e outros países)
Streptococcus do grupo
viridans

Não agrupável pela classificação de


Lancefield
Alfa Hemolítico
Aspectos Gerais

 Maioria da microbiota do trato respiratório e trato genital;

 Endocardites (S. mitis, S.sanguis, S. salivarius)


(Problemas naturais nas válvulas e/ou devido próteses
valvulares)

Enzima Glicosiltransferase (sacarose  Glicanos insolúveis


Adesão superfícies lisas dos dentesPlaca dentária (Cáries)
Placa bacteriana
Adesinas
Aglutininas

A superfície do dente forma uma película (lipídeos e proteínas, incluindo aglutininas salivares glicoprotéicas). Em seguida é
colonizada primeiramente por bactérias (Streptococcus oralis, S. mitis, S. gordonii e S. sanguis) que expressam adesinas para
aglutininas. Outras bactérias colonizam segundo distribuição espacial e temporal usando receptores e adesinas formando a
placa dentária.
Estreptococcus viridans

Agentes etiológicos da cárie dental


(S. mutans, S. sanguis, S. salivarius,
S. mitis)
Streptococcus do grupo D
(ácido teicóico glicerol com D-alanina e glicose)

S. bovis Endocardites infecciosas


Diagrama esquemático para diferenciação de Streptococus alfa hemolíticos

Alfa hemolítico em agar sangue

Teste da optoquina

Susceptível
Resistente
S. pneumoniae

Bile esculina

Streptococcus do grupo viridans

PYR: Pirrolidanil arilamidase Enterococcus Streptococcus do grupo D


Enterococcus
(E. faecalis e E. faecium)
Grupo D de Lancefield
Acido teicóico glicerol com D-alanina e glicose

Alfa Hemolítico ou não


hemolítico
Aspectos Gerais

Microbiota: Tratos gastrointestinal e biliar (vagina


e uretra masculina), Boca, (solo, alimentos, água,
animais)
 E. faecalis = 85 a 90% das doenças por Enterococcus
(menos propenso a resistência)
 E. faecium = 5 a 10% (mais propenso a resistência).

Resistência: Intrínseca (ex: AMINO, CEF, CLI,


OXA, LIN ) e aquisição de resistência por mutação
(proteção ribossomo) ou plasmídios (PBP) e
transposons)
(Patógeno nosocomial da década de 90)
Aspectos Gerais

 Cocos Gram positivos


Isolados ou cadeias curtas
 Catalase negativo,
Anaeróbio facultativo,
Imóveis,
Menor exigência nutricional,
 Maior resistência a agentes físicos
Sensibilidade a PEN (AMP) (Comb. PEN
e Aminoglicosideos),
Preocupação com os VER
Arias & Murray. Nature Reviews Microbiology 10,
266-278 (April 2012)

Os principais fatores de risco para colonização e infecção hospitalar com enterococos resistentes à vancomicina (VRE) incluem
proximidade física para pacientes que estão infectados ou colonizados com VRE (ou os quartos destes pacientes); um longo
período de internação, internação em longa prazo instalações, unidades cirúrgicas ou unidades de terapia intensiva, a presença
de um cateter urinário, e da administração de múltiplos cursos de antibióticos. Muitos antibióticos aumentam a densidade de
organismos VRE no trato gastrointestinal, o qual, por sua vez, facilita a difusão destes organismos através de contaminação fecal
do ambiente hospitalar, incluindo objetos inanimados e nas mãos dos trabalhadores dos cuidados de saúde e visitantes. Os
enterococos podem sobreviver por longos períodos em superfícies ambientais, incluindo equipamento médico, banheiros, grades
para camas e maçanetas, e são tolerantes ao calor e algumas preparações contendo álcool e cloro, IV, intravenosa.
Arias & Murray. Nature Reviews Microbiology 10, 266-278 (April 2012)

Na ausência de antibióticos, células epiteliais intestinais de rato e células Paneth produzem o REGIIIγ (lectina
de tipo C), o qual possui uma atividade antimicrobiana contra bactérias gram-positivas (púrpura). A produção
de REGIIIγ é desencadeada pela presença de bactérias Gram-negativas (rosa); seus mAmps (microorganismo-
associados padrões moleculares), tais como o lipopolissacarídeo membrana exterior (no lúmen intestinal) e
flagelina (em tecidos subepiteliais), são reconhecidos por receptores de reconhecimento de padrões, como
Toll-like receptor 4 (TLR4) e TLR5, respectivamente. b | administração de antibióticos leva a uma redução nas
bactérias Gram-negativas, que diminui a produção de REGIIIγ por células epiteliais intestinais e células
Paneth. c | enterococos tirar vantagem desta redução na secreção de REGIIIγ a tornar-se os membros
dominantes da flora intestinal. IL-22, interleucina-22. Figura é modificado, com permissão, de Ref. 144 ©
(2010) American Society for Clinical Investigation.
Diagrama esquemático para identificação de
estreptococos não hemolíticos
Não hemólise em agar sangue

Bile esculina

6,5% NaCl Estreptococos não hemolítico

Enterococcus Streptococcus do grupo D


Diagrama esquemático para diferenciação de
Streptococus do grupo D e Enterococcus

Beta, alfa ou não hemolítico em agar sangue

Bile esculina positiva

6,5% NaCl
PYR: Pirrolidanilaril amidase

Enterococcus Streptococcus do grupo D


Prova da bile esculina

Enterococcus S. bovis

Crescimento em 6,5% de
NaCl

Enterococcus S. bovis
Identificação Bioquímica de Estreptococos frequentes

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